Dissertações - Ensino e Processos Formativos - IBILCE

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    Ensaio sobre produtos educacionais da startup Digo: aspectos sobre o conhecimento tecnológico pedagógico do conteúdo (TPACK)
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-09) Cunha, Diogo Garcia; Silva, Ricardo Scucuglia Rodrigues da [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Esta pesquisa é apresentada em formato multipaper contendo três manuscritos que são apresentados em ordem cronológica para responder à pergunta: “Quais aspectos educacionais surgem ao se conferir Produtos e Processos educacionais de uma startup educacional sob o prisma do Conhecimento Tecnológico Pedagógico e Conteúdo (TPACK)?”. Os Produtos Educacionais apresentados foram idealizados pelo autor e desenvolvidos em sua startup, a Digo®. O primeiro manuscrito apresenta a idealização e prototipação de um Produto Educacional denominado Microdigo, que utiliza a computação física para o ensino de programação e tecnologia. No segundo manuscrito é apresentado um Produto Educacional de software que utiliza uma plataforma de ambiente virtual para colaborar na comunicação e no processo de ensino aprendizagem de forma remota. Por último, o terceiro manuscrito apresenta o Processo Educacional constituído por quatro produtos educacionais reunidos sob o tema de horta tecnológica sustentável. Dessa forma, o autor utiliza do gênero literário de ensaio para analisar cada um dos manuscritos sob a ótica do framework TPACK. Logo, pode-se concluir que os Produtos Educacionais, ao analisar os seus principais aspectos sob o prisma do TPACK, possuem grande potencial para contribuir no processo de ensino-aprendizagem, contudo, para que os recursos sejam efetivos consideram-se importantes quatro ações: desmistificar o termo “tecnologia”, definir uma agenda para as tecnologias, utilizar projetos temáticos para resolução de problemas reais e capacitar o corpo docente a utilizar os recursos tecnológicos.
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    Professores dos anos iniciais do ensino fundamental e suas imagens sobre a matemática
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-09) Zamonel, Beatriz de Barros; Silva, Ricardo Scucuglia Rodrigues da [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Esse trabalho é fruto de uma pesquisa cujo o objetivo geral foi o de elaborar uma compreensão acerca da imagem pública da matemática (IPM) de professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Já como objetivos específicos, pretendeu-se investigar a IPM dos professores participantes de um curso de extensão universitária e sua (des)construção a partir da exploração de conteúdos matemáticos associados a elementos artísticos. Caracterizado como difusão do conhecimento, o curso foi oferecido por um docente da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) – câmpus de São José do Rio Preto e contou com 40 (quarenta) horas de duração, divididas em cinco módulos com carga horária de 8 (oito) horas cada um. O curso aconteceu de forma remota, tanto com a realização de atividades síncronas quanto de atividades assíncronas. Ao longo dos módulos foram abordadas questões relacionadas a IPM, a produção de vídeos e ao uso de elementos estéticos em aulas de matemática. Os dados foram produzidos a partir da gravação das aulas online síncronas, dos comentários e relatos feitos pelos participantes nas aulas e em fórum online assíncrono. Outra fonte de dados foram formulários respondidos pelos docentes em dois momentos do curso, no início e em seu encerramento, e os produtos gerados pelos participantes: desenhos e vídeos. Tais materiais foram analisados sob a abordagem qualitativa, considerando-se a noção de estudo de caso. No total, dez professores concluíram o curso. Desse grupo, eram graduandos enquanto outros já atuam como docentes há mais de dez anos. A partir dos dados obtidos, nota-se que, no contexto dessa amostra, as representações acerca da matemática fornecida pelos participantes são permeadas por mitos e estereótipos e o uso de artes nas aulas de matemática é pouco recorrente, contribuindo para a perpetuação de uma IPM negativa. Os desenhos elaborados remetem a uma visão simbólica/aritmética e mesmo aqueles participantes que, por meio do desenho, não expressaram uma IPM negativa, consideram que as pessoas no geral veem percebem atribuem características ruins à matemática. Quanto aos vídeos “curtos”, os professores abordaram a temática “infinito” em vídeos de até um minuto, remetendo a movimentos, a metáfora e, em maioria, em explicações sobre o tema. Já nos vídeos de até cinco minutos, a transformação da IPM foi explorada e os participantes apresentaram imagens, segundo eles, alternativas às convencionais. Após a realização do curso, o grupo afirmou que o mesmo ofereceu contribuições para suas atuações como docentes.
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    Ensino de ciências por investigação sob perspectiva da semiótica peirceana: análise da deformação do tecido espaço-tempo
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-06-12) Yamaguchi, Renata Oliveira; Silva, Jackson Gois da [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O Ensino de Ciências por Investigação (EnCI) é uma abordagem que busca introduzir os alunos no universo das práticas científicas, trazendo debates e reflexões acerca do fazer ciência. É imprescindível que eles, dentro do ambiente escolar, possam participar por meio desta abordagem, dos processos para a construção de seu entendimento sobre os conteúdos curriculares, elaborando problemas a serem analisados, hipóteses, discussões sobre as informações recebidas e novas ideias que foram propostas. Na presente pesquisa, partimos do início das ideias investigativas com Dewey até seu modelo atual, buscando compreender como ocorre o processo de aprendizado durante atividades baseadas no Ensino de Ciências por Investigação, por meio de elementos da semiótica de Charles Sanders Peirce. Para isso, coletamos dados através de gravações em áudio, vídeo, questionário e entrevista individual aplicados no primeiro semestre de 2022 em uma escola pública nas aulas de Práticas Experimentais. A análise de dados é de caráter qualitativo e possui como método a análise de conteúdo das comunicações de Laurence Bardin, método que abrange um conjunto de técnicas que, por meio de procedimentos sistemáticos e objetivos, colabora com a interpretação dos dados obtidos. Para organização dos dados utilizou-se as categorias pré-estabelecidas por Peirce para caracterização dos signos presentes durante a comunicação, sendo a relação por semelhança de qualidades chamada de ícone, a relação direta com o objeto sendo o índice, e um hábito, lei ou regra sendo o símbolo. Por meio de nossa análise, observamos a predominância de signos do tipo icônico, principalmente durante a etapa de experimentação, devido ao momento descritivo e exploratório do material, além de signos da categoria simbólica, que compreendemos como conhecimentos vindos de outras experiências e vivencias dos estudantes. A identificação das categorias de signos presentes e sua forma de utilização nos levaram a refletir sobre o papel da experimentação durante as aulas da área de ciências da natureza, e como as demais etapas descritas pelo EnCl são importantes para a formulação de novos interpretantes que colaborem para o desenvolvimento do conhecimento dos sujeitos.
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    Percepções de professoras iniciantes de creches sobre o estágio curricular supervisionado
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-06-26) Vinhaa, Larissa Lima; Nono, Maévi Anabel [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Com o início da criação das universidades para cursos de licenciatura em 1987, ficam em segundo plano as escolas normais que atuam no século XIX como formadoras de professores. Nessa alteração, o estudo da Pedagogia se aproximou mais da ciência e da pesquisa, levando em consideração aspectos como psicologia, filosofia e epistemologia. Entretanto, houve, também, a perda da prática e da aproximação com o ambiente de trabalho que outrora era mais valorizado com as escolas-modelo, onde os alunos do curso realizavam a prática por anos durante seus estudos, ministrando aulas na escola anexa à escola normal. Visando lidar com a lacuna prática na formação, autores estudados destacam a importância do Estágio Curricular Supervisionado (ECS) como entrelaçador do conhecimento teórico e prático capaz de suprir esse dilema, além disso, a legislação brasileira para o curso de licenciatura em Pedagogia traz o ECS como parte obrigatória. Tendo em vista a importância do cumprimento de um estágio de qualidade, essa pesquisa, de natureza quanti-qualitativa, teve como objetivo geral identificar e analisar percepções de professoras iniciantes de Educação Infantil sobre as contribuições e limitações do ECS, realizado no curso de Pedagogia, em seus primeiros anos de docência na creche. Teve como objetivos específicos: 1 – Caracterizar os participantes no que se refere a aspectos pessoais, trajetórias de formação para a docência na creche, percurso profissional; 2 – Descrever e analisar como foi realizado o ECS na Educação Infantil pelos participantes da pesquisa (carga horária, orientação recebida, articulação com as disciplinas do curso, tipo de supervisão, local e agrupamento de realização, observação/participação, relatórios, contato com a professora do agrupamento, acolhimento na escola onde realizou o estágio); 3 – Descrever e analisar situações vivenciadas no ECS que contribuíram, do ponto de vista dos participantes, nos primeiros anos de docência na creche; 4 – Identificar limitações do ECS apontadas pelos participantes, assim como aprendizagens que gostariam de ter vivenciado no ECS, as quais acreditam que teriam auxiliado nos primeiros anos de docência na creche. Esta pesquisa foi realizada em creches públicas de um município do interior do estado de São Paulo e teve como participantes 15 professoras com até cinco anos de experiência docente. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário com questões fechadas e abertas. Os dados foram analisados a partir de focos de análise estabelecidos com base nos objetivos da pesquisa. Os resultados indicam que as docentes iniciantes se encontram em contratos temporários de baixa estabilidade no município. Todas as respondentes realizaram o ECS em Educação Infantil, sendo majoritariamente feito em instituições de pré-escola, o que gerou uma lacuna na formação em relação à falta de fundamentação específica para a creche. As orientações recebidas para a realização do estágio e o espaço de discussões oferecido contribuíram para a formação das professoras, no entanto, as limitações se referem à falta de informações aprofundadas sobre o cuidado físico e a elaboração de documentação pedagógica no estágio.
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    Perfil e concepções de professoras de creches conveniadas de um município do noroeste paulista
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-04-12) Pedrini, Mirian Roberta; Nono, Maévi Anabel [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A história da Educação Infantil no Brasil evidencia marcas deixadas pelo assistencialismo e pela crise do Estado ocorrida na década de 1990. A pesquisa apresentada, de natureza quanti-qualitativa, tem como objetivo levantar o perfil e as concepções das docentes das creches conveniadas de um município do noroeste paulista, por meio do levantamento de dados sobre: a rede municipal de ensino; as informações pessoais e profissionais das professoras que atuam nas creches conveniadas do município e as condições de trabalho dessas professoras; e também mediante a descrição e análise das concepções das docentes de creches conveniadas sobre criança, Educação Infantil, função da creche, especificidades dos bebês de zero a três anos, necessidades formativas, e dos seus conhecimentos sobre legislação educacional referente a Educação Infantil. Para isso, disponibilizou-se as 287 docentes um questionário pelo Google Forms, com questões abertas e fechadas, respondido por 34,25% delas. A análise dos dados foi realizada por meio de focos de análise (MIZUKAMI et al., 2002) e aponta que as docentes parecem possuir concepções claras sobre as potencialidades de desenvolvimento na Primeiríssima Infância e a importância que elas desempenham nesse processo, alegando que realizam propostas pedagógicas significativas e convidativas, planejadas de acordo com as especificidades da faixa etária, respeitando o tempo de aprendizagem e as preferências de cada criança, observando-as cotidianamente. Desta forma, as professoras demonstram reconhecer sua importância no processo educacional e sinalizam que o desenvolvimento profissional deve ser constante e que, para isso, necessitam de formação continuada sobre variados temas, especialmente relacionados à educação inclusiva, apesar de haver entre algumas docentes a percepção de desvalorização profissional. As professoras reconhecem que a creche precisa oferecer um espaço seguro e acolhedor e que proporcione bem-estar, com o cuidar e educar como ações indissociáveis. Em suas respostas, as professoras evidenciam a dimensão afetiva presente na creche e a importância da parceria entre escola e família, o que, em algumas respostas, percebe-se ainda ser frágil. Ao elencar os assuntos que gostariam de se aprofundar, as docentes marcam quais são suas angústias e, possivelmente, suas lacunas formativas, que escola e poder público necessitam observar e atentar, a fim de traçar estratégias que assegurem uma formação continuada voltada às necessidades desta parcela profissional e das crianças atendidas na creche. Os resultados revelam a necessidade de investimentos do poder público em maior tempo para formação continuada das docentes, durante a jornada de trabalho; contratação por concurso público ou formas mais exigentes de seleção, com participação das secretarias municipais de educação; plano de carreira que considere formação acadêmica e tempo de serviço; valorização das professoras com salários condizentes com suas responsabilidades e acompanhamento e avaliação dos cursos de graduação em Pedagogia, especialmente os cursos na modalidade a distância. A garantia de oferta de Educação Infantil de qualidade é responsabilidade do Estado, pois uma sociedade democrática é aquela em que todos os sujeitos têm acesso a uma educação que lhes dê condições para o exercício pleno da cidadania.
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    Estudo de recursos audiovisuais e suas funções semióticas em slides utilizados em aulas de Física
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-31) Gonçalves, Janderson Dos Santos; Silva, Jackson Góis [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A presença das tecnologias audiovisuais em sala de aula pode ampliar o interesse dos estudantes no aprendizado. O objetivo deste trabalho foi investigar a natureza semiótica de materiais didáticos utilizados em aulas de Física na forma de arquivos de slides do Centro de Mídias da Educação de São Paulo. A partir de um conjunto de 31 arquivos de slides disponíveis, escolheu-se três que apresentavam a maior quantidade de recursos semióticos. Utilizamos como referencial teórico a Semiótica de Charles Sanders Peirce, e como categorias de análise as concepções de ícone, índice e símbolo. Também diferenciamos nas análises os potenciais objetos gerais que podem ser atribuídos aos signos (OG) considerando como objeto geral o significado mais geral que pode ser atribuído ao signo no contexto ocidental, independente do contexto de aula utilizado no arquivo e um outro objeto, este, de acordo com o tema central da aula (OA). Na análise signo-objeto (OG), a ocorrência de ícones foi a mais predominante. Já na análise signo-objeto (OA), a presença de índices tornou-se mais ocorrente, demonstrando que conforme o tipo de concepção usada para a análise semiótica, pode-se ter resultados distintos quanto a prevalência de ícones, índices ou símbolos. Como resultado, apresentamos a representatividade de ícones, índices e símbolos, tanto em OG quanto em OA, e comparamos as mudanças de representatividade.
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    A Prestação de Serviços à Comunidade a partir do relato de jovens que cumpriram esta medida socioeducativa
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-19) Ferreira, Vanessa Gimenez; Cruz, Luciana Aparecida Nogueira da [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O tema desta dissertação perpassa o artigo 103 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que trata do ato infracional praticado por adolescentes. Esses são definidos como pessoas de 12 a 18 anos de idade, que são inimputáveis, cabendo as medidas específicas de proteção, dentre elas, a de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC). A medida envolve a realização de atividades em entidades, com ações que devem ser voltadas para a comunidade e com metodologia pedagógica, de modo que o jovem não seja colocado para trabalhar para a entidade bem como em atividades inadequadas. O objetivo geral é investigar a percepção de jovens que cumpriram a PSC em um município de porte médio do interior do estado de São Paulo e os dois objetivos específicos consistiram em levantar as atividades que foram desenvolvidas pelos adolescentes na PSC e, a partir do relato deles, alguns resultados desta medida socioeducativa estudada. A natureza da pesquisa é qualitativa, com finalidade social, exploratória e aplicada. A metodologia é composta por pesquisa bibliográfica, análise dos documentos oficiais referentes à PSC e pesquisa de campo composta por questionário sociodemográfico e entrevista semiestruturada com oito jovens que cumpriram a PSC entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2020. O referencial teórico é composto por três temas: discorre-se sobre as juventudes, seguida da história da criança e adolescente no Brasil e por fim aborda-se sobre a socioeducação e o trabalho desenvolvido no Programa de Prestação de Serviços à Comunidade pela UFGRS. Realizou-se análise de conteúdo das entrevistas e foram levantadas doze categorias as quais responderam os objetivos específicos. A medida socioeducativa é sancionatória no âmbito da sentença judicial, mas precisa garantir aprendizagem socio pedagógica com atividades voltadas para a comunidade. Conclui-se que é urgente romper com a Doutrina da Situação Irregular e com o contexto histórico de que o jovem é problema, de criminalizar o jovem pobre, negro, da periferia e romper com as intervenções pautadas no trabalho como sanção-punição.
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    Atividade humana educativa: um olhar para a tecnologia na Metodologia da Mediação Dialética M.M.D
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-03-29) Silva, Priscila Francisca da; Arnoni, Maria Eliza Brefere [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O presente estudo pauta-se na Atividade humana educativa, tal como elaborada por Arnoni (ARNONI 2007-2020), vislumbrando a possibilidade de o desenvolvimento da “Metodologia da Mediação Dialética M.M.D.” (ARNONI 2007-2020), enquanto processo de superação do atual modelo de aula proposto pelo sistema educacional brasileiro cujas estruturas mantêm as desigualdades do sistema sócio-político e econômico que permeiam a educação. Pretende-se, a partir deste estudo, abordar a propagação das tecnologias educacionais, sua supervalorização no mercado tecnológico, no meio empresarial e, em especial, na educação formal institucionalizada, em que assume o viés determinista como suposta solução dos problemas da educação nacional, ao atribuir-lhe uma grandeza transformadora e autossuficiente, capaz de engendrar, por si só, o conhecimento. Fundamentado nos pressupostos teóricos da ontologia do ser social, em especial, os de Marx (2008, 2011) e Lukacs (2013), dentre outros, que considerou o trabalho como atividade humana laborativa, a partir da qual Arnoni (2021) elaborou a atividade humana educativa, mantendo a composição do trabalho: intencionalidade, objeto e instrumental, como possibilidade de superação do modelo burguês de aula. O referencial teórico e metodológico da Atividade humana educativa, destaca que a intencionalidade centra-se em promover a superação da aula tradicional, tomando como objeto o conceito educativo por meio da organização metodológica do conceito científico, via etapas da Metodologia da Mediação Dialética M.M.D, sendo esta um pressuposto metodológico e instrumental. A partir dos pressupostos da Atividade humana educativa, busca-se compreender as tecnologias educacionais, considerando os referenciais teóricos sobre o instrumental e sobre a linguagem na organização metodológica do conceito científico, via Metodologia da Mediação Dialética. São precípuas tais considerações para que se configure a tecnologia no processo educativo, por compreender que as indefinições que circundam a temática levam a confusões empíricas, que no contexto escolar, solidificam práticas que limitam ainda mais o conhecimento às classes dominadas.
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    Ensino de história e as tecnologias: análise de livros do professor do primeiro ano do ensino médio
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-03-09) Duarte, Cláudia dos Santos; Rondini, Carina Alexandra [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Nas últimas décadas, o uso das tecnologias ultrapassou várias fronteiras, incluindo, aqui, o contexto da educação e, particularmente, do ensino da História. Assim, inúmeros estudos têm se proposto a identificar e analisar o possível impacto das tecnologias no processo de ensino-aprendizagem, enquanto outros objetivam desmitificar o pensamento de que tais recursos representam a salvação para os dilemas educacionais atuais. A sociedade contemporânea está gradualmente mais inserida no contexto tecnológico, todavia, observa-se que a relação entre tecnologia, educação e ensino de História tem sido marcada por múltiplas facetas e desafios. A partir dessas considerações, a pergunta norteadora deste trabalho foi: como está proposta a utilização das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) no livro do professor que se encontra nos livros didáticos de História? Para responder a essa questão, o objetivo principal consistiu em verificar a maneira pela qual esse material menciona e propõe o emprego das TDICs. No que se refere aos três objetivos específicos, derivaram três capítulos independentes, porém, complementares. O primeiro, apresentado no Capítulo 1, discute o uso das TDICs no contexto educacional e escolar, considerando a democratização das tecnologias e o seu acesso (ou não), por parte do estudante. O segundo, evidenciado no Capítulo 2, se propõe contextualizar a história do ensino de História, no Brasil, observando suas rupturas, lacunas, mudanças e continuidades. Por sua vez, o terceiro objetivo, desenvolvido no Capítulo 3, observa de que forma as TDICs são mencionadas e propostas nos livros do professor utilizados nas aulas de História no 1º ano do Ensino Médio, em três contextos escolares diferentes da cidade de Votuporanga, SP. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa de revisão bibliográfica, nos dois primeiros capítulos, e de caráter documental, no terceiro, com base na relação entre ensino de História e tecnologias. Nessa perspectiva, promoveu-se a identificação, seleção e análise das sugestões de TDICs encontradas em três livros didáticos: Conecte Live: História - Orientações didáticas do Movimento do Aprender – História: 1º ano Ensino Médio” e História – Ciências Humanas - Ensino Médio – 1º ano. Para alcançar os objetivos propostos nos três capítulos, o pensamento de autores como Tortajada e Pelàez, Levy, Nascimento, Duran, Bittencourt, Fonseca, dentre outros, foram abordados. Os resultados indicaram que a inserção das TDICs nos livros do professor já representa uma realidade, no contexto educacional brasileiro. Além disso, observou-se que a menção às TDICs, nos livros do professor selecionados, é interessante e expressa a importância da inclusão das TDICs nos processos formativos. Em contrapartida, verificou-se também que os materiais analisados apresentam certas lacunas, no que se refere ao uso das TDICs no ensino de História, como, por exemplo, o fato de que as sugestões direcionadas aos professores propõem que os alunos usem as tecnologias somente como consumidores e não como os próprios produtores de conhecimentos históricos. Certamente, a observação de tais questões adquire relevante importância na relação estabelecida entre TDICs e o ensino de História, considerando que as tecnologias devem auxiliar o processo de apropriação do conhecimento histórico e a sua consequente análise, por parte do estudante.
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    Juventude criminalizada, projetos de vida e direitos humanos: o campo de possibilidades no contexto da socioeducação
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-03-04) Bressan, Marina Scaramuzza; Klein, Ana Maria [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Projetos de Vida são metas gerais que direcionam as pessoas ao longo de suas vidas e que vêm ganhando destaque nas políticas educacionais brasileiras, além de ser eixo orientador das execuções de medidas socioeducativas. A juventude representa uma etapa de desenvolvimento identitário e de profunda experimentação, de maneira que a discussão de Projetos de Vida toma especial relevância ao ser humano considerado jovem. Entender qual o cenário vivenciado pelas juventudes se faz necessário para entender a construção de seus Projetos de Vida, visto que eleger metas que tenham significado depende do campo de possibilidades dos sujeitos. No caso de jovens em situação de vulnerabilidade, como aqueles em contexto de criminalização, são ainda mais urgentes estas reflexões. Nesse sentido, o problema que orienta a investigação é: qual o diálogo possível entre o conceito de Projeto de Vida e a socioeducação? Os objetivos específicos do estudo são: (i) definir o conceito de Projeto de Vida, estabelecendo relações com o contexto das juventudes e da socioeducação; (ii) caracterizar Projeto de Vida como Direito Humano; (iii) identificar como se dá o uso do conceito de Projeto de Vida em documentos oficiais referentes à socioeducação. A abordagem do problema é qualitativa; tratando-se de uma pesquisa exploratória que visa tornar o problema explícito e contribuir para o aprofundamento do tema. Os procedimentos técnicos são: pesquisa bibliográfica e pesquisa documental. Por meio de levantamento de dissertações e teses, foram encontradas 19 pesquisas que relacionam o conceito de Projeto de Vida com juventudes e educação. O levantamento tem como parâmetro cronológico o período entre o ano de 2012, no qual se promulgou a Lei do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, e o ano de 2021. A fonte consultada é a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações. Por meio de pesquisa bibliográfica, ainda, são desenvolvidos os conceitos de Projeto de Vida e de juventude; o reconhecimento do Projeto de Vida como Direito Humano; a contextualização do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo; além da investigação da influência das medidas socioeducativas na identificação de Projetos de Vida. A análise de documentos compreende aqueles que adotam os Projetos de Vida como eixo orientador de medidas socioeducativas. Constatou-se que o conceito de Projeto de Vida já foi abordado como Direito Humano tanto em decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos, quanto do Supremo Tribunal Federal, inclusive em casos referentes a jovens sob responsabilização estatal. Juridicamente, portanto, admite-se que em um contexto de violação de direitos há graves prejuízos ao desenvolvimento humano, resultando em um Dano ao Projeto de Vida, que torna o indivíduo incapaz de se realizar existencialmente. Os dados analisados demonstram que, apesar da mudança de paradigmas frente aos Direitos de Crianças e Adolescentes, jovens no contexto da socioeducação vivenciam a falta de projeção de um porvir ou, ainda, a dificuldade em estruturar ações para alcançar um futuro desejado. A pesquisa traz luz à necessidade de garantir atenção integral a estes jovens, a fim de alargar seu campo de possibilidades e, consequentemente, possibilitar a construção de Projetos de Vida emancipadores.
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    Projetos de vida de jovens encarcerados e a sua percepção sobre o papel da educação no desenvolvimento de seus projetos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-03-03) Santos, Paula Toledo Lara dos Santos; Klein, Ana Maria [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Projetos de vida podem ser definidos como formas de expressão da humanidade que envolve possibilidades, escolhas e atribuição de sentido à existência individual. Neste sentido, podem ser compreendidos como um direito humano na medida em que se relacionam com o desenvolvimento pleno do ser humano e o direito de planejar sua vida. Neste estudo, os projetos de vida são definidos a partir do trabalho de Damon (2006); Klein e Arantes (2016); Velho (1981) e Machado (2000). O universo de investigação desta pesquisa são as pessoas encarceradas, sujeitos de direitos que, no entanto, são submetidos a condições que revelam graves violações de direitos humanos, dentre elas o acesso à educação e à atividade laboral, que poderiam favorecer a ressocialização no período pós-cárcere. A educação é um processo relevante para a identificação e consecução de projetos de vida, uma vez que amplia o universo de possibilidades das pessoas trazendo novos conhecimentos e experiências. A relevância dos projetos de vida em sua dimensão educativa vem ganhando reconhecimento no Brasil – um exemplo é a adoção destes projetos como eixo central do Ensino Médio. Esta pesquisa problematiza os projetos de vida de jovens encarcerados, entendendo que nesta etapa da vida tais projetos adquirem especial relevância, uma vez que possibilitam a projeção do futuro por meio da identificação de metas com significado para a existência de cada um. O objetivo do presente trabalho consiste em investigar qual a percepção que jovens encarcerados têm sobre o papel da educação na identificação de seus projetos de vida. Para isto, foi desenvolvida uma pesquisa de campo na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC). A abordagem do problema é qualitativa, privilegiando a relação entre o mundo objetivo e a percepção subjetiva dos participantes. Trata-se de uma pesquisa exploratória, realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com 11 jovens com idade entre 18 e 29 anos. Os dados são tratados por meio da análise de conteúdo, utilizando-se a modalidade frequencial e a categorização das respostas. Os resultados apontam que a maioria dos jovens entrevistados não terminou a escola quando estavam em liberdade e frequentam ou frequentaram a escola da APAC. Quando questionado se consideram possuir projetos de vida e metas que o norteiam, a maioria dos jovens respondeu positivamente. Os dados mostram que a maioria dos jovens encarcerados têm como projeto de vida alcançar a liberdade, ter uma casa, um emprego e uma relação familiar estável. O estudo é visto como um meio para alcançar este fim. A conclusão é de que esta população sofre uma violação de direitos no que se refere tanto ao acesso à educação quanto à possibilidade de desenvolvimento de um projeto de vida.
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    Significados em ensino de química: uma perspectiva wittgensteiniana
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-01-31) Domingues, Lucas Fernandes; Silva, Jackson Gois da [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Estudar os processos de elaboração de significados é essencial para a área de ensino, considerando que o papel da linguagem é central nesses processos. Contudo, ainda há aspectos a respeito da elaboração de significados que as principais formas de análise da área de ensino ainda não dão conta. A Química apresenta aspectos empíricos na própria constituição de suas representações e teorias. Com isso, as possíveis relações entre linguagem e os aspectos empíricos presentes nos conhecimentos científicos são relevantes para a compreensão de processos de ensino e aprendizagem de ciências e Química. Uma possibilidade de compreensão dessa relação é a visão não-referencial de linguagem proposta pelo filósofo Ludwig Wittgenstein; nesta, a relação de representação não é necessária para um uso significativo da linguagem. Em nossa dissertação, procuramos contribuir com esse olhar do significado não-representacional para os estudos dos processos de significação, a partir da realização de uma revisão bibliográfica acerca de como Wittgenstein tem sido lido na área de Ensino de Ciências, mais especificamente na área de Ensino de Química, na última década. A partir dos conhecimentos obtidos na literatura, apresentamos uma profunda discussão e identificamos a necessidade de uma nova forma de olhar para os significados no Ensino de Química. Desse modo, a partir de um trabalho específico de identificação de modelos de significados, apresentamos os modelos de significados predominantes no Ensino de Química e o significado wittgensteiniano, que pode complementar lacunas existentes entre a Filosofia da Química e o Ensino de Química. A título de exemplo, mostramos como os pensamentos de Lavoisier, que tanto contribuíram com a Química e o Ensino de Química, apresentam-se claramente dentro dos modelos de significados que ainda predominam na área mesmo após séculos. E, finalmente, sugerimos e justificamos que estudos sejam desenvolvidos na direção de uma Filosofia do Ensino de Química, a partir da filosofia madura de Wittgenstein. Entendemos que as contribuições desse filósofo podem ir além da simples exemplificação de elaboração dos significados em contextos específicos, podendo fornecer elementos para uma compreensão mais ampla de aprendizagem, especialmente se alinhada às contribuições já presentes na Educação em Ciências.
  • ItemDissertação de mestrado
    Histórias formativas: o estágio supervisionado e a formação de professores
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-03-08) Scatena, Raphaela Sepulveda [UNESP]; Oliveira, Edilson Moreira de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Esse trabalho surge de inquietações deixadas por experiências vividas durante o curso de formação inicial na licenciatura em ciências biológicas, relacionadas aos estágios supervisionados. O estágio para estudantes é definido como um ato educativo escolar supervisionado, que visa ao aprendizado de competências profissionais e deve integrar os projetos político pedagógicos dos cursos de formação de professores. No entanto, a realidade dos cursos e seus estágios supervisionados apresenta problemáticas de importante discussão. A forma com que se estruturam os currículos apresenta, majoritariamente, disciplinas de cunho exclusivamente teórico, sem relação entre si nem elucidações de suas conexões com a realidade que as originam. O estágio, na maioria das vezes, trata-se do cumprimento de exigências legais, desconectado do contexto acadêmico e do projeto pedagógico dos cursos, cujas etapas de avaliação se resumem à prestação de contas e ao registro de atividades, nos chamados “relatórios finais”, sem que se considere a participação e a análise dos próprios alunos sobre suas vivências, esquecendo-se que é na prática o momento da realização de seus processos de identificação pessoal e afirmação como sujeitos da ação. Portanto, esta pesquisa analisou narrativas de experiência sobre o estágio supervisionado obrigatório elaboradas por egressos do curso de licenciatura em ciências biológicas da UNESP de São José do Rio Preto, para tentar compreender, a partir da perspectiva deles, o impacto desse momento no processo de suas construções como profissionais da educação, identificando suas experiências iniciais na escola, assim como suas dimensões em aspectos emocionais, pessoais e sociais. Neste sentido, o uso da narrativa concede uma alternativa valiosa como ferramenta metodológica qualitativa, em que o narrador traz, em seu discurso, o singular e, ao mesmo tempo, a marca da cultura e do contexto histórico, favorecendo o encontro do individual e do coletivo, o rompimento com a alienação e o fortalecimento do sujeito relacional. Na análise narrativa, os investigadores coletam descrições de acontecimentos, organizam e sintetizam-nos para que juntos construam uma trama coerente, com argumentação científica dentro do tópico de estudo. O resultado dessa análise narrativa se trata de uma narrativa retrospecto que busca trazer explicações, associando possíveis razões ou acontecimentos anteriores com o final da história, com os porquês por trás do que se sucedeu. Portanto pretendo com este trabalho trazer apontamentos que contribuam para reflexões nos cursos de formação inicial de professores e a importância de se repensar os estágios supervisionados.
  • ItemDissertação de mestrado
    Um estudo sobre a relação entre educar e cuidar de crianças bem pequenas, segundo a percepção de profissionais da educação infantil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-03) Bistaffa, Vanilda Divina Almério; Rondina, Regina de Cássia [UNESP]; Klein, Ana Maria [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Historicamente, muitas foram as dificuldades enfrentadas no Brasil ao longo de décadas com a prática nas instituições de Educação Infantil, na qual o ato de cuidar remete à ideia de assistencialismo e o de educar, à de ensino-aprendizagem. Contudo, muito ainda deve ser feito para que crianças bem pequenas tenham seus direitos e necessidades reconhecidos no Brasil. O cuidar e o educar são funções essenciais integrantes da Educação Infantil, devendo ser operacionalizados de forma indissociável no cotidiano das creches e das pré-escolas. Há, portanto, a necessidade de superação da dicotomia histórica dessas funções nas instituições e de investimentos em atividades que objetivem promover o desenvolvimento integral da criança, entendendo a educação como direito. Este estudo teve como objetivo descrever e comparar as percepções de professores de educação infantil e de auxiliares de cuidados diários (ACDs), que atuam em creches no município de Barretos/SP, sobre as funções de educar e cuidar de crianças bem pequenas, de dezoito meses a três anos de idade. Foram investigadas as percepções desses profissionais em relação às atividades desenvolvidas no cotidiano institucional. Para consecução dos objetivos, as estratégias adotadas foram: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e pesquisa de campo. A pesquisa de campo foi desenvolvida em três centros de educação infantil, na cidade de Barretos/SP. Os participantes foram treze professores e doze auxiliares que atendem crianças bem pequenas, de dezoito meses a três anos de idade. O instrumento utilizado foi um questionário enviado online aos participantes e estruturado em três partes: perfil do participante, percepções sobre cuidar e educar e reconhecimento profissional. Os dados foram categorizados a posteriori, a partir das respostas dos participantes. Foi realizada uma descrição compreensiva dos dados coletados, com base em fundamentação teórica pertinente à área de Psicologia do Desenvolvimento, destacando a perspectiva piagetiana, entre outras. Os relatos de docentes e ACDs são compatíveis com a legislação que norteia o desenvolvimento das atividades, no âmbito de Educação Infantil brasileira. Contudo, é fundamental observar que os participantes não mencionaram a relevância de alguns aspectos fundamentais previstos na legislação, como a importância de estabelecer brincadeiras com intencionalidade pedagógica, do planejamento diário na organização do espaço, do tempo, dos materiais e da rotina. Esses resultados levam a crer que possivelmente, seja necessário atribuir maior ênfase a temas como esses, nos cursos de formação de educadores atualmente.
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    A identidade docente da professora de creche e suas significações
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-09-02) Silveira, Mariana Corrêa da; Souza, Tatiana Noronha de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A construção da identidade docente é tema de relevância em diversos estudos sobre educação, pois, a partir do entendimento desta configuração identitária muda-se o paradigma sobre o que é ser professor. Mudança que tende a deixar a concepção tecnicista de professor como mero aplicador de aulas, para o de sujeito em uma visão integradora que planeja suas ações e se constitui na profissão a partir da relação com os demais interlocutores sociais concretos ou não, ou seja, colegas de trabalho, comunidade escolar, estudos de formação inicial e continuada, discursos socialmente partilhados sobre a profissão dentre outros. Embora a identidade docente seja tema de ampla discussão, percebe-se uma lacuna quando se trata especificamente do professor de creche. Esta lacuna se dá, provavelmente, pela gênese tardia no Brasil, do acesso a este serviço de educação, além deste estar por muito tempo sob responsabilidade da assistência social, sendo concebido como serviço educacional apenas a partir da Lei de Diretrizes e Bases de 1996. A fim de contribuir com esta temática, a presente pesquisa objetiva investigar aspectos subjetivos e sociais que interferem na construção da identidade docente de professoras de creche que atuam na rede municipal de uma cidade do interior paulista e, como objetivos específicos: 1 - levantar as significações que permeiam o imaginário dos docentes sobre a função do professor na creche e como tais se relacionam à sua autoimagem e valorização à luz do resgaste histórico da (des)profissionalização docente; 2 - levantar as significações que estas professoras têm sobre a visão das famílias para o trabalho docente e para relação creche/família; 3 – discutir aspectos relacionados o binômio cuidar/educar e como as relações de afeto impactam na construção identitária. A coleta de dados foi realizada em duas creches da rede municipal, escolhidas por conveniência. Participaram 10 professoras que responderam a uma entrevista semiestruturada feita por ligação telefônica. A adaptação para a coleta de dados foi necessária devido ao cenário pandêmico, tendo em vista que as professoras estavam em regime de teletrabalho. A pesquisa é de cunho qualitativo uma vez que trabalha com significações, ou seja, dados que imprimem a subjetividade dos participantes sendo de difícil enquadramento quantitativo. A entrevista seguiu um roteiro de com questões agrupadas nos eixos: 1- informações pessoais; 2- formação inicial, continuada e experiência profissional; 3-ser professora de creche; 4- relação com a comunidade escolar. Após a transcrição das entrevistas telefônicas, gravadas pelo aplicativo Call Recorder, foram selecionadas para análise as respostas das dez participantes originando quatro eixos de discussão: o primeiro sobre as relações de cuidado; o segundo sobre ser professora de creche; o terceiro sobre a realização profissional e a legitimação de terceiros à profissão e o quarto sobre a relação creche/família. As análises foram feitas a luz do referencial teórico de outras pesquisas sobre identidade e Educação Infantil, permitindo encontrar pontos de aproximação com a literatura existente acerca das marcas que enfatizam a afetividade e a feminização da profissão, reforçando o imaginário coletivo de que é preciso gostar e ter “jeitinho” com as crianças para ser professora e a consequente desprofissionalização que isso pode acarretar. Também concluiu-se que essa afetividade pode dar vazão a sentimentos que contaminam a relação com as famílias com falas substitutivas à ação familiar e não complementar com preconizam os documentos oficiais. E, por fim, a presença de contornos ainda difusos e flutuantes sobre a identidade das professoras por mostrarem, em alguns momentos, pouca clareza sobre o seu papel social e como legitimá-lo diante pessoas leigas ao processo educativo.
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    Imagem da matemática e multimodalidade em vídeos do "Festival de vídeos digitais e educação matemática”
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-12-13) Ianelli, Alexandra Carmo Caceres; Silva, Ricardo Scucuglia Rodrigues da [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A tecnologia digital está presente na vida privada, no trabalho e nas interações sociais. Além disso, na literatura, encontramos evidências de que o acesso ao conhecimento por meio das tecnologias digitais enriquece a diversidade cultural mundial. Na Educação Matemática, o uso de vídeos digitais vem sendo investigado como recurso midiático que pode contribuir pedagogicamente no processo de ensino e aprendizagem de Matemática. Autores entendem que vivenciamos a quarta fase, no que diz respeito ao uso de tecnologias digitais em Educação Matemática. Nessa fase, a internet rápida, as tecnologias portáteis e a produção de vídeos são os protagonistas tecnológicos. O objetivo da pesquisa aqui apresentada foi investigar aspectos da imagem pública da Matemática em vídeos do Festival de Vídeos Digitais e Educação Matemática. A pergunta que norteou este estudo foi: “Que imagens da Matemática são construídas em vídeos do Festival de Vídeos Digitais e Educação Matemática?”. Especificamente, esta dissertação consiste em uma investigação relacionada à Imagem Pública da Matemática (IPM), utilizando vídeos produzidos por licenciandos de uma mesma turma, na Universidade Estadual Paulista (UNESP), os quais foram submetidos ao IV Festival de Vídeos Digitais e Educação Matemática. O Festival possui atualmente quatro categorias e os vídeos que foram analisados pertencem à categoria Educação Superior. Esta pesquisa é de cunho qualitativo, utiliza-se do estudo de caso e os procedimentos adotados para as análises são fundamentados em uma adaptação de um modelo analítico composto pelos seguintes procedimentos (não lineares): observação, descrição, identificação de eventos críticos, transcrição, codificação, elaboração e episódio e composição da narrativa. Quatro vídeos foram selecionados e as análises contemplam os seguintes aspectos: Conteúdos matemáticos abordados nos vídeos e suas contextualizações, a multimodalidade e a imagem pública da Matemática. A multimodalidade presente nos vídeos sugere que os licenciandos recorrem à linguagem verbal oral e verbal escrita e ao simbolismo matemático para explicar as ideias Matemáticas a fim de produzir significados no discurso matemático. Foi possível observar que situações do cotidiano, incluindo a situação de pandemia Covid-19, também estiveram presentes nos vídeos, tanto para exemplificar quanto para contextualizar os conteúdos, auxiliando na interpretação e entendimento. A música, som, cenários, efeitos visuais, gestos, expressões corporais e faciais, linguagem e simbolismo matemático, muitas vezes, foram usados de forma combinada potencializando as explicações de conteúdo. Dessa forma, é possível perceber que os vídeos mostraram um caráter multimodal para a comunicação de ideias Matemáticas. A IPM sugerida nos vídeos remete a sentimentos bons, sendo observados diálogos, respeito e humanização da disciplina e, além disso, reflexões sobre a maneira de não se ensinar e tratar os alunos em sala de aula. Em relação à imagem dos matemáticos é possível observar nos vídeos uma imagem de respeito aos alunos, preocupação em relação ao aprendizado, além de ser observada a disciplina sendo ensinada por mulheres, fugindo dos padrões observados nos estudos. As análises dos vídeos que foram submetidos ao Festival de Vídeos Digitais e Educação Matemática mostraram, em sua maioria, imagens positivas e alternativas acerca da Matemática e dos matemáticos, apoiados na multimodalidade, demonstrando certa plasticidade e um tom leve e criativo aos temas trazidos nos vídeos, podendo levar o espectador a um melhor entendimento do conteúdo.
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    A África contemporânea e a educação das relações étnico-raciais: reflexões sobre apropriações pedagógicas de narrativas cinematográficas
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-06-11) Baldacin Junior, Alexandre Cristiano; Perinelli Neto, Humberto [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Propomos como objetivo geral desta pesquisa a construção de proposta pedagógica voltada para as Africanidades, mais especificamente para o Ensino de Histórias e Culturas Africanas, com base no foco da África contemporânea, a partir do cinema, mais especificamente três obras fílmicas: “Beasts of no nation” (2015), “Pantera Negra” (2018) e “Borom Sarret” (1963). A pesquisa apresenta abordagem qualitativa, natureza aplicada e concilia exploração, descrição e explicação. São materiais da pesquisa: referências bibliográficas; legislação educacional; filmes; e informações sobre filmes. A pesquisa foi desenvolvida na UNESP/IBILCE/São José do Rio Preto e envolveu um campo constituído na fronteira entre o Ensino de História, a Formação de Professores e a Educação e Cinema. Conclui-se que a utilização das três obras fílmicas dentro de prática pedagógica para professores em formação corrobora para desconstrução de visão eurocentrada e estereotípica da África, auxiliando no processo de compreensão de História e Culturas Africanas mais decolonial e afrocentrada, uma vez que nos permite refletir sobre a África contemporânea, por meio do debate de aspectos como questões étnicas, geopolíticas e sociabilidades, contemplando, dessa forma, as demandas legislativas e as Diretrizes Nacionais Curriculares.
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    Educação sexual: o que consta nos documentos oficiais nacionais e a percepção de adolescentes sobre essa temática
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-08-30) Zuanon, Juliana de Oliveira; Cruz, Luciana Aparecida Nogueira da [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Atualmente, discussões fervorosas sobre o que deve ou não ser ensinado pela escola e o que deve ser de responsabilidade exclusiva da família ganharam destaque nas mídias brasileiras por conta de projetos de lei conhecidos como Escola Sem Partido e por conta da chamada “ideologia de gênero”, que tem como um dos ideais a “neutralidade” dos professores dentro da sala de aula, em especial, nas questões relacionadas à sexualidade. Pensando nesse cenário, o objetivo geral desta pesquisa foi o de investigar o direito dos estudantes à educação sexual formal nas escolas e as percepções de adolescentes do ensino público de São José do Rio Preto, SP, sobre a existência desses direitos. A pesquisa teve abordagem qualitativa e adotou como procedimento metodológico a pesquisa documental e o estudo de campo, feito por meio de entrevistas elaboradas a partir do método clínico piagetiano, com a finalidade de entender as impressões de três garotas adolescentes sobre seu direito à educação sexual. A partir disso, pretendeu-se questionar a legitimidade do projeto de lei e do discurso da “ideologia de gênero” e repensar a função da escola com intuito máximo de garantir o direito das crianças e dos adolescentes brasileiros sob sua educação. Como resultados, tem-se que os documentos oficiais brasileiros apresentam a educação sexual como conteúdo a ser trabalhado na escola e que as três adolescentes acreditam que devem ter educação sexual nas escolas, podendo, inclusive, opinar sobre isso. Em conclusão, temos que a educação não permite a neutralidade dos sujeitos e é passível de ser mudada.
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    O pensamento diferencial-com-GeoGebra de estudantes do ensino médio
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-08-06) Domingues, Ana Rita; Silva, Ricardo Scucuglia Rodrigues da [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Esta pesquisa tem como objetivo investigar aspectos do Pensamento Diferencial (PD) emergentes em um grupo de estudantes do Ensino Médio ao pensar-com-GeoGebra atividades que envolvem a investigação da área de regiões limitadas por eixos e curvas e o cálculo do volume de regiões limitadas por superfícies planas e curvas. Este trabalho está apoiado na noção de investigação matemática e no construto teórico seres-humanos-com-mídias. A pesquisa é de cunho qualitativo e visa observar e compreender a manifestação de quatro aspectos do PD. São eles: Noção de limite e continuidade, Noção de infinitésimo, Conceito de integral definida e Concepção visual-geométrica. Foram realizadas duas sessões de experimentos de ensino com duas duplas de estudantes do Ensino Médio de uma escola pública estadual do interior de São Paulo. Foram elaboradas cinco atividades nesta pesquisa, sendo as duas primeiras exploradas por estudantes do primeiro ano e as três últimas por estudantes do terceiro ano. Os procedimentos metodológicos de registro das sessões foram: filmagens do ambiente, captação de tela do computador e de webcam e os arquivos gerados pelos estudantes no GeoGebra. Os resultados da pesquisa indicam que o processo de pensar-com-GeoGebra oferece meios para o desenvolvimento de elementos investigativos, nos quais os estudantes elaboraram conjecturas, testando-as e (re)pensaram as estratégias de soluções utilizadas de maneira dinâmica. Quanto à emersão dos aspectos do PD, em particular, identificou-se indícios de que eles se complementam e manifestam-se em conjunto, atribuindo complexidade aos processos de pensamentos dos estudantes-com-tecnologias. Esta pesquisa contribui à Educação Matemática no que se refere a produção de conhecimentos acerca do uso de tecnologias digitais voltado ao ensino de Cálculo no Ensino Médio.
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    Cartas pedagógicas: masculinidades e escola
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-06-11) Souza, Igor Neves de; Perinelli Neto, Humberto [UNESP]; Gonçalves, Harryson Junio Lessa [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O gênero como categoria de análise neste trabalho é compreendido por um viés construcionista, isto é, uma estrutura social histórica e mutável que apresenta relações íntimas entre corpo, sexualidade e as diferentes relações de poder que atravessam estes corpos. Nesta perspectiva, os espaços sociais, sobretudo as estruturas institucionais estão inseridos em uma ordem de gênero, um sistema normativo e desigual que atua sobre todos os indivíduos em diferentes escalas e profundidades. A escola, como instituição normalizadora, está inscrita nesta dinâmica de forma que seu ambiente é responsável por vigiar, punir e reproduzir preconceitos, estereótipos e desigualdades de gênero. Sendo assim, se faz necessário a ampliação do debate e a compreensão da complexidade em torno destas temáticas, com especial olhar sobre a prática docente do professor homem e suas possíveis relações com as construções de subjetividade da masculinidade hegemônica. Dada a natureza política e social da temática, buscou-se gênero textual capaz de suscitar discussões por meio da promoção de diálogo com público amplo e que articulasse posicionamento político e intencionalidade pedagógica com potencial sensibilizador. Dessa forma optou-se por uma escrita epistolar, especificamente cartas pedagógicas, devido ao seu caráter popular, potência e legado político. Portanto, essa dissertação tem como objetivo específico identificar e problematizar questões de gênero e masculinidades na escola, ao retomar algumas lembranças de minha trajetória formativa no sistema educacional, bem como de transgredir a estrutura de escrita acadêmica hegemônica ao utilizar o gênero textual cartas pedagógicas, ao passo que articula escrita científica, epistolar e literária, constituindo assim uma dissertação-epistolar-literária. A contar daí, devido ao caráter narrativo, formativo e reflexivo das cartas pedagógicas, bem como as limitações decorrentes do cenário pandêmico no Brasil, foram utilizadas memórias do próprio autor como base e fio condutor para a escrita das missivas em articulação com a produção científica da área. A partir do apresentado foi possível corroborar a importância formativa das produção de cartas, sobretudo no potencial uso na formação e sensibilização de professores, possibilitando um entendimento crítico e consciente de temáticas como gênero na prática educativa. Neste caminho, foi possível reconhecer o gênero como categoria estruturante nas dinâmicas sociais, bem como desvelar práticas, preconceitos e construções generificadas nas práticas formativas, oferecendo importante reflexão sob como se constroem as masculinidades hegemônicas na escola de forma a se perpetuar nos processos formativos.