Coletivos urbanos e subjetivações na cidade

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Data

2019-09-12

Autores

Carmo, Gabriela Emery Sachse do

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A presente pesquisa tem por objetivo problematizar os processos de subjetivação na cidade a partir das práticas dos coletivos urbanos. Compreendendo os processos urbanos e subjetivos, não como duas entidades separadas, mas como processos congruentes, localizados num mesmo plano de existência, partimos da perspectiva, de que os processos de subjetivação estão em conexão e emergem dos campos, social, político, econômico, urbano, histórico. Neste trabalho de pesquisa, as ações coletivas são tomadas como disparador para pensar o urbano, visto que a cidade se dá como lugar comum das experiências, dos conflitos, das manifestações, um espaço social e político por natureza. Considerando o grande número de coletivos e suas diversividades de ações, o coletivo que será focalizado tem o nome de CIRCUS (Circuito de Interação de Redes Sociais), atua na cidade de Assis, interior de São Paulo. Instituída no ano de 2001 como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), sua prática está ligada à promoção de circuitos sociais com propostas nas áreas de cultura, trabalho, saúde, socioambiental e educação. Para tanto, mediante o acompanhamento e participação nas atividades desenvolvidas pela CIRCUS, foram realizadas cartografias dos processos de subjetivação disparados por suas ações nos espaços da cidade. O trabalho da CIRCUS, articulado com outras coletividades produziu uma atuação contínua, de tal maneira, que foi possível construir um novo território de circulação, o Galpão Cultural. O espaço configura-se como ponto de referência para manifestações artístico-culturais, sendo território de produção de conhecimento e pesquisa, de defesa dos direitos sociais, de compartilhamento de experiências, de criação, de expressão. A prática coletiva pode anunciar novas dinâmicas de uso dos espaços da cidade, inserindo-se como um recurso capaz de possibilitar reflexões sobre os problemas do urbano.
This research aims to problematize the processes of subjectivation in the city from the practices of urban collectives. Understanding the urban and subjective processes, not as two separate entities, but as a congruent process, located on the same plane of existence, we start from the perspective that the processes of subjectivation are connected and emerge from the social, political, economic and urban fields historic. In this research, collective actions are a trigger to think about the urban, since the city is the common place of experiences, conflicts, manifestations, therefore a social and political space by nature. Considering the large number of collectives and their diversity of actions, the collective focused is the CIRCUS (Circuit of Interaction of Social Networks), operates in the city of Assis, São Paulo. Established in 2001 as a Civil Society Organization of Public Interest (OSCIP), its practice is to link the promotion of social circuits with proposals in the areas of culture, work, health, socio-environmental and education. For this, by following and participating in the activities developed by CIRCUS, cartographies were made of the subjectivation process triggered by their actions in the city. The work of CIRCUS, articulated with other communities, produced a continuous action, in such way that it was possible to build a new territory of circulation in a shed, called "Galpão Cultural". The space is a reference point for artistic and cultural manifestations, being a territory of knowledge production and research, defense of social rights, co-working experiences, creation, and expression. Collective practices can announce new dynamics of using city spaces, inserting itself as a capable resource that allows reflections on urban problems.

Descrição

Palavras-chave

Cidade., Espaço urbano, Coletivo, Processos de subjetivação, City, Urban spaces, Collective, Subjectivation processes

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