Cinema: uma tecnologia de construção de imaginários

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Data

2022-12-07

Orientador

Bredariolli, Rita Luciana Berti

Coorientador

Pós-graduação

Curso de graduação

Arte-Teatro - IA

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

A disputa de narrativas durante a história pode ser vista em diversos meios de comunicação. A representação de mulheres negras no cinema durante anos foi calcada num imaginário racista e patriarcal, em que foram utilizadas imagens de controle. Este trabalho apresenta uma análise sobre a constituição da identidade a partir da imagem — em especial, a imagem em movimento: o cinema. Tem como intuito, apontar como essa construção de identidade está ligada com a construção de um imaginário hegemônico de controle de corpos e manutenção de estrutura de privilégios. A pesquisa é baseada em dados de um informe sobre diversidade da ANCINE e de textos sobre a branquitude, formação de identidade e esteriótipos de pessoas negras no cinema brasileiro. Verificou-se que apesar de o tema sobre representatividade estar em voga — o que é um passo para criação de ações afirmativas, ainda faltam políticas públicas para que o cinema nacional reflita, de fato, mais da metade da população brasileira. A partir desses resultados podemos concluir que, embora estejamos avançando em passos lentos sobre a representatividade de mulheres negras no cinema, o acesso delas aos meios de produção, portanto, ao poder de decisão, precisa ser ampliado para que seus corpos sejam vistos, como diz, Guerreiro Ramos, como negro-vida e não como negro-tema.

Resumo (inglês)

The dispute of narratives throughout history can be seen in several media. The portrayal of Afro-Brazilian women in cinema for years was based on a racist and patriarchal imaginary, in which images of control were used. This research analyzes the formation of identity from images—in particular, the moving image: the cinema. And point out how this construction of identity is connected to the construction of a hegemonic imaginary of body control and maintenance of privilege structure. The research is based on data from ANCINE’s research and texts about whiteness, identity formation, and stereotypes of black people in Brazilian cinema. It was verified that although the theme of representation is in vogue, which is a step towards the creation of affirmative action, there is still a lack of public policies for national cinema to truly reflect more than half of the Brazilian population. From these results, we can conclude that, although we are advancing in slow steps regarding the representation of black women in cinema, their access to the means of production and, therefore, to the power of decision-making needs to be expanded so that their bodies are seen, as Guerreiro Ramos says, not as black-themes, but as black-lives.

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Português

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