Dissertações - Animais Selvagens - FMVZ

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    Estudo comparativo retrospectivo de fraturas e/ou luxações em rapinantes atendidos em dois centros de referências, localizados no Brasil e Estados Unidos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-06-28) Lima, Heloísa Coppini de; Moresco, Anneke; Rahal, Sheila Canevese [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O objetivo do presente estudo foi comparar dados referentes às espécies de rapinantes recebidas em dois centros de referência para animais selvagens, sendo um localizado na América do Sul (Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Slevagens, CEMPAS) e outro na América do Norte (Lindsay Wildlife Experience, LWE), por um período de sete anos (2013–2020). Na sequência foram analisadas as fraturas e/ou luxações/subluxações destes rapinantes, por meio de estudo comparativo retrospectivo. A ordem mais prevalente de rapinantes no CEMPAS foi de Strigiformes constituídos especialmente por Tyto furcata adultos; contudo, a espécie Coragyps atratus adulta (Cathartiformes) foi a de maior ocorrência. A ordem Accipitriformes foi a mais prevalente no LWE representados principalmente por Buteo jamaicensis jovens; entretanto, a espécie Tyto alba (Strigiformes) jovem foi a de maior ocorrência. A estação que recebeu o maior número de rapinantes foi a primavera no CEMPAS e o verão no LWE. Dos rapinantes recebidos no CEMPAS (n=106), a ordem Strigiformes (48,11%) foi a mais acometida por fratura e/ou luxação/subluxação, ao passo que a Cathartiformes (8,49%) foi a com menor número de lesões. As fraturas no esqueleto axial ocorreram apenas na ordem Falconiformes, sendo uma fissura de calota craniana e outra no axis. No esqueleto apendicular foram detectadas fraturas acometendo um osso (n=60), fraturas múltiplas (n=24), fraturas com luxações/subluxações (n=12) e luxações/subluxações isoladas (n=7). Do membro torácico, o úmero foi o osso mais acometido (n=44) e o tibiotarso (n=23; 16,08%) no membro pélvico. Dos rapinantes recebidos no LWE (n=310), a ordem Accipitriforme foi a mais acometida por fratura e/ou luxação (59,35%), ao passo que a Falconiformes (7,42%) foi a com menor número de lesões. As fraturas no esqueleto axial ocorreram nas ordens Strigiformes (n=2) e Accipitriformes (n=1), sendo dois casos de fratura em mandíbula e uma luxação de ossículos esclerais. No esqueleto apendicular foram detectadas fraturas acometendo um osso (n=197), fraturas múltiplas (n=75), fraturas com luxações/subuluxações (n=20) e luxações/subluxações isoladas (n=22). A ulna (n=116) foi o osso mais acometido no membro torácico e o tibiotarso (n=27) no membro pélvico.
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    Morfologia do encéfalo da perdiz (Rhynchotus rufescens)
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-06-30) Leal, Rodrigo; Filadelpho, André Luís [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O trabalho teve por objetivo dissecar e descrever o encéfalo da perdiz (Rhynchotus rufescens, Temminck, 1815) para termos uma descrição anatômica referente à espécie. Foram utilizados 10 animais, e o material foi coletado após o abate de animais oriundos de projetos na área de produção. As aves, foram dissecadas com o objetivo de identificar estruturas anatômicas do encéfalo, e foi possível visualizar, nas dissecações, o aspecto lisencefálico do cérebro, hemisférios cerebrais direito e esquerdo, fissura mediana, ventrículos encefálicos, glândula pineal, corpo caloso, cerebelo e os lóbulos do vermis cerebelar, a ausência de hemisférios cerebelares, havendo somente a presença da aurícula cerebelar. O lobo óptico bem desenvolvido, mostrando que o sentido da visão é de grande importância para as aves,o mesencéfalo, ponte e o bulbo também foi identificado, estas regiões tronco encefálicas. Identificou-se também a paquimeninge e as leptomeninges.
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    Anatomia do sistema gastrointestinal e análise nutricional do conteúdo estomacal de Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla, LINNAEUS, 1758)
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-06-21) Mangueira, Danyele Karoline Avante; Melchert, Alessandra [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Os tamanduás são insetívoros e possuem características anatômicas e nutricionais peculiares. Em cativeiro não é possível reproduzir a dieta in situ. Assim, importante conhecer as particularidades anatômicas e alimentares da espécie. Os objetivos do estudo foram: realizar a biometria corporal e dos órgãos do trato gastrointestinal de tamanduás-mirins (Tamandua tetradactyla) de vida livre, determinando a inter-relação entre ambos; descrever a anatomia e histologia dos órgãos gastrointestinais; analisar a composição química do conteúdo estomacal. Foram utilizadas onze carcaças de animais vítimas de atropelamentos. Avaliou-se, comprimento e peso corporais e o escore de condição corporal. Na necropsia, foram anotados os aspectos anatômicos e coletadas amostras para histologia e análise química. A anatomia e histologia foram similares ao descrito em literatura, entretanto, com mensurações dos órgãos divergentes. Observou-se correlação positiva entre peso e tamanho corporais com o peso de órgãos. Características peculiares, como língua longa, glândula salivar única e volumosa, esôfago com epitélio queratinizado, estômago unicavitário, fígado com seis lobos, vesícula biliar, pâncreas com lobo único e reto inserido em estrutura similar a uma cloaca, foram observadas. O conteúdo estomacal apresentou valores de matéria seca 22,5%, matéria mineral 40,8%, extrato etéreo 5,1%, proteína bruta 39,0%, fibra bruta 22,9% e energia metabolizável de 3,3 Kcal/g. Concluiu-se que, nos tamanduás-mirins de vida livre, o tamanho corporal influenciou no peso dos órgãos. A espécie possui adaptações anatômicas que favorecem seu hábito alimentar insetívoro. O conteúdo apresentou elevado teor proteico e baixo teor de gordura, observando-se similaridade com a análise nutricional de cupins descrita na literatura.
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    Avaliação hepática por meio dos exames imaginológicos, bioquímicos e citopatológico em papagaios verdadeiros (Amazona aestiva) mantidos sob cuidados humanos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-06-14) Sanches, Thatiana Felix; Mamprim, Maria Jaqueline [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O diagnóstico de hepatopatias em psitacídeos pode ser difícil, pois os sinais clínicos são inespecíficos e vários testes diagnósticos são necessários. Diante das dificuldades encontradas em se obter o acompanhamento da doença hepática, esse estudo objetivou avaliar a condição hepática de papagaios mantidos em cativeiro pela radiografia, elastografia, citopatologia hepática e dosagens séricas bioquímicas para obter referências de normalidade e detectar possíveis alterações. Foram avaliados 20 papagaios verdadeiros submetidos aos exames de radiografia, ultrassonografia, citopatologia por agulha fina, bioquímica sérica e elastografia 2D Shear Wave sob sedação. As aves foram divididas em 2 grupos (CAF normal e alterada) para as análises comparativas bioquímicas e mensurações para padrões de normalidade nos exames de imagem. No grupo de aves com CAF normal, foi realizado o exame radiográfico, e se obteve, na projeção ventrodorsal, a média da largura da silhueta hepática de 2,34 cm, e os valores máximo e mínimo foram de 2,01 e 2,66 cm. Já na elastografia as médias encontradas foram de 1,47 m/s e 6,55 kPa, com os intervalos de 1,36 a 1,59 m/s e 5,55 a 7,56 kPA. Na comparação da atividade enzimática entre o grupo de aves com CAF normal e alterada houve significância estatística apenas para a AST (p=0,04) e as provas de função hepática apresentaram valores normais para os 2 grupos. A AST pode trazer informações a respeito da lesão hepática, mas a influência da lesão muscular sobre seus valores séricos é significativa. A CAF se mostrou um método seguro e funcional para a espécie e a elastografia um método diagnóstico promissor.
  • ItemDissertação de mestrado
    Identificação de Uakari-careca (Cacajao calvus ssp.) e levantamento de Leishmania spp. e Trypanosoma cruzi de espécimes em semiliberdade, Iquitos, Peru
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-03-31) Nogueira, Pedro Paulo de Oliveira; Mota, Lígia Souza Lima Silveira da; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Devido aos seus hábitos arbóreos e alimentação folivorosa-fruvorosa, primatas não humanos são altamente vulneráveis à destruição, fragmentação e degradação de seu habitat. Tais mudanças podem ser responsáveis pelo aparecimento de zoonoses infecciosas com resultados desfavoráveis à saúde humano-animal e ao meio ambiente. Os Uakaris-careca são endêmicos da região ocidental amazônica sendo divididos em quatro subespécies: C. calvus calvus, C. c. rubicundus, C. c. ucayalii e C. c. novaesi. Atualmente, o diagnótico de subespécie das populações selvagens é feito com a observação do padrão de coloração de pelagem dos espécimes. O Uakari-vermelho-peruano (Cacajao calvus ucayalii) está presente na fauna brasileira e peruana e é classificado como Vulnerável pela IUCN. Estudos demonstraram que suas áreas de habitat se encontram entre as regiões em risco de desmatamento para o plantio de dendê, a curto e longo prazo. Este projeto teve como objetivo realizar a identificação a nível taxonômico de subespécie os espécimes de Cacajao calvus ssp., e investigar o papel dos uakaris no ciclo de Leishmania spp. e T. cruzi. O estudo foi realizado empregando DNA extraído a partir de amostras de sangue obtidas de 7 animais vítimas de tráfico e que se encontram no Centro de Resgate “Pilpintuwasi”, Iquitos, Peru. Reações em cadeia da Polimerase (PCRs) empregando primers, tanto para a constatação da presença dos patógenos estudados bem como para a identificação a nível taxonômico de subespécie foram realizadas. Os produtos de PCR obtidos foram então purificados e sequenciados por meio das técnicas de Sanger e Nanoporos. Os resultados demonstraram diagnóstico negativo para a presença dos agentes causadores de leishmanioses e doença de Chagas. O conjunto de primers desenhado demonstrou-se eficiente em distinguir indivíduos das subespécies C. c. ucayalii e C. c. novaesi. Estudos como esses são primordiais para a correta identificação de indivíduos voltados para reprodução ex situ, permitindo o desenvolvimento de projetos que viabilizem ações palpáveis para a conservação desses primatas.
  • ItemDissertação de mestrado
    Estudo ultrassonográfico dos Órgãos Abdominais em Lontra longicaudis (Olfers,1818), ex-situ, no Brasil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-04-18) Augusti, Beatriz de Espirito; Mamprim, Maria Jaqueline [UNESP]; Vac, Mirian Halásc; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O estudo com a fauna silvestres vem crescendo devido ao aumento de espécies ameaçadas juntamente com a degradação ambiental. A lontra (Lontra longicaudis) é uma espécie classificada como vulnerável à extinção no Brasil, dentro deste contexto. Portanto esse estudo teve como objetivo obter referências de normalidade das imagens ultrassonográficas dos órgãos abdominais de lontra mantidas sob cuidados humanos, como em zoológicos e instituições de pesquisa legalizadas. Para tanto foram realizados exames ultrassonográficos abdominais em 09 (nove) indivíduos de Lontra longicaudis considerados hígidos pelos exames clínicos e laboratoriais. Durante a varredura ultrassonográfica foi visibilizado o estômago com conteúdo líquido, apresentando 5 (cinco) camadas e evidente projeção das pregas gástricas. O fígado de parênquima homogêneo, hiperecóico com contornos e bordos regulares em relação ao rim. A vesícula biliar foi observada com conteúdo anecóico e parede regular e fina (média 0,08cm). Na cavidade abdominal caudal visibilizou-se a bexiga em formato piriforme, de conteúdo anecogênico, parede hiperecóica (medindo entre 0,07cm e 0,19cm) e conteúdo anecóico com alguns ecos. Os rins apresentaram formato lobulado e mais hipoecogênico em relação ao parênquima esplênico e hepático. O exame de ultrassonografia obteve resultados satisfatórios neste estudo, demonstrando a eficiência da técnica para esta espécie e obtendo informações importantes de referências de imagens ultrassonográficas que poderão ser utilizadas no futuro em exames de manejo rotineiros.
  • ItemDissertação de mestrado
    Apreensão de aves durante a pandemia covid-19 na região de Botucatu/SP
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-12-20) Magorbo, Aníbal Bruno; Teixeira, Carlos Roberto [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O trabalho teve por objetivo analisar todo o lapso temporal exercido durante a pandemia, referente às publicações internas e externas apresentadas, sobre o assunto apreensão de aves, sejam elas em criadouros ilegais, ou transporte ilegal com apreensões efetuadas pelos Órgãos Públicos, sejam eles Federais Estaduais ou Municipais, claro que foi dado maior ênfase aos dados Estaduais por ser uma atividade final do estudo. Os dados foram acompanhados desde a apreensão até a sua destinação seja na área de soltura livre, ou seja, em Centros de Triagem para posterior soltura e reintrodução a natureza, ambos todos cadastrados e relacionados em planilhas Oficiais de Órgãos do Meio Ambiente. O modelo de formatação a ser utilizado para os dados apresentados são da forma estatística mensal e anual com tabelas e gráficos de soltura de aves na Região Sudeste do Estado de São Paulo. Foram utilizados dados para o acompanhamento de planilhas as quais foram geradas desde o ínicio da PANDEMIA até a atual fase de pós-pandemia. Tendo valores estatísticos médios que apresentaram que entre o início da PANDEMIA e sua metade as apreensões ficam controladas, porém de sua metade até as dadas atuais o crescente mostra uma nova forma de adequação para o comércio e trafico de aves, apresentando assim que os infratores descobriram novas maneiras de burlar e efetivar o comércio e o tráfico de aves, vindo assim a terem novas fontes de lucro e beneficiamento financeiro sobre as aves. "O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001”.
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    Anatomia óssea do membro torácico nos megaherbívoros ungulados rinoceronte-branco (Ceratotherium simum, Burchell, 1817) e hipopótamo- comum (Hippopotamus amphibius, Linnaeus, 1768)
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-12-12) Gallina, Pedro Leonardo Sangaleti; Schimming, Bruno César [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Embora os megaherbívoros não sejam animais da fauna brasileira, eles podem ser encontrados em zoológicos nacionais, o que torna importante o conhecimento da anatomia do aparelho locomotor para contribuir com o cotidiano clínico dos zoológicos e centros de reabilitação veterinária. Assim, o objetivo deste estudo foi descrever as estruturas anatômicas encontradas nos ossos que aparecem nos membros torácicos de hipopótamo-comum (Hippopotamus amphibius) e rinoceronte-branco (Ceratotherium simum) e compará-las com as estruturas ósseas descritas para outros ungulados. Além disso, mensurações da escápula, úmero, rádio e ulna também foram obtidas. A escápula apresentou um aspecto triangular no hipopótamo-comum, ao passo que no rinoceronte-branco possuía um aspecto retangular. O acrômio foi observado apenas na escápula do hipopótamo-comum. Os úmeros dos dois animais não possuíam o tubérculo intermédio, apenas os tubérculos maior e menor, diferentemente do equino que possui também o tubérculo intermédio. Os dois megamamíferos estudados apresentaram ulna não-incorporada ao rádio e 7 ossos carpais distribuídos em duas fileiras ósseas. O hipopótamo- comum possuía 4 dígitos e 4 ossos metacarpais, enquanto o rinoceronte- branco, possuía 3 dígitos, por isso 3 ossos metacarpais. Embora com algumas diferenças próprias das espécies, a estrutura óssea encontrada nos megaherbívoros estudados, foi semelhante à descrita para outros ungulados domésticos e selvagens. O fato dos ossos estudados pertencerem a esqueletos articulados pertencentes ao acervo de Museu de Anatomia, dificultou a identificação de algumas estruturas anatômicas. Este trabalho pode auxiliar médicos veterinários nos cuidados de saúde óssea, bem-estar animal e conforto de tais espécies presentes nos parque e zoológicos brasileiros.
  • ItemDissertação de mestrado
    Testes oftalmológicos em calopsitas (nymphicus hollandicus): produção lacrimal, microbiota conjuntival e tonometria
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-09-26) Bardella, Juliana Pinatti; Brandão, Claudia Valéria Seullner [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Faz-se necessária a descrição de valores de normalidade em testes diagnósticos oftalmológicos para Calopsitas (Nymphicus hollandicus), ave exótica cada vez mais inserida no ambiente urbano e adquirida como “pet” no meio doméstico, aumentando assim a importância de atendimento veterinário especializado para essa espécie. Foram avaliadas 15 calopsitas, totalizando 30 olhos, provenientes de criadores domésticos, adultos e saudáveis ao exame clínico e oftalmológico. As aves foram contidas fisicamente e realizada a avaliação de produção lacrimal, coleta de microbiota conjuntival com ponta de papel endodôntica padronizada (PPEP), e pressão intraocular com tonômetro de rebote (Icare® Tonovet plus). Os resultados obtidos foram: PPEP 10,73 ± 2,59 mm/min; pressão intraocular Tonovet plus modo cão (11,87 ± 1,43 mmHg), modo gato ( 6,73 ± 1,36 mmHg), modo coelho (13,13 ± 1,85 mmHg) e modo cavalo (9,50 ±1,28 mmHg). Na microbiota conjuntival verificou-se predomínio de bactérias gram-positivas. A tonometria de rebote, avaliação de produção lacrimal e coleta de microbiota conjuntival com PPEP são métodos de fácil execução e acurados para utilização nas calopsitas, são mais indicados devido ao tamanho dos olhos. Os resultados auxiliarão os médicos veterinários oftalmologistas no diagnóstico e tratamento de doenças oculares em calopsitas, além de contribuir para pesquisas na área de visão.
  • ItemDissertação de mestrado
    Investigação da presença de Leishmania spp. e Trypanosoma cruzi em pequenos mamíferos silvestres no município de Botucatu, São Paulo
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-26) Rodrigues, Larissa Pereira; Mota, Lígia Souza Lima Silveira da [UNESP]; Fonseca, Rebata Cristina Batista [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Problemas ecológicos envolvendo a destruição da fauna e da flora são consequências da crescente urbanização, promovendo maior contato com animais sinantrópicos, possibilitando a emergência ou reemergência de zoonoses como leishmanioses e doença de Chagas. O papel dos mamíferos silvestres como potenciais reservatórios tem sido discutido. Espécies silvestres de ordens distintas como gambás (Didelphis spp.) e roedores já se apresentam como potenciais reservatórios de Leishmania spp. e Trypanosoma cruzi. O presente estudo teve como objetivo diagnosticar pequenos mamíferos com protozoários causadores das leishmanioses e/ou doença de Chagas, por meio de técnicas moleculares. O estudo foi desenvolvido em Botucatu, São Paulo e foram amostrados fragmentos de vegetação natural nas Fazendas Experimentais Edgárdia e Lageado. Para captura dos animais de vida livre foram utilizadas armadilhas de interceptação e queda, Shermans e Tomahawks, além de animais resgatados em domicílios e cedidos pela Vigilância Ambiental em Saúde (VAS) de Botucatu. Foram capturados 51 indivíduos de seis gêneros em campo (Didelphis albiventris e Gracilinanus microtarsus, Akodon sp., Juliomys ossitenius, Juliomys pictipes, Necromys lasiurus, Oecomys catherinae, Oligoryzomys nigripes) e 65 cedidos pela VAS (Didelphis albiventris, Guerlinguetus aestuans e Lutreolina crasicaudata), totalizando 115 animais pertencentes às ordens Didelmorphia e Rodentia. Os animais foram identificados, tiveram material biológico coletado, e após os procedimentos, encaminhados para a soltura em locais adequados. A partir do material coletado foi realizada a extração de DNA e PCRs empregando primers específicos previamente avaliados em testes de sensibilidade a detecção dos patógenos. Todas as amostras obtiveram resultados negativos para a presença de DNA dos agentes causadores de leishmanioses e doença de Chagas, os primers se mostraram para detecção destes patógenos. Ainda que os resultados obtidos neste trabalho não tenham identificado a presença destes protozoários nas amostras analisadas, os pequenos mamíferos foram relatados como reservatórios destes parasitas e a atenção para com esses animais deve se manter sempre ativa.
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    Crimes ambientais em animais selvagens: retrospectiva 2015 a 2019
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-06-03) Pollo, Renan Lucas; Teixeira, Carlos Roberto [UNESP]; Modolo, José Rafael [UNESP]; Vitagliano, José Arnaldo; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Nos últimos anos, percebeu-se uma concentração preocupante do Comércio Ilegal sobre a fauna brasileira, representando cerca de 15% do total movimentado no mundo. Em paralelo, o Tráfico de Animais, no Brasil, também ganhou terreno amplo e representa, hoje, o total de 15% dos valores movimentados internacionalmente. Com essas práticas ilícitas de exploração, são retiradas mais de 38 milhões de espécies dos seus habitats naturais anualmente. Fundada nessas premissas, foi desenvolvida a Teoria do Link, que conectou os crimes aos animais como balizas de identificação do cometimento futuro de crimes também contra as pessoas. A par disto, o presente trabalho busca contextualizar se os problemas crônicos, enfrentados transnacionalmente, confirmam-se de forma isolada, autônoma ou fragmentada nos municípios, como forma de antever o aumento da violência social local centrada nesta teoria. Assim, objetivou-se levantar dados de crimes ambientais em animais selvagens nas cidades de São Manuel e Botucatu, por meio de análises quali-quantitativas das ocorrências custodiadas na Polícia Ambiental de Botucatu entre 2015 à 2019, buscando identificar a prevalência, os tipos de crimes cometidos, a idade e o sexo dos autuados, o total de denúncias realizadas, o quantitativo de animais selvagens apreendidos e os projetos de educação ambiental realizados pela polícia na sociedade. Ao todo, foram analisados 680 registros para o estudo, identificando 18 artigos da legislação ambiental influentes. Concluiu-se que o masculino foi o sexo de maior incisão no cometimento dos crimes, com média de idade dos autuados em 53,55 anos para São Manuel e 51,88 anos para Botucatu. Na marca dos crimes mais ocorridos, em São Manuel prevaleceram os artigos: 36, 25, 44, 49, 53 e 50; em Botucatu, os artigos: 36, 25, 44, 49, 50 e 53. Sequenciada as prevalências, constatou-se pelas casuísticas, os mesmos problemas enfrentados nacionalmente. Desse modo, procurou-se reportar uma historiografia legislativa ambiental e animal de 1605 até 1990, aproximadamente, descrevendo conjuntamente sobre a proteção internacional dos animais, as formas de cooperação existentes para a conservação da Biodiversidade brasileira e como se posiciona o Direito Animal nas circunstâncias de proteção e conservação das espécies. No conteúdo complementar, realiza-se um estudo contundente do desmonte normativo realizado em 2019, e o atual cenário dos crimes envolvendo nossa fauna, fato que possibilitou estruturar formas (para quem?) e meios (de como?) se denunciar um crime ambiental quando envolvidos animais selvagens ou domésticos.
  • ItemDissertação de mestrado
    Caracterização genética e morfológica de uma população do gênero Callithrix do Sudeste do Brasil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-12-06) Santos, Bruna Mendonça; Mota, Lígia Souza Lima Silveira da [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Os sagui-de-tufo-branco (Callithrix jacchus) e sagui-de-tufo-preto (Callithrix penicillata) são espécies endêmicas do Nordeste e do Centro-Oeste e parte do Nordeste, respectivamente, no Brasil. Atualmente ambas espécies estão distribuídas em diferentes regiões do país. A introdução de animais exóticos é a segunda maior causa de perda de biodiversidade no mundo e pode impulsionar a hibridação. Em Bauru, São Paulo (SP), há registro de ambas espécies, bem como animais apresentando padrões intermediários entre estas. Assim, este trabalho visou identificar indivíduos do gênero Callithrix presentes no Jardim Botânico Municipal de Bauru (JBMB) quanto à classificação pura ou híbrida, por meio de marcadores morfológicos e moleculares. Foram amostrados 10 indivíduos, sendo 4 de espécies puras para controle e 6 de vida livre, os quais foram fotografados, medidos morfometricamente e dos quais foram amplificados fragmentos dos genes mitocondriais COI e a região D-loop. Como resultado, todos os animais mostraram padrões intermediários entre ambas as espécies, as sequências obtidas para D-loop mostraram uma alta diversidade haplotípica (h), baixa diversidade nucleotídica (π) e valores de Fs de Fu e D de Tajima não significantes, logo é possível inferir que os animais estudados continuam recebendo fluxo gênico e que a população se iniciou a partir de um efeito fundador. Dados morfológicos e moleculares indicam que os indivíduos amostrados são híbridos. A partir dos dados gerados por esta pesquisa, é possível inserir o manejo destes animais na Unidade de Conservação (UC), com o intuito principal de evitar o crescimento da população e consequências decorrentes.
  • ItemDissertação de mestrado
    Osteologia craniana de Rhynchotus rufescens: análise morfológica e craniométrica.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-09-22) Scaduto, Raquel Naomi Tanaka; Filadelpho, André Luis [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A Rhynchotus rufescens é uma ave pequena e robusta, com uma musculatura bem desenvolvida, apresenta fácil adaptação e manutenção em cativeiro, sua criação vem se popularizando, considerando o destaque na produção alimentícia. Estudos sobre a osteologia craniana dos Tinamídeos ainda são escassos, o presente estudo almeja contribuir no conhecimento da osteologia craniana, descrevendo a morfologia e morfometria craniana utilizando-se paquímetro digital e tomografia computadorizada, visando estabeler dados específicos desta espécie e comparar ao descrito em outras aves e especimes da familia dos Tinamídeos. Utilizou-se 30 espécimes, adultos, ambos os sexos, as quais foram submetidas à mensuração da cabeça, exame de imagem, dissecação para mensurações de acidentes ósseos e descrição morfológica das estruturas cranianas. Os principais caracteres que diferenciam a Rhynchotus rufescens dos outros membros da família são: ausência de ossículos supra-orbitais, forame do ducto nasolacrimal no local da incisura do ducto nasolacrimal, ausência da fissura etmoidal, presença de um processo na lâmina do paraesfenóide, a presença de uma região globular dos exoccipitais, presença do processo caudal do palatino, processo orbital do quadrado desenvolvido, não apresentam os sulcos laterais na porção sínfise da mandíbula, se observa um resquício da fenestra caudal da mandíbula. Destaca-se a verificação de possíveis alterações dentro da mesma espécie, como encontrado no fontículo interorbital e processo pós-orbital.
  • ItemDissertação de mestrado
    Análise morfológica e imagenológica dos sacos aéreos na perdiz (Rhynchotus rufescens Temminck, 1815)
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-09-29) Padula, Karina; Filadelpho, André Luis [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O trabalho teve por objetivo analisar os sacos aéreos da perdiz (Rhynchotus rufescens Temminck, 1815) para aprimorar os conhecimentos anatômicos específicos à espécie. Foram utilizados 20 animais. O material cadavérico foi coletado após o abate de animais oriundos de projetos na área de produção. Cinco animais foram submetidos à Tomografia Computadorizada com contraste de iodo. Mais 10 perdizes foram submetidas aos exames radiográficos com o contraste de sulfato de bário com repleição através da traqueia até o completo preenchimento do sistema respiratório. Cinco animais foram injetados com látex e dissecados. Foi possível visualizar sete sacos aéreos: um clavicular, dois torácicos craniais, dois torácicos caudais e dois abdominais. Na imagem tomográfica e radiográfica não foi possível individualizar os sacos aéreos.
  • ItemDissertação de mestrado
    Estudo sobre a ocorrência de colelitíase em Leontopithecus [Lesson, 1840]: diagnóstico ultrassonográfico, Callitrichidae - Primates
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-09-10) Felippi, Daniel Angelo [UNESP]; Mamprim, Maria Jaqueline [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Em humanos, a colelitíase apresenta-se como um dos problemas cirúrgicos mais frequentes nos países desenvolvidos. Enquanto em primatas não humanos, a doença é geralmente diagnosticada somente em exames necroscópicos, sendo a maioria dos indivíduos assintomáticos. O objetivo desta pesquisa foi avaliar por meio da ultrassonografia abdominal, a ocorrência de colelitíase em 17 micos-leões-dourados (Leontopithecus rosalia) e 13 micos-leões-da-cara-dourada (L. chrysomelas) mantidos sob cuidados humanos em cinco zoológicos brasileiros. A enfermidade foi diagnosticada em 53,3% dos animais avaliados, não sendo observada diferença estatisticamente significativa entre as espécies. A presença de cálculos na vesícula biliar foi detectada em 75,0% dos indivíduos com idade superior a cinco anos. Entre os animais examinados, 86,6% apresentavam a vesícula biliar septada e, destes, 53,8% foram diagnosticados com a doença. No entanto, também foram detectados cálculos biliares em indivíduos sem esta característica anatômica. A alteração laboratorial mais relevante foi a elevação da enzima gama glutamil transpeptidase (GGT), presente em 18,7% dos casos. Este estudo demonstrou que a litíase biliar é frequente em micos-leões mantidos sob cuidados humanos, sendo esta diagnosticada em todas as instituições participantes desta pesquisa. Micos-leões-dourados e mico-leões-da-cara-dourada são acometidos de maneira similar pela doença e o avanço da idade parece ser um fator importante para o surgimento dos cálculos. Diante desses resultados, acredita-se fortemente que os exames ultrassonográficos abdominais devam ser implantados no manejo preventivo desses primatas.
  • ItemDissertação de mestrado
    Perfil renal e proteínas sérica de cachorros-do-mato (cerdocyon thous) mantidos em cativeiro
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-04-16) Ramos, Ariana Fonseca; Melchert, Alessandra [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O objetivo do estudo foi avaliar e correlacionar a função renal e as proteínas séricas de um grupo homogêneo de cachorros-do-mato (Cerdocyon thous) mantidos há pelo menos um ano em cativeiro, com os cachorros domésticos (Canis lupus familiaris). Os animais foram anestesiados e submetidos a exame físico, biometria, coleta de materiais (sangue e urina) e exames de imagem (ultrassom e raio-x). Foram incluídos no estudo cães com hemograma completo, exame de urina, glicemia e exame físico normais. Para o estudo de perfil renal, foram estudados 8 cachorros-do-mato machos, hígidos e cativos. Foram avaliados os seguintes parâmetros renais: bioquímica sérica (uréia, creatinina, dimetilarginina simétrica-SDMA); e ultrassonografia renal modo B e Doppler (características dos rins, índice de resistividade renal e detectar possível Dioctopyma renale); perfil lipídico (triglicérides e colesterol total). Os valores de SDMA obtidos oscilaram entre 6 a 9 µg/dL. O IR foi obtido a nível da artéria interlobar, com valores médios de 0,520,10 e 0,500,05, para os rins esquerdo e direito, respectivamente. No estudo eletroforético, foram avaliados 13 cachorros-do-mato machos, hígidos e cativos, e 7 cães domésticos. Foi realizada eletroforese sérica em gel de poliacrilamida 7% NATIVE-PAGE para a avaliação das proteínas. Os perfis de proteínas séricas das duas espécies apresentaram diferenças na apresentação e quantificação das frações. Os cães domésticos apresentaram quantidades superiores de albumina sérica, albumina total e relação albumina/globulina, enquanto os cachorros-do-mato apresentaram quantidade superior de globulinas totais. Como conclusão, o marcador SDMA em Cerdocyon thous hígidos apresentou valores similares aos de cães domésticos, abaixo de 14 µg/dL. O IR renal foi passível de mensuração na espécie, ao nível da artéria interlobar, sendo obtido com maior facilidade no rim esquerdo e apresentando valores de acordo com a literatura para cães. Este é o primeiro relato que descreve os níveis de SDMA, IR no interior do parênquima renal e as frações proteicas séricas fracionadas pela técnica de eletroforese em gel de poliacrilamida 7% NATIVE-PAGE em cachorros-do-mato hígidos, podendo ser usados como base de comparação para a espécie.
  • ItemDissertação de mestrado
    Testes oftalmológicos em tucano-toco (ramphastos toco): schirmer microbiota conjuntival e tonometria
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-04-28) Ferreira, Mayara Chagas; Brandão, Cláudia Valéria Seullner [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A descrição de valores de referência em testes diagnósticos oftalmológicos para o Ramphastos toco, ave silvestre cada vez mais inserida no ambiente urbano e no atendimento veterinário especializado, faz-se necessária. No estudo, foi realizado a avaliação lacrimal por teste de Schirmer (TLS- I) e ponta de papel endodôntica padronizada (PPEP) e pressão intraocular com tonômetros de aplanação e rebote (Tonovet e Tonovet plus) em 15 Tucanos toco adultos e saudáveis ao exame clínico e oftalmológico, apenas com contenção física. Os resultados obtidos foram: TLS- I 7,77 ± 3,66 mm/min e PPEP 17,17 ± 2,97 mm/min; pressão intraocular com Tonopen 13,73 ± 3,58 mmHg; Tonovet 18,23 ± 1,78 mmHg; Tonovet Plus (cão): 22,52 ± 2,13 mmHg; Tonovet Plus (gato): 15,69 ± 1,50 mmHg. A tonometria de rebote é um método de fácil execução e acurado para utilização nos tucanos com valores maiores que a tonometria de aplanação. Para todos os testes, não houve diferença significativa considerando lateralidade dos olhos. A utilização de PPEP foi efetiva na mensuração da produção lacrimal com baixa variabilidade e desconforto. Na literatura consultada não há registro de valores de pressão com tonometria de rebote ou quantificação lacrimal com pontas de papel endodôntica em Tucano-toco, tornando estes resultados fundamentais para diagnóstico e tratamento de doenças oculares na espécie.
  • ItemDissertação de mestrado
    Avaliação dos impactos da rodovia Nequinho Fogaça (SP-139) São Paulo, sobre os animais silvestres do Parque Estadual Carlos Botelho (PECB)
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-05-06) Alves, Francisco de Assis; Teixeira, Carlos Roberto [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Animais silvestres são vulneráveis aos impactos rodoviários, mesmo em Unidades de Conservação. De um modo geral, há pouco conhecimento sobre o impacto das rodovias na fauna silvestre de áreas protegidas. O Parque Estadual Morro do Diabo é uma das poucas exceções. Lá o problema dos atropelamentos que ocorrem na rodovia Arlindo Bettio (SP-613) vem sendo monitorado há décadas. A rodovia Nequinho Fogaça (SP-139) atravessa o Parque Estadual Carlos Botelho (PECB), que foi criado em 1982 para assegurar integral proteção à biota e belezas cênicas do bioma Mata Atlântica, no sudeste do Estado de São Paulo. Foram feitas amostragens periódicas durante um ano, a fim de quantificar e qualificar as fatalidades decorrentes de colisões entre veículos e a fauna, evidenciar os mamíferos não voadores que se deslocam pela via e inventariar os tetrápodes terrestres nas passagens inferiores instaladas nas APPs de curso d’água. Paralelamente, a Fundação Florestal disponibilizou dados de atropelamentos coletados pelo seu serviço de fiscalização, como forma de complementar as análises. Genericamente, as metodologias empregadas consistiram na realização de buscas ativas e utilização de armadilhas fotográficas. Os resultados encontrados ajudaram a dimensionar a magnitude do conflito ambiental local gerado pela atividade de transportes. Verificou-se a ocorrência de um padrão sazonal nas estatísticas de atropelamentos para a herpetofauna, apesar do baixo número global de eventos registrados. Embora os pontos adotados como passagens inferiores tenham concentrado intensa movimentação de exemplares faunísticos, constatou-se que a principal medida mitigadora já implementada no Parque é a interrupção noturna do tráfego de veículos. Diversas espécies de mamíferos não voadores deslocam-se pela via, dentre os quais felinos e ungulados de médio e grande porte.
  • ItemDissertação de mestrado
    Pesquisa de agentes infecciosos em onças-pardas (Puma concolor) de vida livre na bacia do rio Tietê, São Paulo, Brasil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-04-02) Franco, Paolla Nicole [UNESP]; Teixeira, Carlos Roberto [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    As constantes alterações ambientais ocasionadas por fatores antrópicos tem provocado mudanças na relação patógeno-hospedeiro. A emergência ou re-emergência de muitas doenças infecciosas e parasitárias associadas à degradação do habitat natural, podem causar sérios impactos na conservação de diversas espécies selvagens. A exposição desses animais à importantes agentes zoonóticos representa, ainda, uma ameaçada à Saúde Pública. A onça-parda (Puma concolor) vem sofrendo diversas ameaças nas últimas décadas e enfrenta intenso declínio populacional em diferentes regiões. Pouco se sabe a respeito do impacto da circulação dos patógenos nessa espécie. Diante deste cenário, o presente estudo teve como objetivo realizar um inquérito sorológico para avaliar a circulação de quatro agentes infecciosos selecionados, em 27 onças-pardas de vida livre, oriundas de municípios situados próximos à bacia do Rio Tietê, no Estado de São Paulo. As análises incluíram a pesquisa de anticorpos contra Toxoplasma gondii, Leptospira spp., FIV e FeLV, utilizando-se o teste de aglutinação modificada (MAT), a técnica de soroaglutinação microscópica (SAM) e o ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA) para a pesquisa viral, respectivamente. Os resultados evidenciaram a ocorrência de três destes patógenos nos animais avaliados. A infeção por T. gondii foi a mais prevalente, observando-se soropositividade em 59,3% (16/27) dos animais. Anticorpos contra Leptospira spp. e FIV também foram detectados, ambos com soroprevalência de 11,1% (3/27). Nenhuma amostra foi reagente para FeLV. Os resultados deste estudo indicam que a onças-pardas estão expostas à diversos agentes etiológicos, alguns potencialmente patogênicos para a espécie, ressaltando a necessidade de monitoramento constante do perfil epidemiológico destes animais, especialmente em áreas altamente fragmentadas.
  • ItemDissertação de mestrado
    Anatomia da cabeça do tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) por meio da tomografia computadorizada. Bases para conduta clínica.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-01-08) Farha, Aline Herrera; Schimming, Bruno Cesar [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) é o maior representante da família Myrmecophagidae e possui diversas adaptações morfológicas, fisiológicas e comportamentais relacionadas aos hábitos alimentares e de defesa. O objetivo deste estudo foi identificar as estruturas anatômicas encontradas na cabeça do tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) por meio da tomografia computadorizada. Para isto, foram usados dois cadáveres de tamanduá-bandeira, adultos e fêmeas. O exame tomográfico foi realizado de rostral para caudal. Posteriormente, as cabeças desses animais foram seccionadas em cortes transversais de aproximadamente 1,5 cm cada. As imagens tomográficas foram comparadas com os cortes anatômicos. A associação entre a tomografia computadorizada e as secções anatômicas permitiu a visualização de estruturas anatômicas encontradas nas cavidades nasal, oral, craniana, faríngea e da orelha. Foi observada uma cavidade oral alongada delimitada pela mandíbula também alongada. Esta cavidade achava-se ocupada principalmente por uma língua delgada e alongada formada principalmente pela união dos músculos esternoglossos. A nasofaringe e orofaringe estenderam-se até o pescoço em nível da quinta vértebra cervical. Os achados deste estudo permitem sugerir que o tamanduá-bandeira possui uma cabeça com estruturas morfologicamente adaptadas ao seu hábito alimentar, como um crânio, língua, ossos estiloióideos e mandíbula alongados. Além disso, pelos resultados do estudo, é possível sugerir que a tomografia computadorizada seja uma ferramenta aliada da rotina veterinária de animais selvagens, já que permitiu a identificação de estruturas anatômicas encontradas na cabeça do tamanduá-bandeira.