Superfícies geomórficas e atributos de Latossolos em uma seqüência Arenítico-Basáltica da região de Jaboticabal (SP)

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Data

2005-02-01

Autores

Cunha, Pedro
Marques Júnior, José
Curi, Nilton
Pereira, Gener Tadeu [UNESP]
Lepsch, Igo Fernando

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Editor

Sociedade Brasileira de Ciência do Solo

Resumo

Em um segmento de vertente com substrato de arenito em contato com basalto, regionalmente muito freqüente, pretendeu-se não só relacionar as superfícies geomórficas com os atributos físicos, químicos e mineralógicos dos Latossolos nelas encontrados, mas também testar métodos geoestatísticos para localização de limites dessas superfícies. Usando critérios geomorfológicos, três superfícies foram identificadas e topograficamente caracterizadas. Os solos foram amostrados, a intervalos regulares de 25 m, na profundidade de 0,6 a 0,8 m (topo do horizonte B), em uma transeção de 1.700 m perfazendo 109 pontos. Nas amostras, foram analisados: densidade de partículas, granulometria, CTC do solo, CTC da argila, Fe total da argila (ataque por H2SO4) e óxidos de Fe livres (por dissolução seletiva). A fração argila desferrificada foi analisada por difração de raios X. Com base na estratigrafia e variações do relevo local, foram identificadas e diferenciadas, no campo, três superfícies geomórficas. Analisaram-se também o perfil altimétrico e o modelo de elevação digital do terreno. Observou-se que as três diferentes superfícies estão bem relacionadas com os atributos físicos, químicos e mineralógicos dos seus respectivos solos. Na parte inferior desta vertente, superfície mais recente e sobre basalto, em Latossolo Vermelho eutroférrico típico, foram encontradas as maiores variabilidades da declividade, da argila e de Fe. As variações da inclinação do terreno, quando analisadas sistematicamente pelo split moving windows dissimilarity analysis (análise estatística de dissimilaridade, em segmentos móveis), mostraram que este método estatístico pode ser usado para ajudar a localizar os limites entre superfícies geomórficas. As variações dos solos da transeção, e arredores, mostraram-se relacionadas com idade, inclinação do terreno e litologia. O trabalho geomórfico detalhado forneceu importantes informações para subsidiar os trabalhos de levantamento de solos e de pedogênese.
Soil and geomorphic surfaces were studied on a sandstone/basalt hillslope segment, commonly found in the Jaboticabal region (NW São Paulo State). Main objectives were to relate the geomorphic surfaces with chemical, physical and mineralogical properties of Oxisols and to apply geostatistic methods as a helping tool for their automatic location. Soils were sampled at depths of 0.6 to 0.8 m (upper B-horizons) in a 1,700 m long transect at regular 25 m intervals, amounting to 109 sampling sites. Soil samples were analyzed for particle density, particle-size-distribution, soil CEC, clay CEC, total clay iron and free iron oxides. Iron free clays were submitted to X ray diffraction analysis. Three geomorphic surfaces were identified based on fieldwork and previous stratigraphic knowledge. The topographic profile was also analyzed. The different geomorphic surfaces are well-related to physical, chemical and mineralogical soil properties. The variability of the clay and iron amounts were higher in the lower part of the slope (over basaltic rocks). Variation on slope gradient, when analyzed by the split moving windows dissimilarity analysis, showed to be useful to indicate geomorphic surface boundaries. Most of the soil variability was logically well-related to the surface age, parent material and slope gradient. Geomorphic work proved to be very useful to help outline detailed soil survey maps as well as to help understand soil evolution process.

Descrição

Palavras-chave

Geomorphic surfaces, automathic location, Soil-landscape relationships, Spatial variability, split moving windows dissimilarity analysis, Superfície geomórfica, relações solo-paisagem, Variabilidade espacial, Geoestatística, split moving windows dissimilarity analysis

Como citar

Revista Brasileira de Ciência do Solo. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, v. 29, n. 1, p. 81-90, 2005.