O medo do movimento está correlacionado com a cinemática do tronco e a padrões de pressão plantar na dor patelofemoral

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Data

2023-01-24

Orientador

Morita, Ângela Kazue
Navega, Marcelo Tavella

Coorientador

Pós-graduação

Curso de graduação

Fisioterapia - FFC

Título da Revista

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Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

Introdução: Fatores biopsicossoais e biomecânicos tentam explicar a dor patelofemoral (DPF) de formas distintas, porém, para integrá-los e construir um conhecimento holístico sobre essa disfunção, é necessário compreender como esses fatores relacionam-se. Objetivos: verificar se o medo do movimento está correlacionado com padrões cinemáticos do tronco e de pressão plantar em mulheres com e sem DFP; verificar se a cinemática do tronco está correlacionada com padrões de pressão plantar nestas mesmas mulheres. Método: Dezoito mulheres constituíram o grupo com dor patelofemoral (GDPF) e dezenove mulheres, o grupo controle (GC). As participantes responderam à Escala Tampa de Cinesiofobia e realizaram o teste de agachamento unipodal sobre uma plataforma de pressão plantar. Foram analisados os ângulos do tronco, pelve e joelho, no plano frontal, e do tronco, no plano sagital. As variáveis baropodométricas avaliadas foram a pressão média medial, lateral, anterior e posterior (%); pressão máxima lateral e medial (kgf/cm2); área de superfície medial e lateral (cm2); desvio padrão (mm), velocidade (mm/s) e a amplitude da oscilação anteroposterior e laterolateral (mm); e o deslocamento total do centro de pressão (mm). Resultados: Houve correlação significativa entre o medo do movimento e a superfície plantar lateral (r= 0,52), amplitude de oscilação anteroposterior (r= 0,54), velocidade de oscilação anteroposterior (r= 0,71), desvio padrão laterolateral (r= 0,57) e anteroposterior (r= 0,71) e deslocamento total do centro de pressão (r= 0,63) no GDPF. Este grupo também apresentou correlação significativa entre o ângulo de inclinação lateral do tronco e a pressão plantar máxima medial (r= -0,63) e o desvio padrão da oscilação anteroposterior (r= 0,48); o ângulo do joelho e pressão plantar média medial (r= -0,57) e lateral (r= 0,57), máxima lateral (r= 0,51) e velocidade de oscilação laterolateral (r= 0,49). No GC, não houve correlação significativa entre o medo do movimento e as variáveis baropodométricas. Por outro lado, houve correlação significativa entre o ângulo de inclinação lateral do tronco e a pressão plantar máxima lateral (r= 0,67); o ângulo da pelve e a pressão média anterior (r=0,46) e posterior (r=0,46) e a máxima lateral (r= 0,52); o ângulo do joelho e a pressão plantar máxima medial (r= -0,54) e; o ângulo de flexão do tronco e a superfície plantar lateral (r= 0,55). Conclusão: Na DPF, o medo do movimento correlaciona-se com a cinemática frontal do tronco, a padrões de pressão que indicam forças plantares direcionadas lateralmente e com a maior instabilidade postural. Ainda, a cinemática do tronco e membro inferior correlacionou-se com a baropodometria de forma similar em mulheres com e sem DPF.

Resumo (inglês)

Introduction: Biopsychosocial and biomechanical factors seek to explain patellofemoral pain (PFP) in different ways, however, to integrate them and build a holistic knowledge about this dysfunction, it is necessary to understand how these factors are related. Objectives: verify whether fear of movement is correlated with kinematic patterns of the trunk and plantar pressure in women with and without PFP; verify whether trunk kinematics is correlated with plantar pressure patterns in these same women. Method: Eighteen women constituted the group with patellofemoral pain (GDPF) and nineteen women, the control group (CG). The participants answered the Tampa Scale of Kinesiophobia and performed the single-leg squat test on a plantar pressure platform. The angles of the trunk, pelvis and knee, in the frontal plane, and the trunk, in the sagittal plane, were analyzed. The baropodometric variables evaluated were mean medial, lateral, anterior and posterior pressure (%); maximum lateral and medial pressure (kgf/cm2); medial and lateral surface area (cm2); standard deviation (mm), velocity (mm/s) and amplitude of the anteroposterior and lateral oscillation (mm); and the total displacement of the center of pressure (mm). Results: There was a significant correlation between fear of movement and the lateral plantar surface (r= 0.52), amplitude of anteroposterior oscillation (r= 0.54), velocity of anteroposterior oscillation (r= 0.71), lateral standard deviation (r= 0.57) and anteroposterior (r= 0.71) and total displacement of the center of pressure (r= 0.63) in the GDPF. This group also demonstrated a significant correlation between the lateral inclination angle of the trunk and the maximum medial plantar pressure (r= -0.63) and the standard deviation of anteroposterior oscillation (r= 0.48); knee angle and medial (r= -0.57) and lateral (r= 0.57) mean plantar pressure, maximum lateral (r= 0.51) and lateral oscillation velocity (r= 0.49). In the CG, there was no significant correlation between fear of movement and baropodometric variables. On the other hand, there was a significant correlation between the lateral inclination angle of the trunk and the maximum lateral plantar pressure (r= 0.67); the pelvic angle and mean anterior (r=0.46) and posterior (r=0.46) and maximum lateral pressure (r= 0.52); knee angle and maximum medial plantar pressure (r= -0.54) and; the trunk flexion angle and the lateral plantar surface (r= 0.55). Conclusion: In PFP, fear of movement correlates with frontal trunk kinematics, pressure patterns that indicate laterally directed plantar forces, and greater postural instability. Furthermore, trunk and lower limb kinematics correlated with baropodometry similarly in women with and without PFP.

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Português

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