Desempenho de milho segunda safra consorciado com Urochloa spp e soja em sucessão em profundidades de correção do solo em condição de sequeiro ou irrigado

Abstract

A correção dos solos é uma prática muito importante que visa diminuir os efeitos nocivos da acidez e promover melhor desenvolvimento das plantas garantindo o potencial produtivo agrícola. Neste sentido, objetivou-se avaliar o estado nutricional e produtividade do milho (Zea mays) em monocultivo e/ou consorciado, desenvolvimento das raízes de Urochloa spp e massa seca produzida, bem como produtividade e estado nutricional da soja (Glycine max L. Merrill) em sucessão em função de combinações de correção química do solo sob condição de sequeiro e irrigação suplementar via pivô central em LATOSSOLO VERMELHO distrófico. O experimento foi conduzido no município de Selvíria, MS, Brasil na segunda safra/18 e safra 18/19. O delineamento estatístico foi em blocos casualizados com parcelas subdivididas e três repetições. Os tratamentos de correção foram dispostos nas parcelas (T (controle), gesso, calcário (0 - 0,2 m); calcário+gesso (0 - 0,2 m); calcário (0 - 0,4 m); calcário+gesso (0 - 0,4 m)), e as subparcelas foram ocupadas milho solteiro, milho consorciado com U. ruziziensis ou consorciado com híbrido Mulato II (híbrido de Urochloa spp) e soja em sucessão na safra seguinte. Os maiores comprimentos de raízes foram obtidos pela U. ruziziensis em área de sequeiro enquanto que em área com suplementação o híbrido Mulato II foi superior. O híbrido Mulato II apresenta maior diâmetro de raiz, sendo indicado para solos compactados. Os consórcios de milho com Urochloa spp produziram quantidades de palhada suficientes para inicio e/ou manutenção do plantio direto em região de Cerrado. O consórcio é indicado, pois não altera a produção de grãos de milho, proporciona proteção do solo na entressafra e beneficia a produtividade da soja em sucessão. Em virtude do tempo necessário para reação dos corretivos, apenas na cultura da soja foi possível obter resultados consistentes sobre adição de calcário e gesso ao solo. A aplicação de calcário para correção do solo até 0,2 m é o tratamento indicado levando em conta o custo-benefício, proporcionado resultados satisfatórios em área de sequeiro ou irrigado.

Soil correction is a very important practice to reduce the harmful effects of acidity and promote better plant development ensuring the agricultural productive potential. In this sense, the objective was to evaluate the nutritional status and yield of maize (Zea mays) in monoculture and / or intercropped, root behavior of Urochloa spp and dry mass produced, as well as productivity and nutritional status of soybean (Glycine max L. Merrill ) in succession as a function of soil chemical correction combinations under rainfed condition and supplementary irrigation via central pivot in Oxisol. The experiment was carried out in Selvíria, MS, Brazil in the second crop/ 18 and 18/19 crop. The experimental design was in a randomized block with subdivided plots and three replicates. . Correction treatments were arranged in the plots (T (control), gypsum, lime (0 - 0.2 m), lime+gypsum (0 - 0.2 m), lime (0 - 0,4 m), lime+gypsum (0 - 0.4 m)), and the subplots were occupied single maize, maize intercropped with U. ruziziensis or intercropped with Mulato II hybrid (Urochloa spp hybrid) and soybean in succession in the next crop. The highest root lengths were obtained by U. ruziziensis in rainfed area while in supplemented area the hybrid Mulato II was superior. The Mulato II hybrid has a larger root diameter, being indicated for compacted soils. The maize intercropping with Urochloa spp produced enough straw to start and / or maintain no-tillage in the Cerrado. The intercropping of maize with grass is indicated because it does not alter the yield of corn besides providing protection of the soil in the off season, and benefits soybean in succession. Due to the time necessary for the reaction of the correctives, only in soybean culture it was possible to obtain consistent results on the addition of lime and gypsum in the soil. Liming for soil correction up to 0.2 m is the treatment recommended when taking into account the cost-benefit, providing satisfactory results in rainfed or irrigated areas.