Desenvolvimento de protocolo in vitro do processo erosivo do esmalte e efeito de enxaguatório bucal fluoretado associados ao trimetafosfato nanoparticulado contra a erosão

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Data

2018-12-12

Autores

Mancilla, Jorge Orlando Francisco Cuellar [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito de enxaguatórios bucais fluoretados, suplementados ou não com trimetafosfato de sódio (TMP) micrométrico ou nanoparticulado, sobre a erosão do esmalte dental, utilizando uma boca artificial. Material e Métodos: 120 blocos de esmalte bovino foram aleatoriamente distribuídos em 5 grupos, de acordo com os seguintes enxaguatórios: Placebo (sem flúor ou TMP), 100 ppm F, 225 ppm F, 100 ppm F + 0,2% TMP microparticulado e 100 ppm F + 0,2% de TMP nanoparticulado. Os blocos foram subdivididos em 2 condições de experimento (1 ou 3 dias). Cada ciclo erosivo consistiu de 7 exposições a ácido cítrico ( a cada 4 s), alternadas com 6 exposições a saliva artificial (a cada 7 s), três vezes ao dia. O tratamento com os enxaguatórios bucais foi realizado após o primeiro e último ciclo erosivo de cada dia, durante 1 min. Os blocos foram analisados por perfilometria, dureza de superfície e em secção longitudinal, bem como por energia livre de superfície (Ys). Os dados foram analisados por ANOVA a 2 critérios, teste de Student-Newman-Keuls e coeficiente de correlação de Pearson (p<0,05). Resultados: De forma geral, um efeito protetor significativamente maior foi observado para os enxaguatórios bucais contendo TMP em relação à dureza e ao desgaste do esmalte, com um efeito adicional para o uso de nanopartículas. Houve uma moderada correlação entre a dureza de superfície e em secção longitudinal (r = -0,533; p<0,001). Em acréscimo, uma redução da Ys e de seu componente apolar (γsLW) e sítios doadores de elétrons (γ¯) foram observados nos grupos tratados com enxaguatórios contendo TMP. Além disso, diferenças significativas foram observadas para a maioria das variáveis analisadas com relação à duração do protocolo erosivo (1 e 3 dias). Conclusões: o tratamento com enxaguatórios bucais contendo TMP reduziu significativamente o desgaste erosivo do esmalte e a perda mineral deste em comparação aos enxaguatórios sem TMP, e tais efeitos podem ser relacionados a mudanças nos parâmetros de Ys analisados. A boca artificial utilizada no estudo mostrou-se adequada para o estudo do desgaste erosivo do esmalte em condições in vitro.
The aim of the present study was to evaluate the effect of fluoride mouthrinses, supplemented or not with sodium trimetaphosphate (TMP), on the dental erosion of the enamel using an artificial mouth. Material and Methods: 120 blocks of bovine enamel were randomly distributed in 5 groups according to the following mouthrinses: Placebo (without fluoride or TMP), 100 ppm F, 225 ppm F, 100 ppm F + 0.2% TMP micrometric and 100 ppm F + 0.2% nanosized TMP. The blocks were subdivided into 2 experimental treatments (1 or 3 days). Each erosive cycle consisted of 7 exposures to citric acid (each 4 s), alternated with 6 exposures to artificial saliva (each 7 s), three times a day. Treatment with mouthrinses was performed after the first and last erosive cycle of each day for 1 min. The blocks were analyzed by profilometry method, surface hardness and longitudinal section analyses, as well as surface free energy (Ys). Data were analyzed by two way ANOVA, Student-Newman-Keuls test and Pearson's correlation coefficient (p <0.05). Results: In general, a significantly greater protective effect was observed for mouthrinses containing TMP in relation to the hardness and wear of the enamel, with an additional effect for the use of nanoparticles. There was a moderate correlation between surface hardness and longitudinal section (r = -0.533; p <0.001). In addition, a reduction of s and its apolar component (YsLW) and electron donor sites (γ¯) were observed in the groups treated with TMP containing mouthrinses. In addition, significant differences were observed for most of the variables analyzed in relation to the duration of the erosive protocol (1 and 3 days). Conclusions: The treatment with mouthrinses with TMP reduced significantly the erosive enamel wear and the mineral loss compared to non-TMP mouthrinses, and such effects may be related to changes in the Ys parameters. The artificial mouth used in this study was adequate for the enamel erosive studies under in vitro conditions.

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Palavras-chave

Erosão dentária, Fluoretos, Fosfatos, Esmalte dentário, Dureza, Energia, Boca artificial, Tooth erosion, Fluorides

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