Instituto de Biociências, São Vicente

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  • ItemDissertação de mestrado
    Avaliação ecotoxicológica dos inibidores de corrosão biológicos Gluconato de Sódio e Nitrito em suas formas livres e nanoestruturadas em hidróxidos de dupla camada
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-12-22) Silva, Mariana Bruni Marques do Prado e; Abessa, Denis Moledo de Souza [UNESP]; Martins, Roberto Carlos Domingues
    Metalic corrosion is the main cause of structures and equipaments degradation in the marine environment. This problem has been minimized by the use of corrosion inhibitors (CI). However, due to their toxicity, there is an interest on replacing them by less toxic alternatives. Researchers from University of Aveiro (UA) in a partnership with a Portuguese I&D company Smallmatek, Lda. developed manufactured nanomaterials made of layered double hydroxides (LDH) to encapsulate the bio-CI, aiming at raising the anticorrosion efficacy of these compounds and to extend their half-life, mitigating the early leaching of the CIs, a very common technical problem in the modern paints that are widely used to marine purposes. In the present study an ecotoxicological evaluation of two bio-CI was performed, using sodium gluconate (SG) and nitrite (NO2) in their free and nanostructured forms (LDH-SG; LDH-NO2), as well as the base nanomaterial (LDH), using three neotropical marine species. Chronical toxicity assays were conducted to evaluate the effects over the sand dollar (Mellita quinquiesperforata) and mussel (Perna perna) embryolarval development, and in the fecundity of copepods (Nitokra sp.). The obtained data indicated similar Lowest Observed Effect Concentrations (LOEC) to the five tested compounds with M. quinquiesperforata and P. perna, showing effects since the lowest concentrations. For Nitokra sp., the compounds toxicity, based on the LOEC values, can be classified in a descending order: ZnAl-LDH-SG > ZnAl-LDH-NO2 > ZnAl-LDH > SG and NO2. These results differ of those obtained to temperate environment organisms, in which free CI presented higher toxicity than their respective nanostructured forms. It is important to continue the investigation of these new substances to better understand the nanostructure behavior and the CI release in the environment, contributing to the development of novel anticorrosive with a high performance and a low environmental risk.
  • ItemDissertação de mestrado
    Análise espacial do depósitos sedimentares costeiros holocênicos das florestas de mangue: uma abordagem geocronológica-palinológica integrada
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-11-30) D'Angelo, Ana Luisa Cavichiole Ferreira; Fornari, Milene [UNESP]
    A dinâmica das florestas de mangue da costa brasileira durante o Holoceno foi controlada pela interação de fatores complexos, com destaque para variações do nível relativo do mar (NRM) e mudanças climáticas. Estudos de evolução das florestas de mangue são realizados de forma isolada. Isto é, para algumas regiões geográficas específicas e/ou com base em intervalos de tempo do Holoceno, o que não permite discutir as mudanças das florestas de mangue para a costa brasileira como um todo. Portanto, o objetivo deste estudo é caracterizar os processos de instalação e da dinâmica das florestas de mangue a partir da integração de dados de frequência relativa de polens e idades 14C e inferir os processos controladores da expansão e retração dos manguezais para a costa brasileira. Assim, a partir de uma revisão bibliográfica de artigos publicados entre 1996 e 2022, foram coletados dados de frequência relativa de pólen e datações 14C para os depósitos holocênicos com registro de polens de mangue. A integração dos resultados permitiu diferenciar três fases durante o Holoceno para as florestas de mangue: 1) instalação e expansão entre 10.0 ka cal AP e 5.0 ka cal AP; 2) retração entre 5.0 ka cal AP e 2.0 ka cal AP e 3) nova expansão, entre 2.0 ka cal AP até o presente. A fase de instalação e expansão, registra o início das florestas de mangue com o gênero de Rhizophora. Esta fase relaciona-se com a subida de NRM, condições climáticas mais secas e anomalias de temperaturas da superfície da água com tendência de aumento da Corrente Norte do Brasil (~1ºC) e da Corrente do Brasil (0.5ºC). A fase de retração caracteriza-se pela diminuição das florestas de mangue e incide com a queda do NRM e da precipitação, com valores de δ18O menos negativos bem como tendência de diminuição da temperatura da superfície do mar na Corrente do Brasil, atingindo até ~ -0.1ºC e aumento da temperatura da superfície do mar da Corrente Norte do Brasil, até ~1.3ºC. O período de 2.0 ka cal AP até o presente caracterizada como fase de nova expansão das florestas de mangue, com o aparecimento do gênero Laguncularia na região Sudeste, bem como os primeiros registros de polens de mangue na região Sul durante o Holoceno, representados pelo gênero de Laguncularia e posteriormente Avicennia. O novo período de expansão das florestas de mangue pode ser relacionado ao aumento do nível do mar global em toda a costa brasileira. Na região norte e nordeste outro fator que pode ter influenciado na nova expansão é o aumento da temperatura superficial da água da Corrente Norte do Brasil em até ~1.5ºC. Já para a região sudeste e sul os dados da temperatura superficial da água diminuem em até ~ -0.4ºC. Enquanto os valores de δ18O mantém-se constantes na região sudeste sugerindo que a precipitação não se alterou e na região sul os valores de δ18O mais negativos sugerem aumento da precipitação. Palavras-chave: Pólen, Datação 14C, Vegetação Costeira, Nível Relativo do Mar, Clima.
  • ItemDissertação de mestrado
    Abundância e biomassa de aves em brejos salinos no Sul do Brasil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-14) Guerra, Bruno de Morais; Bornschein, Marcos Ricardo [UNESP]
    Os brejos salinos são áreas úmidas que ocorrem nas regiões temperadas, eles possuem predominantemente vegetação herbácea e devido a sua dinâmica de inundações subsidiam em grande proporção a alimentação das espécies que o habitam. Estes ambientes são muito importantes e estão vulneráveis aos impactos da mudança climática e mesmo com sua pequena área apresentam a ocorrência de espécies endêmicas como o bicudinho-do-brejo (Formicivora acutirostris), considerado ameaçado no Paraná e quase ameaçado no mundo pela IUCN. Desta forma, devido a singularidade e fragilidade do ambiente de brejos salinos, compreender as variações espaço temporais na composição da avifauna se faz muito necessário. O objetivo do trabalho é caracterizar a comunidade de aves dos brejos salinos da Ilha do Jundiaquara e Ilha da Folharada, em Guaratuba-PR. Foram realizados censos pelo método de ponto de escuta entre os anos de 2011 e 2018, além de duas amostragens em 2022. As aves foram caracterizadas quanto a sua frequência de ocorrência (FO), sua abundância (IPA), seu status de ocorrência, hábitos, guildas tróficas e biomassa. Registramos 120 espécies pertencentes a 35 famílias, das quais as que apresentaram maior número de espécies foram Tyrannidae, Thraupidae, Hirundinidae, Icteridae e Ardeidae. Estas foram classificadas quanto a FO como muito frequentes, frequentes, infrequentes e escassas. Quanto ao Status como visitantes, acidental, residentes, migratórias e indeterminado. Quanto ao habito como florestais, semi-florestais, palustres, aquáticas, aéreas e campestres. As espécies mais abundantes foram Hirundo rustica, Pardirallus nigricans, Formicivora acutirostris, Agelasticus thilius, Tachuris rubrigastra e Geothlypis aequinoctialis. Constatamos declínios populacionais ao longo dos anos em Serpophaga nigricans, T. rubrigastra, H. rustica, A. thilius e Phleocryptes melanops. Observamos também o desaparecimento de Rallus longirostris e Certhiaxis cinnamomeus que pode estar atribuído à remoção total de braquiárias invasoras que poderiam ter possibilitado o estabelecimento destas espécies nas áreas. No tocante às aves residentes estas foram classificadas entre as guildas tróficas invertívoras, onívoras, granívoras, carnívoras e nectarívoras, a família de aves residentes com maior biomassa foi Rallidae. A guilda dos carnívoros foi a maiss representativa e a biomassa anual se manteve estável. Os brejos salinos subtropicais da Baía de Guaratuba, produzem em média 572,37 gramas de aves residentes por hectare anualmente.
  • ItemDissertação de mestrado
    Caracterização da invasão de gastrópodes exóticos em vegetações arbóreas de diferentes estágios de conservação no bioma Floresta Atlântica
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-09-29) Santos, Alessandra Oliveira; Bornschein, Marcos Ricardo
    As espécies invasoras representam uma grande ameaça aos ecossistemas naturais. As invasões biológicas têm três estágios gerais: introdução, estabelecimento de uma população autossustentável e invasão que espalha a distribuição. O caracol japonês Ovachlamys fulgens foi introduzido em vários países, inclusive no Brasil, e foi avistado pela primeira vez em 2013. Esse estudo foi dividido em dois capitulos, o primeiro com objetivo de avaliar se O. fulgens representa uma espécie invasora no bioma Mata Atlântica, e o segundo sobre a caracterização da invasão de gastrópodes exóticos, e o conjunto de espécies registrados em vegetações arbóreas de diferentes estágios de conservação no bioma Floresta Atlântica. Realizamos uma pesquisa quantitativa de vegetação secundária (10 e 50 anos) e florestas primárias na Reserva Bicudinho-do- brejo, no Sul do Brasil, em 2021–2022. Foram determinadas nove amostras, cada uma com 15 parcelas (50 x 50 cm), para amostragem de serapilheira e três (3 x 3 m) para busca visual, com 1 h/pessoa de observação por parcela. Foram realizadas 135 amostragens de serapilheira e 13,5 h/pessoa de busca visual. Procuramos na serapilheira coletada por gastrópodes vivos e conchas vazias. Registramos dois indivíduos vivos de O. fulgens, um indivíduo vivo da lesma exótica Meghimatium pictum e onze conchas vazias de Beckianum beckianum em vegetação secundária de 10 anos e 50 anos de idade. Nossos resultados não confirmaram O. fulgens como uma espécie invasora na área de estudo, possivelmente devido à interrupção do plantio de mudas, manejo de plantas exóticas e/ou clima subtropical. Contudo o ambiente com vegetação secundária com 10 anos de idade, e maior presença de vegetação exótica, também foi onde prevaleceu a presença de espécies exóticas ou associadas a ambientes antrópicos, talvez pela área apresentar histórico de antropização, e se encontrar mais próxima da sede, permitindo a introdução dessas espécies. Recomendamos a criação de um programa nacional destinado a diagnosticar o estado de invasão destes gastrópodes e a implementação de estratégias de gestão de controlo e erradicação a longo prazo.
  • ItemDissertação de mestrado
    Revisão sistemática sobre adaptação baseada em ecossistemas em regiões costeiras do hemisfério sul e lições comparativas para a Região Metropolitana da Baixada Santista
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-09-12) Shyton, Tatiane Gonçalves; Freitas, Débora Martins de [UNESP]
    Os impactos das mudanças climáticas na biodiversidade e nos serviços ecossistêmicos são uma preocupação crescente em nível global. As cidades costeiras estão particularmente expostas aos riscos associados às mudanças climáticas, como elevação do nível do mar, erosão costeira e aumento da frequência de tempestades. A adaptação às mudanças climáticas é um ponto crucial para a governança costeira nessas regiões, pois ameaça tanto as pessoas quanto os sistemas naturais. Projeções científicas indicam que o hemisfério sul será particularmente afetado pelos impactos mais imediatos e severos das mudanças climáticas. A Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS), no estado de São Paulo, é uma das áreas mais densamente povoadas e abriga o maior porto da América do Sul, o porto de Santos. O desenvolvimento industrial, as atividades portuárias e a ocupação humana modificaram drasticamente a paisagem, resultando em conflitos com os ecossistemas naturais. O planejamento da adaptação às mudanças climáticas requer o uso de informações científicas pelos tomadores de decisão locais. A abordagem de adaptação baseada em ecossistemas (AbE) considera as interconexões entre mudanças climáticas, ecossistemas, biodiversidade e bem estar humano. AbE oferece uma ferramenta valiosa para a gestão e conservação da biodiversidade em áreas costeiras. Neste contexto, foi realizada uma revisão sistemática que identificou e catalogou 12 estudos de caso de AbE implementados em regiões costeiras do hemisfério sul. Esses estudos foram analisados em relação aos serviços ecossistêmicos e ecossistemas envolvidos, além dos critérios propostos pela organização FEBA (Friends of Ecosystem-based Adaptation). Além disso, foram identificados e analisados os instrumentos políticos relacionados à adaptação climática na RMBS, com destaque para documentos do município de Santos, reconhecido nacionalmente como pioneiro no desenvolvimento de políticas de adaptação climática. Esses documentos evidenciam o interesse da região em iniciativas de AbE, alinhando-se às tendências internacionais, como a Agenda 2030, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a Década do Oceano propostos pela ONU. Este trabalho representa uma oportunidade valiosa para a RMBS ao fornecer um aprendizado significativo a partir das experiências de outras regiões costeiras do hemisfério sul, que enfrentam desafios semelhantes, estabelecendo uma ponte fundamental entre a ciência e as políticas públicas para o enfrentamento dos impactos das mudanças climáticas e a promoção da adaptação baseada em ecossistemas.
  • ItemTese de doutorado
    Paleoecologia da megafauna terrestre e marinha pleistocênica do sul do Brasil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-09-12) Carrasco, Thayara Silveira; Buchmann, Francisco Sekiguchi de Carvalho e [UNESP]
    O Pleistoceno foi uma época geológica caracterizada pela sucessão de ciclos glaciais e interglaciais. Esses ciclos ocasionavam o recuo e avanço do nível do mar, respectivamente, ora expondo a plataforma continental e ora submergindo-a. Em consequência do avanço/retração do ambiente terrestre/marinho, a Planície Costeira do Rio Grande do Sul abriga depósitos fossilíferos submersos, que datam do Pleistoceno Médio-Superior, associados à ambos os ambientes. Atualmente, fósseis de mamíferos terrestres e marinhos, objetos de estudo da presente tese, são transportados pela ação das ondas e podem ser encontrados ex situ na zona de varrido das praias da região, principalmente da Praia dos Concheiros. Fósseis de mamíferos terrestres estão associados aos períodos glaciais e análises isotópicas de carbono (δ13C) e oxigênio (δ18O) de tais espécimes revelaram que estes habitavam campos, corroborando com reconstruções ambientais baseadas em palinologia. O clima, que provavelmente era frio e sazonal, favorecia o desenvolvimento de plantas C3, especialmente gramíneas. Diante disso, a transição do Pleistoceno-Holoceno pode ter sido prejudicial à sobrevivência dos grandes herbívoros, devido ao estabelecimento de um clima mais quente e úmido que, associado a outros fatores, culminou na extinção da megafauna terrestre. A fauna de mamíferos marinhos do Pleistoceno, por outro lado, parece ter sido similar à atual. Com o desenvolvimento da presente tese, foram identificados fósseis de rorquais (Balaenoptera sp.), baleias-francas (Eubalaenasp.), delfinídeos (Delphinidae) e toninhas (Pontoporia blainvillei). Porém, a diversidade reportada para o Pleistoceno é subestimada e mais esforços devem ser realizados para a identificação da fauna passada. Entre os táxons de baleias e golfinhos presentes no registro fóssil da Planície Costeira do Rio Grande do Sul, a toninha é a mais abundante, fornecendo uma oportunidade única de estudar a ecologia dessa espécie ao longo do tempo geológico. A comparação entre espécimes atuais e fósseis evidenciou que o nicho isotópico da toninha (δ13C vs. δ18O) era maior durante o Pleistoceno, devido aos valores de δ13C mais amplos em fósseis. Os valores de δ18O, em contrapartida, foram mais amplos em toninhas atuais. Essas diferenças podem ser atribuídas a mudanças nas comunidades de peixes, com uma maior diversidade de presas pelágicas no passado, além de um maior fluxo de água doce e mudanças de salinidade na costa atual. Resultados que podem refletir também o impacto antrópico sobre os ecossistemas costeiros – empobrecimento das comunidades devido à sobrepesca.