Emprego da levomepromazina no bloqueio da arritmia induzida pela adrenalina em cães anestesiados pelo Sevoflurano

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Data

2000-06-01

Autores

Rezende, Márlis Langenegger de [UNESP]
Santos, Paulo Sérgio Patto dos [UNESP]
Nunes, Newton [UNESP]
Bolzan, Aline Adriana [UNESP]

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Editor

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Resumo

Este experimento objetivou estudar o possível efeito antiarritmogênico da levomepromazina em cães anestesiados pelo sevoflurano e submetidos a doses crescentes de adrenalina. Para tal, foram empregados 21 animais adultos, machos e fêmeas, sem raça definida e considerados sadios. Os cães foram separados em dois grupos, sendo um de 11 (G1) e outro de 10 (G2) animais. O G1 recebeu, por via intravenosa, solução salina a 0,9%, na dose de 0,2ml/kg (placebo), seguida 15 minutos após, pela aplicação de tiopental, pela mesma via, na dose suficiente para abolir o reflexo laringotraqueal. Procedeu-se à intubação orotraqueal e iniciou-se a administração de sevoflurano a 2,5V%, em circuito anestésico semi-fechado. Decorridos 20 minutos da indução anestésica, iniciou-se a administração contínua, por via intravenosa, com emprego de bomba de infusão, de solução de adrenalina a 2%, em doses crescentes de 1, 2, 3, 4 e 5m g/kg/min (M1 a M5, respectivamente), com incremento da dose a intervalos de 10 minutos. Para o G2, empregou-se a mesma metodologia substituindo-se o placebo por levomepromazina, na dose de 1mg/kg. Foi tomado o traçado eletrocardiográfico, na derivação D2, a partir da indução da anestesia. Para efeito estatístico, foi considerado o número total de batimentos cardíacos de origem não sinusal, coincidentes com cada dose de adrenalina. Os dados numéricos foram submetidos à Análise de Perfil, quando foi possível constatar que as médias do G1 foram crescentes de M1 a M3, diminuindo a partir deste último, até M5. No G2, foi encontrada arritmia ventricular sustentada apenas em M5. Os achados permitiram concluir que a levomepromazina minimiza a arritmia ventricular sustentada, induzida pela adrenalina em cães anestesiados pelo sevoflurano.
The aim of this work was to study the use of levomepromazine, as an antiarrhythmogenic drug, in dogs anesthetized with sevoflurane. Twenty-one male and female healthy adult mixed breed dogs were used. The dogs were alocated in two groups, one with 11 (G1) and other with 10 (G2) animals. To G1 was administered, intravenously, 0.2ml/kg of 0.9% saline solution (placebo), followed by anesthetic induction with tiopental 15 minutes later. The intubation was proceeded, followed by imediate administration of sevoflurane at 2.5V% through semi-closed anesthetic circuit. After 20 minutes of the anesthetic induction, administration of 2% epinephrine solution had begun, in increasing doses of 1, 2, 3, 4 and 5mg/kg/min (M1 to M5, respectively), with increment of the doses at 10 minutes intervals. For G2 the same methodology was used, replacing the placebo by levomepromazine, at 1mg/kg. Electrocardiographic study was realized, in lead II, from the induction of the anesthesia. For statistical effect it was counted the total number of heart beats of non sinusal origin, coincident with each epinephrine dose. The numeric data were submitted to Analysis of Profile that demonstrated ventricular sustained arrhythmia, with the number of ectopic beatings growing from M1 to M3 and decreasing from M3 to M5, in G1. In G2, the ventricular sustained arrhythmia was observed only in M5. These results allowed the conclusion that levomepromazine minimizes ventricular epinephrine-induced arrhythmia in dogs anesthetized with sevoflurano.

Descrição

Palavras-chave

levomepromazine, Arrhythmia, epinephrine, Sevoflurane, Dog, levomepromazina, Arritmia, adrenalina, sevoflurano, Cão

Como citar

Ciência Rural. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), v. 30, n. 3, p. 421-424, 2000.