Efeitos do uso de próteses obturadoras sobre a halitose e a disfagia em pacientes com comunicação buco sinusal

Abstract

Pacientes maxilectomizados apresentam problemas durante a mastigação, deglutição e fonação, além de comprometimento no seu estado psicológico e emocional. Desse modo, o objetivo do estudo foi avaliar a eficácia da presença de obturadores palatinos em pacientes com comunicação buco sinusal sobre a disfagia e halitose. Para isso, 12 pacientes totalmente edêntulos, com histórico de câncer de cabeça e pescoço, foram distribuídos em dois grupos: G1 (n=6) / pacientes sem comunicação bucosinusal e G2 (n=6) / pacientes com comunicação bucosinusal. Os participantes foram submetidos ao questionário MD Anderson Dysphagia Inventory (MDADI), para avaliação de disfagia e seus efeitos na qualidade de vida, antes (T1) e após 30 dias da reabilitação com próteses obturadoras (T2). A halitose foi mensurada com o halímetro FitScan Breath Checker – Tanita, antes (T1) e após 30 dias da reabilitação (T2). Para os dados do questionário MDADI foi utilizado ANOVA seguido do teste de Tukey (p<0,05%); para os dados de halitose o teste de Friedman foi aplicado seguido do Durbin-Conover para análise comparativa dos grupos (p<0,05%). A aplicação do questionário MDADI não demonstrou diferenças estatísticas significativas entre os dois grupos, porém o fator tempo revelou diferenças estatisticamente significantes para todos os domínios do questionário (Geral / p=0.002; Emocional / p<0.001; Funcional / p=0.001; Físico / p=0.005; Total / p<0.001) que tiveram seus valores aumentados após a reabilitação. Em relação a halitose, também foi observado diferença estatística significativa no fator tempo, no qual foi verificado diminuição dos níveis de halitose após a reabilitação. Pode-se concluir que a reabilitação protética de pacientes com histórico de câncer de cabeça e pescoço é eficaz na melhora da disfagia e níveis de halitose, independente da presença de comunicação buco sinusal.

Maxilectomized patients have problems during mastication, swallowing and speech, in addition to compromising their psychological and emotional state. Thus, the objective of the study was to evaluate the effectiveness of the presence of palatine obturators in patients with oroantral communication on dysphagia and halitosis. For this, 12 totally edentulous patients, with a history of head and neck cancer, were divided into two groups: G1 (n=6) / patients without oroantral communication and G2 (n=6) / patients with oroantral communication. Participants were submitted to the MD Anderson Dysphagia Inventory (MDADI) questionnaire, to assess dysphagia and its effects on quality of life, before (T1) and after 30 days of rehabilitation with obturator prostheses (T2). Halitosis was measured with the FitScan Breath Checker – Tanita halimeter, before (T1) and after 30 days of rehabilitation (T2). For data from the MDADI questionnaire, ANOVA was used followed by the Tukey test (p<0.05%); for halitosis data, the Friedman test was applied followed by the Durbin-Conover test for comparative analysis of groups (p<0.05%). The application of the MDADI questionnaire did not show statistically significant differences between the two groups, however the time factor revealed statistically significant differences for all domains of the questionnaire (General / p=0.002; Emotional / p<0.001; Functional / p=0.001; Physical / p=0.005; Total / p<0.001) that had their values increased after rehabilitation. Regarding halitosis, a statistically significant difference was also observed in the time factor, in which a decrease in halitosis levels after rehabilitation was verified. It can be concluded that prosthetic rehabilitation of patients with a history of head and neck cancer is effective in improving dysphagia and halitosis levels, regardless of the presence of oroantral communication.