Loteamentos fechados em Rio Claro/SP: estudo sobre a (re)produção do espaço urbano

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Data

2017-12-04

Autores

Messias, Wesley Alves [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

This research aims to study the (re) production of the urban space from the closed allotments. The premise is that this space, in the capitalist mode of production, becomes a commodity, having direct implication in the way the different social groups access the city. Access to the city is selective, that is, it is carried out by those who can pay for the commodity space, which means that mediation between citizen and city is made by private ownership of the land. Closed allotments are one of the ways in which private ownership of land presents itself in urban space. They are a type of commodity that associates with others, such as security, social isolation, and social prestige. The process of socio-spatial segregation that is expressed, through closed allotments, is the product and condition of a vicious cycle between social inequality, crime and violence, and securization. In order to understand how this specific process of (re) production of urban space takes place, the present research started with a concrete example, located in the city of Rio Claro, in the interior of the State of São Paulo, emphasizing the dimensions economic, social, juridical, and urban. Economic in relation to the process of transformation of a rural to urban area, meeting the demands of accumulation of real estate capital, rentier and financial. Social because it considered the implications that social isolation has on the inhabitants of the city. Juridical in the sense of pointing out the illegality in the closing of lots, and their real motives. And, finally, urban when presenting the deterioration of the public space, and loss of geographic identity of the city provoked by the closed allotments that tear the urban space with walls, grids, and security barriers
Esta pesquisa tem por finalidade o estudo da (re)produção do espaço urbano a partir dos loteamentos fechados. A premissa geral que se coloca é de que o espaço, no modo de produção capitalista, torna-se mercadoria, tendo implicação direta na maneira como os diferentes grupos sociais acessam a cidade. O acesso à cidade é seletivo, ou seja, é realizado por quem pode pagar pela mercadoria espaço, o que significa dizer que a mediação entre cidadão e cidade é feita pela propriedade privada da terra. Os loteamentos fechados são uma das formas pelas quais a propriedade privada da terra se apresenta no espaço urbano. Eles são um tipo de mercadoria que se associa à outras, como a segurança, o isolamento social e o prestígio social. O processo de segregação socioespacial que se expressa, por meio dos loteamentos fechados, é produto e condição de um ciclo vicioso entre desigualdade social, criminalidade e violência, e securização. Buscando compreender como este processo específico de (re)produção do espaço urbano se realiza, a presente pesquisa partiu de um exemplo concreto, situado na cidade de Rio Claro, interior do Estado de São Paulo, enfatizando as dimensões econômica, social, jurídica, e urbana. Econômica no que tange o processo de transformação de uma área rural em urbana, atendendo demandas de acumulação do capital imobiliário, rentista e financeiro. Social porque considerou as implicações que o isolamento social tem sobre os habitantes da cidade. Jurídica no sentido de apontar a ilegalidade no fechamento de loteamentos, e seus reais motivos. E, por fim, urbana ao apresentar a deterioração do espaço público, e perda de identidade geográfica da cidade provocada pelos loteamentos fechados que rasgam o espaço urbano com muros, grades, e barreiras securitárias

Descrição

Palavras-chave

Geografia urbana, Geografia da população, Planejamento urbano, Espaço urbano, Loteamento, Condomínios, Segregação urbana, Segurança pública, Isolamento social, Rio Claro (SP)

Como citar

MESSIAS, Wesley Alves. Loteamentos fechados em Rio Claro/SP: estudo sobre a (re)produção do espaço urbano. 2017. 110 f. Trabalho de conclusão de curso (bacharelado - Geografia) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, 2017.