Depressão e ansiedade em mulheres submetidas à cirurgia pelo câncer de mama

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Data

2022-05-31

Autores

Paula, Tamires Corrêa de

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: O câncer de mama é um problema de saúde pública ao nível mundial, sendo a neoplasia maligna mais frequente na população feminina. O efeito do tratamento cirúrgico no desenvolvimento de depressão e/ou ansiedade é controverso. Objetivos: A tese será apresentada no formato de dois artigos, cujos objetivos foram: (I) Caracterizar a produção científica sobre a frequência e fatores relacionados com depressão e/ou ansiedade a longo prazo em mulheres que foram submetidas ao tratamento cirúrgico por câncer de mama e (II) Investigar a frequência de sintomas de depressão e ansiedade a longo prazo e fatores associados em mulheres com câncer de mama submetidas ao tratamento cirúrgico. Material e métodos: O artigo 1 é uma revisão integrativa da literatura cuja amostra foi constituida de todos os artigos que retratavam o tema referente a esta revisão publicados entre 2007 e 2021 e disponíveis em modelo eletrônico de publicação indexado nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde, PubMed, Cinahl, Embase e Web of Science. O artigo 2 é um estudo de prevalência, realizado com 218 mulheres no ambulatória da Mastologia da UNESP – Botucatu, empregando instrumentos autoaplicáveis sobre o perfil socioeconômico, condições clínicas relativas ao tratamento, condições clínicas relativas aos antecedentes pessoais, escala de depressão de Hamilton e escala de ansiedade de Hamilton. Para análise estatística foi utilizado análise descritiva e bivariada dos dados e regressão de Cox para a análise multivariada. Resultados: Artigo 1: 14 artigos foram incluídos na revisão integrativa. A maioria dos estudos foi do tipo coorte, com coleta de dados mais de um ano após a mastectomia. Evidenciou-se que mulheres tratadas cirurgicamente apresentam principalmente sinais e sintomas de depressão a longo prazo, destacando as mulheres mais jovens e com baixa escolaridade. Artigo 2: A média de idade das mulheres no momento do diagnóstico foi 54,5 anos, 36,7% estava no estádio II da doença e 98,6% com acometimento unilateral. O tipo de cirurgia mais frequente foi a conservadora (69,3%) e 65,6% das mulheres não colocou prótese mamária após o tratamento cirúrgico. Em relação aos resultados das escalas de Hamilton: 10,6% apresentavam escores moderados e 14,2% escores graves para depressão. E 31,2% apresentavam escores severos e graves para ansiedade. Na análise multivariada observa-se que as mulheres em uso da hormonioterapia apresentavam menor risco de depressão. Conclusão: Frequência considerável de Mulheres submetidas à cirurgia por câncer de mama apresentam escores elevados de depressão e ansiedade a longo prazo.

Descrição

Palavras-chave

Mamas, Mastectomia, Depressão, Ansiedade, Mulheres, Câncer

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