Conhecimento e afetividade em Espinosa: da reforma da inteligência à potência do conhecimento como afeto

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Data

2012-12-10

Autores

Silva, Adriano Pereira da [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

O presente trabalho procura investigar a teoria do conhecimento espinosana e a força afetiva no processo de construção das ideias verdadeiras e adequadas. Nosso objetivo é analisar o conhecimento como um poderoso afeto, segundo a epistemologia de Espinosa, pois a razão torna-se afetiva quando se transforma em causa adequada de si mesma. No que concerne à distinção ação versus paixão, de acordo com a terminologia espinosana, pode-se dizer que somos ativos quando somos causa adequada daquilo que se passa em nós ou, em outras palavras, quando somos determinados a isto ou àquilo por um movimento interno e não afetados pelo exterior. Por isso, a teoria do conhecimento de Espinosa parte da plena convicção de que existe o Ser e a verdade, e somos capazes de conhecê-los. Segundo ele, a verdade existe e não é produzida por nós, ou seja, é preciso somente buscar um caminho seguro para descobri-la, e o critério que permite esta segurança é distinguir as ideias verdadeiras (adequadas) das falsas (inadequadas), voltando-se para si mesmo e fazendo uma reflexão sobre as próprias ideias. Por isso, esse caminho seguro é a reforma do intelecto que Espinosa tentou demonstrar em sua obra Tratado da Reforma da Inteligência, a qual procuramos analisar, investigando como se procede essa reforma. A importância da reforma da inteligência consiste no próprio esforço de pensar uma nova maneira de viver para escapar ao que as alegrias passivas trazem de mau; o pensamento é, ele mesmo, sentido ou experimentado como algo bom. Espinosa, contudo; considera, em seus estudos e tentativas de compreensão das paixões, que a origem dos afetos está em algum tipo de conhecimento e sugere que analisemos a Ética para compreendermos com maior clareza por que e em que sentido o problema dos afetos é um problema de conhecimento...
The present paper investigates Espinosa‘s knowledge theory and the power of affection in the process of construction of accurate and appropriate ideas. Our goal is to analyze that for Espinosa, knowledge is a powerful affection. The reason becomes affective when it becomes the adequate cause of itself. Regarding the distinction between action versus passion, according to Espinosa‘s terminology, we can say that we are active when we are the adequate cause of what is happening inside of us, or in other words, when we are determined to this or that by an internal movement and not affected by the outside. Therefore, Espinosa‘s knowledge theory comes from the entire belief that there is the Being and the truth, and we are able to know them. According to him, the truth exists and is not produced by us, i.e., we just need to look for a safe way to discover it, and the criterion that allows this security is to distinguish true ideas (appropriate) from false (inadequate) turning to yourself and pondering on your own ideas. Therefore, this safe path is the reform of the intellect that Espinosa tried to demonstrate in his work „Tratado da Reforma da Inteligência‟ in which we try to analyze, investigating how this reform happens. The importance of the reform of the intelligence consists in one‘s own effort to think of a new way of living to escape to what the passive joys bring of bad, the thought itself is felt or experienced as something good. Espinosa, however; considers, in his studies and attempts to understand the passions, that the origin of affection is in some kind of knowledge and suggests that we analyze the Ethics for us to understand more clearly why and in which way the problem of affections is a Knowledge problem. According to Espinosa, solving the affection problem is essentially... (Complete abstract click electronic access below)

Descrição

Palavras-chave

Teoria do conhecimento, Ética, Razão, Amor, Amizade, Ideia (Filosofia)

Como citar

SILVA, Adriano Pereira da. Conhecimento e afetividade em Espinosa: da reforma da inteligência à potência do conhecimento como afeto. 2012. 137 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília, 2012.