O setor de serviços no sistema internacional de comércio e desenvolvimento das economias de industrialização recente

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Data

2018-08-16

Autores

Cruz, Simone Rui Martins da [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

O comércio internacional pode ser dividido entre as categorias de bens e serviços, sendo que a maior parte dos fluxos de comércio sempre foi basicamente movimentada pela circulação de bens materiais. O setor de serviços, em especial, possui características básicas muito diferentes das que normalmente são observadas na produção de mercadorias. Por consistirem em trabalho humano em movimento, serviços são impossíveis de serem estocados, são intangíveis, imateriais e intransportáveis, de forma que sua prestação apenas se concretiza quando há demanda, ou seja, oferta e demanda ocorrem de maneira simultânea no comércio de serviços. Além da grande importância em situar o comércio de serviços com a devida relevância para economia contemporânea mundial, esta proposta de estudo pretende também considerar a relação entre a participação do Brasil, como economia de industrialização recente, no comércio internacional de serviços e seu nível de desenvolvimento econômico. Para este fim, tomaremos os conceitos de Celso Furtado e Ha-Joon Chang sobre desenvolvimento, no intuito de compreendermos como a dependência desses países em relação aos países desenvolvidos pode se repetir com o setor de serviço e ainda se intensificar. De modo que sua participação nas CGV permaneça condicionada às determinações estabelecidas por países desenvolvidos e continue distante de um movimento autônomo que vise os interesses econômicos próprios. As hipóteses, portanto, que aqui se pretende avaliar são: a) o setor de serviços consiste em uma consequência do amadurecimento da indústria e não um setor residual das atividades desta; b) a forma de participação das economias de industrialização recente no comércio de serviços e seu processo de desenvolvimento são elementos que se relacionam diretamente; c) estas atividades, mesmo estando fortemente ligadas às necessidades do setor industrial, possuem dinâmica própria.
International trade can be divided into categories of goods and services, and most trade flows have always been basically driven by the circulation of material goods. The service sector, in particular, has very different basic characteristics from those normally observed in the production of goods. Because they consist of human labor in movement, services are impossible to store, they are intangible, immaterial and untransferable, so that their delivery only materializes when there is demand, that is, supply and demand occur simultaneously in the service trade. In addition to the great importance of placing trade in services with relevance for the contemporary world economy, this study proposal also intends to consider the relationship between the participation of newly industrialized economies in international trade in services and their level of economic development. To this end, we will take the concepts of Celso Furtado and Ha-Joon Chang on development, in order to understand how their dependence on developed countries can be repeated with the service sector and even intensified. So that their participation in the Global Value Chains remains conditional on the determinations established by developed countries and remains distant from an autonomous movement that targets their own economic interests. The hypotheses, therefore, that we want to evaluate here are: a) the services sector is a consequence of the maturation of the industry and not a residual sector of the activities of this industry; b) the form of participation of the economies of recent industrialization in the commerce of services and its process of development are elements directly related; c) these activities, even being strongly linked to the needs of the industrial sector, have their own dynamics.

Descrição

Palavras-chave

Comércio internacional, Serviços, Desenvolvimento, International trade, Services, Development

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