Efeitos da adição de Neurorregulina 1 em diferentes cenários de maturação oocitária sobre a progressão meiótica e produção embrionária

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Data

2022-11-25

Autores

Souza, Carolina Gabrielli de

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A maturação oocitária in vitro (MIV) representa uma técnica importante no campo da reprodução assistida, e há grande interesse em melhorar sua eficiência em animais e humanos. Assim, fatores intrafoliculares estão sendo explorados como potenciais aditivos para o sistema in vitro. Objetivou-se avaliar os efeitos da neurorregulina 1 (NRG1), um EGF-like que modula vias induzidas pelo receptor de EGF durante a maturação oocitária de oócitos bovinos submetidos à MIV induzida com ampirregulina/AREG (meio mais fisiológico - SF) ou FSH (meio convencional). Os complexos cumulus-oócitos (COCs) foram aspirados de ovários provenientes de abatedouro e submetidos à MIV com os respectivos tratamentos: FSH, FSH+N (1 ng/mL de NRG1), SF e SF+N, para avaliação de sua influência sobre dois parâmetros: a progressão meiótica e a produção embrionária. Para o experimento 1, a maturação foi avaliada durante 6 e 22 horas. Todos os oócitos foram desnudos, corados e avaliados quanto a conformação do material genético. No experimento 2, a maturação foi realizada por 24 horas, em seguida, os COCs foram submetidos a fertilização in vitro (FIV) e cultivo in vitro (CIV). Ao final de 7 dias de cultivo, a taxa e a classificação de embriões foram avaliadas e a contagem de células embrionárias totais foi realizada. Os dados obtidos de 5 réplicas biológicas foram transformados em arco-seno, comparados com teste T de Student e as diferenças foram consideradas significativas quando P ≤ 0,05. Quanto à progressão meiótica, a adição de NRG1 atrasou a retomada da meiose nos dois cenários avaliados: MIV induzida com AREG e a induzida com FSH, uma vez que porcentagem de oócitos em quebra da vesícula germinativa (GVBD) diminuiu após 6 horas de cultivo. Além disso, a NRG1 não alterou a dinâmica meiótica após 22 horas de MIV em ambos os cenários e não modificou as taxas de expansão do cumulus. Quanto à produção embrionária, a adição de NRG1 não alterou a porcentagem de clivagem dos zigotos em ambos os meios e não foi observada uma diferença na taxa de blastocistos ou uma alteração na qualidade dos embriões produzidos. Conclui-se que o presente estudo fornece evidências de que a NRG1 está envolvida nos mecanismos que coordenam a retomada meiótica em oócitos bovinos, apresentando um grande potencial para melhorar da eficiência dos protocolos convencionais e/ou fisiológicos de MIV. Entretanto, mais investigações acerca de sua atuação durante a produção in vitro de embriões (PIVE) são necessárias para confirmar seu potencial na qualidade e desenvolvimento embrionário.

Descrição

Palavras-chave

NRG1, FSH, PIVE, Ampirregulina, Maturação in vitro

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