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Tornar-se pessoa: uma, nenhuma e cem mil performances

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Data

2023-06-23

Orientador

Mauro, Claudia Fernanda de Campos

Coorientador

Pós-graduação

Estudos Literários - FCLAR

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Este trabalho discute o romance Uno, nessuno e centomila [Um, nenhum e cem mil], publicado pela primeira vez em 1926, pelo italiano Luigi Pirandello. O objetivo principal desta tese é a definição de que a personagem principal do romance, Vitangelo Moscarda, pode ser lida como se fosse uma pessoa. Para personagens desse tipo, partindo da terminologia usada por E. M. Forster (1968), proponho a classificação de personagem cônica, ao lado das personagens planas e redondas. O objetivo principal divide-se em objetivos secundários que fundamentam a hipótese e, a partir dos quais, a argumentação desenvolve-se em três principais vertentes: a) o posicionamento contrário ao par realidade x ficção, com a introdução da tríade real-fictício-imaginário, com base nos estudos de Wolfgang Iser (1996, 1999, 2002, 2013) e Luiz Costa Lima (2011, 2017, 2021) e contrapondo-os ao pensamento de Alfredo Bosi (2002, 2003); b) o entendimento do fictício como fator fundamental da Teoria do Efeito Estético, de Wolfgang Iser (1996, 1999), e como porta de entrada para o “leitor real” como construtor do sentido possível do texto literário, com base na Antropologia Literária de Wolfgang Iser (1999, 1999d, 2013) e seu elemento performativo, e na introdução do leitor como interface da teoria de Iser e da teoria de Vygostsky feita por Carmen Sevilla Gonçalves dos Santos (2009); e c) a análise da constituição ideológica, filosófica e psicológica do conceito de pessoa e das relações identitárias em face da constituição da personagem literária “como se” fosse pessoa, em diálogo com os pontos de vista assumidos por Michel Zéraffa (2010). A conclusão do trabalho aponta para uma noção ampliada de pessoa, tomando como exemplo o texto de Luigi Pirandello, e um desenvolvimento ampliado da Antropologia Literária.

Resumo (inglês)

This work discusses the novel Uno, nessuno e centomila [One, none and one hundred thousand], first published in 1926, by the Italian Luigi Pirandello. The main objective of this thesis is the definition that the main character of the novel, Vitangelo Moscarda, can be read as if he were a person. For characters of this type, departing from the terminology used by E. M. Forster (1968), I propose the conical character classification, along with the flat character and the round character. The main objective is divided into secondary objectives that support the hypothesis and, from which, the argument develops into three main strands: a) the opposite position to the pair reality x fiction, with the introduction of the triad real-fictional-imaginary, based on the studies of Wolfgang Iser (1996, 1999, 2002, 2013) and Luiz Costa Lima (2011, 2017, 2021) and opposing them to the thought of Alfredo Bosi (2002, 2003); b) the understanding of the fictitious as a fundamental factor of the Theory of the Aesthetic Effect, by Wolfgang Iser (1996, 1999), and as a gateway to the “real reader” as a builder of the possible meaning of the literary text, based on the Wolfgang Iser’s Literary Anthropology (1999, 1999d, 2013) and its performative element, and in the introduction of the reader as an interface between Iser's theory and Vygostsky's theory by Carmen Sevilla Gonçalves dos Santos (2009); and c) the analysis of the ideological, philosophical and psychological constitution of the concept of person and identity relations in the face of the constitution of the literary character “as if” it was a person, in dialogue with the points of view assumed by Michel Zéraffa (2010). The conclusion of the work points to an expanded notion of the person, taking Luigi Pirandello's text as an example, and an expanded development of Literary Anthropology.

Descrição

Idioma

Português

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