Associação do grau de albuminúria com nível de atividade física e capacidade funcional em portadores de hipertensão arterial

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Data

2018-02-22

Autores

Meira, Tani Roberto Neres

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: A Doença Renal Crônica é um importante problema de saúde em todo o mundo, com repercussões sistêmicas de evolução progressiva, ocasionada em grande parte dos casos pelos efeitos deletérios renais da hipertensão arterial. É possível destacar o declínio funcional, como o principal ponderador para elevação das taxas de morbidade e mortalidade. Que reporta a necessidade de métodos que visem prevenir, retardar ou minimizar os agravos renais e cardiovasculares. Objetivo: Analisar a associação da albuminúria com o nível de atividades físicas e capacidade funcional em indivíduos portadores de hipertensão arterial. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo transversal, com casuística composta por pacientes hipertensos, de todas as unidades de saúde de Itaí, com idade mínima de 18 anos, com algum grau de albuminúria, avaliados através do uso de fita reagente e quantificada pelo exame de urina 24 horas, o nível de atividades físicas foi avaliado com uso do questionário internacional de atividades física IPAQ, a capacidade funcional foi avaliada através da execução do teste de caminhada de seis minutos (TC6), o índice de dispneia pela escala modificada de Borg e a rigidez arterial foi aferida através da velocidade de onda de pulso (VOP). Para análise dos dados os indivíduos foram divididos em três grupos em conformidade ao grau de albuminúria, sendo <10mg/24h, 10mg/24h a <30mg/24h e 30mg/24h ou valores superior. As variáveis categóricas foram expressas por números absolutos e porcentagem e comparadas pelo teste do qui-quadrado. As variáveis contínuas e de distribuição paramétrica foram comparadas pela análise de variância de uma via e expressos em média e desvio padrão. As variáveis contínuas e de distribuição não paramétrica foram comparadas pela análise de variância para dados não paramétricos e expressos em mediana e intervalo interquartílico. A significância estatística foi definida ao nível de 0,05. Resultados: Foram analisados 231 pacientes hipertensos, destes 53 apresentavam proteinúria ao exame de urina tipo 1 e 44 concluíram as avaliações propostas. Não foram encontrados valores significantes na associação entre a albuminúria e nível de atividade física, capacidade funcional no TC6 e suas variáveis hemodinâmicas, aos valores antropométricos, ao índice de rigidez arterial, a pressão arterial central, classes de anti-hipertensivos, exames laboratoriais taxa de filtração glomerular. Houve associação entre albuminúria e maior nível da pressão arterial periférica sistólica com valor de p=0,02, bem como índice de dispneia na escala de esforço nos momentos de repouso e posterior ao esforço da execução do TC6 com valores de p=0,02 e p<0,01 respectivamente. Conclusão: Não houve associação do grau de albuminúria com nível de atividade física ou capacidade funcional de pacientes hipertensos. Com isto, é possível crer na hipótese que a execução de atividades físicas não esteja associada ao aumento da albuminúria, assim, a inserção de atividades físicas pode ser um método seguro quanto à albuminúria no manejo da DRC, sendo necessário um estudo prospectivo de intervenção para melhor análise desta informação
Introduction: Chronic Kidney Disease is a major health problem worldwide, with systemic and progressive repercussions, due in large part to the deleterious effects of hypertension. Among its repercussions it is possible to highlight the functional decline, as the main weight for raising morbidity and mortality rates. That reports the need for methods that aim to prevent, delay or minimize renal and cardiovascular diseases. Objective: To analyze the association of albuminuria with the level of physical activity and functional capacity in individuals with arterial hypertension. Materials and methods: A cross-sectional study was carried out with a sample of hypertensive patients from all health units of Itaí, with a minimum age of 18 years, with some degree of albuminuria, evaluated using reagent tape and quantified by the examination Of 24-hour urine, the level of physical activity was assessed using the IPAQ international physical activity questionnaire, functional capacity was assessed by performing the six-minute walk test (MWT), dyspnea index using the modified Borg scale And arterial stiffness was measured by pulse wave velocity (PWV). For data analysis, subjects were divided into three groups according to albuminuria, being <10mg / 24h, 10mg / 24h at <30mg / 24h and 30mg / 24h or higher values. Categorical variables were expressed by absolute numbers and percentage and compared by the chi-square test. The continuous and parametric distribution variables were compared by the analysis of one-way variance for repeated data and expressed in mean and standard deviation. The continuous and non-parametric variables were compared by analysis of variance for non-parametric data and expressed in median and interquartile range. Statistical significance was set at the 0.05 level. Results: A total of 231 hypertensive patients were analyzed, 53 of them had some degree of proteinuria and 44 completed the proposed evaluations. No significant values were found in the association between albuminuria in relation to physical activity level, functional capacity at MWT and its hemodynamic variables, anthropometric values, arterial stiffness index, central arterial pressure, antihypertensive class, laboratory tests And for glomerular filtration rate. Except for the association between albuminuria with a higher systolic peripheral blood pressure level of p = 0,02 and for the dyspnea index in the exertion scale at the moments before and after the MWT with values of p = 0,02 and p <0,01 respectively. Conclusion: There was no association between the degree of albuminuria in hypertensive patients, in response to the level of physical activity and functional capacity of the individuals. Thus, it is possible to believe that physical activity is not associated with increased albuminuria, so possibly physical activity insertion may be an effective method for the management of CKD, and a prospective intervention study is necessary to better analyze this information.

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Palavras-chave

Doença renal crônica, Hipertensão arterial, Albuminúria, Atividades Físicas, Chronic kidney disease, hypertension arterial, Albuminuria, Physical activities

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