Toxicidade diferencial de produtos à base de abamectina ao ácaro Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) em citros

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2010-03-01

Autores

Andrade, Daniel Júnior de [UNESP]
Oliveira, Carlos Amadeu Leite de [UNESP]
Santos, Natali Calazança dos [UNESP]
Morais, Matheus Rovere de [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Sociedade Brasileira de Fruticultura

Resumo

O ácaro Brevipalpus phoenicis é uma das principais pragas dos citros por ser vetor do Citrus Leprosis Virus (CiLV), agente causal da leprose, uma das mais graves doenças da citricultura. Objetivou-se avaliar o efeito tóxico de produtos à base de abamectina sobre o ácaro B. phoenicis. Foram realizados um experimento de ação direta e três de ação residual no Laboratório de Acarologia do Departamento de Proteção de Plantas (Fitossanidade) da FCAV - UNESP, Jaboticabal-SP. O delineamento adotado nos bioensaios foi o inteiramente casualizado, onde 10 tratamentos foram repetidos 7 vezes, sendo cada repetição composta por um fruto de laranja. Os tratamentos estudados (mL p.c./100 L de água) foram: Acaramik a 20; 30; 40 e 50 mL; Vertimec a 30 e 40 mL; Abamectin Nortox a 30 e 40 mL; Tricofol a 77 mL e uma testemunha sem aplicação. Utilizaram-se frutos com presença de verrugose, que foram lavados e parcialmente parafinados, deixando-se uma área sem parafina, que foi circundada com cola entomológica para contenção dos ácaros. Transferiram-se 20 ácaros adultos B. phoenicis para cada fruto. No bioensaio de ação direta, a transferência foi realizada antes das aplicações e, nos bioensaios de ação residual, aos 5; 10 e 15 dias após a aplicação dos produtos. A aplicação dos produtos sobre os frutos foi realizada em Torre de Potter. Os resultados obtidos nos bioensaios evidenciaram que os melhores tratamentos foram: Tricofol a 77 mL, Acaramik a 40 e 50 mL e Vertimec a 40 mL. de forma geral, os produtos testados podem ser utilizados no controle do ácaro B. phoenicis.
The mite Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) is one of the most important pests in Brazil citrus plantation, because it is the virus Citrus Leprosis Virus (CiLV) vector, one of the most serious citrus plantation diseases. The purpose of this experiment was to evaluate the toxical effect of abamectin in the mite B. phoenicis. It was performed one direct action and three persistence action bioassays at the Acarology Laboratory from the Department of Plant Protection of FCAV/UNESP, in Jaboticabal, São Paulo state. In the bioassays it was used the completely randomized design, with 10 treatments repeated 7 times, and each sample composed by one orange fruit. The treatments performed (mL c.p./100 L) were: Acaramik at 20, 30, 40 and 50 mL; Vertimec at 30 and 40 mL; Abamectin Nortox at 30 and 40 mL; Tricofol at 77 mL and a control without application. It was used fruits with citrus scab. The fruits were washed and partially covered with paraffin, keeping a circular area over the top without being covered, which was surrounded with entomological glue for containing mites on it. It was transferred to each fruit 20 adult mites B. phoenicis. In the direct action bioassay, the transfer was made before product applications and, in the persistence action bioassays, at 5, 10 and 15 days after the product's application. The product's application over the fruits was performed by using the Potter Tower. This experiment demonstrated that the most efficient treatments were: Tricofol at 77 mL, Acaramik at 40 and 50 mL and Vertimec at 40 mL. Generally, the tested products can be used to control B. phoenicis.

Descrição

Palavras-chave

Citrus leprosis, Chemical control, Integrated pest management, Leprose dos citros, Controle químico, Manejo integrado de pragas

Como citar

Revista Brasileira de Fruticultura. Sociedade Brasileira de Fruticultura, v. 32, n. 1, p. 082-089, 2010.