Mudanças no sistema prisional: uma intervenção psicopedagógica com funcionários da instituição

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Data

2005

Orientador

Coorientador

Pós-graduação

Curso de graduação

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho apresentado em evento

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

A violência se constitui num dos problemas mais graves a preocupar a sociedade brasileira. Nos últimos tempos, aumentou significativamente os seus índices, inclusive nas prisões (rebeliões, rixas, brigas entre facções). A respeito da saúde mental dos trabalhadores do sistema prisional, vê-se atualmente a negligência da sociedade quanto aos mesmos. Tais profissionais trabalham em contato direto com os presidiários e, freqüentemente, são tão marginalizados quanto estes últimos. São comuns falas de funcionários que acusam o Estado e a sociedade de atitudes preconceituosas e depreciativas quanto a trabalhar numa prisão. Considerando estes aspectos, bem como o momento atual que o sistema prisional vive, foi iniciado em meados de 2005 um estágio que teve como atuação um trabalho de observação e de escuta destes funcionários. As atividades desenvolvidas neste estágio são: 1) estabelecimento do vínculo, 2) publicação mensal de um jornal que abrange a área da saúde, entretenimento e informes da unidade, 3) reuniões e discussões para a confecção do mesmo, 4) levantamento de interesses e sugestões para o jornal, 5) aplicação de dilemas morais e enquête de valores. Tem-se como objetivo promover a saúde psíquica dos trabalhadores, aumentar a auto-estima e a resistência à frustração, proporcionando uma forma de entretenimento e publicando temas referentes ao tipo de trabalho que exercem. A capacidade de leitura e escrita é estimulada, funcionando também como um dispositivo que utilizamos para conhecer quais os valores priorizados por eles e que estão ocupando o lugar dos morais (harmonia social [esfera pública]) e éticos (harmonia individual [esfera privada]). A teoria dos níveis de desenvolvimento moral proposta por Kohlberg oferece o aporte teórico. Até o momento, os resultados obtidos permitem-nos afirmar que já houve mudanças significativas na dinâmica da instituição. O espaço do jornal já faz parte da rotina dos funcionários do sistema prisional, constituindo um espaço onde eles podem reconhecer sua singularidade, compartilhando saberes e se desenvolvendo, constituindo um espaço onde eles podem reconhecer sua singularidade, discutindo e refletindo grupalmente acerca do trabalho realizado e seus efeitos.### As atividades desenvolvidas neste estágio são: 1) estabelecimento do vínculo, 2) publicação mensal de um jornal que abrange a área da saúde, entretenimento e informes da unidade, 3) reuniões e discussões para a confecção do mesmo, 4) levantamento de interesses e sugestões para o jornal, 5) aplicação de dilemas morais e enquête de valores. Tem-se como objetivo promover a saúde psíquica dos trabalhadores, aumentar a auto-estima e a resistência à frustração, proporcionando uma forma de entretenimento e publicando temas referentes ao tipo de trabalho que exercem. A capacidade de leitura e escrita é estimulada, funcionando também como um dispositivo que utilizamos para conhecer quais os valores priorizados por eles e que estão ocupando o lugar dos morais (harmonia social [esfera pública]) e éticos (harmonia individual [esfera privada]). A teoria dos níveis de desenvolvimento moral proposta por Kohlberg oferece o aporte teórico. Até o momento, os resultados obtidos permitem-nos afirmar que já houve mudanças significativas na dinâmica da instituição. O espaço do jornal já faz parte da rotina dos funcionários do sistema prisional, constituindo um espaço onde eles podem reconhecer sua singularidade, compartilhando saberes e se desenvolvendo, constituindo um espaço onde eles podem reconhecer sua singularidade, discutindo e refletindo grupalmente acerca do trabalho realizado e seus efeitos.

Descrição

Palavras-chave

Idioma

Português

Como citar

CONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 3., 2005, Águas de Lindólia. Anais... São paulo: PROEX; UNESP, 2005. p. 211

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