O Eu quantificado no contexto das tecnologias contemporâneas: uma análise desde a perspectiva de segunda pessoa
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Data
2022-06-10
Orientador
Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Título da Revista
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Título de Volume
Editor
Universidade Estadual de Feira de Santana
Tipo
Artigo
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
Neste artigo analisamos o conceito de eu quantificado a partir na Perspectiva de Segunda Pessoa (P2P), segundo a qual a eu-dade, ou pessoalidade, é atualizada em relações contexto-dependentes de total ou parcial transparência cognitiva não redutíveis aos aspectos considerados nas perspectivas de primeira ou de terceira pessoa. O eu quantificado designa o indivíduo que realiza medições sobre si mesmo por meio de tecnologias ubíquas em rede para obter um suposto maior autoconhecimento, instanciando, segundo alguns autores, um ponto de vista de Quarta Pessoa constituído por relações de alteridade (pessoa-máquina-pessoa) emergentes, em especial, em um cenário sociocultural permeado por tecnologias ubíquas e análises de big data. Procuraremos problematizar a tese de que o automonitoramento digital promoveria um aprofundamento do autoconhecimento, defendida pelos postuladores da quantificação do eu. Procuraremos mostrar que a coleta de dados sobre si mesmo por meio de tecnologias ubíquas não favorece necessariamente a constituição/atualização da pessoalidade porque o automonitoramento digital mediado pode interferir significativamente nos modos de interação social da Segunda Pessoa e no autoconhecimento que tal interação pode promover.
Resumo (inglês)
In this article, we analyze the concept of the quantified self fromthe Second Person Perspective, according to which the self, or personhood, is updated in context-dependent human interactions of total or partial cognitive transparency, not reducible to the aspects considered fromthe first or third person perspectives. Quantified self designates the individual who measures him/herself through ubiquitous technologies to obtain a supposedly greater self-knowledge, instantiating, according to some authors, a Fourth Person point of view, constituted by new person-machine-person relations emerging in a specific sociocultural scenario permeated by ubiquitous technologies and big data analyses. We will try to problematize the thesis that digital self-tracking would provide and enhance self-knowledge,as adopted by the quantified self postulators. We will try to show that collecting data about oneself through ubiquitous technologies does not necessarily favor the constitution/updating of personhood because mediated digital self-tracking can significantly interfere in the second person modes of social interaction and in the self-knowledge that such interaction constantly promotes.
Descrição
Idioma
Português
Como citar
Revista Ideação, v. 1, n. 45, p. 311-329, 2022.