Taxa de absorção atmosférica sobre as cidades de Botucatu-SP e Rio de Janeiro-RJ

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2010-12-01

Autores

Veissid, Nelson
Escobedo, João Francisco [UNESP]
Galdino, Marco Antonio

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Sociedade Brasileira de Meteorologia

Resumo

O segundo satélite da Missão Espacial Completa Brasileira (SCD2/MECB) foi colocado em órbita em 23 de Outubro de 1998 e carrega a bordo um experimento de células solares. Célula solar de silício é um dispositivo semicondutor, que pode medir a intensidade da radiação visível e parte da radiação infravermelha (400-1100 nm). O experimento permite medir simultaneamente a insolação direta e parte da radiação solar que é refletida pela Terra para o espaço. Os dados do experimento célula solar são transmitidos em tempo real pela telemetria do satélite e recebidos pela estação terrestre em Cuiabá, MT-Brasil (16°S; 56°W). Este fato limita a cobertura espacial para um círculo sobre a América do Sul. O albedo planetário é obtido dentro desta cobertura e seus valores podem ser agrupados em períodos temporais (anual, sazonal ou mensal), ou podem ser estudados para várias localizações (latitude e longitude) durante a vida do satélite. O coeficiente de transmissão atmosférica ou índice de claridade (Kt), medido em estações meteorológicas na superfície da Terra, junto com o valor medido simultaneamente do albedo planetário, permite calcular o coeficiente de absorção atmosférica (Ka). O método desenvolvido neste trabalho para avaliar Ka considera que o albedo planetário é composto por duas partes: uma refletividade local e uma refletividade não local. Considerando este novo conceito, é definida uma taxa de absorção atmosférica (denominada Ra) que é a razão entre Ka e a potência de irradiância solar líquida, que não atravessou a atmosfera (100%-Kt). A taxa de absorção atmosférica assim definida é independente da cobertura de nuvens. O histograma de freqüência de Ra mostra os valores de 0,86±0,07 e 0,88±0,09 sobre as cidades de Botucatu-SP e do Rio de Janeiro-RJ, durante os anos de 1999 até 2006, respectivamente.
The second satellite of the Brazilian Complete Space Mission (SCD2/MECB) was launched on October 23, 1998 and it hosts on board a solar cell experiment. Silicon solar cell is a semiconductor device that senses visible and near infrared (400-1100 nm) radiations. The experiment permits the simultaneous inference of direct insolation and the insolation that is reflected outside of Earth. The data of the solar cell experiment are transmitted in real time by the satellite telemetry and are received by the ground station of Cuiabá, MT-Brazil (16°S, 56°W). This fact limits their spatial coverage to a circle on the South America. The planetary albedo is obtained inside this coverage area and the data can be grouped into periods of time (annual, seasonal or monthly) or studied for several places (latitude and longitude) during the life of the satellite. Atmospheric transmission coefficient or clearness index (Kt), measured at meteorological stations around the Earth surface, together with simultaneous measured of the planetary albedo permits to calculate the atmospheric absorption coefficient (Ka). The developed method in this work for evaluating the Ka considers that the planetary albedo is composed by two parts: the local and the non local reflectivity. Considering this new concept, an atmospheric absorption ratio (called here Ra) is defined as the quotient between Ka and the net solar irradiance power that is not transmitted through the atmosphere (100%-Kt). The atmospheric absorption ratio defined by this way is not cloud cover dependent. The frequency histogram of Ra indicates the values of 0.86±0.07 and 0.88±0.09 on the cities of Botucatu-SP and Rio de Janeiro-RJ respectively, during the years of 1999 to 2006.

Descrição

Palavras-chave

planetary albedo, solar energy, atmospheric transmission, atmospheric absorption

Como citar

Revista Brasileira de Meteorologia. Sociedade Brasileira de Meteorologia, v. 25, n. 4, p. 455-468, 2010.