A infusão contínua de remifentanil não altera a função sistólica e diastólica ventricular esquerda, em cães anestesiados com propofol

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Data

2017-06-05

Autores

Marques, Marcel Gambin [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Com o estudo objetivou-se avaliar os efeitos da infusão contínua de remifentanil na função sistólica e diastólica do ventrículo esquerdo de cães anestesiados com propofol. Foram utilizados seis cães da raça Beagle, dois machos e quatro fêmeas, não castrados, com idade de cinco anos, com peso médio de 13,0 ± 2,5 kg. Os mesmos cães foram submetidos a dois grupos experimentais com intervalo mínimo de sete dias. No primeiro grupo realizou-se infusão contínua de propofol (GP) na taxa de 0,6 mg/kg/minuto, já no segundo utilizou-se infusão contínua de propofol e remifentanil (GPR) nas taxas de 0,6 mg/kg/minuto e 0,3 µg/kg/minuto, respectivamente. As principais variáveis analisadas foram: frequência cardíaca (FC), pressão arterial média (PAM), índice de resistência vascular periférica (IRVP), índice cardíaco Doppler (ICD), fração de encurtamento (FEC), fração de ejeção (FEJ), onda S’, relação E/A e relação E’/A’. Avaliou-se antes da administração dos fármacos (MB) e após 20, 40 e 60 minutos (M20, M40 e M60). Houve redução semelhante dos índices de função sistólica (FEC, FEJ e onda S’) e da PAM em ambos os tratamentos. Entretanto, os valores permaneceram dentro da normalidade para cães anestesiados. Nos animais tratados com remifentanil houve diminuição significativa da FC e ICD. No TPR, a relação E/A permaneceu acima 1,80, todavia, a avaliação Doppler tecidual pulsado (relação E’/A’) mostrou padrão de relaxamento normal. Por meio deste estudo observou-se que o remifentanil na taxa de 0,3 µg/kg/min não alterou a função sistólica e diastólica do ventrículo esquerdo em cães hígidos anestesiados com propofol, mostrando-se seguro, sob o ponto de vista cardiovascular.
Because of its attractive pharmacological characteristics, remifentanil is widely used in human medicine for sedation and anesthesia in critically ill patients, mainly in cardiovascular diseases. Most studies report that this opioid promotes satisfactory analgesia without significant hemodynamic changes, preserving systolic and diastolic function. However, other authors report that depending on the way it is used, remifentanil administration can decrease heart rate, cardiac output and blood pressure, resulting in hemodynamic instability. In veterinary medicine, there are few studies investigating the cardiovascular effects of remifentanil, limiting its safely in the clinical routine. As the increased longevity of dogs, there was a proportional increase in the number of critically ill patients, including patients with cardiovascular diseases, who required safe anesthetic protocols. Therefore, remifentanil may become an excellent option if it is shown to be safe from a cardiovascular point of view. To date, there are no reports using echocardiographic techniques to assess systolic and diastolic function in dogs treated with remifentanil. The aim of this experiment was to evaluate the effects of continuous infusion of remifentanil on left ventricular systolic and diastolic function in dogs anesthetized with propofol.

Descrição

Palavras-chave

Diástole, Ecocardiografia, Miocárdio, Opioide, Sístole

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