Caracterização molecular de Sarcocystis spp. em gambás (Didelphis spp.) e detecção de anticorpos anti-Sarcocystis spp. em equinos das regiões Sudeste e Centro-oeste do Brasil

dc.contributor.advisorMachado, Rosangela Zacarias [UNESP]
dc.contributor.advisorWerther, Karin [UNESP]
dc.contributor.authorSanti, Mariele De [UNESP]
dc.contributor.institutionUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.date.accessioned2023-03-23T12:01:59Z
dc.date.available2023-03-23T12:01:59Z
dc.date.issued2023-02-24
dc.description.abstractGambás (Didelphis spp.) são hospedeiros definitivos de Sarcocystis neurona, Sarcocystis speeri, Sarcocystis lindsayi e Sarcocystis falcatula. No Brasil, diversos estudos vêm demonstrando a alta frequência de Sarcocystis falcatula-like em esporocistos recuperados dos intestinos de gambás, com grande diversidade nos genes codificadores de antígenos de superfície (SAGs). Neste estudo, a diversidade genética de Sarcocystis spp. oriundos de Didelphis albiventris e Didelphis aurita capturados nos municípios de Campo Grande e São Paulo, foi acessada por meio do sequenciamento de SAG2, SAG3 e SAG4, da primeira região espaçadora interna transcrita (ITS-1) e da subunidade I da citocromo c oxidase (cox1). Adicionalmente, reação de imunofluorescência indireta (RIFI) foi empregada para detecção de anticorpos (IgG) contra S. falcatula-like (Dal-CG23) e S. neurona (SN138) no soro de 342 equinos amostrados nos mesmos municípios. Identificação molecular foi realizada em 16 amostras de DNA obtidas de esporocistos recuperados do intestino de gambás ou merozoítos derivados de cultivo in vitro de Sarcocystis spp. Os fragmentos de ITS-1, cox1, e SAG3 foram clonados, enquanto SAG2 e SAG4 foram sequenciados diretamente dos produtos de PCR. Vinte e sete alelos foram observados em ITS-1, todos filogeneticamente relacionados à S. falcatula-like previamente detectado em aves e/ou em gambás no Brasil. Sarcocystis sp. filogeneticamente relacionado à Sarcocystis rileyi foi evidenciado por cox1 em três gambás. Vinte e um novos alelos SAGs foram descritos, sendo quatro em SAG2 (n=4), 13 em SAG3 (n=13) e quatro em SAG4 (n=7). Nos Imunoensaios utilizando RIFI com ponto de corte de 1:25, anticorpos IgG anti-S. falcatula-like foram detectados em 177/342 amostras de soro equino (51.75%), e anticorpos IgG anti-S. neurona foram detectados em 239/342 amostras (69.88%). Anticorpos IgG contra ambos os isolados foram observados no soro de 132 equinos (38,59%). Ausência de reatividade foi verificada em 16.95% (58/342) animais. A elevada soroprevalência observada neste estudo pode estar relacionada ao baixo ponte de corte utilizado e à presença de gambás infectados com Sarcocystis falcatula-like e Sarcocystis spp. nas áreas onde os equinos foram IX amostrados. Devido à similaridade entre antígenos de superfície detectados nos imunoensaios, relatos de soropositividade contra S. neurona no Brasil podem resultar da exposição dos equinos à outras espécies de Sarcocystis. O papel de outras espécies de Sarcocystis como causa de doença neurológica nos equinos em Brasil permanece incerto.pt
dc.description.abstractOpossums (Didelphis spp.) are definitive hosts of Sarcocystis neurona, Sarcocystis speeri, Sarcocystis lindsayi and Sarcocystis falcatula. In Brazil, several studies have demonstrated a high frequency of Sarcocystis falcatula-like in sporocysts derived from opossums, and high genetic diversity has been observed in surface antigen-encoding genes (SAGs). In this study, genetic diversity of Sarcocystis spp. derived from Didelphis albiventris and Didelphis aurita from the cities of Campo Grande and São Paulo, was accessed by sequencing SAG2, SAG3, SAG4, the first internal transcribed spacer (ITS-1) and cytochrome c oxidase subunit I (cox1). Additionally, indirect fluorescent antibody test (IFAT) was used to detect IgG antibodies against Sarcocystis falcatula-like (Dal-CG23) and S. neurona (SN138) in equine sera from 342 horses sampled in the same regions. Molecular identification was performed for 16 DNA samples obtained from sporocyst or culture-derived merozoites. The ITS-1, cox1, and SAG3 fragments were cloned, whereas SAG2 and SAG4 were sequenced directly from PCR products. Twenty-seven allele variants were found for ITS-1, all phylogenetically related to S. falcatula-like previously described in birds and/or opossums in Brazil. Sarcocystis sp. phylogenetically related to Sarcocystis rileyi was evidenced by cox1 in three opossums. Twenty-one new SAG alelles were described, four in SAG2 (n=4), 13 in SAG3 (n=13) and four in SAG4 (n=7). On IFAT using 1:25 cutoff, IgG antibodies against S. falcatula-like were detected in 177/342 samples (51.75%), whereas IgG antibodies against S. neurona were detected in 239/342 samples (69.88%). IgG antibodies against both isolates were detected in 132 samples (38,59%). No reactivity was observed in 16.95% (58/342) horses. The high seroprevalence observed here may be related to the lower cutoff, and the presence of opossums infected with Sarcocystis falcatula-like and Sarcocystis spp. in the regions where the horses were sampled. Owing to the similarity among antigens targeted in immunoassays, reports on S. neurona-seropositive horses in Brazil might also derived from exposure of horses to other Sarcocystis species. The role of other Sarcocystis species in causing neurological diseases in horses in Brazil remains unclear.en
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.description.sponsorshipFundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
dc.description.sponsorshipIdFAPESP: 2019/08294-0
dc.identifier.capes33004102072P9
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11449/242622
dc.language.isoeng
dc.publisherUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.rights.accessRightsAcesso aberto
dc.subjectDidelphispt
dc.subjectGambápt
dc.subjectPatologia animalpt
dc.subjectImunoensaiopt
dc.titleCaracterização molecular de Sarcocystis spp. em gambás (Didelphis spp.) e detecção de anticorpos anti-Sarcocystis spp. em equinos das regiões Sudeste e Centro-oeste do Brasilpt
dc.title.alternativeMolecular characterization of Sarcocystis spp. from opossums (Didelphis spp.) and serological detection of anti-Sarcocystis spp. antibodies in horses from Southeastern and Midwestern Brazilen
dc.typeTese de doutorado
dcterms.impactDe acordo com a INSTRUÇÃO AT/PROPG Nº 02, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2022, abaixo estão descritos os impactos esperados a partir desta pesquisa. Mieloencefalite Protozoária Equina é uma doença grave que acomete os equinos. A doença é causada pelo protozoário Sarcocystis neurona, e é caracterizada pelo aparecimento de lesões em encéfalo e/ou medula espinhal. O quadro clínico cursa com sintomatologia neurológica, com sinais tais como dificuldade de ficar em pé, andar ou engolir podendo rapidamente progredir para a morte do animal. Trata-se, portanto, de uma enfermidade de elevada importância à qual se deve dar especial atenção. A presente pesquisa, realizada com base em biologia molecular e testes imunológicos, gerou dados importantes, que auxiliam no melhor entendimento da dinâmica da enfermidade. O conhecimento sobre a distribuição do protozoário nos seus hospedeiros definitivos (gambás) é importante pois pode auxiliar a identificar áreas com maior probabilidade de ocorrência da doença. O conhecimento das características genéticas do protozoário pode auxiliar no entendimento da patogênese da doença, ou seja, quais são os mecanismos utilizados pelo protozoário para causar a doença nos equinos. Com base nesse entendimento, metodologias mais efetivas e confiáveis para o diagnóstico precoce da doença podem ser desenvolvidas. Além disso, os dados gerados neste estudo podem auxiliar na criação de novas drogas para tratamento da enfermidade. A prevenção da doença também é um ponto importante, visto que que seu prognóstico é desfavorável. Sendo assim, os dados aqui gerados podem servir de base para o desenvolvimento de formas efetivas de prevenção, tais como as vacinas.pt
dcterms.impactIn accordance with the INSTRUÇÃO AT/PROPG Nº 02, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2022, here are the impacts expected from the study. Equine Protozoal Myeloencephalitis is a disease that affects horses. The disease is caused by the protozoa Sarcocystis neurona, and it is characterized by the occurrence of lesions in brain and/or in spinal cord. The clinical picture presents with neurological symptomatology, with signs such as difficulty on standing, walking, or swallowing, that could quickly progress to the death of the animal. It is, therefore, a very important disease, to which special attention should be given. The present study, based on molecular biology and immunological tests, lead to important knowledge that can help the better understanding of the dynamics of the disease. The information about the protozoa distribution in their definitive hosts (opossums) is important, as it could help to identify areas with higher probability of occurrence of the disease. Information about the protozoa’s genetic characteristics may help the better understanding of the pathogenesis of the disease, i.e., which are the mechanisms used by the protozoa to cause the disease in the horses. Based on that, more effective and reliable methodologies may be developed for the early diagnostic of the disease. Besides, the information obtained in the present study may help in the development of new drugs for the treatment of the disease. The prevention is also important, as the prognostic of the disease is not favorable. Therefore, the knowledge shared here may serve as base to the development of effective forms of prevention, such as the vaccines.en
unesp.campusUniversidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabalpt
unesp.embargoOnlinept
unesp.examinationboard.typeBanca públicapt
unesp.graduateProgramMedicina Veterinária - FCAVpt
unesp.knowledgeAreaPatologia animalpt
unesp.researchAreaDesenvolvimento de testes sorológicos na detecção de anticorpos contra agentes infecciosos e parasitários de interesse em Medicina Veterinária.pt

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