Cartografia tátil e arte: técnicas de bordado para confecção de mapas táteis

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Data

2021-06-24

Autores

Silva, Juliana Moreira da

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A necessidade humana de representação do real caminhou com a evolução desde os primórdios da humanidade, mas logo as demandas de representações mais precisas também chegaram. Em meados do século XIX não havia uma significativa preocupação com o processo de inclusão educacional, movimento que têm como tese a inclusão como cenário ideal na educação, onde todos estariam presentes tanto fisicamente como intelectualmente a par dos conteúdos educacionais por meio das escolas públicas. Na busca de uma cartografia para todos, as pesquisas cartográficas se voltam para o ensino de cartografia para grupos com deficiência visual com objetivo de uma educação mais igualitária e inclusiva. Surge a cartografia tátil, uma cartografia para pessoas cegas e de baixa visão, que têm como meta, a inclusão, adaptação, elaboração de mapas e acesso à informação espacial para grupos com necessidades especiais, por meio de mapas táteis com uma grande diversidade de texturas e relevos que servem para orientação e localização. Com ela é possível trabalhar conteúdos igualitariamente com ambos os grupos de alunos, com deficiências ou não. Criar um mapa tátil como recurso didático e com técnicas manuais e artesanais do bordado parece arriscado, mas por outro lado o bordado oferece uma enorme riqueza de texturas agradáveis ao toque, uma maior durabilidade e maleabilidade do produto e a afetividade de se produzir com as próprias mãos. Sua produção necessita de produtos acessíveis resultando em um baixo custo de produção, além de permitir a transmissão de conhecimento de conceitos geográficos, históricos e artísticos.
The human need for representation of the real walked with evolution since the dawn of humanity, but soon the demands for more accurate representations also arrived. In the mid-nineteenth century, there was no significant concern with the educational inclusion process, a movement whose thesis is inclusion as an ideal setting in education, where everyone would be present both physically and intellectually alongside the educational content through public schools. In the search for a cartography for everyone, cartographic research is focused on teaching cartography to groups with visual impairments, with the objective of a more egalitarian and inclusive education. Tactile cartography appears, a cartography for blind and low-sighted people, whose goal is the inclusion, adaptation, preparation of maps and access to spatial information for groups with special needs, through tactile maps with a great diversity of textures and reliefs that serve for orientation and location. With it, it is possible to work content equally with both groups of students, with or without disabilities. Creating a tactile map as a didactic resource and with manual and craft embroidery techniques seems risky, but on the other hand embroidery offers a huge wealth of textures that are pleasant to the touch, greater durability and malleability of the product and the affection of producing with one's own hands. Its production requires accessible products resulting in a low production cost, in addition to allowing the transmission of knowledge of geographic, historical and artistic concepts.

Descrição

Palavras-chave

Cartografia tátil, Bordado, Inclusão, Geografia

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