Efeito preventivo do farelo de arroz sobre marcadores inflamatórios cerebrais em animais submetidos ao consumo de dieta rica em açúcar e gordura

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Data

2021-08-31

Autores

Siqueira, Juliana Silva

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A obesidade é considerada pandemia, resultando em 2,8 milhões de mortes por ano. O balanço energético positivo, de elevado consumo de alimentos ricos em carboidratos e gorduras, favorece a hiperadiposidade central, que é mais lipotóxica com propagação de sinais pró-inflamatórios. Estes, por sua vez, podem afetar o funcionamento de órgãos como o cérebro, levando a doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer. No intuito de prevenir comorbidades associadas à inflamação, a adição de compostos bioativos como o gama-orizanol, presente no farelo de arroz, tem sido alvo de pesquisa. Logo, o objetivo foi avaliar o efeito preventivo do consumo de farelo de arroz sobre marcadores inflamatórios no hipotálamo de animais submetidos a dieta rica em açúcar e gordura. Foram utilizados ratos Wistar machos(n=40) do Biotério Central da Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP. O protocolo experimental seguiu o projeto já aprovado(CEUA-1311) e foi aprovado pela Comissão de Ética em Experimentação Animal da Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP(protocolo 234/2019). Os animais foram casualmente divididos em 4 grupos para receberem: dieta controle(C, n=10), dieta controle+farelo de arroz(C+FA, n=10), dieta rica em açúcar e gordura(HSF, n=10) e dieta rica em açúcar e gordura+farelo de arroz(HSF+FA, n=10) ao longo de 20 semanas. Foram avaliados: índice de adiposidade, pressão arterial sistólica, perfis glicêmico e lipídico, e a inflamação no hipotálamo. Os dados foram expressos em média e desvio padrão. Foi realizado ANOVA two-way com post-hoc de Tukey e nível de significância de 5%. O HSF apresentou menor consumo de ração e maior ingestão calórica em relação ao C, bem como HSF+FA em relação ao C+FA. O HSF apresentou maior consumo de água em relação ao C. Maior peso final no HSF em relação ao C e ao C+FA. Maior índice de adiposidade no C+FA em relação ao C, no HSF em relação ao C+FA e ao HSF+FA, e no HSF em relação ao C+FA. A pressão arterial sistólica foi maior no HSF em relação ao HSF+FA, e HSF+FA em relação ao C+FA. Os triglicérides foram maiores no HSF em relação ao HSF+FA, bem como HSF+FA em relação ao C+FA. A resistência insulínica foi maior no HSF em relação ao HSF+FA. Na inflamação, o IL-6 foi menor no HSF em relação aos controles. Portanto, o farelo de arroz possui efeito protetivo diante do cenário obesogênico ao reduzir peso, adiposidade, pressão arterial sistólica, triglicérides e resistência insulínica na dieta HSF. E, principalmente, efeito protetivo na inflamação no hipotálamo. Desta forma, o farelo de arroz reduz a inflamação, evitando comorbidades associadas no cérebro.

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Palavras-chave

Cérebro, Gama-orizanol, Obesidade

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