Influência dos sistemas de produção animal na presença de cepas patogênicas de Escherichia coli na cadeia produtiva da carne bovina

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Data

2022-01-27

Autores

Costa, Letícia Roberta Martins

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Escherichia coli produtora de Shiga Toxina (STEC) é um dos principais patógenos envolvidos em surtos alimentares. Sendo os bovinos, reservatórios naturais de STEC, e através da pele ou conteúdo fecal podem ser uma fonte de contaminação cruzada no ambiente industrial. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência dos sistemas de produção de bovinos de corte na presença de cepas patogênicas de Escherichia coli. Coletou-se um total de 485 amostras nos pontos: pós-sangria (A), pós-evisceração (B), pós-lavagem final (C), cortes cárneos (D), fezes bovinas (F), superfícies (S), fezes humanas (H) e água residual (AR), de um abatedouro-frigorífico bovino. Caracterizou-se as amostras quanto aos patotipos, filogrupos e sorogrupos, analisando-as através do teste qui-quadrado (p<0,05), comparando os sistemas de criação: extensivo e intensivo. 126 amostras foram confirmadas como E. coli, sendo o pontos F(100%) e H(80%) os pontos com maior positividade. Apenas no ponto F identificou-se DEC, sendo 28% dos animais do sistema intensivo e 38% do extensivo positivos para STEC, e 4% do sistema extensivo positivos para EIEC, não havendo diferença estatísitica entre as criações. O filogrupo B1 foi o mais detectado em ambos os sistemas, com 24% de positividade no sistema intensivo e 68% no extensivo. Os sorogrupos, O113 e O104 foram detectados em 4% dos animais criados em sistema intensivo e 6% dos do sistema extensivo. Diante disso, STEC foi o patotipo mais detectado e B1 o filogrupo mais encontrado entre as amostras. Sorogrupos O113 e O104 foram detectados, enfatizando a relevância do estudo para saúde pública.
Shiga Toxin-producing Escherichia coli (STEC) is one of the main pathogens involved in food outbreaks. Cattle, natural reservoirs of STEC, through the skin or fecal content can be a source of contamination for the carcass and final product in the industrial environment. The objective of this work was to evaluate the influence of beef cattle production systems on the presence of pathogenic strains of Escherichia coli. A total of 485 samples were collected at the following points: post-bleeding (A), post-evisceration (B), post-final washing (C), meat cuts (D), bovine feces (F), surfaces (S), human feces (H) and wastewater (AR) from a bovine slaughterhouse. The samples were characterized in terms of pathotypes, phylogroups and serogroups, analyzing them using the chi-square test (p<0.05), comparing the rearing systems: extensive and intensive. 126 samples were confirmed as E. coli, with points F (100%) and H (80%) being the points with the highest positivity. Only at point F was STEC identified, with 28% of the animals from the intensive system and 38% from the extensive system positive, and 4% from the extensive system positive for EIEC, with no statistical difference between the creations. Phylogroup B1 was the most detected in both systems, with 24% positivity in the intensive system and 68% in the extensive system. The serogroups, O113 and O104 were detected in 4% of animals raised in an intensive system and 6% of those in an extensive system. Therefore, STEC was the most detected pathotype and B1 the most phylogroup most found among the samples. Serogroups O113 and O104 were detected, emphasizing the relevance of the study to public health.

Descrição

Palavras-chave

Diarreiogênicas, Saúde pública, Surtos alimentares, Carne bovina, Escherichia coli, Alimentos - Contaminação, Bactérias patogênicas, Diarrhea, Food outbreaks, Public health

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