Interação de Paracoccidioides brasiliensis com células endoteliais

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Data

2005-12-01

Autores

Silva, Juliana Leal Monteiro da [UNESP]
Andreotti, P. F. [UNESP]
Mendes-Giannini, Maria José Soares [UNESP]

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Resumo

Paracoccidioidomycosis has a variety of clinical manifestations and Paracoccidioides brasiliensis, the causative agent, may infect many tissues, most importantly the lungs. Migration of pathogenic yeasts to the endothelial cell layer is considered a prerequisite for multiple organ invasion and dissemination of the fungus. In this study of the adhesion of P. brasiliensis to endothelial cells in vitro, we investigated whether this adhesion could represent a mechanism of dissemination. To this end, as well as using conventional optical microscopy, an alternative in vivo technique was developed, to detect the presence of fungal cells in umbilical cords embedded in paraffin wax. An experiment on the migration of P. brasiliensis through an endothelial cell monolayer was carried out, and the migration of yeast cells was greater, and took less time, in control wells with no cells. The fungus crossed the monolayer, but, compared to control wells, the migration-rate was about 30% lower. This shows that the monolayer only partially blocked migration of the fungus. In these experiments, we had great difficulty finding P. brasiliensis adhered to the cell monolayer, when it was examined at different times, suggesting that migration of the fungus across the endothelial layer is very fast, and cannot normally be observed in cell culture in vitro. Thus, P. brasiliensis can cross the endothelium rapidly and probably invades deeper tissue.
A paracoccidioidomicose apresenta um amplo espectro de manifestações clínicas e Paracoccidioides brasiliensis, seu agente etiológico, pode atingir vários tecidos com ênfase ao pulmão. A migração de fungos patogênicos através da camada de células endoteliais é considerada pré-requisito para a invasão de múltiplos órgãos e sua disseminação. No presente estudo verificou-se a adesão de P. brasiliensis às células endoteliais in vitro e se esta adesão poderia representar um mecanismo para a disseminação do fungo. Para tanto, além da técnica convencional de microscopia ótica, uma outra metodologia foi desenvolvida, emblocando os cordões umbilicais em parafina, no intuito de detectar o fungo presente no material (in vivo). Experimento de migração de P. brasiliensis através da monocamada de células endoteliais também foi realizado, e nos poços sem células, a migração de células leveduriformes foi maior em menor período de tempo. Os fungos conseguiram passar através da monocamada, quando comparados com o controle sem as células, mas com redução em torno de 30%. Isso mostra que a monocamada foi parcialmente impediente para o fungo, mas que este foi capaz de migrar através dessas células. Em nossos experimentos com estas células, houve grande dificuldade de se encontrar P. brasiliensis aderido ao tapete celular nos períodos de tempo padronizados. Sugere-se com esses resultados que o fungo atravessa as células endoteliais de uma maneira muito rápida, que não pode ser detectada através do cultivo in vitro. Portanto, P. brasiliensis teria capacidade de atravessar rapidamente as células endoteliais e provavelmente alcançar tecidos mais profundos.

Descrição

Palavras-chave

Endothelial cells, Migration, Paracoccidioides brasiliensis, cell adhesion, endothelium cell, fungal cell, in vitro study, microscopy, migration, South American blastomycosis

Como citar

Revista de Ciencias Farmaceuticas Basica e Aplicada, v. 26, n. 2, p. 149-156, 2005.