Cravo-de-defunto como planta atrativa para tripes em cultivo protegido de melão orgânico

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Data

2009-01-01

Autores

Peres, Fernanda Salles Cunha [UNESP]
Fernandes, Odair Aparecido [UNESP]
Silveira, Luís Cláudio Paterno
Silva, Cherre Sade Bezerra da [UNESP]

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Editor

Instituto Agronômico de Campinas

Resumo

Foi avaliada a atratividade de Tagetes patula L. (cravo-de-defunto) sobre tripes (Thysanoptera) em cultivo protegido de melão. Foram estudadas a abundância, dominância, frequência e constância de espécies de tripes, utilizando-se análise faunística, análise de agrupamento (AA) e análise de componentes principais (ACP). Nas extremidades das estufas com cultivo de melão foram plantadas faixas de cravo-de-defunto. Os insetos foram amostrados batendo-se três ponteiros das plantas de melão e todas as plantas inteiras de cravo-de-defunto (1 m²) em bandejas brancas. Os pontos de coleta foram: T. patula, melão consorciado com cravo-de-defunto e melão nas distâncias de 6 m, 12 m, 18 m e 24 m do cravo-de-defunto. Foram encontradas 11 espécies de tripes nas plantas de melão e cravo-de-defunto: Neohydatothrips sp., Frankliniella sp. 1, Frankliniella sp. 2, Frankliniella schultzei (Trybom), Scirtothrips sp., Caliothrips sp., Microcephalothrips sp., Franklinothrips vespiformis (Crawford), Arorathrips sp., Ceratothripoides sp. e Haplothrips sp. As espécies Neohydatothrips sp., Frankliniella sp. 1, F. schultzei e Caliothrips sp. foram dominantes. Estas foram utilizadas para determinar a atratividade do cravo-de-defunto. As análises demonstraram a existência de três grupos diferenciados: (1) cravo-de-defunto; (2) melão consorciado com T. patula e (3) melão nas distâncias de 6 m, 12 m, 18 m e 24 m do cravo-de-defunto. Por meio das AA e ACP foi possível verificar diferenças na abundância entre os pontos de coleta, mostrando a atratividade de T. patula sobre os tripes. Concluiu-se que o cravo-de-defunto pode ser utilizado como planta atrativa na cultura de melão para várias espécies de tripes.
The attractiveness of Tagetes patula L. (marigold) to thrips (Thysanoptera) in greenhoused melon was evaluated. Abundance, dominance, frequency, and constancy of thrips species were studied by using faunistic analysis, cluster analysis (CA) and principal component analysis (PCA). Marigold was planted only at the edge of the greenhouses. Insect sampling on melon plants was taken by shaking three vine growing ends on a white tray whereas similar procedure was used for sampling marigold but shaking all plants of 1 m². Samplings points where on T. patula edge, on melon planted along with marigold, and on melon planted at 6m, 12m, 18m, and 24m from marigold edge. Eleven thrips species were found on both melon and marigold plants: Neohydatothrips sp., Frankliniella sp. 1, Frankliniella sp. 2, Frankliniella schultzei (Trybom), Scirtothrips sp., Caliothrips sp., Microcephalothrips sp., Franklinothrips vespiformis (Crawford), Arorathrips sp., Ceratothripoides sp., and Haplothrips sp. The dominant species were: Neohydatothrips sp., Frankliniella sp. 1, F. schultzei, and Caliothrips sp. Analyses of the dominant species indicate three different groups according to abundance: (1) marigold, (2) melon along with T. patula, and (3) melon at 6m, 12m, 18m, and 24m from marigold. Significant differences among sampling sites were verified by using CA and PCA. Therefore, T. patula is attractive to thrips and may be used as trap crop in melon cultivation for several thrips species.

Descrição

Palavras-chave

Thysanoptera, planta armadilha, abundância, diversidade, Thysanoptera, Trap crop, Abundance, diversity

Como citar

Bragantia. Instituto Agronômico de Campinas, v. 68, n. 4, p. 953-960, 2009.