Associação entre a função cardiopulmonar e periférica na fase aguda do acidente vascular cerebral e gravidade e incapacidade funcional em longo prazo

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Data

2019-03-28

Autores

Sartor, Lorena Cristina Alvarez

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

SARTOR, L. C. A. Associação entre a função cardiopulmonar e periférica na fase aguda do acidente vascular cerebral e gravidade e incapacidade funcional em longo prazo. 2019. 48 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2019. Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) é a principal causa de incapacidade funcional em adultos podendo apresentar disfunções mús-culo esqueléticas, da função respiratória e levar ao descondicionamento crônico e limitações funcionais, além de complicações em longo prazo. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre a função cardiopulmonar e periférica na fase aguda do AVC e gravidade do AVC, grau de dependência e incapacidade funcional em longo prazo. Método: Trata-se de um estudo observacional e prospectivo com 46 pacientes ad-mitidos na unidade de AVC. Foi avaliada a função cardiopulmonar por meio de avaliação ecocardiográfica, força muscular respiratória (PImáx – pressão inspiratória máxima; PEmáx – pressão expiratória máxima) por manovacuometria nas primeiras 72 horas do ictus e força de preensão manual por Handgrip. Foram anotadas eventuais complicações durante e após internação, avaliada a capacidade funcional por meio da escala modificada de Rankin, grau de dependência por Índice de Barthel e gra-vidade do AVC pela escala de NIHSS na alta e 90 dias após a alta hospi-talar. A análise dos dados foi feita por regressão linear múltipla para veri-ficar a associação entre a função cardiopulmonar e os desfechos. Os tes-tes foram ajustados pelas variáveis de confundimento (NIHSS de entrada, idade e sexo). Nível de significância de 5%. Resultados: A PEmáx apre-sentou correlação negativa para o aumento do NIHSS (β= -0.016, p=0.011) na alta hospitalar. A força de preensão manual do lado não afe-tado apresentou correlação negativa com o aumento do mRS na alta (β= -0.034, p= 0.049) e correlação positiva com o aumento do Índice de Barthel na alta hospitalar (β= 0.480, p= 0.023). A massa VE/SC teve correlação negativa com o aumento do mRS (β=-0.009, p=0.032) e NIHSS (β= -0.012, p= 0.016) 90 dias após a alta hospitalar ajustados pela gravidade do AVC (NIHSS admissão) e aumento do mRS (β= -0.010, p= 0.027) e NIHSS (β= -0.012, p=0.021) ajustados pela gravidade do AVC (NIHSS admissão), se-xo e idade. A massa VE/SC apresentou correlação positiva com Índice de Barthel (β= 0.051, p= 0.048) após 90 dias ajustados pela gravidade do AVC (NIHSS admissão), sexo e idade. Não houve correlação entre as funções cardiopulmonar e periférica com a qualidade de vida na alta e 90 dias após a alta hospitalar. Conclusão: Na fase aguda do AVC, as piores funções cardiopulmonar e periférica estão relacionadas ao pior desfecho funcional 90 dias após alta hospitalar por AVC.
Introduction: Stroke can lead to musculoskeletal and respiratory dysfunctions, chronic deconditioning and disability. Aim: Evaluate the association between cardiopulmonary and peripheral muscle function in the acute phase of stroke and severity, dependence degree and functional capacity in long term. Method: Prospective study with 46 patients admitted to the stroke unit. Cardiopulmonary function was assessed by echocardiographic evaluation, respiratory muscle strength (MEP - maximal expiratory pressure) by manovacuometry and handgrip strength in the first 72 hours after stroke. Functional capacity was assessed by mRs, and Barthel's index, and stroke severity by the NIHSS at discharge and 90 days after hospital discharge. Statistical analysis: multiple linear regression to verify the correlation between cardiopulmonary and peripheral muscle function and outcomes adjusted by confounding variables (NIHSS at admission, age and sex). Significance level 5%. Results: MEP showed a negative correlation with increase in NIHSS (β=-0.016, p=0.011) at hospital discharge, handgrip strength on the unaffected side had a correlation with the better functional capacity assessed by mRs (β=-0.034, p=0.049) and Barthel's index (β=0.480, p=0.023) at hospital discharge. The left ventricular mass corrected for body surface area had negative correlation with the increase in mRs (β = -0.010, p = 0.027) and NIHSS (β=-0.012, p=0.021), and presented a positive correlation with Barthel's index (β = 0.051, p = 0.048) 90 days after hospital discharge adjusted for confounding variables. Conclusion: In the acute phase of stroke, the worst cardiopulmonary and peripheral functions are related to the worst functional outcome 90 days after hospital discharge.

Descrição

Palavras-chave

Função cardiopulmonar, Capacidade funcional, Acidente vascular cerebral, Cardiopulmonary function, Functional capacity, Stroke

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