A Geografia é uma forma de pensar: padrões espaciais e epidemiológicos da leishmaniose visceral em Araçatuba, Presidente Prudente e Votuporanga – SP, Brasil

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2019-05-30

Autores

Matsumoto, Patricia Sayuri Silvestre [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Na presente tese desenvolvemos um modo de pensar geográfico a respeito da leishmaniose visceral (LV), uma doença com grande relevância mundial que afeta seres humanos e animais. Para isso, discutimos a LV no Brasil enquanto um problema de saúde pública a partir da distribuição de casos no Planalto Ocidental Paulista. O objetivo desta tese é definir e analisar os padrões espaciais e epidemiológicos da LV na escala regional e local, tendo como recorte empírico os municípios de Araçatuba, Presidente Prudente e Votuporanga, no estado de São Paulo, Brasil. Partimos da leitura da paisagem epidemiológica da LV e da descrição da narrativa geográfica dos serviços de saúde para a elaboração de um raciocínio geográfico de maior complexidade, com base em diferentes conceitos da Geografia, tais como: paisagem, espaço, sítio-situação e escala. Utilizamos a análise espacial, com ferramentas dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e modelagem espacial, os quais permitiram delinear dois padrões distintos da LV no estado de São Paulo: a região do Planalto Ocidental Paulista e a região Inerte, onde a primeira possui maior intensidade de casos da doença e é definida, inicialmente, por variáveis ambientais, embora ações humanas influenciem em sua dispersão. Na escala local, variáveis socioeconômicas, modos de viver a vida, políticas de saúde e características ambientais definem e são definidas no espaço, estabelecendo um padrão periférico dos casos da doença nas cidades. Os resultados apontam que a LV precisa ser compreendida além do espaço geométrico da modelagem espacial, uma vez que é um fenômeno cuja a dimensão espacial é intrínseca à sua existência social.
In this thesis, we developed a geographic way of thinking about visceral leishmaniasis (VL), a disease with a huge worldwide relevance that affects human beings and animals. We discussed VL as a public health problem in Brazil, analyzing the distribution of cases in the Paulista Western Plateau region. This thesis aims to define and analyze the spatial and epidemiological patterns of VL at the regional and local scale, focusing on the municipalities of Araçatuba, Presidente Prudente, and Votuporanga, all of which are located in the Brazilian state of São Paulo, Brazil. We present the epidemiological landscape of VL and the description of the geographical narrative of public health services aiming to achieve a more complex geographic reasoning based on different concepts of Geography, such as landscape, site-situation, and scale. We employed spatial analysis, for instance Geographic Information System (GIS) and spatial modeling tools, which allowed us to identify two VL patterns in the state of São Paulo: the region of the Paulista Western Plateau and the Inert region, where the first has the highest intensity of cases, and it is, initially, defined by environmental factors, although human actions influence the disease cases spreading. At the local scale, socioeconomic variables, lifestyle, health policies, and environmental characteristics define and are defined in space, establishing a peripheral pattern of disease cases in the cities. The results highlight that VL needs to be understood beyond the geometric space of spatial modeling as it is a phenomenon whose spatial dimension is intrinsic to its social existence.

Descrição

Palavras-chave

Espaço em geografia, Análise espacial, Mapas escala, Modelo, Leishmaniose visceral, Space, Spatial analysis, Scale, Spatial modeling, Visceral leishmaniasis

Como citar