Efeitos biológicos e alterações comportamentais em ratas grávidas expostas a baixas doses de radiação ionizante intrauterina

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Data

2018-11-12

Autores

Almeida, Giovanna Holanda Oliveira de

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

O diagnóstico por imagem tem revolucionado a prática da medicina no último século, porém, o uso da técnica, demanda de cuidados relacionados à proteção radiológica dos pacientes, em especial as mulheres grávidas. Os efeitos biológicos da radiação ionizante são consequências de uma série de acontecimentos que se iniciam pela ionização e excitação de moléculas no organismo. A exposição à radiação pré-natal pode ser perigosa para o embrião mesmo em baixas doses devido à alta atividade reprodutora da célula do embrião ser proporcional a sensibilidade das mesmas, segundo a lei de Bergonie e Tribondeau. Sendo assim, este projeto teve como objetivo avaliar alguns parâmetros comportamentais e biológicos em filhotes. Para isso, ratas Wistar em diferentes períodos de gestação foram expostas à radiação ionizante na dose de 15 mGy, supondo situações a quais mulheres grávidas são submetidas a exames de radiodiagnóstico, mostrando forte evidência através de testes e técnicas relacionados ao sistema neuro-motor, emocionalidade e atividade enzimática, que mesmo para a exposição de baixas doses durante e gravidez, pode haver um retardo no sistema nervoso central. No Teste de Abertura de Olhos (TAO) foi demonstrado diferença entre o grupo irradiado ao 8º de gestação e o grupo controle. Sendo o primeiro fator indicativo de que os animais irradiados no 8º dia possuíam anormalidades comportamentais relacionadas ao sistema neuro-motor. No Teste de Geotaxia Negativa (TGN) o teste demonstrou novamente diferenças significativas entre o grupo irradiado ao 8º dia apresentando uma maior latência para a primeira escalada, em relação ao grupo controle. E no do Teste Labirinto em Cruz Elevado (LCE), os resultados mostram que na fase jovem houve diferença estatística entre o grupo irradiado ao 8º dia e o grupo controle no número de vezes que o animal entrou em cada braço e o tempo gasto em cada braço após a entrada. E na fase adulta mostrou diferença tanto entre o grupo irradiado ao 8º quanto ao irradiado no 15º em relação ao grupo controle. Dessa forma indicando que os efeitos biológicos e comportamentais da radiação ionizante intrauterina existem mesmo para doses abaixo do limiar imposto pela literatura (50 mGy).

Descrição

Palavras-chave

Radiação ionizante, Ratas grávidas, Rdiodiagnóstico

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