Os circuitos de grafite na cidade de São Paulo (SP) e os diferentes usos do território na metrópole corporativa e fragmentada.

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Data

2018-10-22

Autores

Shishito, Anderson Akio [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Essa pesquisa objetiva discutir o grafite na cidade de São Paulo (SP), como uma manifestação territorial - criadora de materialidades que se relacionam de formas distintas nos lugares -, proporcionando, assim, diferentes usos do território. Estas manifestações, mesmo tendo natureza efêmera, congregam uma memória visual aos ambientes aos quais estão inseridos e, por se tratar de expressões genuínas do indivíduo que as produzem, em consonâncias com suas experiências cotidianas, a dialética socioespacial contida em si as tornam importantes instrumentos de representação da cidade. A partir da distinção de circuitos de grafite na cidade - circuitos de “grafite para a metrópole”, de valor artístico/mercadológico, e circuitos de “grafite da metrópole”, de valor artístico/cultural -, propôs-se discutir o grafite por dois vieses distintos. O primeiro, ligado aos circuitos de “grafite para a metrópole” buscou compreender como o capital hegemônico pode atuar a partir dessas manifestações, cooptando o discurso do grafite para se promover e se reproduzir no espaço. O segundo, ligado aos circuitos de “grafite da metrópole”, abordou o grafite pautado em solidariedades criadas pela força do lugar cotidiano, guiado pela racionalidade dos de baixo, atuando como elo entre as pessoas e o lugar na produção de cidadanias insurgentes. Tratou-se de argumentar como o grafite pode metamorfosear seu sentido ao realizar-se em diferentes lugares e esclarecer como o meio ambiente construído, conduzido pelas contradições da metrópole corporativa e fragmentada, ao abrigar algumas situações geográficas, resulta em formas de usar o território alicerçada em solidariedades variáveis e intencionalidades distintas.
This research aims to discuss graffiti in the city of São Paulo (SP), as a territorial manifestation - creating materialities that are related in different ways in places -, thus providing different uses of territory. These manifestations, although ephemeral in nature, congregate a visual memory to the environments to which they are inserted and, because they are genuine expressions of the individual who produces them, in consonance with their everyday experiences, the socio-spatial dialectics contained in them make them important instruments of representation of the city. From the distinction of graffiti circuits in the city - circuits of "graffiti for the metropolis", of artistic / marketing value, and circuits of "graffiti of the metropolis", of artistic / cultural value -, it was proposed to discuss graffiti for two different biases. The first, linked to the circuits of "graffiti for the metropolis" sought to understand how hegemonic capital can act from these manifestations, coopting the discourse of graffiti to promote and reproduce itself in space. The second, linked to the circuits of "graffiti of the metropolis", approached graffiti based on solidarity created by the strength of the daily place, guided by the rationality of the lower, acting as a link between people and place in the production of insurgent citizenships. It was an argue of how the graffiti can metamorphose its sense when taking place in different places and to clarify how the built environment, driven by the contradictions of the corporate and fragmented metropolis, when sheltering some geographical situations, results in forms of using the territory in varying solidarities and different intentions.

Descrição

Palavras-chave

Circuitos de grafite, Grafite, Uso do território, Metrópole, Graffiti circuits, Graffiti, Use of territory, Metropolis

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