Caracterização inovadora da morfologia da cabeça de bebês nascidos com o vírus zika: uma inovação metodológica para amplas aplicações clínicas

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2020-03-09

Autores

Silva, Leonardo de Freitas [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: A epidemia do vírus Zika em 2016 constituiu uma emergência de saúde pública, com o chamando da OMS para vigilância reforçada na detecção precoce de microcefalia relacionada às condições neurológicas. Métodos: Quarenta e quatro crianças infectadas pelo vírus Zika foram avaliadas e comparadas com crianças saudáveis com o objetivo de identificar as medidas mais confiáveis do formato e tamanho da cabeça, explorando o relacionamento entre fenótipo craniofacial e anormalidades cerebrais. A análise de componentes principais (ACP) foi utilizada para identificar padrões de variação na morfologia craniofacial. As seguintes medições adicionais da abóboda craniana foram realizadas; altura cefálica (AC), comprimento cefálico (ComC), circunferência cefálica (CC) e ângulo naso-frontal (ANF). O nível de anormalidade cerebral presente nas tomografias, a gravidade da perda de volume do parênquima cerebral e ventriculomegalia foram classificadas como leve, moderada ou grave. Resultados: Os 12 primeiros componentes principais das abóbodas analisadas explicaram 91% da variação da abóboda craniana. Correlações significativas foram detectadas entre a pontuação do segundo CP da abóbada craniana e CC (+0,66), AC (+0,87), ComC (+0,80) e ANF (-0,48). Conclusão: Este estudo recomenda mensurar a AC em pacientes com infecção pelo vírus Zika, em vez de CC como recomendado pela OMS, para melhorar a sensibilidade e especificidade da detecção precoce.
Background: The 2016 Zika virus epidemic constituted a public health emergency, with the WHO calling for strengthened surveillance for the early detection of related microcephaly and associated neurological conditions. Methods: We analysed 44 Zika infected infants and matched controls to identify the most reliable measurements of head shape and size and explore the relationship between craniofacial phenotype and brain abnormalities. Principal component analysis (PCA) was applied to identify patterns of variation in the craniofacial morphology of Zika cases relative to controls. We carried out the following additional measurements of the cranial vault, the head circumference (HC), head height (HH), head length (HL) and naso-frontal-angle (NFA). The level of brain abnormality present in the CT scans, mainly the severity of parenchymal volume loss and ventriculomegaly, was classified as being mild, moderate or severe. Results: The first 12 PCs of the vaults we analysed explained 91% of the variation of the cranial vault between Zika cases and controls. Significant correlations were detected between the score of the 2nd PC of the cranial vault and HC (+0.66); HH (+0.87); HL (+0.80) and NFA (-0.48). Conclusion: We recommend measuring HH in Zika patients, rather than HC as recommended by WHO, to improve the sensitivity and specificity of early detection.

Descrição

Palavras-chave

Zika vírus, Microcefalia, Face, Tomografia, Microcephaly

Como citar