Uso de bioflocos como alimento suplementar para larvas de lambari (Astyanax lacustris)

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Data

2022-03-21

Autores

Guaiume, Graziele Cristina

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A tecnologia de bioflocos (BFT) tem sido amplamente utilizada para criação de peixes e de outros organismos aquáticos em diferentes fases do ciclo de vida. Nos cultivos utilizando BFT há formação de flocos microbianos agregando grande quantidade e variedade de organismos planctônicos, os quais, possivelmente, também poderão servir de alimento para os peixes na fase larval. Tendo em vista que as larvas de lambari possuem hábito alimentar planctófago, espera-se que elas possam aproveitar os organismos presentes no BFT como alimento suplementar. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar o uso de bioflocos como alimento suplementar durante a larvicultura do lambari-rosa (Astyanax lacustris). O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, com 5 tratamentos e 6 repetições em proporções diferentes (%) de náuplios de artêmia (Art) e bioflocos (BFT), a saber: 100Art-0BFT, 75Art-25BFT, 50Art-50BFT, 25Art-75BFT e 0Art-100BFT. No início do experimento, 200 larvas com 3 dias pós-eclosão (DPE) foram alocadas em 30 tanques. Os peixes foram alimentados com alimento natural, artêmia e/ou BFT, até o 12° DPE, e após esse período os peixes foram alimentados com ração comercial por mais 10 dias. Biometrias foram realizadas a cada 7 dias para avaliar o crescimento e ganho em peso das larvas. Ao 9° DPE, ocorreu a morte de todas as larvas que receberam exclusivamente BFT (0Art-100BFT). Ao final do experimento, as larvas alimentadas com 50% de BFT (50Art-50BFT) apresentaram melhor ganho de peso e conversão alimentar.
Biofloc technology (BFT) has been widely used for raising fish and other aquatic organisms at different stages of the life cycle. In cultures using BFT, there is formation of microbial flocs, adding a large amount and variety of planktonic organisms, which possibly, can also serve as food for fish in the larval stage. Considering that lambari larvae have a planktophagous feeding habit, it is expected that they can take advantage of the organisms present in the BFT as supplementary food. In this sense, the objective of this study was to evaluate the use of bioflocs as supplementary food during the larviculture of the lambari-rosa (Astyanax lacustris). The experiment was carried out in a completely randomized design, with 5 treatments and 6 replications in different proportions (%) of brine shrimp (Art) and bioflocs (BFT), namely: 100Art-0BFT, 75Art-25BFT, 50Art-50BFT, 25Art -75BFT and 0Art-100BFT. At the beginning of the experiment, 200 larvae with 3 days post-hatch (DPE) were allocated in 30 tanks. The fish were fed with natural food, brine shrimp and/or BFT, until the 12th DPE, and after this period the fish were fed with commercial food for another 10 days. Biometrics were performed every 7 days to assess larval growth and weight gain. At the 9th DPE, all larvae that received exclusively BFT (0Art-100BFT) died. At the end of the experiment, larvae fed with 50% BFT (50Art-50BFT) showed better weight gain and feed conversion.

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Palavras-chave

Peixe, Plâncton, Resíduos

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