Marcadores de estresse oxidativo e anti-oxidastes em prematuros de mães com pré-eclampsia: relação com prognóstico neonatal a curto prazo

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Data

2016-08-16

Autores

Jasper, Adriana Saito

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: Estresse oxidativo está envolvido na fisiopatologia da pré-eclampsia e de várias complicações neonatais, porém, a relação entre pré-eclampsia, estresse oxidativo e doenças neonatais não está bem estabelecida. Objetivo: Avaliar em prematuros os níveis de marcadores de estresse oxidativo e de anti-oxidantes, ao nascimento e nos primeiros dias de vida, e sua relação com a pré-eclampsia e com o prognóstico neonatal. Método: Estudo prospectivo observacional com 60 prematuros menores que 34 semanas de gestação, nascidos na Maternidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu-Unesp sem malformações/infecções congênitas. Foram constituídos dois grupos: 30 prematuros de mães com pré-eclampsia e 30 de mães normotensas, pareados pela idade gestacional. Foram determinadas por espectrofotometria as concentrações de: malondialdeído (TBARS), glutationa, glutationa peroxidase e glutationa redutase, em amostras de placenta, do sangue de veia umbilical, da urina do 1.o e 4.o dia de vida e sangue no 4.o dia de vida. Os prematuros foram avaliados quanto à presença de: síndrome do desconforto respiratório, displasia broncopulmonar, persistência do canal arterial, hemorragia periintraventricular, enterocolite necrosante e óbito durante a internação. As associações entre grupos foram testadas pelo teste t de Student ou Mann-Whitney, Qui-quadrado ou teste Exato de Fisher e por modelos lineares com distribuição gama. Resultados: A idade gestacional média foi de 30 semanas e não houve diferença nas condições de nascimento, morbidade e mortalidade em função da presença de pré-eclampsia. Tiveram alta sem seqüelas 80% dos prematuros no grupo pré-eclampsia e 73% no controle (p=0,642). Estresse oxidativo foi evidenciado em prematuros de mães com pré-eclampsia pelo aumento dos níveis de TBARS na urina e da glutationa peroxidase no sangue do 4o dia de vida. O aumento dos TBARS no 1.o dia de vida associou-se com a ocorrência de todas as doenças investigadas e menores valores das glutationas em urina associaram-se com enterocolite necrosante, displasia broncopulmonar e óbito. Valores aumentados de TBARS na urina do 1.o dia de vida e da glutationa em sangue de cordão umbilical associaram-se com mau prognóstico neonatal. Conclusão: O estresse oxidativo está aumentado em prematuros de mães com pré-eclampsia e está associado com a morbidade neonatal no curto prazo. O desequilíbrio da condição oxidante/antioxidante, com aumento da peroxidação lipídica e diminuição das 9 glutationas nos primeiros dias de vida está associado ao mau prognóstico neonatal de prematuros.
Introduction: Oxidative stress is implicated in the pathophysiology of preeclampsia and many diseases of the neonatal period. However, the relationship between preeclampsia, oxidative stress and neonatal disease is not well established. Objective: To evaluate the levels of oxidative stress markers and anti-oxidants, at birth and in the first days o life, in preterm neonates born to preeclamptic and normotensive women and to investigate their relationship with preeclampsia and neonatal outcome. Method: a prospective observational study with 60 preterm infants less than 34 weeks gestation, born at the Maternity of Botucatu School of Medicine-Unesp, without congenital malformation/infection. Two groups were studied: 30 preterm of mothers with pre-eclampsia and 30 of normotensive mothers, matched by gestational age. Samples from the placental tissue, venous cord blood and the newborns’ blood at day 4 and urine at days 1 and 4 were assayed for Malondialdehyde (TBARS), glutathione, glutathione peroxidase and glutathione reductase concentrations, by spectrophotometry. Premature infants were evaluated for the presence of: respiratory distress syndrome, bronchopulmonary dysplasia, patent ductus arteriosus, peri - intraventricular hemorrhage, necrotizing enterocolitis and death during hospitalization. The associations between groups were tested by Student's t test or Mann-Whitney, chi-square or Fisher's exact test and generalized linear models were fitted to compare biomarkers levels and neonatal outcome. Results: The mean gestational age was 30 weeks and there was no difference in the conditions of birth, morbidity and mortality between the groups. In pré-eclampsia group 80% of the infants were discharged without sequelae and 73% in the control (p = 0.642). Oxidative stress was evident in premature infants of mothers with pre-eclampsia by increased TBARS levels in urine and glutathione peroxidase in the blood of the 4th day of life. Higher levels of TBARS on the first day of life was associated with the occurrence of all investigated neonatal diseases, whereas lower levels of glutathione in urine was associated with necrotizing enterocolitis, bronchopulmonary dysplasia and death. Increased levels of TBARS in the urine of the first day of life and glutathione in umbilical cord blood were associated with poor neonatal outcome. Conclusion: Oxidative stress is increased in preterm infants of mothers with pre-eclampsia and is associated with early neonatal morbidity. The imbalance of oxidant /antioxidant condition, with increased lipid peroxidation and reduced glutathione system activity, in the first days of life is associated with poor outcome of preterm infants

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Palavras-chave

Estresse Oxidativo, Pré-eclampsia, Doença do prematuro, Oxidative Stress, Infant, premature diseases

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