Avaliação dos desfechos maternos e perinatais em gestantes portadoras de Lúpus Eritematoso Sistêmico

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Data

2020-02-28

Autores

França, Maria Laura Marconi [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença sistêmica de caráter autoimune, que acomete mulheres em idade reprodutiva, sendo que a inter-relação entre a doença e a gestação determina importantes desfechos maternos e perinatais. Objetivos: Descrever os desfechos maternos e perinatais em gestações de pacientes portadoras de LES e avaliar o impacto da nefrite lúpica sobre os resultados encontrados. Métodos: Este é um estudo observacional descritivo desenvolvido para avaliar as inter-relações entre gestação e lúpus eritematoso sistêmico em pacientes atendidas na Maternidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – HCFMB. O período de estudo foi de janeiro de 2010 a agosto de 2019. Resultados: Foram avaliadas 38 gestações em 31 pacientes com LES. A média das idades foi de 27,4 + 6 anos. A média das idades gestacionais ao nascimento foi de 36 + 3 semanas. As principais intercorrências observadas foram: anemia (39,4%), nefrite lúpica (29%) e hipertensão arterial crônica (10,5%). Hidroxicloroquina foi utilizada em 47,4% das gestações. Em 51,4% das pacientes houve necessidade de antecipação do parto e em 13,1% houve piora da função renal. A incidência de pré-eclâmpsia foi de 19,4%. Prematuridade ocorreu em 20% dos casos e restrição de crescimento fetal, em 19,4%. Nefrite lúpica determinou maior ocorrência de flare (p<0,05) e maior necessidade de antecipação do parto (p< 0,05). Conclusão: O presente estudo permitiu avaliar a inter-relação entre LES e gravidez entre pacientes com LES atendidas no ambulatório pré-natal do HCFMB e os desfechos maternos e perinatais.
Introduction: Systemic Lupus Erythematosus is an autoimmune systemic disease that affects women of reproductive age, and the interrelation between disease and pregnancy determines important maternal and perinatal outcomes. Objectives: To describe maternal and perinatal outcomes in pregnancies of patients with SLE and to evaluate the impact of lupus nephritis on the results found. Methods: Descriptive observational study developed to assess the interrelation between pregnancy and systemic lupus erythematosus in patients attended at the Maternity of the Clinics Hospital from Botucatu Medical School – HCFMB. The study period corresponded to January 2010 until August 2019. Results: Thirty-eight pregnancies were evaluated in 31 patients with SLE. Their average age was 27.4 + 6.0 years. The average gestational age at birth was 36 + 3 weeks. The main clinical complications observed were anemia (39.4%), lupus nephritis (29%) and chronic hypertension (10.5%). In 51,4% of the patients, it was necessary to anticipate delivery and in 13.1%, there was worsening of the renal function. Prematurity occurred in 20% of cases and FGR in 19,4%. Hydroxicloroquine was used in 47,4% of the pregnancies. Lupus nephritis determined a higher occurrence of flare (p<0.05) and a greater need to anticipate delivery (p<0.05). Conclusion: The present study made it possible to relate the main clinical characteristics and the maternal and perinatal outcomes from the pregnant women with SLE treated at the prenatal clinic from HCFMB.

Descrição

Palavras-chave

Lúpus eritematoso sistêmico, Nefrite lúpica, Prematuridade, Restrição de crescimento fetal, Systemic lupus erythematosus, Flare, Prematurity, Fetal growth restriction

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