A ilha de calor como indicador de qualidade ambiental em Penápolis (SP)

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2021-05-03

Autores

Moreira, Janaína Lopes

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

O aumento, em escala planetária, da população em áreas urbanas atesta a importância das cidades na atualidade. À medida que aumenta o número de habitantes das cidades, a área urbanizada também se torna cada vez maior. De maneira geral, o processo de urbanização se realizou e se realiza favorecendo a lógica de reprodução do capital em detrimento do meio ambiente. Consequentemente, a expansão urbana significa maior consumo de energia e recursos naturais que, em muitos casos, resulta no aumento dos problemas ambientais urbanos. No que se refere aos problemas ambientais, nas cidades ocorrem poluição do ar e sonora, contaminação das águas e solo, diminuição das águas subterrâneas, alagamentos, deslizamentos de terra, erosões, assoreamento de cursos d’água, alterações climáticas para um clima tipicamente urbano (ilha de calor urbana), chuva ácida e aumento da concentração de poluentes no ar entre outros. Esses problemas interferem nas necessidades básicas humanas, influenciam a qualidade do ambiente, e consequentemente, prejudicam a qualidade de vida dos citadinos. Neste contexto, a avaliação da qualidade ambiental urbana surge como uma importante contribuição na elaboração de propostas a serem incorporadas ao planejamento urbano, uma vez que está relacionada à construção de um ambiente ecologicamente equilibrado considerando todos os elementos da paisagem urbana, conciliando os vários tipos de uso da terra e suas diversas atividades com a dinâmica natural dos elementos físicos (NUCCI, 2008). Nessa perspectiva, a hipótese dessa tese é a de que o processo de urbanização capitalista que ocorreu em Penápolis (SP) resultou no comprometimento da qualidade do ambiente urbano. Ademais, parte-se da ideia de que o fenômeno de ilha de calor urbana é um indicador importante para a avaliação da qualidade da cidade, pois sua formação está articulada aos demais indicadores ambientais urbanos. Para além disso, acredita-se que sua manifestação atesta o grau de comprometimento do ambiente, uma vez que sua máxima intensidade se relacione, espacialmente, com a incidência dos aspectos negativos dos demais indicadores analisados. Logo, o objetivo geral desta pesquisa foi avaliar a qualidade ambiental urbana (QAU) de Penápolis (SP), a partir dos indicadores ambientais propostos por Nucci (2008), dando ênfase principalmente ao fenômeno de ilha de calor urbana. Para tanto, foram mapeados e analisados os seguintes indicadores ambientais: uso da terra, densidade de edificação, população, ocorrência de enchentes, potencial poluição, cobertura vegetal arbórea, espaços livres de edificação e ilha de calor. Posteriormente, foi realizado o cruzamento das cartas dos oitos indicadores e elaborou-se a carta síntese de qualidade ambiental urbana. De maneira geral, a hipótese inicial da tese foi confirmada por meio da carta de QAU, que revelou a sobreposição máxima de até sete indicadores. O centro da malha foi o local de pior qualidade ambiental urbana, com a incidência negativa de sete dos indicadores analisados, porém bairros residenciais recentes também apresentaram entre três a quatro sobreposições. Alguns dos setores urbanos de maior magnitude de ilha de calor urbana estiveram associados às piores condições de QAU. Por fim, com base nos resultados obtidos, a cidade foi setorizada em unidades de paisagem (UP) de acordo com semelhanças dos problemas urbanos identificados. Para cada UP foram elaboradas propostas de intervenção com base nas soluções baseadas na natureza (SBN), medidas custo-eficaz já implantadas em alguns países da União Europeia e no Reino Unido, que proporcionam benefícios ambientais, sociais e econômicos, ou seja, se efetivadas, podem contribuir para a melhoria da qualidade ambiental de Penápolis (SP).
El aumento en escala planetaria de la población en áreas urbanas atesta la importancia de las ciudades en la actualidad. En la medida en que aumenta el número de habitantes de las ciudades, el área urbanizada también crece cada día más. De manera general, el proceso de urbanización ocurrió y ocurre favoreciendo la lógica de reproducción del capital en detrimento del medio ambiente. Consecuentemente, la expansión urbana significa más consumo de energía y recursos naturales que, en muchos casos, resulta en el aumento de los problemas ambientales urbanos. En lo que se refiere a los problemas ambientales, en las ciudades hay polución del aire y sonora, contaminación de las aguas y suelo, disminución de las aguas subterráneas, inundaciones, deslizamientos de tierra, erosiones, cegamiento de cursos del agua, cambios climáticos para un clima típicamente urbano (isla de calor urbana), lluvia ácida y aumento de la concentración de contaminantes en el aire entre otros. Esos problemas interfieren en las necesidades básicas humanas, influyen en la calidad del ambiente, y, consecuentemente, dañan la calidad de vida de los ciudadanos. En este contexto, la evaluación de calidad ambiental urbana surge como una importante contribución en la elaboración de propuestas que sean incorporadas al planeamiento urbano, una vez que está relacionada a la construcción de un ambiente ecológicamente equilibrado considerando todos los elementos del paisaje urbano, conciliando los diferentes tipos de uso de la tierra y sus diversas actividades con la dinámica natural de los elementos físicos (NUCCI, 2008). Por esa perspectiva, la hipótesis de esa tesis es la de que el proceso de urbanización capitalista que ocurrió en Penápolis (SP) resultó en el comprometimiento de la calidad del ambiente urbano. Además, se parte de la idea de que el fenómeno de la isla de calor urbana es un indicador importante para la evaluación de la calidad de la ciudad, pues su formación está articulada a los demás indicadores ambientales urbanos. Además, se cree que su manifestación atesta el grado de comprometimiento del ambiente, una vez que su máxima intensidad se relaciona espacialmente con la incidencia de los aspectos negativos de los demás indicadores analizados. Luego, el objetivo general de este artículo fue valorar la calidad ambiental urbana (QAU) de Penápolis (SP) a partir de los indicadores ambientales propuestos por Nucci (2008), dando énfasis principalmente al fenómeno de la isla de calor urbana. Para tanto, fueron mapeados y analizados los siguientes indicadores ambientales: uso de la tierra, densidad de edificación, populación, ocurrencia de inundaciones, potencial polución, cobertura vegetal arbórea, espacios libres de edificación y la isla de calor. Posteriormente, fue realizado el cruce de las tarjetas de los ocho indicadores y fue creada la tarjeta síntesis de calidad ambiental urbana. De manera general, la hipótesis inicial de la tesis fue confirmada por medio de la tarjeta de QAU, que reveló la superposición máxima de hasta siete indicadores. El centro de la malla fue el local de peor calidad ambiental urbana, con la incidencia negativa de siete de los indicadores analizados, sin embargo barrios residenciales recientes también presentaron entre tres a cuatro superposiciones. Algunos de los sectores urbanos de más magnitud de isla de calor urbana estuvieron asociados a las peores condiciones de QAU. Por fin, con base en los resultados obtenidos, la ciudad fue sectorizada en unidades de paisaje (UP) de acuerdo con semejanzas de los problemas urbanos identificados. Para cada UP fueron elaboradas propuestas de intervención con base en las soluciones basadas en la naturaleza (SBN), medidas coste-eficaz ya implantadas en algunos países de la Unión Europea y en Reino Unido, que ofrecen beneficios ambientales, sociales e económicos, es decir, si son eficaces, pueden contribuir para la mejora de la calidad ambiental de Penápolis (SP).
The rise in urban population on a global scale demonstrates the importance of cities today. Urbanized areas have been expanding in tandem with the increase in population in cities. In general, the process of urbanization happened and continues to occur in a way that favors the logic of capital reproduction at the expense of the environment. Consequently, urban expansion requires greater consumption of energy and natural resources, which in many cases leads to an increase in urban environmental issues. In terms of environmental issues, cities face noise and air pollution, water, and soil contamination, groundwater depletion, floods, landslides, erosions, silting of watercourses, climate changes to a typically urban climate (urban heat islands), acid rain, and an increase in air pollutant concentration among others. Those problems interfere with basic human needs, influence the quality of the environment, and, consequently, harm the quality of life of citizens. In this context, the evaluation of urban environmental quality is essential to the development of proposals to be incorporated into the urban planning because it is related to the formation of an ecologically balanced environment, considering all of the elements in the urban landscape, reconciling the different types of soil uses and their diverse activities with the natural dynamics of the physical elements (NUCCI, 2008). In this perspective, the research hypothesis is that the capitalist urbanization process that occurred in Penápolis (SP) resulted in poor urban quality of the environment. Furthermore, it is based on the idea that the phenomenon of the urban heat island is an important indicator for assessing the quality of a city because its appearance is articulated to all the other urban environmental indicators. Besides, it is thought that its manifestation indicates a high level of environmental problems because its highest intensity is spatially related to the other urban environmental indicators. Finally, the overall goal of this research was to evaluate the urban quality of environment (QAU) of Penápolis (SP) using the environmental indicators used by Nucci (2008), with a focus on the phenomenon of urban heat island. Thus, a broad analysis of the following indicators was performed: land uses, density of edification, populational density, floods occurrence, potential pollution, trees vegetational coverage, edification free spaces, and heat island. Data from eight indicators were combined to create a synthesis of urban environmental quality. The final results of QAU, which revealed the overlap of fewer than seven indicators, confirmed the original hypothesis. The city center was the worst place in quality of urban environment, with a negative incidence of seven indicators analyzed, but recently built neighborhoods also showed an overlap of three to four indicators. Some of the urban sectors with the higher magnitude of the urban heat island were associated with the worst conditions of the QAU. Finally, according to the results, the town was divided into sectors of landscape units (UP) based on the same identified urban problems. To each UP, proposals of intervention were elaborated based on nature related solutions (SBN), with a high cost-benefit already implemented in some countries in the European Union and the United Kingdom, providing environmental, social, and economic benefits. Hence, if those measures are implemented, they can improve the environment of Penápolis (SP).

Descrição

Palavras-chave

Qualidade ambiental urbana, Clima urbano, Indicadores ambientais, Ilha de calor urbana, Calidad ambiental urbana, Indicadores ambientales, Isla de calor urbana, Urban environmental quality, Urban climate, Environmental indicators, Urban heat island

Como citar