Palabras tortas: o portunhol literário de Fabián Severo e Douglas Diegues

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Data

2018-08-08

Autores

Catonio, Angela Cristina Dias do Rego

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Esta tese apresenta reflexões sobre a produção poética em portunhol do uruguaio Fabián Severo e do brasileiro Douglas Diegues. A poética em portunhol se insere na contemporaneidade entre as mais inovadoras formas do fazer literário, justificando estudos identificadores dessa construção sui generis que mescla a língua portuguesa e a língua espanhola ou, ainda, de sua vertente como portunhol selgavem, que acrescenta o guarani às outras duas. O portunhol emerge de forma híbrida e mestiça como uma língua anárquica, situando-se acima dos espaços geográficos e culturais, e circula muito além das fronteiras entre Brasil e Uruguai ou Brasil e Paraguai. O objetivo geral desta pesquisa é demonstrar que o portunhol literário, fundado em uma língua híbrida e multifacetada, muito mais do que simplesmente uma vertente artística literária, também expressa um estilo de vida e uma cultura tangível, reflexo das diversas relações entre língua e sujeitos. As produções de Severo e Diegues traduzem uma desobediência à língua padrão de seus países e, sobretudo, uma experimentação de amalgamar o português, o espanhol e o guarani em uma única língua. A partir de tais elementos, procura-se desvendar as características dessa linguagem transfronteiriça, a par de analisar e discutir seus aspectos simbólicos e culturais, uma vez que a produção desses autores nos obriga a encarar o local e o global de uma forma bem diferente do tradicional. Partimos da premissa de que o portunhol extrapola a oralidade dos habitantes da fronteira para chegar à escrita poética, rompendo os modelos convencionais da linguagem e apresentando um universo particular em que não há regras, nem internas nem externas, a serem seguidas. Como fundamentação teórica, destacamos os estudos de Synesio Sampaio Goes Filho (2013), Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Murgel Starling (2015), John Holm (2000), Fernando Tarallo e Tania Alkmin (1987), Gilles Deleuze e Félix Guattari (1992), Mikhail Bakhtin (2002 e 2010), dentre tantos outros.
Esta tesis presenta reflexiones sobre la producción poética en portuñol del uruguayo Fabián Severo y del brasileño Douglas Diegues. La poética en portuñol se inserta en la contemporaneidad entre las formas más innovadoras del hacer literario, lo que justifica los estudios identificadores de esta construcción sui generis que combina las lenguas portuguesa y española, o incluso su vertiente como portuñol salvaje que añade el guaraní a las otras dos. El portuñol emerge de forma híbrida y mestiza como una lengua anárquica, situándose por encima de los espacios geográficos y culturales, y circula mucho más allá de las fronteras entre Brasil y Uruguay o Brasil y Paraguay. El objetivo general de esta investigación es demostrar que el portuñol literario, fundado en una lengua híbrida y multifacética, mucho más que simplemente una vertiente artística literaria, también expresa un estilo de vida y una cultura tangible, reflejo de las diversas relaciones entre lengua y sujetos. Las producciones de Severo y Diegues reflejan una desobediencia a la lengua estándar de sus países y, sobre todo, un ensayo de amalgamar el portugués, el español y el guaraní en un solo idioma. A partir de tales elementos, se busca desvelar las características de ese lenguaje transfronterizo, además de analizar y discutir sus aspectos simbólicos y culturales, ya que la producción de estos autores nos obliga a encarar lo local y lo global de una forma muy diferente de la tradicional. Partimos de la premisa de que el portuñol extrapola la oralidad de los habitantes de la frontera para llegar a la escritura poética, rompiendo los modelos convencionales del lenguaje y presentando un universo particular en el que no hay reglas, ni internas ni externas, a seguir. Como fundamento teórico, destacamos los estudios de Synesio Sampaio Goes Filho (2013), Lilia Moritz Schwarcz y Heloisa Murgel Starling (2015), John Holm (2000), Fernando Tarallo y Tania Alkmin (1987), Gilles Deleuze y Félix Guattari (1992), Mikhail Bakhtin (2002 y 2010), entre tantos otros.
This thesis presents reflections on the poetic production, written in portunhol, of the Uruguayan Fabián Severo and the Brazilian Douglas Diegues. The poetics in portunhol is inserted in the contemporaneity among the most innovative forms of the literary practicing. It justifies studies on this sui generis construction that mixes the Portuguese and Spanish languages or, even, the portunhol selvagem, which adds the Guarani to the other two languages. The portunhol emerges in a hybrid and mestizo form as an anarchic language which surpasses geographic and cultural spaces and circulates far beyond the borders between Brazil and Uruguay or Brazil and Paraguay. The general objective of this research is to demonstrate that literary portunhol, which was founded in a hybrid and multifaceted language and is much more than simply an artistic literary aspect, also expresses a lifestyle and culture that are tangible – this reflects the different relationships between language and subjects. The productions of Severo and Diegues reflect a disobedience to the standard language of their countries and, above all, an experiment that amalgamates Portuguese, Spanish and Guarani in a single language. From these elements, we try to uncover the characteristics of this cross-border language, as well as to analyze and discuss its symbolic and cultural aspects, since the production of these authors forces us to face the local and the global in a very different way from the traditional. We start from the premise that portunhol extrapolates the orality of the inhabitants from the border to arrive at poetic writing, breaking the conventional models of language and presenting a particular universe in which there are no rules – neither internal nor external – to be followed. As a theoretical basis, we highlight the studies of Synesio Sampaio Goes Filho (2013), Lilia Moritz Schwarcz and Heloisa Murgel Starling (2015), John Holm (2000), Fernando Tarallo and Tania Alkmin (1987), Gilles Deleuze and Felix Guattari (1992), Mikhail Bakhtin (2002 and 2010), among many others.

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Palavras-chave

Fronteira e identidade., Portunhol literário., Tradição e ruptura., Fabián Severo., Douglas Diegues.

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