Dissertações - Cirurgia e Medicina Translacional - FMB

URI Permanente para esta coleção

Navegar

Submissões Recentes

Agora exibindo 1 - 20 de 192
  • ItemDissertação de mestrado
    Concordância entre o escore endoscópico de Mayo e o Índice Endoscópico de Gravidade da Colite Ulcerativa (UCEIS) na avaliação da atividade endoscópica na retocolite ulcerativa
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-01) Shiroma, Daniel Mendes; Hossne, Rogério Saad [UNESP]; Sassaki, Lígia Yukie [UNESP]
    A Retocolite Ulcerativa (RCU) é uma doença inflamatória crônica do cólon e reto, acometendo estes segmentos continuamente da porção distal para proximal. Varia em extensão e intensidade da inflamação, causando importante impacto na qualidade de vida, além de complicações graves. A colonoscopia é fundamental no diagnóstico e orientação terapêutica a ser adotada. A escolha dos medicamentos e até mesmo a necessidade de abordagem cirúrgica dependem de diversos fatores, que englobam aspectos clínicos, laboratoriais, endoscópicos e histológicos. A avaliação endoscópica da RCU é realizada de forma bastante difundida utilizando-se o Escore Endoscópico da Clínica Mayo. Porém, apesar de bem estabelecida entre os especialistas, este escore apresenta um caráter demasiadamente subjetivo, apresenta limitações tais como a falta de validação, a incapacidade de distinção entre úlceras superficiais e profundas e a classificação baseada no segmento do cólon com doença em atividade mais intensa, o que provoca considerável discordância entre examinadores na classificação da gravidade da doença. Com o objetivo de reduzir a subjetividade do escore de Mayo, foi desenvolvida um escore que contempla de forma mais objetiva os parâmetros observados à colonoscopia, o Índice Endoscópico de Gravidade da Colite Ulcerativa (Ulcerative Colitis Endoscopic Index of Severety - UCEIS). OBJETIVOS: Verificar se há relação entre a gravidade endoscópica encontrada nos escores de Mayo e UCEIS. Verificar se há concordância entre examinadores diferentes em relação à classificação endoscópica no escore de Mayo e UCEIS. Relacionar os achados endoscópicos e suas respectivas classificações no escore de Mayo e UCEIS a parâmetros clínicos como idade, sexo, raça e extensão do acometimento pela doença. MATERIAIS E MÉTODOS: O trabalho foi realizado com os pacientes portadores de RCU atendidos no ambulatório de DII do HC-UNESP. Os pacientes foram submetidos à colonoscopia, que foi gravada em forma de vídeo e avaliada por três examinadores diferentes. Cada examinador classificou os achados endoscópicos conforme os escores de Mayo e UCEIS. As classificações e gravidade encontradas por cada examinador foram comparadas entre cada escore e entre os examinadores. Foi também realizado um levantamento do perfil dos pacientes atendidos no ambulatório (idade, sexo, raça e extensão de acometimento pela RCU), que foi relacionado à gravidade endoscópica encontrada nas suas respectivas colonoscopias. RESULTADOS: Foi observada uma relação significativa entre os índices de gravidade encontrados no escore de Mayo e no UCEIS quando comparadas pelo mesmo observador. Assim como houve também correlação significativa entre os escores encontrados pelos três observadores tanto no escore de Mayo quanto no UCEIS, com ligeira superioridade neste último. CONCLUSÃO: A colonoscopia é um procedimento fundamental na avaliação da RCU. O exame realizado por profissionais capacitados e experientes na avaliação desta enfermidade traz informações muito importantes para o seguimento do paciente, e com alto grau de confiabilidade quando usados escores com termos descritivos e classificação de gravidade bem estabelecidos. O escore UCEIS mostrou-se superior ao de Mayo em relação ao grau de concordância entre os observadores. O cruzamento de informações sobre o perfil de cada paciente e da gravidade endoscópica da sua doença auxilia na oferta de um tratamento otimizado e individualizado visando a remissão da RCU.
  • ItemDissertação de mestrado
    Pacientes pediátricos com problemas neurológicos crônicos sempre exigem a realização de fundoplicatura associada à gastrostomia?
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-02) Amorim, Paulo Cezar Haddad de; Ortolan, Erika Veruska Paiva [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Os novos conhecimentos, principalmente na área da neonatologia, têm aumentado a expectativa de vida dos pacientes encefalopatas, trazendo discussões sobre seus cuidados. Esses pacientes apresentam uma avaliação complicada de seus sinais e sintomas, devido a sua dificuldade de se expressar. Uma das principais consequências da neuropatia é a incoordenação da deglutição e o refluxo patológico que pode estar presente nesse processo. Para tratar essa complicação, a principal alternativa para uma via de alimentação a longo prazo é a gastrostomia, que nos dias atuais, vem sendo feita de forma endoscópica, devido à sua praticidade e baixos níveis de complicações. Antigamente a fundoplicatura, procedimento realizado para evitar o refluxo gastroesofágico, era comumente associada à gastrostomia. Atualmente, a Sociedade Europeia de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica (ESPGHAN) e a Sociedade Norte Americana de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica (NASPGHAN) orientam a não realização da fundoplicatura no mesmo tempo cirúrgico. Contudo, na prática o que se observa é que a maioria dos cirurgiões pediátricos brasileiros ainda não adotou essa nova recomendação. Objetivo: Avaliar retrospectivamente o seguimento a longo prazo de pacientes com problemas neurológicos submetidos à gastrostomia endoscópica, sem fundoplicatura associada. Métodos: Análise retrospectiva de 2015 a 2020 de todos os pacientes encefalopatas, atendidos no serviço de Cirurgia Pediátrica da Faculdade de Medicina de Botucatu, entre 0 a 18 anos submetidos à gastrostomia endoscópica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp, que tiveram pelo menos 3 meses de seguimento pós operatório, utilizando prontuário eletrônico em conjunto com questionário via telefone para obtenção de dados. Resultados: 105 pacientes atendiam aos critérios de inclusão. Foi possível o contato através de ligação telefônica com 87 desses pacientes, dos quais 32 não possuíam todos os dados necessários em prontuário, sendo excluídos; três pacientes os pais ou cuidadores optaram por não participar, restando 52 pacientes que possuíam todos os critérios de inclusão e concordaram em participar do estudo. Não houve significância estatística na comparação entre o número de tratamentos de pneumonia e internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) antes da cirurgia e após a gastrostomia, além de não apresentar significância estatística à análise de sintomas relacionados ao refluxo após cirurgia. Conclusão: Corroborando com as recomendações da NASPGHAN e da ESPGHAN, o presente estudo mostrou que não há a necessidade de realizar a fundoplicadura de rotina em conjunto com a gastrostomia.
  • ItemDissertação de mestrado
    Eficácia do treinamento aeróbico em pacientes oncológicos: revisão sistemática e metanálise
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-02-21) Agustini, Samantha Pellison; Cataneo, Daniele Cristina [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A incidência do câncer mostra números crescentes, porém, a estimativa de sobreviventes aumentou significativamente devido aos diagnósticos precoces e tratamentos. Os tratamentos adjuvantes utilizados provocam efeitos colaterais como fadiga, atingindo as funções musculares e cardiorrespiratórias e a qualidade de vida. Para combater os efeitos colaterais, tem sido utilizado a prática de exercícios aeróbicos, caracterizada como uma terapia de suporte agindo nas inflamações crônicas, além de ser considerada, mantenedora de saúde em longo prazo para a sobrevivência. Objetivo: Analisar a eficácia do treinamento aeróbico em pacientes oncológicos. Método: Conduzida uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados sendo avaliados os desfechos: condicionamento físico, qualidade de vida, fadiga, efeitos adversos e adesão ao treinamento. Todas as buscas foram conduzidas sem restrição de idiomas e nas datas de 2007 a 2017 com atualização em 2019 nas seguintes bases de dados: PUBMED/ MEDLINE, SCOPUS, Web of Sciense, LILACS, Registro de Ensaios Controlados da Cochrane e EMBASE. Resultados: Foram avaliados 12 estudos, com um total de 997 participantes. O exercício aeróbico melhorou condicionamento físico, sendo utilizada duas medida como forma de avaliação, sendo ml/kg/min (MD = 0,79, 95% CI 0,12 a 1,45, I2 = 0%) e L/min ( MD = 0,14, 95% IC 0,01 a 0,26, I2 = 0%). Houve melhora no desfecho de qualidade de vida (Std. MD = 0,49, 95% IC 0,26 a 0,73, I2 = 32%), mas não houve diferença no desfecho fadiga (Std. MD = -0,06, 95% IC -0,38 a 0,27, I2 = 42%). Os estudos apresentaram 82,2% de adesão ao programa com 16 eventos adversos, sendo considerado baixo índice. Conclusão: O exercício aeróbico é eficaz nos pacientes oncológicos analisando os desfechos de condicionamento físico e qualidade de vida quando comparado aos cuidados usuais. Não há diferença entre os grupos quando comparado com exercícios resistidos. Em relação à fadiga, não há diferença entre os grupos. Palavras-chave: Tumor maligno, Neoplasia, Exercício Aeróbico, Treinamento Aeróbico, Revisão Sistemática
  • ItemDissertação de mestrado
    Sobrevida de pacientes submetidos a ressecção cirúrgica de metástases cerebrais de câncer de pulmão no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-06-14) Botta, Fabio Pires; Hamamoto Filho, Pedro Tadao [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: metástases cerebrais (MC) estão entre as mais comuns neoplasias intracranianas. Seu foco primário mais comum são canceres de pulmão. Frequentemente são a primeira manifestação de um câncer ainda não diagnosticado. Seu tratamento envolve uma combinação entre ressecção cirúrgica, radioterapia, radiocirurgia, quimioterapia convencional, imunoterapias, terapias alvo e suporte clínico otimizado. Diversas escalas estimam a sobrevida de paciente portadores de MC com crescente importância dada à genética tumoral. Entretanto, dados biomoleculares e tratamentos oncológicos modernos são frequentemente indisponíveis nos países em desenvolvimento, onde a literatura atual internacional pode não representar a sobrevida dos pacientes. Objetivo: determinar a sobrevida dos pacientes operados de MC de câncer de pulmão em um hospital terciário do sistema público de saúde brasileiro, fatores a ela relacionados e comparar às escalas prognósticas. Metodologia: foi elaborada uma coorte retrospectiva dos pacientes operados por MC de câncer de pulmão no HCFMB. Resultados: 55 pacientes operados entre junho de 2012 e dezembro de 2022 foram recrutados. A sobrevida média foi global foi 9,3 ±12 meses, com mediana de 5,8 meses (IIQ: 9,9 meses). O foco primário era desconhecido em 76,4% dos pacientes e sua sobrevida não teve diferença significativa com os demais. Sexo feminino, melhora de KPS após a cirurgia e a classificação de GPA2012 no grupo 3,5 a 4 pontos tiveram significância estatística em análise univariada para sobrevida de 18 meses. Análise multivariada demonstrou significância estatística apenas para melhora de KPS e GPA2012 para sobrevida de 18 meses. A sobrevida estimada pelas escalas de GPA2017 e GPA2022, que lançam mão de dados histológicos e biomoleculares, não se assemelharam à sobrevida observada. Conclusão: a sobrevida mediana dos pacientes operados por MC de câncer de pulmão no HCFMB foi de 5,8 meses (0,2 – 76,5 meses). A melhora de KPS em pós-operatório foi associada a uma maior sobrevida. A sobrevida observada melhor se assemelhou à estimada pela GPA2012.
  • ItemDissertação de mestrado
    Exercícios resistidos em pacientes com câncer: revisão sistemática e metanálise
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-02-21) Rinaldi, Caroline Limeira; Cataneo, Daniele Cristina [UNESP]; Arruda, Karine Aparecida; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Há evidências que o exercício físico é benéfico em pacientes com câncer, pois fornece independência funcional ao indivíduo. Entretanto pouco se sabe sobre os protocolos de treinamento resistido, intensidade, frequência e quais exercícios podem ser utilizados nesses indivíduos, fazendo-se necessário uma revisão sistemática para reunir estudos que utilizaram esta modalidade de exercício, possibilitando o conhecimento de seus reais efeitos no paciente com câncer. Objetivos: Avaliar a eficácia, viabilidade e segurança do uso de exercícios resistidos no tratamento clínico de pacientes oncológicos, conduzindo uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados. Método: Foram pesquisadas as bases Pubmed/Medline, Embase, Lilacs, Web of Science e Cochrane para busca de ensaios clínicos randomizados que utilizaram o treinamento de resistência ou exercício resistido como parte do tratamento clínico para pacientes oncológicos. Os desfechos avaliados foram: Força muscular, qualidade de vida, composição corporal, fadiga, adesão, efeitos adversos e sobrevida. Utilizou-se para metanálise o software RevMan 5.3 fornecido pela Colaboração Cochrane. Resultados: Foram avaliados 16 estudos, com um total de 1.201 participantes. O exercício resistido melhorou a força muscular de membros superiores (MD 5,76, IC 95% de 3,97 a 7,55; I²= 0%) e membros inferiores (MD 9,14, IC 95% de 3,76 a 14,52; I²=25%). Não houve diferenças entre as intervenções para qualidade de vida (SMD 0,09, IC 95% -0,04 a 0,21; I² = 0%), gordura corporal (MD -0,91, IC 95% de -2,35 a 0,53; I²=0%), massa gorda (MD -0,51, IC 95% de -2,87 a 1,84; I²=0%), massa magra (MD 0,55, IC 95% de -0,69 a 1,80; I²=0%), peso corporal (MD 0,15, IC 95% de -2,56 a 2,86; I²=0%) e fadiga (SMD -0,09, IC 95% de -0,27 a 0,10; I²=0%). Todos os estudos apresentaram uma boa aderência acima de 70%, e apenas dois estudos relataram efeitos adversos durante a intervenção. O estudo de sobrevida sugeriu uma melhor taxa de sobrevivência entre aqueles que fizeram exercício resistido. Conclusão: O exercício resistido promove melhora na força muscular de pacientes com câncer. No entanto, não houve diferença na qualidade de vida e composição corporal quando comparado às outras intervenções. Consideramos seguro e viável para estes pacientes, podendo ser recomendado como parte do tratamento oncológico. Palavras-chave: Tumor maligno, Neoplasia, Exercício Resistido, Treinamento de resistência, Revisão Sistemática.
  • ItemDissertação de mestrado
    O sexo é um fator determinante de diferenças morfológicas e inflamatórias na neurocisticercose extraparenquimatosa experimental?
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-05-27) Moreira, Carlos Alexandre Aguiar; Hamamoto Filho, Pedro Tadao; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A neurocisticercose é a doença parasitária mais comum do sistema nervoso central. Ela é ocasionada por infestação cerebral pela larva de Taenia solium, que ocorre quando se ingerem ovos do parasita. O quadro clínico da doença é variável e está relacionado à carga parasitária, à localização dos cistos e à interação entre parasita e hospedeiro. Uma das diferenças mais marcantes da neurocisticercose é entre os sexos. Em geral, mulheres apresentam as formas mais graves da doença, o que sugere haver influência de hormônios sexuais na resistência ou suscetibilidade ao parasita. A hipótese é corroborada por estudos clínicos que demonstraram diferenças radiológicas e inflamatórias no líquor de pacientes com neurocisticercose. Em nível experimental, a diferença entre os sexos para a cisticercose está determinada a partir de estudos que basearam suas análises na inoculação de Taenia crassiceps na cavidade peritoneal de roedores. Fatores imuno-endocrinológicos estão envolvidos com a suscetibilidade à infecção pelo parasita. Por outro lado, nenhum estudo até o momento avaliou se há diferenças entre os sexos na neurocisticercose experimental, ou seja, na inoculação intracraniana de parasitas. Neste trabalho, analisamos se o sexo é um fator determinante de diferenças morfológicas e inflamatórias na neurocisticercose extraparenquimatosa experimental. Foram utilizados 76 ratos Wistar (42 fêmeas e 34 machos) pesando entre 150-200g. A inoculação foi feita com a punção do espaço subaracnóideo da cisterna magna na transição occípito-cervical e injeção de 50 cistos viáveis de T. crassiceps. Após três meses da inoculação, os animais foram submetidos eutanásia e seus encéfalos submetidos a estudo histológico e imunoinzimático da expressão de IL6, IL-10 e IFN-γ. O estudo histológico evidenciou aumento significativo do número de linfócitos nos encéfalos de ratos fêmeas na região aracnoide e o estudo imunoinzimático mostrou níveis mais altos da citocina IL-6 no encéfalo de ratos do sexo feminino quando comparados aos encéfalos de ratos masculinos. Concluímos que houve diferença na resposta inflamatório entre os sexos, sendo a inflamação mais agressiva nos ratos fêmeas
  • ItemDissertação de mestrado
    Avaliação dos efeitos do chá de hibisco nos parâmetros hormonais e testiculares de ratos obesos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-02-28) Schaefer, Arnaldo Luiz Flávio; Kawano, Paulo Roberto [UNESP]; Amaro, João Luiz [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução e objetivo: A obesidade é considerada um problema epidemiológico grave em todo o mundo, estando associada à diversas comorbidades, com destaque para síndrome metabólica, as alterações na função renal, doenças cardiovasculares, hipertensão, hepatopatias, dislipidemias, distúrbios da fertilidade, entre outras. O uso do Hibiscus sabdariffa (HS) tem sido sugerido como eficaz no combate a obesidade devido aos seus efeitos no controle da lipemia e na perda de peso. O presente estudo tem como objetivo avaliar os possíveis efeitos do HS sobre os parâmetros clínicos e testiculares em um modelo de obesidade induzida por dieta palatável hiperlipídica (DPH) em ratos. Metodologia: 48 ratos Wistar, foram randomicamente divididos em 4 grupos (n=12): grupo controle (G1), animais alimentados com ração comercial para ratos (RR) e água; G2: RR e chá de HS (60 mg/kg/dia); G3: suplementação com DPH e água e G4: DPH e HS. Todos os animais receberam as dietas (RR ou DPH) e água/HS durante 16 semanas, ad libitum, com ganho de peso e ingesta alimentar/líquida monitoradas. Ao final do estudo, foi realizada coleta de sangue para determinação dos níveis séricos de testosterona, função renal e eletrólitos, perfil lipídico, bem como dosagem de citocinas pró e anti-inflamatórias. Após eutanásia, os testículos foram removidos para análise histopatológica. Resultados: Os grupos suplementados (G3 e G4) apresentaram ganho de peso significativamente maior que o controle (616,2±98,9 e 591.8±78.9 vs 493,2±52g, respectivamente; p<0,05), porém com estabilização do peso em G4 a partir da 12 semana. Observou-se uma redução significativa da taxa de depuração da creatinina (CCr) no G3 em relação ao controle (1,34±0,83 vs 2,69±1,3mL/Kg/min, p<0,05), mas não no G4 (1,89±0,89 vs 2,69±1,3mL/Kg/min, p>0,05), sem alteração nos níveis séricos de creatinina. Os eletrólitos séricos mantiveram-se dentro dos padrões de normalidade, com destaque para o sódio que se mostrou elevado em relação ao controle entre os animais que receberam o HS (138,23±2,55 vs 139,77±3,90 e 142,15±1,91mmol/L, G1xG2 e G4, respectivamente, p<0,05). A avaliação do perfil lipídico demonstrou redução das frações do HDL no G3 (44,54±0,78 vs 45,92±1,44mg/dL, respectivamente; p<0,05), bem como do LDL em G2 e G4 em relação ao controle (5,0±1,23 e 5,62±1,19 vs 7,54±5,14mg/dL, respectivamente; p<0,05). O G2 apresentou ainda acentuada redução dos triglicerídeos quando comparado a G1 (46,31±15,35 vs 83,2±34,11mg/dL, respectivamente; p<0,05). A análise das citocinas pró-inflamatórias revelou aumento da leptina em G3 e G4 em relação ao controle (8552,62 e 7537,30 vs 3157,54, respectivamente; p<0,01) e a IL-1α apresentou redução em G2 e G4, sendo marcadamente mais expressiva neste último, quando comparada ao controle (6,74 e 0,91 vs 17,9, respectivamente; p<0,05). Embora não tenha sido observada variação nos níveis séricos de testosterona nos diferentes grupos, a análise histopatológica revelou uma redução no escore de Johnsen no G3 em relação ao controle, mas não no G4 (9,29 vs 9,49 e 9,44, respectivamente, p<0,01). Conclusão: O HS evitou o ganho de peso nos animais suplementados com DPH, exercendo uma modulação favorável sobre a taxa de filtração renal e no perfil lipídico destes animais. Além disso, foi capaz de reduzir a expressão de citocinas pró-inflamatórias e minimizar os danos causados na espermatogênese de ratos expostos a dieta obesogênica hipergodurosa, reforçando assim, as propriedades medicinais previamente atribuídas a esta planta.
  • ItemDissertação de mestrado
    Tratamento cirúrgico versus tratamento conservador na perfuração esofágica benigna: revisão sistemática
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-16) Braga, Rodrigo Paschoal; Cataneo, Antonio José Maria [UNESP]; Cataneo, Daniele Cristina [UNESP]; Oliveira, Walmar Kerche de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    RESUMO Introdução: A perfuração de esôfago é um evento bastante grave e necessita de imediata intervenção para que não seja fatal. O tratamento dessa moléstia pode ser tanto conservador como reparador da lesão. Objetivo: Avaliar qual das intervenções leva a menor mortalidade. Método: Foi realizada uma revisão sistemática de estudos que contemplassem os dois tipos de tratamento em pacientes com perfuração esofágica não neoplásica e estudassem o desfecho mortalidade. Foram pesquisadas as principais bases de dados sem restrição de idiomas usando os termos “perfuração esofágica” AND “tratamento cirúrgico” AND “tratamento conservador”. Foi realizada metanálise com o programa Review Manager 5.4.1 utilizando-se efeito randômico. Foi planejada também a análise de subgrupos: perfuração cervical versus torácica, tempo de perfuração maior e menor que 24h, perfuração iatrogênica versus não iatrogênica e sutura versus esofagectomia na intervenção reparadora. A qualidade da evidência e força da recomendação foram avaliadas pelo sistema GRADE. Resultados: foram selecionados 40 estudos com 1673 participantes. Todos os estudos são série de casos que por sua natureza apresentam risco crítico de viés pelos potenciais confundidores associados à perfuração e também ao paciente. O desfecho mortalidade foi avaliado pelos 40 estudos. Não houve diferença no risco de morte entre os dois tipos de tratamento (RR= 1,15; IC 95% 0,88 a 1,52; I2= 0%). Em 11 estudos foi possível separar a mortalidade segundo a etiologia. Na etiologia iatrogênica, 201 participantes, não houve diferença na mortalidade entre as intervenções (RR 1,36, IC 95% 0,64 a 2,91, I2= 4%). Na etiologia não iatrogênica, 165 pacientes, não houve diferença na mortalidade entre as intervenções (RR 0,92, IC 95% 0,43 a 1,95, I2= 0%). Não houve diferença na mortalidade quando comparada a etiologia iatrogênica com a não iatrogênica (RR 0,68, IC 95% 0,42 a 1,10, I2= 8%). A comparação da mortalidade da perfuração cervical com a torácica, só foi possível em oito estudos, 306 participantes, e não houve diferença na mortalidade entre os grupos (RR 0,69, IC 95% 0,27 a 1,76, I2= 24%). A mortalidade segundo a intervenção cirúrgica foi possível em 21 estudos, 504 participantes. Não houve diferença no risco de morte entre sutura e esofagectomia (RR 0,62; IC 95% 0,32 a 1,20; I2= 24%). Não foi possível combinar os estudos quanto ao tempo de internação em enfermaria e UTI. A qualidade da evidência pelo sistema GRADE foi considerada muito baixa e a força da recomendação avaliada pelos oito itens que a regem mostra que os dois tratamentos podem ser recomendados. Conclusão: conclui-se que tanto o tratamento conservador como o tratamento cirúrgico pode ser recomendado. Não foi possível mostrar diferenças entre os subgrupos e nem do tempo de internação entre os dois tratamentos.
  • ItemDissertação de mestrado
    Fatores associados à qualidade do atendimento a pacientes com doenças inflamatórias intestinais, sob a ótica médica especializada
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-02) Craveiro, Marcela Maria Silvino; Hossne, Rogério Saad [UNESP]; Sassaki, Ligia Yukie [UNESP]; Vilela, Eduardo Garcia; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: As doenças inflamatórias intestinais (DII) são afecções inflamatórias crônicas de caráter recorrente, cujas taxas de incidência e prevalência têm aumentado mundialmente, inclusive no Brasil, com importante impacto na qualidade de vida e morbidade destes pacientes. Sabemos que o diagnóstico precoce e o início rápido do tratamento adequado alteram a história natural da doença prevenindo complicações, por isso é necessário traçar o perfil dos médicos que atendem esses pacientes com DII no Brasil e como em seu dia a dia esse tratamento é realizado, principalmente entender as dificuldades no atendimento e avaliá-las em relação a outras variáveis. Objetivo: Analisar estatisticamente o banco de dados pertencente ao Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB), composto por médicos especialistas em DII, e avaliar como é realizado esse atendimento em todas as regiões brasileiras, além de analisar qual sua relação com o IDH e a demografia médica de cada região para obtermos resultados que possam ser úteis na melhoria do atendimento nas DII no país. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal que analisou de forma descritiva o banco de dados pré-existente do GEDIIB e observou através desta a realidade do atendimento das DII no país. Através desses dados conseguimos avaliar o perfil dos médicos que atendem esses pacientes, avaliar o acesso a medicações para o tratamento e a disponibilidade de exames complementares e relacionar essas variáveis com a presença de recursos humanos ao IDH e demografia médica de cada região. Foi realizada análise descritiva e estatística apropriada para a relação das variáveis e o nível de significância definido foi p<0.05. Resultados: Na análise descritiva os resultados foram: Os médicos que responderam ao questionário se concentram mais na região Sudeste, com maior participação dos médicos residentes no estado de São Paulo e na cidade do Rio de Janeiro, a maioria dos profissionais tem menos de 20 anos de formados na faculdade e na especialidade, a gastroenterologia seguido pela coloproctologia foram as especialidades que mais contribuíram com as respostas. Em relação ao local de trabalho a clínica privada expressivamente foi o lugar mais comum. Quanto à dificuldade de acesso a medicação a terapia biológica seguida pelos imunossupressores foram os primeiros colocados tanto na RCU e na DC, enquanto que a nutrição e a enteroscopia por duplo balão foi à especialidade e o exame complementar respectivamente de mais difícil acesso. No que diz respeito ao número de pacientes atendidos pelos profissionais a maioria possui 11-50 pacientes com diagnóstico de DC e RCU, os mesmo prescrevem mais os imunossupressores e a terapia biológica para o tratamento da DC e os derivados 5-ASA na terapêutica da RCU. A maioria dos profissionais se sente seguro no uso da terapia biológica, sendo o infliximabe a primeira escolha para o tratamento da DC e da RCU, enquanto que como segunda opção para DC o ustequinumabe merece destaque como o vedolizumabe na RCU. A falha da terapia biológica foi o principal tema que os médicos gostariam de abordar em discussões futuras. Os resultados foram analisados estatisticamente e relacionado ao IDH médio dos estados, sendo os resultados estatisticamente significativos às correlações para as seguintes variáveis: local de trabalho em clínica privada especializada em DII, dificuldade de acesso a medicações como corticóide, metrotexato e 6-mercaptopurina, encaminhamento para a avaliação da enfermagem, e acesso a enteroscopia por duplo-balão. Na análise da associação das variáveis com a razão médica os resultados foram significativos quanto ao: hospital privado e ambulatório público, dificuldade de acesso a medicações como azatioprina, 6-mercaptopurina e terapia biológica, ao acesso a exames complementares como marcadores fecais, enterotomografia, colonoscopia, cápsula endoscópica e enteroscopia por duplo balão. Conclusão: Através desse estudo, pudemos ter um retrato do perfil atual dos médicos que atendem DII que participaram deste levantamento do GEDIIB. Além da análise e descrição do perfil do médico e de suas dificuldades, relacionamos os principais aspectos que prejudicam tanto ao diagnóstico e o tratamento, atribuídos a fatores externos, independente da nossa realidade e competência. Esses resultados sugerem e demonstram que para o atendimento adequado ao paciente com DII, diversas variáveis externas além do conhecimento e capacidade médica revelam-se necessários. Desta forma, políticas públicas de saúde mais eficazes devem ser planejadas e ampliadas, com atenção especial aos índices e resultados citados acima, visando um crescimento e adequação do sistema de saúde brasileiro voltado as DII.
  • ItemDissertação de mestrado
    Eficácia, durabilidade e segurança da descompressão micro-vascular versus infiltração de toxina botulínica no tratamento do espasmo hemifacial: revisão sistemática e metanálise
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-07-12) Santos Filho, Carlos Alberto dos; Zanini, Marco Antônio [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Espasmo hemifacial (EHF) é um distúrbio motor facial manifesto por movimentos paroxísticos involuntários unilateralmente, que se inicia tipicamente com contrações no múscu-lo orbicular do olho e progride com envolvimento de outros músculos da face e do pescoço, co-mo os músculos orbicular da bloca e platisma, o que acarreta prejuízo estético e funcional, com importante impacto na vida social do indivíduo afetado. Objetivos: Sistematicamente identifi-car, avaliar e sumarizar as evidências disponíveis sobre os efeitos de eficácia e segurança da microcirurgia para descompressão neurovascular (MDV) em comparação com a infiltração de neurotoxina botulínica (BoNT) no tratamento do espasmo hemifacial primário. Métodos: Revi-são sistemática com buscas realizadas nas bases PUBMED, LILACS, EMBASE, SCOPUS, WEB OF SCIENCE e COCHRANE em 07 de outubro de 2021. Resultados: Foram identificados um ensaio clínico não randomizado (ECNR) com qualidade metodológica boa a moderada comparando a microcirurgia para descompressão neurovascular, em comparação com a infiltração de neuro-toxina botulínica, e três com qualidade mais baixa comparando estas diferentes técnicas no tratamento do espasmo hemifacial. Conclusões: A MDV apresentou expressivamente maior probabilidade de cura para o EHF primário em comparação à BoNT, assim como também se mostrou ser um fator de proteção para doença com redução importante da recorrência dos sin-tomas. Contudo, ainda faltam evidências de qualidade em relação à melhora parcial dos sinto-mas e quanto ao aparecimento de eventos adversos.
  • ItemDissertação de mestrado
    Avaliação da efetividade do pré-condicionamento tecidual para redução dos efeitos da isquemia/reperfusão na cirurgia hepática e no transplante hepático: revisão sistemática com metanálise.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-05-25) Oliveira, Glauber Correia de; Sobreira, Marcone Lima [UNESP]; Oliveira, Walmar Kerche de; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Objetivos: Avaliar os eventuais benefícios do pré-condicionamento isquêmico (PCI) na cirurgia hepática e no transplante hepático, por meio de revisão sistemática da literatura com metanálise, e avaliar a sua aplicabilidade na prática clínica. Métodos: Foram realizadas buscas de artigos relacionados ao tema nas línguas Portuguesa, Inglesa e Espanhola, indexados ao MEDLINE (Literatura Internacional em Ciências e Saúde) via PubMED, LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SCOPUS, EMBASE, Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL), SciELO, WEB OF SCIENCE, e PubMED, e fontes adicionais de ensaios publicados e não publicados. Resultados: As buscas forneceram um total de 2077 artigos, dos quais foram selecionados 17 relacionados à Cirurgia Hepática, e 13 ao transplante hepático, que totalizaram 1052 pacientes submetidos a ressecções hepáticas e 660 pacientes submetidos a transplante hepático. A aplicação do PCI não altera o tempo cirúrgico das ressecções hepáticas e dos transplantes hepáticos. Os pacientes do grupo PCI submetidos a hepatectomias apresentaram menor sangramento (Diferença Média de -49.97 ml, IC 95%, -86.32 a -13.6, I²: 64%) e o número de pacientes que necessitaram de transfusão sanguínea também foi menor nesse grupo (RR 0.71, IC 95%, 0.53 a 0.96; I²=0%). Ainda em relação à cirurgia hepática o PCI reduziu o risco de ascite no pós-operatório (RR 0.40, IC 95%, 0.17 a 0.93; I²=0%). Já em relação à aplicação do PCI no transplante hepático, o grupo submetido ao PCI apresentou menor risco de trombose da artéria hepática no pós-operatório (RR 0.22, IC 95%, 005 a 1.0; I²=0%) e menor pico nas dosagens pós-operatórias de AST (DM – 228.22, IC 95%, -414.24 - 42.20; i² 70%) e ALT (DM -213.80, IC 95%, -379.29 a -48.31; I²=48%). Os demais desfechos não sofreram alterações estatisticamente significativas ou tiveram suas metanálises consideradas como impróprias devido à heterogeneidade elevada. Conclusão: O PCI é aplicável na prática clínica tanto para pacientes submetidos a ressecções hepáticas, quanto para pacientes submetidos a transplantes hepáticos, com algum efeito benéfico. Porém, não encontramos evidências suficientes para estimular sua utilização como rotina.
  • ItemDissertação de mestrado
    Análise entre as modalidades de eletroestimulação versus outras intervenções ou placebo, em pacientes constipados ou com incontinência fecal, na melhora do número de evacuações e qualidade de vida.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-22) Correia, Ronny Rodrigues [UNESP]; Lourenção, Pedro Luiz Toledo de Arruda [UNESP]; Gameiro, Luis Felipe Orsi; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A constipação intestinal é um distúrbio de origem multifatorial e de apresentação clínica variada incluindo evacuações infrequentes, com esforço, de fezes volumosas, associados a episódios de incontinência fecal retentiva. Diante desses fatos a constipação torna-se um problema comum em pediatria e como forma de tratamento a neuromodulação foi incorporada à prática clínica para tratamento de muitos problemas de saúde, variando de náuseas e vômitos até problemas urinários. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática atualizada de ensaios clínicos randomizados disponíveis na literatura sobre os resultados da neuromodulação transcutânea no tratamento da constipação intestinal e incontinência fecal retentiva em crianças e adolescentes. Metodologia: Revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados. Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados Medline (PubMed), PeDro, Scielo, Cochrane (CENTRAL), Embase e Scopus de março de 2000 a janeiro de 2022. Foram incluídos ensaios clínicos que avaliaram o tratamento com neuromodulação comparados ou associados a outros tipos de tratamento. Dois revisores selecionaram independentemente os estudos relevantes, avaliaram a qualidade metodológica e extraíram os dados. Resultados: Foram incluídos 3 estudos, com um total de 164 participantes. A qualidade metodológica dos estudos foi de baixo risco de viés em todos os domínios avaliados. Três estudos, geraram 2 meta-análises e 1 representação de meta-análise. Em relação a qualidade da evidência e o nível de recomendação em todas as meta-análises avaliadas, demonstraram segundo o resultado da tabela GRADE que estamos muito confiantes que o verdadeiro efeito está próximo ao da estimativa do efeito. Conclusão: A neuromodulação transcutânea demonstrou-se eficaz como modalidade de tratamento adjuvante para melhora da constipação intestinal e incontinência fecal retentiva.
  • ItemDissertação de mestrado
    Questionário sobre a conduta dos cirurgiões pediátricos do Brasil no manejo das doenças da vesícula biliar em crianças
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-22) Tedesco, Bruna Aliotto Nalin [UNESP]; Ortolan, Erika Veruska Paiva [UNESP]; Zani, Augusto; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Objetivo Descrever e analisar as condutas dos cirurgiões pediátricos brasileiros no manejo das doenças da vesícula biliar em crianças, através da aplicação de questionário. Métodos Foi elaborado um questionário sobre o manejo das doenças da vesícula biliar em crianças. Incluíram-se perguntas sobre colelitíase, colecistite aguda, pancreatite aguda biliar, pólipo vesicular, colecistectomia, exploração de vias biliares, análise dos produtos da colecistectomia e acompanhamento pós-operatório. Após validado, o questionário impresso foi aplicado no Curso Básico de Cirurgia Pediátrica do Research Institute Against Digestive Cancer (IRCAD) – Barretos, e a versão on-line SurveyMonkeyâ foi divulgada via e-mail e WhatsApp aos cirurgiões pediátricos cadastrados nas Sociedades Brasileira e Paulista de Cirurgia Pediátrica. As respostas por questão foram computadas e analisadas. Foi realizada análise comparativa das respostas por macrorregião do país e por função exercida (médico docente/assistente ou médico residente/estagiário). Considerou-se consenso entre os respondedores quando a taxa de resposta comum ao questionamento foi maior ou igual a 75%. Resultados 351 cirurgiões pediátricos responderam ao questionário. Sobre a colelitíase assintomática, a maioria opta pelo acompanhamento de bebês e crianças pequenas e pela realização de cirurgia em crianças, adolescentes e pacientes hematológicos. Na colelitíase sintomática, a maioria opta por cirurgia em todos os pacientes. Houve consenso na conduta antibioticoterapia e cirurgia após colecistite aguda. Houve maioria de respostas a favor da realização de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) após pancreatite aguda biliar e consenso pela realização de colecistectomia na mesma patologia. A maioria dos cirurgiões pediátricos brasileiros utiliza antibiótico profilático na pancreatite aguda. Para investigação diagnóstica da pancreatite, houve consenso quanto a realização de ultrassonografia. Também observamos consenso quanto à laparoscopia ser a via cirúrgica preferencial para colecistectomia, quanto ao uso de antibiótico profilaxia pré-operatória e quanto ao envio da vesícula biliar para análise anatomopatológica. Não houve consenso quanto a realização de colangiografia intraoperatória, quanto ao manejo dos pólipos vesiculares, quanto ao melhor momento para alta hospitalar após colecistectomia, quanto ao tempo de acompanhamento pós-operatório e quanto a recomendação de dieta hipogordurosa. Observamos divergências de condutas de acordo com a região brasileira analisada, assim como houve divergência de opinião entre médicos docentes/assistentes e médicos residentes/estagiários. Conclusão Muitas condutas analisadas possuem falta de consenso entre os cirurgiões pediátricos brasileiros. Há também a prática de condutas que diferem das preconizadas na literatura atualmente em adultos, como o uso de antibiótico profilático na pancreatite aguda biliar e na profilaxia cirúrgica pré-operatória da colecistectomia eletiva. O Brasil, por ser um país de dimensões continentais, acentua essas divergências. Estudos clínicos randomizados com crianças são necessários para esclarecer os principais pontos de divergência.
  • ItemDissertação de mestrado
    Estudo clínico randomizado da aplicação da eletroestimulação neuromuscular sobre a hemodinâmica de membros inferiores e sobre a atividade fibrinolítica sistêmica em indivíduos saudáveis
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-25) Mariúba, Jamil Victor de Oliveira [UNESP]; Sobreira, Marcone Lima [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A prevalência das doenças vasculares periféricas está em ascensão, principalmente devido ao aumento de seus fatores de risco, como o envelhecimento da população, sendo as três com maior significado clínico a doença aterosclerótica obstrutiva periférica (DAOP), a insuficiência venosa crônica (IVC) e o tromboembolismo venoso (TEV). O exercício físico muscular é um estímulo ao desenvolvimento circulatório. Mas nem sempre ele é possível. Foi realizado um estudo clínico, intervencionista, prospectivo, unicêntrico, randomizado, unicego para avaliar o efeito da eletroestimulação neuromuscular em 10 indivíduos saudáveis, em que houve aumento da velocidade de fluxo sanguíneo arterial e venoso de membros inferiores, aumento do volume de fluxo venoso da veia poplítea, aumento do diâmetro dos vasos femorais e poplíteos de indivíduos saudáveis e aumento não significativo do ativador do plasminogênio tecidual. Também se demonstrou os efeitos sistêmicos da EENM, na ausência de eventos adversos e desconforto significativo.
  • ItemDissertação de mestrado
    Avaliação de biointegração e resposta inflamatória a vasos sanguíneos produzidos por engenharia de tecidos – modelo experimental em coelho
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-09-01) Secondo, Mariana Thais Silva; Bertanha, Matheus [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Na prática cirúrgica cardiovascular é bem estabelecido que, para determinadas situações, o tratamento da doença obstrutiva aterosclerótica requer a realização de by-pass. Usam-se preferencialmente como substitutos vasculares veias autólogas ou próteses sintéticas. No entanto, nem todos os pacientes possuem veias autólogas passíveis de se utilizar como substituto vascular e nem todas as pontes arteriais têm patência satisfatória quando confeccionadas com próteses. Assim, na limitação do uso de próteses ou veias autólogas, a engenharia de tecidos com a produção de neovasos pode ser uma opção promissora. Estudos têm demonstrado ser possível a diferenciação in vitro de células tronco adultas em tecidos da parede vascular, como endotélio e músculo liso. Estudos experimentais prévios também demonstraram que as veias cavas de coelho podem ser descelularizadas e servem como arcabouço para receber células tronco mesenquimais (CTMs), com posterior diferenciação em células endoteliais in vitro. Objetivo: Produzir uma estrutura 3D utilizando arcabouços de veia cava inferior de coelho descelularizada com o repovoamento celular a partir de CTMs obtidas de tecido adiposo; testar sua interação com o organismo receptor e avaliar a indução da resposta inflamatória. Métodos: Trata-se de um trabalho experimental realizado em 6 etapas descritas a seguir: obtenção de veias cava de coelho para produção de arcabouço; obtenção, expansão e caracterização das CTMs derivadas de tecido adiposo; preparação do arcabouço para implante (autólogo e alogênico); experimento in vivo, com implante no dorso de 12 coelhos de veias cava alogênicas in natura (n=3), de veias cava descelularizadas (n=3), de veias cava descelularizadas + CTM alogênicas (n=3) e de veias cava descelularizadas + CTM autólogas (n=3); obtenção de amostras de sangue para análise da resposta inflamatória aos implantes; avaliação histomorfológica dos implantes após 60 dias da implantação e análise da resposta inflamatória diretamente no macerado dos explantes. Resultados: Os dados da análise das interleucinas (ILs) séricas não revelaram diferenças estatísticas entre os grupos. Já os dados da análise das ILs do homogenato do tecido congelado do explante permitiram concluir que, através da dosagem de fator de necrose tumoral alfa (TNFα), o implante da veia descelularizada apresentou a maior reação inflamatória, enquanto que, através da dosagem de IL-10, o grupo veia descelularizada + CTM autóloga apresentou menor atividade pró-inflamatória. Quanto a avaliação histomorfológica dos implantes coletados após 60 dias, observou-se alta taxa de endotelização, com boa evolução tecidual associada a notável taxa de celularidade, sendo que o grupo veia descelularizada + CTM autóloga foi o que apresentou menor reação inflamatória dentre os grupos analisados. A análise em microscopia de fluorescência revelou a presença das CTM nos explantes. Conclusão: O uso de CTM autóloga no arcabouço de veia cava inferior descelularizada foi o protocolo que apresentou maior organização celular, melhor diferenciação e menor resposta inflamatória do hospedeiro.
  • ItemDissertação de mestrado
    Queilites actínicas - estudo retrospectivo de casos cirúrgicos do hospital das clínicas da faculdade de medicina de botucatu de 2007 à 2017
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-09-01) Almeida, Jorge Marcos da Cruz Vieira; Cataneo, Antonio José Maria [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A Queilite Actínica (QA) é uma desordem potencialmente maligna, localizada prin- cipalmente no vermelhão do lábio inferior, com potencial de evolução para Carcinoma de Células Escamosas (CEC). O objetivo deste estudo foi mostrar a casuística de QA sub- metida a biópsia e vermelhonectomia, seu perfil patológico clínico e associação com o grau de displasia. Métodos: Entre janeiro de 2007 e dezembro de 2017 foram levantados os casos de QA submetidos a cirurgia no Ambulatório de Estomatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu- Unesp. Resultados: Foram realizadas 291 intervenções cirúrgicas de QA, as quais foram submetidas à avaliação anatomopatológica; sendo 235 (80,8%) do sexo masculino e 56 (19,2%) do feminino, com media de idade de 61,4 anos. Em 100% dos casos a localização das QAs foram no lábio inferior; e em relação as características clinicas foram observadas lesões brancas (48,50%), úlceras (18,40%), áreas atróficas ou hiperplásicas (6,6%) e não havia informação nos prontuários (26,5%). A média anual de QA submetidas à cirurgia foram de 26 casos por ano, sendo maior índice em 2007 e 2011, com queda em 2009 e 2015. O exame anatomopatológico dos 291 ca- sos selecionados, 179 (61,5%) submetidas a biópsia e 112 (38,5%) a vermelhonectomia, mostraram: 144 (49,5%) casos displasia leve(DL), 78 (26,8%) displasia moderada(DM), 43 (14,8%) carcinoma in situ (CS), 22 (7,6%) casos de carcinoma espino celular e 4 (1,4%) sem displasia(SD). Conclusão: Houve discordância do diagnóstico clínico com o histopa- tológico em 7,2% dos casos. A conduta terapêutica adotada mostrou-se eficaz para que não houvesse malignização. Os dados epidemiológicos e etiológicos levantados estão de acordo com a literatura.
  • ItemDissertação de mestrado
    Caracterização morfofuncional de veias safenas magnas descelularizadas como arcabouço para engenharia de tecidos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-09-01) Rezende, Karise Naves de; Bertanha, Matheus [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: O tratamento para a doença arterial obstrutiva periférica em situação de isquemia crítica geralmente requer um procedimento cirúrgico de revascularização, que pode ser realizado por técnicas endovasculares ou cirurgia convencional com bypass. Em cirurgias convencionais, o substituto vascular deve apresentar as mesmas características do vaso sanguíneo que se deseja substituir. No entanto, nem sempre isso é possível. A engenharia de tecidos em vasos sanguíneos surge como alternativa de fornecimento de vasos sanguíneos bioengenheirados, baseados em uma medicina personalizada. Objetivo: Realizar a descelularização de veias safenas magnas humanas (VSM), para produção de um scaffold tridimensional, para futuro uso em engenharia de tecidos em vasos sanguíneos. Comparar VSM em condição de suficiência e insuficiência, e congeladas ou não, para identificação dos melhores processos de descelularização, mantendo suas características biomecânicas. Metodologia: Foi realizada a caracterização morfofuncional de VSM descelularizadas por dois agentes descelularizantes, dodecil sulfato de sódio (SDS) e deoxicolato de sódio (DS), em duas concentrações (2% e 3%) mantidas por 1 e 2 horas em agitação contínua e analisadas pela identificação de células íntegras (contagem nuclear) em lâminas coradas em hematoxilina e eosina (HE). Foi analisado também a integridade da matriz extracelular (ME) através dos mesmos cortes histológicos. Os scaffolds foram avaliados comparativamente quanto as suas propriedades biomecânicas, estabelecendo-se os grupos: B1 - VSM insuficiente (in natura); B2 -VSM suficiente (in natura); B3 - VSM insuficiente (congelada); B4 - VSM suficiente (congelada); B5 - VSM insuficiente (SDS – 2% 2h); B6 - VSM suficiente (SDS – 2% 2h); B7 - VSM insuficiente (DS – 3% 2h); B8 - VSM suficiente (DS – 3% 2h), pela análise de limite de proporcionalidade (LP), coeficiente de rigidez (CR) e carga máxima (CM). Resultados: Foram utilizados VSM de 22 participantes para todas as análises. Os protocolos de descelularização de SDS 2% e DS 3% ambos com 2 horas de VSM suficientes e insuficientes se mostraram efetivos, sem diferença estatística entre eles, tanto para VSM suficientes como insuficientes (p>0,05). A ME se manteve integra em todos os protocolos de descelularização realizados. Para os testes biomecânicos, não se observou diferença estatística entre os grupos para LP (p>0,051). Quanto ao CR, observou-se que há diferença estatística entre os grupos (p=0,003), sendo observado que o grupo padrão B2 foi superior aos grupos, B6 (p=0,007) e B8(p=0,046); e B4 é superior a B6 (p=0,016). Para CM, houve diferença estatística significativa entre os grupos (p<0,040), sendo queo grupo B8 foi superior aos grupos B1 (p=0,0276), B5 (p=0,0092), B6 (p=0,0024) e B7 (p=0,0111); e o B2 foi superior ao grupo B6 (p=0,0339). Conclusão: A descelularização de veias safenas humanas pode ser realizada de forma simples e eficiente, mantendo relativa integridade da ME, utilizando SDS a 2% e DS 3%, ambos com 2h de exposição. Veias safenas magnas suficientes e insuficientes, congeladas ou não, demonstram-se semelhantes durante a realização dos testes biomecânicos, porém, após o processo de descelularização VSM suficientes tiveram aumento de fragilidade após a descelularização. O mesmo não aconteceu para as VSM insuficientes que se mantiveram estáveis após a descelularização. Novos estudos devem ser realizados para se estabelecer o possível uso desses arcabouços na engenharia de tecidos de vasos sanguíneos.
  • ItemDissertação de mestrado
    Efeito de programa para mudança do estilo de vida em pacientes com síndrome de apneia obstrutiva do sono
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-08-23) Escorce, Ana Carolina Malacize; Silke, Anna Theresa Weber [UNESP]; Burini, Roberto Carlos [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Os possíveis efeitos do exercício físico sobre a síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) ainda carecem de comprovação cientifica. Objetivo: Avaliar a eficácia de um programa de treinamento físico de 10 semanas para reduzir a gravidade da apneia obstrutiva do sono (AOS) e melhorar a qualidade do sono, a sonolência diurna e a qualidade de vida. Métodos: O impacto de um protocolo de exercício supervisionado em pacientes com AOS foi investigado em um estudo prospectivo com uma amostra selecionada de 10 indivíduos adultos sedentários e com sobrepeso / obesidade com mais de 35 anos (52 ± 10,3 anos, 60% homens) com AOS (IAH ≥ 5 na triagem). Após uma avaliação inicial, os participantes foram submetidos a um programa de treinamento de exercícios físicos supervisionado e aconselhamento dietético durante 10 semanas. O protocolo de exercício físico foi composto por sessões diárias (90 min), 3-5x / sem, incluindo aquecimento / alongamento (10min), caminhada 30 min (60% -70% FC máx), força 40min na academia (3x 8- 12 repetições, 60% -70% 1RM) e alongamento e resfriamento (10min). A gravidade da AOS foi avaliada com uma noite de polissonografia laboratorial (PSG) antes e após a intervenção de 10 semanas. Antropometria, teste de caminhada de 6 minutos, Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI), Sonolência Diurna Excessiva (Epworth ESS) e Padrão de Qualidade de Vida (Sf-36) também foram avaliados. Comparações estatísticas entre os dados basais e pós-intervenção foram feitas para (p=0,05). Resultados: Após a intervenção, a PSG mostrou redução significativa do índice de apneia (7,3 ± 11,6 vs. 0,9 ± 1,2 eventos/h) ocorreu redução na Circunferência Abdominal (103,6 ± 24,9 vs. 101,9 ± 24,3) aumento do número de passos no TC6 (726,7 ± 65,4 vs.769,9 ± 75,1), melhora do Índice de Qualidade do Sono (9,0 ± 3,02 vs. 4,3 ± 2,06) e da escala de sonolência de Epworth (12,7± 5,7 vs. 4,9 ± 1,66), além da melhora da qualidade de vida Sf-36 (423,8 ± 164,1 vs. 577,3 ± 105). Conclusão: O efeito de MEV sobre esta amostra piloto de pacientes com SAOS apontou evidências positivas no índice de apneia, de qualidade de sono, de sonolência diurna e de qualidade de vida destes pacientes.
  • ItemDissertação de mestrado
    Gerenciamento de dados de pesquisa, em pacientes com diagnóstico de câncer de pulmão, coletados sob regras de mascaramento e a sua implicação na prática clínica
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-08-19) Lopes, Ricardo Aparecido; Arruda, Karine Aparecida; Cataneo, Daniele Cristina [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Nas pesquisas envolvendo pacientes com neoplasia, muitos pesquisadores optam pela realização dos ensaios clínicos randomizados para demonstrar a eficácia de tratamentos. Esses tipos de estudo incluem grupos comparativos de pacientes. Um sistema de informação hospitalar nem sempre consegue atender a todas as modalidades de estudo, como exemplo o mascaramento do profissional e do paciente durante a pesquisa. A situação sugere um sistema independente, porém, as políticas de segurança precisam estar presentes garantindo a integridade e segurança dos dados. Objetivo: Disponibilizar um sistema web seguro, com perfis de acesso diferenciados entre aluno e professor, possibilitando o registro de informações sobre a Qualidade de Vida (QV) de pacientes com diagnóstico de câncer de pulmão, bem como quantificar esses dados para avaliação estatística. Materiais e Métodos: Em 2019, pesquisadores de várias especialidades do programa de Pós-graduação em Cirurgia e Medicina Translacional da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), reuniram-se para discutir a respeito do gerenciamento de dados de QV de pacientes com diagnóstico de câncer de pulmão. A discussão previa uma produção técnica que foi dividida em duas fases: 1. Design Thinking (DT), a qual gerou dados sobre QV, 2. desenvolvimento de um aplicativo baseado no DT prevendo possíveis melhorias e mobilidade na coleta dos dados. Foi utilizado Unified Modeling Language (UML) para modelar o sistema, linguagem de programação PHP (framework Laravel), Ionic e Angular. Quanto ao banco de dados e servidor utilizou-se mysql no sistema operacional Linux Debian. Para obtenção dos dados de QV utilizou-se cinco questionários validados na literatura, comumente utilizados na avaliação desses participantes. Resultado: No plano de prototipação o objetivo de estruturar a aplicação web, transferindo para a prática o levantamento realizado na fase de planejamento, foi alcançado. Com isso o orientador teve condições de cadastrar os pesquisadores que conseguiram realizar a coleta dos dados de 19 pacientes: 10 mulheres e 9 homens. A média de idade foi de 64,19 com desvio padrão de 5,79. Foram apresentados os resultados dos escores finais dos 63 questionários preenchidos comprovando a eficácia do sistema. Conclusão: A metodologia aplicada no desenvolvimento contribuiu significativamente para o êxito da produção técnica demonstrando que os dados estão preparados para avaliação estatística. O produto pode ser expandido para outras modalidades de estudo duplo cego, porém, como é indicado a qualquer software de mercado, necessita de acompanhamento de profissionais da área de tecnologia da informação na avaliação contínua de performance e segurança para garantir o resultado proposto pela ferramenta.
  • ItemDissertação de mestrado
    Reconstrução nervosa via neurorrafia associada ao biopolímero heterólogo de fibrina: avaliação da resposta inflamatória e interação neuromuscular
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-07-22) Tibúrcio, Felipe Cantore [UNESP]; Matheus, Selma Maria Michelin [UNESP]; Pinto, Carina Guidi; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    As lesões nervosas periféricas (LNPs) afetam, além do nervo, a inervação do músculo e as junções neuromusculares (JNMs) associadas. Ocorrem diversas alterações morfofuncionais e moleculares, além de uma intensa resposta imune, principalmente macrofágica. Métodos alternativos de reparo vêm sendo utilizados a fim de potencializar a regeneração nervosa como o biopolímero heterólogo de fibrina (BHF). O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos do BHF associado à neurorrafia no reparo do nervo isquiático, com ênfase no microambiente da lesão e na interação neuromuscular. Quarenta ratos Wistar (CEUA/IBB/Unesp: 1177/2019) foram distribuídos em 4 grupos (n = 10/grupo). No grupo Controle (C) foi realizada a localização do nervo. No grupo Desnervado (D), neurotmese e remoção de fragmento de 6 mm, inversão dos cotos e fixação na tela subcutânea. No grupo Sutura (S), neurotmese seguida de neurorrafia. No grupo Sutura + BHF (SB), neurotmese seguida de neurorrafia e acrescido o BHF. Os animais foram eutanasiados aos 7 e 30 dias após cirurgia. Os nervos e os músculos sóleos foram coletados para análise semiquantitativa dos macrófagos M2 (CD206+); análise morfológica e morfométrica do nervo, do músculo e das JNMs; quantificação de tecido conjuntivo intramuscular. O grupo SB foi o único que apresentou semelhança ou maior proximidade ao grupo C, em relação ao número de axônios aos 7 dias; e ao número, área e densidade dos vasos sanguíneos, angulação e ângulo de Feret das JNMs, número de núcleos centrais e quantificação de tecido conjuntivo do músculo, aos 30 dias. Também aos 7 dias no grupo SB, houve aumento da área do nervo, número e área dos vasos sanguíneos em relação aos outros grupos. E ainda no grupo SB aos 7 e 30 dias houve aumento da área dos macrófagos M2 em relação a todos os outros grupos. Esses resultados demonstram o potencial do BHF em acelerar a regeneração nervosa, induzir angiogênese e potencializar a resposta imune, além de prevenir degeneração muscular severa, com menor grau de fibrose e auxiliar no retorno das JNMs aos seus padrões morfológicos normais O BHF fornece um microambiente favorável, que melhora a regeneração nervosa, e assim, vantajoso no reparo de nervos periféricos.