Fitossanitários e doenças hepáticas: um desafio à saúde pública no Brasil

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2022-11-16

Autores

Molica, Letícia Ramos

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A saúde pública de uma população depende de seus costumes, de sua genética e do meio ambiente em que se insere. No Brasil, a política econômica dependente do agronegócio estimula a utilização de fitossanitários e/ou defensivos agrícolas, o que pode ser negativo ao equilíbrio de ecossistemas e à saúde de sua população. Esses compostos químicos tiveram seu uso difundido na chamada Revolução Verde na década de 1960. No território brasileiro vários defensivos agrícolas são vendidos que, além do controle de pragas agrícolas, causam danos ao meio ambiente e a organismos não-alvo. Considerando-se as anomalias que acometem a saúde da população, as doenças hepáticas podem ser causadas pelo uso indiscriminado de fitossanitários. Caracterizadas pela Organização Mundial da Saúde como uma das 10 causas primárias de morte em diferentes países, essas anomalias possuem várias etiologias entre as quais a exposição a drogas e a toxinas ambientais. Uma vez estabelecido o quadro clínico das anomalias hepáticas, estas podem progredir a quadros mais deletérios e até mesmo conduzir os indivíduos ao óbito. Embora muito estudada, tratamentos realmente eficazes no controle e/ou cura das doenças hepáticas se embasam na alteração do estilo de vida, como a redução da exposição a compostos químicos. Nesse contexto, a atenção às políticas públicas e aos hábitos populacionais na utilização dos fitossanitários pode ser considerada uma importante aliada no controle e/ou prevenção do surgimento de doenças hepáticas. No presente estudo, abordaremos aspectos gerais sobre os fitossanitários mais utilizados no Brasil, assim como seus efeitos adversos à saúde hepática da população.
The public health system of a population depends on its habits, genetics and the environmental conditions. In Brazil, the economic politics is dependent on the agrobusiness, which supports the utilization of phytosanitary and/or agriculture defensives, which may be negative to the ecosystem and to the population health conditions. Those chemical compounds became accepted worldwide during the Green Revolution at the 60’s. In Brazil several agriculture defensives are sold, which controls agriculture plagues; however, they cause damages to the environment and to the non-target organisms. Then, considering the pathologies that affect people, hepatic diseases can be caused by the indiscriminate use of phytosanitary. Those pathologies are classified by the World Health Organization as one of the top 10 causes of deaths in different countries, caused by different etiologies and, among them, drugs and environmental toxicants have to be considered. As the liver pathologies establishes in a body, those anomalies may progress to a more deleterious state and even cause patient’s death. However, no effective treatment is available to the hepatic diseases. The only recommended procedure to reduce the symptoms of the disease is the change of life style, as the reduction of chemical compounds exposition. In this context, more attention to the public politics and population habits in using phytosanitary have to be considered as an important tool to control and/or revert liver diseases. Then, in this study, we present the agriculture defensives largely used in Brazil, as the adverse side effects of the chemicals to the hepatic health.

Descrição

Palavras-chave

Biossegurança, Doenças do fígado, Educação da população, Pesticidas, Legislação, Biosecurity, Liver diseases, Population education, Pesticides, Legislation

Como citar