RESSALVA Atendendo solicitação do(a) autor(a), o texto completo desta dissertação será disponibilizado somente a partir de 12/01/2019. GUILHERME MAGRI DA ROCHA AS ALICES ALTERNATIVAS DE CHRISTINA ROSSETTI, JEAN INGELOW E JULIANA HORATIA EWING ASSIS 2017 GUILHERME MAGRI DA ROCHA AS ALICES ALTERNATIVAS DE CHRISTINA ROSSETTI, JEAN INGELOW E JULIANA HORATIA EWING Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências e Letras de Assis – UNESP – Universidade Estadual Paulista para a obtenção do título de Mestrado Acadêmico em Letras (Área de Conhecimento: Literatura e Vida Social) Orientadora: Dra. Cleide Antonia Rapucci Bolsista: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (processo: 2014/21627- 4; bolsa vinculada: 2015/22913-3) ASSIS 2017 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da F.C.L. – Assis – UNESP R672a Rocha, Guilherme Magri da As Alices alternativas de Christina Rossetti, Jean Ingelow e Juliana Horatia Ewing / Guilherme Magri da Rocha. Assis, 2017. 273 f. : il. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Ciências e Letras de Assis – Universidade Estadual Paulista. Orientadora: Drª Cleide Antonia Rapucci 1. Rossetti, Christina, 1830-1894. 2. Ingelow, Jean, 1820- 1897. 3. Ewing, Juliana Horatia, 1841-1885. 4. Literatura in- glesa - Escritoras. 5. Literatura infanto-juvenil. I.Título. CDD 820 AGRADECIMENTOS Entendo este texto como fruto de uma construção coletiva e, portanto, o dedico a todos aqueles que cruzaram meu caminho ao longo dos anos de sua composição. Para mim, inscrevem-se nestas páginas os bons encontros que me foram proporcionados através de diversas vozes, suas entonações, questionamentos e carinhos, e que em mim foram refletidas nos mais diversos saberes e sabores. O meu ―muito obrigado‖ a todos os que compartilharam comigo sua verdade, e assim colaboraram na escrita deste trabalho. É claro, alguns nomes precisam ser destacados. Agradeço à minha orientadora, Dra. Cleide Antonia Rapucci que, tenho certeza, inspira os alunos de graduação em Letras desde a sua chegada à UNESP, sendo eu apenas mais um deles, por transbordar seu papel em confiança, respeito, amizade, afeto, e paciência. Obrigado pelo incentivo constante desde a graduação, e por me deixar voar de montanhas cada vez mais altas. Serei eternamente grato; ao meu amigo, pai, irmão, confidente, cúmplice, guru, totem, Dr. Sérgio Augusto Zanoto, pelos valiosos conselhos – ―One side will make you grow taller, and the other side will make you grow shorter‖ – e por, dentre dezenas – aliás, centenas, milhares, milhões – de coisas pelas quais sou profundamente grato, escolho aquela que me é mais cara: obrigado por acreditar em mim desde o primeiro dia; agradeço também à Mauren, por entender que dissertação nenhuma é feita sem doce de banana; à querida Dra. Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira, por fazer com que eu me apaixonasse pelo trabalho científico logo quando nos conhecemos, pela constante motivação e apoio desde então, até nos meus momentos de insegurança, e por insistir comigo para que eu viaje para congressos, publique em anais e revistas; e agradeço também ao Mauro, por ter sempre sido tão gentil e solícito nesses últimos anos e pelo turismo pelo Brasil; à gentil Dra. Maura Ives, que me recebeu tão bem ao longo de meu estágio de pesquisa na Texas A&M University, por me permitir absorver um pouco de sua vasta sabedoria, me deixar cada vez mais curioso com relação ao corpus deste estudo, e pelas incríveis conversas semanais sobre as escritoras por quem ele se debruça; aos funcionários da Seção Técnica de Pós Graduação, do Escritório de Pesquisa e Internacionalização, e da biblioteca ―Acácio José Santa Rosa‖, todos da Universidade Estadual Paulista, campus de Assis. Em especial, ao Márcio e ao Eduardo, por serem tão prestativos. Também os colegas da pós-graduação, sobretudo aqueles que cursaram comigo a impecável disciplina Ensino de Literatura como Escritura e Leitura; aos funcionários do Department of English, do Immigration Services for Faculty and Scholars, e da Evans Library, todos da Texas A&M University. Uma reverência à parte para a Dra. Claudia Nelson, pelas valiosas sugestões, e aos pós-graduandos do departamento, pelo amparo. Sou grato especialmente à Dra. Gisele Cardoso de Lemos, pela beleza que me trouxe: . Também agradeço à hospitalidade da Brazilian Students Association; aos doutores Benedito Antunes, Brigitte Monique Hervot, Daniela Nogueira de Moraes Garcia, Francisco Cláudio Alves Marques, João Luís Cardoso Tápias Ceccantini, Jorge Augusto da Silva Lopes, Kimberley Reynolds, Lissa Paul, Maira Angélica Pandolfi, Maria do Rosário Gomes Lima da Silva, Sandra Aparecida Ferreira, Silvana Augusta Barbosa Carrijo, Thiago Alves Valente, e ao mestre Sérgio Henrique Rocha Batista, pelas oportunidades de diálogo; novamente, aos doutores João Luís Cardoso Tápias Ceccantini e Sérgio Augusto Zanoto, pelo que compartilharam comigo no Exame de Qualificação; aos meus incríveis alunos, aos professores, e aos demais funcionários da unidade de Assis do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, responsáveis por me trazer tanta alegria, que às vezes não cabia; à Janaina, por ser tão grande em mim, por ser força, e por tudo o que me trouxe e traz, e aos queridos Ana, André, Arthur, Beatriz, João, Leonardos, Luana, Renan, Rodrigo, Sérgio, Zé, por ajudarem na construção de quem sou. Sem vocês, nada disso teria sentido; aos meus pais, Samuel & Sandra, pela qualidade incondicional de seu amor, e também aos meus parentes, por entenderem minhas ausências em diversas ocasiões; à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, pelo apoio financeiro. Figura 1: Frontispício de As Aventuras de Alice no País das Maravilhas por Salvador Dalí (1904-1989). A obra foi publicada pela Maecenas Press-Random House, Nova Iorque, em 1969. Fonte:. Acesso em 20 mar. 2016. Salientamos com satisfação a diferença que o separa [o poeta] poeticamente de seus antecessores, em especial os mais próximos; empenhamo-nos em descobrir algo que possa ser isolado para assim nos deleitar. Ao contrário, se nos aproximarmos de um poeta sem esse preconceito, poderemos amiúde descobrir que não apenas o melhor mas também as passagens mais individuais de sua obra podem ser aquelas em que os poetas mortos, seus ancestrais, revelam mais vigorosamente sua imortalidade. T.S. Eliot http://www.williambennettmodern.com/artists/dali/pictures/large%20v2/DALI1002P.jpg http://www.williambennettmodern.com/artists/dali/pictures/large%20v2/DALI1002P.jpg ROCHA, Guilherme Magri da. As Alices Alternativas de Christina Rossetti, Jean Ingelow e Juliana Horatia Ewing. 2017. 271 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Letras). – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista ―Júlio de Mesquita Filho‖, Assis, 2017. RESUMO Este trabalho tem por objetivo apresentar uma possibilidade de leitura das obras Mopsa the Fairy (1869), ―Amelia and the Dwarfs‖ (1870) e Speaking Likenesses (1874), escritas, respectivamente, por Jean Ingelow (1820-1897), Juliana Horatia Ewing (1841-1885) e Christina Rossetti (1830-1894). Essa leitura é feita a partir de um cotejo entre esses textos e seu hipotexto em comum: Alice‟s Adventures in Wonderland (1865), de Lewis Carroll (1832-1898). O enfoque metodológico para tal fundamenta-se na abordagem narratológica, e busca refletir acerca das revisões feitas por essas autoras em relação ao clássico em questão. Para melhor entendimento do contexto sociocultural em que os livros de Alice e seus hipertextos aparecem, o vitorianismo, discutimos inicialmente a ―Era de Ouro da Literatura Infantil‖, perìodo que vai de 1864 até a Primeira Grande Guerra. Ao longo do desenvolvimento da pesquisa, percebemos a necessidade da construção de uma biobibliografia das escritoras supracitadas, uma vez que não há qualquer material em língua portuguesa sobre Ingelow e Ewing. Para a consecução de nosso objetivo, tendo em vista a importância da redescoberta de vozes não-canônicas na expansão do conceito de cânone literário, fundamentamos essa seção de nosso trabalho a partir da teoria ginocrítica de Elaine Showalter. Essa mesma abordagem é utilizada no caso de Rossetti, embora haja mais material sobre ela em nosso país. Dessa forma, podemos afirmar que esse trabalho considera os seguintes tópicos para estudo: 1. o contexto de produção dos textos de Lewis Carroll e sua confecção; 2. a investigação acerca da vida e da obra das escritoras que compõem o corpus; 3. a discussão dos volumes literários selecionados tendo em vista seu hipotexto em comum. Palavras-chave: Ewing, Juliana Horatia, 1841-1885. Ingelow, Jean, 1820-1897. Literatura de Autoria Feminina. Literatura Infantil. Literatura Inglesa. Rossetti, Christina, 1830-1894. ROCHA, Guilherme Magri da. The Alternative Alices of Christina Rossetti, Jean Ingelow, and Juliana Horatia Ewing. 2017. 271 p. Thesis (Masters in Literature). – School of Sciences, Humanities and Languages, São Paulo State University ―Júlio de Mesquita Filho‖, Assis, 2017. ABSTRACT This thesis was carried out to suggest one possibility of reading Mopsa the Fairy (1869), "Amelia and the Dwarfs" (1870), and Speaking Likenesses (1874), respectively written by Jean Ingelow (1820-1897), Juliana Horatia Ewing (1841- 1885), and Christina Rossetti (1830-1894). We suggest a comparison between these texts and their common hypotext, Alice's Adventures in Wonderland (1865), by Lewis Carroll (1832-1898). The methodological approach we propose is based on narratology, and is intended to reflect on the revisions of this classic made by these authors. For a better understanding of the sociocultural context in which the Alice books and their hypertexts appear, the "Golden Age of Children's Literature" - a period that runs from 1864 to the First World War - will first be considered. Also, throughout the development of this research, we‘ve realized the need to construct a biobibliography of the aforementioned women writers, as there is a lack of written sources and bibliographical and biographical information about Ewing and Ingelow in Brazilian Portuguese. In order to achieve our goals, considering the importance of the rediscovery of non-canonical voices in the expansion of the concept of literary canon, the section devoted to the authors posits Elaine Showalter‘s theory of gynocriticism as the basics for our discussion. This same approach is also used in Rossetti's case, even though there is a minimal literature about her in our country. Thus, this study is organized according to the following topics: 1. the context of production of Lewis Carroll‘s texts, and its writing process; 2. the investigation about the life and works of Jean Ingelow, Christina Rossetti, and Juliana Horatia Ewing; 3. the discussion of the selected texts and their common hypotext. Key-words: Children‘s Literature. English Literature. Ewing, Juliana Horatia, 1841- 1885. Ingelow, Jean, 1820-1897. Rossetti, Christina, 1830-1894. Victorian Women Writers. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Frontispício de Alice‟s Adventures in Wonderland por Salvador Dalí . 07 Figura 2 – Alice dentro da casa do Coelho branco, por Lewis Carroll ................. 17 Figura 3 – Alice dentro da casa do Coelho branco, por John Tenniel ................. 17 Figura 4 – Dante, Christina, Frances e William Rossetti. Foto de Lewis Carroll .. 55 Figura 5 – Jean Ingelow ...................................................................................... 73 Figura 6 – Christina Rossetti, por Lewis Carroll ................................................... 102 Figura 7 – Juliana Horatia Ewing ......................................................................... 134 Figura 8 – A chegada da rainha, em Mopsa the Fairy ......................................... 155 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................. .. ..... 12 Capítulo 1 - Pela Toca do Coelho ...................................................................... 16 1.1 A Grande Literatura Fantástica ...................................................................... 17 1.2 Criança, Infância, Literatura Infantil ................................................................ 22 1.3 Carroll e os Livros de Alice ............................................................................. 33 1.3.1 Lewis Carroll ................................................................................................ 33 1.3.2 A Origem de Alice ....................................................................................... 38 1.3.3 Leituras de Alice .......................................................................................... 44 Capítulo 2 - O Jardim das Flores Vivas ............................................................ 54 2.1 Literatura de Autoria Feminina & a Angústia da Influência ............................. 55 2.2 Jean Ingelow .................................................................................................. 72 2.3 Christina Rossetti ........................................................................................... 101 2.4 Juliana Horatia Ewing ............................................................................. ....... 133 2.5 Caminhos que se Encontram ......................................................................... 153 Capítulo 3 - Rainha Alice ................................................................................... 156 3.1 As Intrigas ...................................................................................................... 158 3.1.1 Mopsa the Fairy ........................................................................................... 158 3.1.2 ―Amelia and the Dwarfs‖ .............................................................................. 160 3.1.3 Speaking Likenesses .................................................................................. 163 3.2 Dois Níveis de Análise Interna do Texto: A Narração e A Ficção ................... 165 3.3 As Personagens Protagonistas ...................................................................... 192 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 205 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 209 ANEXOS .............................................................................................................. 221 1. Histórico de publicação de Jean Ingelow (1900-2016) ..................................... 223 2. Histórico de publicação de Christina Rossetti (1900-2016) .............................. 227 3. Histórico de publicação de Juliana Horatia Ewing (1886-2016) ....................... 255 12 INTRODUÇÃO Conforme Oscar Wilde (1864–1900), no prefácio de seu romance The Portrait of Dorian Gray (1890), toda arte é superfície e símbolo, cabendo ao leitor seguir seu caminho por conta e risco. Se tomarmos o caminho do símbolo, encontramos no corpus com que nos propusemos a trabalhar, Speaking Likenesses (1874), Mopsa the Fairy (1869) e “Amelia and the Dwarfs‖ (1870), publicados respectivamente por Christina Rossetti (1830–1894), Jean Ingelow (1820–1897) e Juliana Ewing (1841– 1885), não somente histórias de aventuras, mas hipertextos1 de Alice‟s Adventures in Wonderland (1865), de Lewis Carroll2 (1832-1898). Em consonância com Peter Hunt (1994), entendemos que não somente os textos supracitados, mas toda a literatura infantil, que em uma primeira classificação é escrita para crianças e lida por elas, serve ao mesmo propósito de todo texto literário: ―absorve, possui e é possuìda; suas demandas são imediatas, envolventes e poderosas3‖ (p. 01). O trabalho foi motivado pelos estudos de Carolyn Sigler (1997), para quem os hipertextos carrollianos iniciais apresentam respostas criativas – e frequentemente críticas – aos textos de Carroll, ao contrário daqueles publicados recentemente, que tendem a lançar mão de algumas características dos livros de Alice para comentar questões que, na verdade, estão distantes deles. Essa afirmação, claro, deve ser relativizada, afinal são as constantes remitificações dos textos que asseguram não só sua legitimação, como também sua longevidade. Para a pesquisadora, volumes como Speaking Likenesses, Mopsa the Fairy, e ―Amelia and the Dwarfs‖ adaptam a estrutura, os temas, e os motivos do texto de Alice. Considerados por ela como satíricos e revisionistas, eles nos revelam quão diversamente o livro foi lido e reescrito. Para a consecução de nossos objetivos, esta dissertação se divide em três capìtulos. O primeiro, intitulado ―Pela Toca do Coelho‖, é resultado de trabalhos realizados ao longo da disciplina Ensino de Literatura como Escritura e Leitura, 1 Confome Genette (1997) , é o que une um texto B a um texto anterior, A, numa relação de imitação ou de transformação. 2 Pseudônimo adotado por Charles Lutwidge Dodgson. 3 ―it absorbs, it possesses, and is possessed; its demands are very immediate, involving and powerful‖. Todas as traduções são de nossa autoria, a não ser quando indicado. 13 cursada na UNESP (Universidade Estadual Paulista) de Assis. Nele, tratamos não só dos livros de Carroll, como também do processo de confecção deles, seu contexto de produção, e algumas possiblidades de leitura. Tudo isso ensejará um melhor entendimento do momento histórico-social-cultural das obras, além de possibilitar uma primeira exposição de posicionamentos, que o restante da dissertação carregará consigo. Acreditamos que todo texto sobre literatura é um texto sobre o conceito de literatura, explicita ou implicitamente, uma vez que seu objeto de estudo é resultado de um fenômeno cultural e histórico, que não tem materialidade. Nesse capítulo, investigamos a literatura fantástica que, assim como a literatura infantil, tende a ser isolada diante do que se considera uma Grande Literatura. O primeiro segmento dele se encarrega dos perigos do rótulo, questionando os riscos da hierarquização literária. A discussão transborda nos dois seguintes, em algumas questões que nos outros capítulos serão primordiais: as imagens da criança e da infância, e algumas possibilidades de leitura de Alice. Tendo em vista que ―o texto é integração de elementos sociais e psìquicos‖ (CANDIDO, 1959, p.X), apresentamos os livros de Alice a partir dos fatores externos e do fator individual, a condição de ―pessoa histórica4‖ de seu autor. Consideramos os textos como parte de uma tradição literária primeiramente em consonância com T. S. Eliot, para quem o surgimento de uma nova obra de arte faz com que a ordem ideal existente antes de seu nascimento seja reajustada. E também de acordo com Warren e Wellek, que imprimem à literatura uma unidade cuja continuidade não se põe em dúvida; e Antonio Candido, que considera os textos literários unidos por denominadores, fazendo parte de um sistema. O segundo capìtulo, intitulado ―O Jardim das Flores Vivas‖, é produto de nosso estágio de pesquisa na TAMU (Texas A&M University). Tendo em vista o contexto sociocultural em que Rossetti, Ingelow, e Ewing estão inseridas, ele tem como objetivo mostrar ao leitor qual o lugar dessas escritoras na tradição literária, como e se elas fazem parte dessa tradição, e quais os denominadores em comum que permitem que suas obras existam em uma continuidade. Para isso, optou-se por construir uma biobibliografia a seu respeito, uma vez que são escritoras hoje muito 4 Laura Mancinelli entende por ―pessoa histórica‖: ― a individualidade do escritor, com aquela margem de liberdade e de ação que o substrato cultural coletivo lhe permite. Liberdade que pode ser grande, na medida em que o escritor pode colocar-se em atitude crítica frente a ele, pode negá-lo ou subvertê-lo, como se viu em muitos romances de vanguarda‖ (1995, p.87). 14 pouco conhecidas, mesmo se considerarmos que Rossetti possua um certo reconhecimento. A busca por informações sobre as autoras antes do estágio de pesquisa havia nos deixado espantados. Foram mais animadores os resultados sobre Christina Rossetti: encontramos 11 livros buscando por seu nome na base de dados on-line da USP (Universidade de São Paulo). Entre eles estão 6 livros literários, 1 biografia de Dorothy Stuart, 1 estudo de Fredegond Shove que, de acordo com os bibliotecários, está perdido, e 3 livros com poemas selecionados em antologias literárias. Há 5 volumes na Unicamp (Universidade de Campinas): 4 livros de antologia, 1 de poesia. Há 2 entradas na biblioteca da UNESP (Universidade Estadual Paulista): uma partitura; a outra não é sobre a escritora. Os resultados na plataforma Partenon, da UNESP, são muito expressivos em números, mas não em conteúdo: 2.999 resultados para ―Christina Rossetti‖, e 148 para Speaking Likenesses. No entanto, a aleatoriedade dos resultados é a mesma que encontramos para Ingelow e Ewing. No que diz respeito a Speaking Likenesses, encontramos apenas 2 textos: "Avenging Alice", de U. C. Knoepflmacher, e ―Speaking pictures: the fantastic world of Christina Rossetti and Arthur Hughes‖, de Andrea Kaston. Os outros artigos apenas citam o livro ou simplesmente não são sobre ele. Quanto à Ingelow, não há menção alguma a seu Mopsa the Fairy no banco de dados da biblioteca da USP. O resultado foi o mesmo quando buscamos nas bibliotecas da UNESP e da Unicamp. A busca por ―Jean Ingelow‖ teve resultado idêntico. Embora existam 129 menções ao livro na plataforma online Parthenon, os arquivos que abrangem realmente algo sobre ele são resenhas de livros acadêmicos que contêm algum artigo sobre o texto. O Ventures in Childland de U.C. Knoepflmacher é um deles. Duas dessas menções nos levam ao próprio livro. O sistema também nos trouxe 366 resultados ao buscarmos pelo nome de Ingelow; 103 delas são livros do Project Gutenberg (domínio público): obras literárias completas ou livros com seleções de poemas. Dois dos artigos são sobre "A story of Doom", um de poesia religiosa. A maioria dos textos só cita o nome da autora em uma única frase ou não é sobre ela. Os números são os mesmos para Juliana H. Ewing e seu ―Amelia and the Dwarfs‖ na UNESP e na Unicamp. Há uma entrada em seu nome no banco de dados da biblioteca USP, mas ela não se refere à escritora. O número de menções 15 a ela no sistema Parthenon soma 272, mas o caso é basicamente o mesmo caso de Ingelow: 39 livros de domínio público, 1 artigo sobre "The Brownies", 2 sobre "Six to Sixteen". Uma grande parte disso não é sequer relacionada à escritora, deles os comentários são principalmente sobre livros que abordam cultura vitoriana (3) e o livro do professor Knoepflmacher novamente (1). Isso nos fez optar pela apresentação de Christina Rossetti, Jean Ingelow, e Juliana Ewing, e pela discussão da produção acadêmica escrita sobre elas até agora. Para a realização desse objetivo, pensamos na ideia de tradição literária de autoria feminina conforme Elaine Showalter (1994) e de sua ginocrítica, que trata do estudo da mulher como escritora, então produtora de significado textual, e cujos tópicos são a história, os estilos, os temas, os gêneros e as estruturas dos escritos de mulheres; a psicodinâmica da criatividade feminina; a trajetória da carreira feminina individual ou coletiva; e a evolução e as leis de uma tradição literária de mulheres (p. 29). O terceiro e último capítulo estabelece uma análise contrastiva entre Speaking likenesses, Mopsa the Fairy, ―Amelia and the dwarfs‖, e os livros de Alice, com ênfase nas personagens protagonistas. Discutimos acerca da construção destas tendo em vista certo grupo de temas que são comuns entre os textos: o apetite (comida, desejo) e as pulsões de vida e morte, as categorizações do fantástico (o sonho, a metamorfose, a metafísica), além de suas tendências à transparência e à opacidade. Além disso, para a análise e discussão da estrutura dos volumes, lançamos mão dos operadores de leitura da narrativa, conforme Gérard Genette (1982). Intitulada ―As Alices Alternativas de Christina Rossetti, Jean Ingelow e Juliana Horatia Ewing‖, essa pesquisa desenvolve os seguintes pontos básicos: 1. o contexto de produção dos textos de Lewis Carroll e sua confecção; 2. a investigação acerca da vida e da obra das escritoras que compõem o corpus; 3. a discussão dos volumes literários selecionados tendo em vista seu hipotexto comum. 205 CONCLUSÃO No âmbito biobibliográfico, provou-se impensável e sem fundamento algum a consideração de Christina Rossetti, Jean Ingelow e Juliana Horatia Ewing como escritoras que viveram vidas sem quaisquer eventos que fossem minimamente interessantes, como alguns biógrafos escreveram, deixando a literatura em segundo plano. As autoras não somente eram bem relacionadas – com ênfase nas duas primeiras – como também compuseram uma considerável diversidade de textos. Jean Ingelow escreveu diversos romances, poemas, contos. Além disso, foi considerada por seus fãs norte-americanos como uma possibilidade de substituição de Tennyson com o poeta laureado. Ela tinha uma outra casa, próxima à sua, para onde ia-se dedicar a seu trabalho: a escrita. Como editora, selecionava textos para publicação, tendo inclusive criado uma seção na Youth‟s Magazine em que escrevia dicas para jovens autores sobre como se escrever ficção. Ademais, Ingelow tinha contato com diversos escritores, editores e ilustradores. Membro da Portfolio Society, ela era amiga de Christina Rossetti e John Ruskin, cuja correspondência entre ambos já foi inclusive tema de artigo. Aliás, foi a escritora quem fez a ponte entre a irmã de Dante Gabriel Rossetti e a editora estadunidense Roberts Brothers, responsável pela publicação de sua obra nos Estados Unidos. Foi também em um jantar promovido por ela que Juliana Ewing conseguiu estabelecer contato com o ilustrador Randolph Caldecott com quem mais tarde trabalhou. Considerada uma das grandes de sua época, Ingelow teve vendas surpreendentes tanto nos Estados Unidos, quanto em seu país. Não é à toa que foi alvo de Robert Buchanan e Richard Crawley: ela vendia tantos livros, que seu sucesso era visto como uma força econômica, que ia de encontro com os interesses dos escritores e dos leitores homens. Portanto, é difícil acreditar na imagem que pintam suas biógrafas. Acreditamos ser necessária a composição de uma biografia acadêmica da poetisa, que destoe das demais, tratando-a como a profissional das letras, que foi. Diferentemente de Ingelow, Christina Rossetti viveu em um ambiente cultural desde a infância. Com exceção da avó, inglesa, seu sangue era italiano. Seu pai, um erudito liberal, refugiou-se em Londres, onde ela nasceu. Bilíngue, a autora escrevia desde pequena: sua primeira publicação foi editada pelo avô materno. Sua casa era 206 um ambiente literário e político, uma vez que os Rossetti recebiam diversos dos refugiados italianos. Além disso, ela conviveu com os Pré-Rafaelitas: seus poemas eram lidos e publicados pelo grupo, que tinha entre seus participantes seu irmão, Dante Gabriel Rossetti, que muito a influenciou quanto à escrita. Hoje, nas coletâneas de poesia, tem tanto espaço quanto ele. Na verdade, às vezes, até mais espaço que o poeta. Apesar de poetisa legitimada, não há estudos diretamente sobre ela no Brasil. Também é importante destacar não só a influência de John Keble e do Movimento de Oxford em geral na sua poesia e na maneira como regia sua vida, como também a comunidade literária que formava com as outras duas mulheres de sua família: a irmã, Maria, e a mãe, Frances. Sabe-se que elas liam umas às outras, além de opinarem sobre sua produção. Rossetti era amiga de Lewis Carroll, e com ele trocou algumas cartas. Destacamos aqui aquela em que ela agradece a ele o envio de um exemplar de Alice‟s Adventures in Wonderland, e tece breves comentários sobre alguns de seus personagens. O escritor inclusive tirou algumas fotos dela e de sua família, e se interessava em registrar os esboços de Dante Gabriel Rossetti. Juliana Horatia Ewing também viveu num ambiente de editoração e produção de ficção. Sempre viu sua mãe escrevendo e contando histórias. Foi em Aunt Judy‟s Magazine, revista literária editada por Margareth Gatty, que Lewis Carroll publicou textos tanto na divulgação de Wonderland, quanto de Through the Looking-Glass. Por algum tempo, foi a escritora quem passou a editar, com sua irmã, a revista, apesar das dificuldades de localização, pois se havia mudado para o Canadá com o marido. Ewing escreveu uma grande diversidade de contos, conforme podemos observar da reunião de textos com que sua irmã finaliza o livro Juliana Horatia Ewing and Her Books. A maioria deles, incluindo ―Amelia and the Dwarfs‖, foi publicada na revista citada. Quando recolhidos em livros, grande parte foi publicada pela S.P.C.K. (Society for Promoting Christian Knowledge). São escritoras cujas obras são hoje impressas em coletâneas. Todo o seu catálogo está online, e algumas editoras se propõem a imprimir os textos conforme solicitado pelo cliente. Sendo assim, a maioria dos livros, principalmente de Ingelow e Ewing, não tem uma tiragem nem disponibilidade imediata de venda, a não ser 207 quando digital. Dado seu status no cânone, a obra de Rossetti pode ser encontrada com mais facilidade que a das demais. Quanto às aventuras de Alice, os dois volumes escritos por Lewis Carroll realizam uma ideia que seria elaborada pelo eu-lírico de Emily Dickinson poucos anos depois do lançamento de Through the Looking-Glass: ―There is no Frigate like a Book / To take us Lands away‖. Isso porque, nas suas condições de pluridimensionalidade, os livros permitem que seu narratário vá para ―terras distantes‖: no Paìs das Maravilhas, ele percebe, com a personagem, a ineficácia do sistema que vigora no mundo real, e com ela sofre metamorfoses corporais. O escritor revisou seus textos até pouco antes de morrer. Ele se preocupava até mesmo com a qualidade do papel em que suas obras eram impressas, e queria que elas chegassem às mãos de cada vez mais crianças, em cada vez mais países. Além disso, Carroll participava de ações de marketing e do merchandising de ambos os volumes de sua coleção. Apesar de diferentes da maioria de textos infantis de que eram contemporâneos, tanto Alice‟s Adventures in Wonderland, quanto Through the Looking-Glass and what Alice found there foram sucesso de público e de crítica na época de seus respectivos lançamentos. Pouco depois da morte do escritor, o primeiro volume já havia vendido 86 mil cópias e o segundo, 61 mil. Hoje, os livros só são menos citados que a Bíblia e Shakespeare. Isso permitiu uma ―democratização‖ de Alices na indústria, possibilitando de imediato o surgimento dos mais diversos hipertextos, que foram elaborados por diversos motivos. Christina Rossetti, por exemplo, publica o livro Speaking Likenesses com ―um olho no mercado‖. Além deste livro, nessa dissertação trabalhamos com outro: Mopsa the Fairy, e também com o conto ―Amelia and the Dwarfs‖. O primeiro foi escrito por Jean Ingelow e o segundo, por Juliana Horatia Ewing. Quando Carroll publica os livros de Alice, apresenta um mundo livre de dicotomias básicas: não há bem nem mal; não há certo nem errado. Diz o gato para a protagonista: se você não sabe para onde está indo, então não importa que caminho tome. O nonsense, o sonho, a metamorfose, a brincadeira com conceitos, entre outros, são ―explosões num copo d‘água‖ feitas pelo autor e que são, nos seus hipertextos, reduzidas. Apesar de inventivos e, muitas vezes, satíricos, esses textos tendem a uma simplificação da fábula e da linguagem de Alice. Ainda que haja entre 208 eles e seu hiportexto uma recorrência de temas, tendem a um maniqueísmo característico da produção infantil da época. Chamamos atenção para os protagonistas que, por exercerem tal função, possibilitam, em tese, maior identificação afetiva e intelectual de seu leitor, e percebemos um movimento que é contrário ao de Alice. A personagem de Carroll é levada a uma jornada através de sistemas, e constrói diversas hipóteses ao longo de suas aventuras. Ao contrário dela, tanto Jack, quanto Amelia e Flora terminam suas respectivas jornadas tendendo a uma transparência que era mais distante deles no início dos textos. Alice pergunta a si mesma quem ela é e, terminada sua jornada, estabelece algum tipo de controle individual. Embora nas demais obras a ordem seja restaurada e vença o caos, o controle adquirido pelas personagens tem viés diferente, e funciona como cautela; por exemplo, se Amelia voltar a interromper as conversas dos adultos, desperdiçar comida e quebrar objetos dos amigos de seus pais, ela provavelmente voltará a se encontrar com os anões. Assim, retoma-se a tradição pedagógica inicial da literatura infantil, que é existente até hoje. Essa dissertação, então, também quebrou um pouco do silêncio que hoje ecoa nos textos de Christina Rossetti, Jean Ingelow e de Juliana Ewing, escritoras que atualmente são pouco estudadas e pouco lidas, redescobrindo-as em seu lugar na tradição da literatura de autoria feminina, e expandindo ideias sobre o cânone literário. 209 REFERÊNCIAS ABREU, Márcia. Cultura Letrada: Literatura e Leitura. São Paulo: UNESP, 2004. ALLEN, Graham. Intertextuality. New York: Routledge, 2000. AMARAL, Ana Luísa; MACEDO, Ana Gabriela (orgs.). Dicionário da Crítica Feminista. Porto: Edições Afrontamento, 2005. ARSENEAU, Mary. Christina Rossetti. In: Late Nineteenth-and Early Twentieth- Century British Women Poets.Vol. 240, 2001. ARSENEAU, Mary. Mary Arseneau on Symbolic Interpretation. In: BLOOM, Harold (editor). Christina Rossetti. s/c: Chelsea House Publishers, 2004. ARSENEAU, Mary; HARRISON, Antony H.; KOOISTRA, Lorraine Janzen. The Culture of Christina Rossetti: Female Poetics and Victorian Contexts. Athens, Ohio: Ohio University Press, 1999. AUERBACH, Nina; KNOEPFLMACHER, U.C. Forbidden journeys: Fairy Tales and Fantasies by Victorian Women Writers. Chicago: University of Chicago Press, 1992. AVERY, Gillian. Fairy Tales with a Purpose. In: CARROLL, L. Alice in Wonderland. Electra: Norton, 1992. AVERY, Gillian. Fairy Tales with Pleasure. In: CARROLL, L. Alice in Wonderland. Electra: Norton, 1992. AVERY, Gillian. Mrs. Ewing. Londres: Bodley Head, 1961. ÁVILA, Miryan. Rima e solução: a Poesia Nonsense de Lewis Carroll e Edward Lear. São Paulo: ANNABLUME, 1995. B., S.K. Jean Ingelow. The Magazine of Poetry – quarterly review. Vol. I, s/f, p.54- 57, 1889. BANERJEE, Jacqueline. Ideas of childhood in Victorian children‘s fiction: the child as sinful. Disponível em: << http://www.victorianweb.org/genre/childlit/childhood2.html >> Acesso em 17 Abril 2015. BARRY, Peter. Beginning Theory: an Introduction to Literary and Cultural Theory. Manchester: Manchester University Press, 2009. BATTISCOMBE, Georgina. Christina Rossetti. Longmans, Green & CO LTD: London, 1965. BELLES Lettres. The Westminster Review. New York, vol XCI, sf, p. 144-152, janeiro-abril, 1869. 210 BESSANT, Walter. The Queen‘s Reign. In: GREENBLATT, Stephen (Editor). The Norton Anthology of English Literature. V. 1. New York: W. W. Norton & Company, 2012. BLOOM, Harold (editor). Christina Rossetti. s/c: Chelsea House Publishers, 2004. BLOOM, Harold. From The anxiety of influence. In: ZIPES, J. [et al]. The Norton Antology of Children‟s Literature: the traditions in English. New York, London: Norton, 2005. BLOOM, Harold. O Cânone Ocidental: os Livros e a Escola do Tempo. Trad. Marcos Santarrita. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000. BORGES, Jorge Luis. Curso de Literatura Inglesa. Organização, pesquisa e notas de Martín Arias e Martín Hadis. Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2002. BRIGGS, Julia. Speaking Likenesses: Hearing the Lesson. In: ARSENEAU, Mary; HARRISON, Antony H.; KOOISTRA, Lorraine Janzen. The Culture of Christina Rossetti: Female Poetics and Victorian Contexts. Athens, OH: Ohio UP, 1999 BRILIOTH, Rev. Yngve Brilioth. The Anglican Revival: Studies in the Oxford Movement. New York, Toronto, Bombay, Calcuta and Madras: Longmans, Green and co. 1925. BRUNEL, Pierre. Dicionário de Mitos Literários. Trad. Carlos Sussekind [et al.]. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000. CADWALLADER, Jen. Political economy and women's work in Jean Ingelow's Mopsa the Fairy. Women's Writing. s/c, v. 16, p. 452-69, 2009. CALVINO, Italo. Por que ler os clássicos. Trad. Nilson Moulin. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. CANDIDO, Antonio. A literatura e a Formação do Homem. Disponível em: . Acesso em: 02 jun. 2015. CANDIDO, Antonio. A Personagem do Romance. In: CANDIDO, Antonio; GOMES, Paulo Emilio Salles; PRADO, Decio de Almeia; ROSENFELD, Anatol. A Personagem de Ficção. São Paulo: Perspectiva, 1987. CANDIDO, Antonio. Formação da Literatura Brasileira: Momentos Decisivos. Belo Horizonte: Itatiaia, 1981. CANDIDO, Antonio. O Direito à Literatura. Disponível em: . Acesso em 03 mar. 2015. CARPEAUX, Otto Maria História da Literatura Ocidental. Rio de Janeiro: Cruzeiro, 1959. http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=2&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=2&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://revistas.iel.unicamp.br/index.php/remate/article/viewFile/3560/3007 https://culturaemarxismo.files.wordpress.com/2011/10/candido-antonio-o-direito-c3a0-literatura-in-vc3a1rios-escritos.pdf https://culturaemarxismo.files.wordpress.com/2011/10/candido-antonio-o-direito-c3a0-literatura-in-vc3a1rios-escritos.pdf 211 CARPENTER, Humphrey. Secret Gardens: a Study of the Golden Age of Children‟s Literature. London: Faber and Faber, 2009. CARROLL, Lewis. Alice in Wonderland: a Norton critical edition. s/c: W.W. Norton & Company, 1992. CARROLL, Lewis. Alice‟s Adventures Under Ground: facsimile of the author‘s manuscript book with additional material from the facsimile edition of 1886. New York: Dover publications, 1965. CARROLL, Lewis. Alice: Aventuras de Alice no País das Maravilhas; & Através do Espelho. Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2013. CASHDAN, Liz. Powerful Levers: Margaret Gatty, Juliana Horatia Ewing and Mary Louisa Molesworth. Children‟s Literature in Education, vol. 20, no. 3, 1989. CECCANTINI, João Luís C. T. Perspectivas de pesquisa em literatura infanto-juvenil. In: CECCANTINI, João Luís C. T. (Organizador). Leitura e Literatura Infanto-juvenil: Memória de Gramado. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2004. CHARLOT, Monica; MARX, Roland. Londres, 1851-1901: a Era Vitoriana ou o Triunfo das Desigualdades. Trad. Lucy Magalhães. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993. CHOMBART DE LAUWE, Marie-José. Um Outro Mundo: a Infância. Trad. Noemi Kon. São Paulo: Perspectiva, 1991. COELHO, Nelly Novaes. Panorama Histórico da Literatura Infantil/Juvenil: das Origens Indo-europeias ao Brasil Contemporâneo. Barueri: Manole, 2010. COHEN, Morton N. Lewis Carroll: uma Biografia. Trad. Raffaella de Filippis. Rio de Janeiro: Record, 1995. CONNOR, Steven. ―Speaking Likenesses‖: Language and Repetition in Christina Rossetti‘s Goblin Market. Victorian Poetry, s/c, v. 22, p. 439-448, 1984. CONNOR, Steven. Steven Connor on the Links Between ―Goblin Market‖ and Rossetti‘s Other Works. In: BLOOM, Harold (editor). Christina Rossetti. s/c: Chelsea House Publishers, 2004. D‘AMICO, Diane; KENT, David A. Rossetti and the Tractarians. Victorian Poetry, Volume 44, Número 1, p. 93-103, 2006. D‘AMICO, Diane. Christina Rossetti: Faith, Gender, and Time. Baton Rouge, La: Louisiana State University Press, 1999. DAVID, Deirdre (org.). The Cambridge Companion to the Victorian novel. Cambridge: Cambridge University Press, 2001. DAVIS, Richard Brian. Alice in Wonderland and Philosophy: Curioser and Curioser. New Jersey: John Wiley & Sons, 2010. 212 DEDEBAS, Eda. Christina Rossetti‘s Speaking Likenesses: Diferent Forms of Travel in Victorian‘s Childrens Literature. Extravío: Revista Electrónica de Literatura Comparada, s/c, volume 6, p.53-68, 2011. DESPOTOPOULOU, Anna. Nowhere or Somewhere? (Dis)Locating Gender and Class Boundaries in Chistina Rossetti‘s Speaking Likenesses. Review of English Studies: The Leading Journal of English Literature and the English Language, s/c, volume 61, p. 414-434, 2010. DICKENS, Charles. From Old Lamps for New Ones. In: GREENBLATT, Stephen (Editor). The Norton Anthology of English Literature. V. 1. New York: W. W. Norton & Company, 2012. DICKINSON, Emily. ―There‘s no Frigate like a Book‖. Disponível em: < https://www.poetryfoundation.org/poems-and-poets/doems/detail/52199> Acesso em: 10 nov 2016. EAGLETON, Marry. Feminist Literary Criticism. New York: Longman, 1991. EAGLETON, Terry. How to Read Literature. New Haven and London: Yale University Press, 2014. ELIAKIM, Littell (org.) The Living Age, vol. 214. Julho, Agosto, setembro, 1897 ELIOT, Thomas Stearns. Ensaios. Trad. Ivan Junqueira. São Paulo: Art, 1989. ELLIS, Sarah Stickney. The Woman of England: Their Social Duties and Domestic Habits. In: GREENBLATT, Stephen (Editor). The Norton Anthology of English Literature. V. 1. New York: W. W. Norton & Company, 2012. EWING, Juliana Horatia. Amelia and the Dwarfs. In.: AUERBACH, N.; KNOEPFLMACHER, U. (orgs.) Forbidden Journeys: Fairy Tales and Fantasies by Victorian Women Writers. Chicago: The University of Chicago Press, 1992. p. 105- 128. EWING, Juliana Horatia. Old-Fashioned Fairy Tales. Londres: Society for Promoting Christian Knowledge, s/d. GENETTE, Gérard. Discurso da Narrativa. Lisboa: Veja, 1982. GENETTE, Gérard. Palimpsests: Literature in the Second Degree. Lincoln: University of Nebraska Press, 1997. FERREIRA, Eliane Aparecida Galvão Ribeiro. Construindo histórias de leitura: a leitura dialógica enquanto elemento de articulação no interior de uma biblioteca vivida. 2009. 456 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, 2009. FLINT, Kate. The Victorian Novel and its Readers. In: DAVID, Deirdre (org.). The Cambridge companion to the Victorian novel. Cambridge: Cambridge University Press, 2001. https://www.poetryfoundation.org/poems-and-poets/poems/detail/52199 213 FRIEDMAN, Norman. Point of View in Fiction: The Development of a Critical Concept. PMLA, v. 70, 1955. FRYE, Northrop. Anatomia da Crítica: Quatro Ensaios. Trad. M. Martini. São Paulo: É Realizações, 2013. GARLAND, Carina. Curious Appetites: Food, Desire, Gender, and Subjectivity in Lewis Carroll‘s Alice Texts. The Lion and the Unicorn, v. 32, 2008. GATTY, Horatia Katherine Frances. Juliana Horatia Ewing and Her Books. Londres: Society for Promoting Christian Knowledge, 1885. GEER, Jennifer.: ‗Many worlds more': feminine imagination in Jean Ingelow's Gladys and Her Island and Mopsa the Fairy." Victorians Institute Journal, s/c, v.32, p.167- 188, 2004. GILBERT, Sandra M.; GUBAR, Susan. The Madwoman in the Attic: the Woman Writer and the Nineteenth-century Literary Imagination. New Haven and London: Yale University Press, 2000. GLADSTONE, J. Francis; JONES, Jo Elwyn. The Alice Companion: a guide to Lewis Carroll‘s Alice books. Houndmills: Macmillan Press, 1998. GORMAN, Francis O‘ (org.). The Cambridge Companion to Victorian Culture. Cambridge: Cambridge University Press, 2010. GREENBLATT, Stephen (Editor). The Norton Anthology of English Literature. V. 1. New York: W. W. Norton & Company, 2012. GRENBY, M.O. The Origins of Children‘s Literature. In: GRENBY, M.O.; IMMEL, Andrea (orgs.). The Cambridge Companion to Children‟s Literature. Cambridge: Cambridge University Press, 2009. GRENBY, M.O..; IMMEL, Andrea (orgs.). The Cambridge Companion to Children‟s Literature. Cambridge: Cambridge University Press, 2009. HALL, Donald E. ―We and the World‖: Juliana Horatia Ewing and Victorian Colonialism for Children. Children‟s Literature Association Quarterly, s/c, v. 16, n. 02, p.51-55, 1991. HARLAN, Elizabeth M. Juliana Horatia Ewing‟s Six to Sixteen, “Jackanapes”, and “Mary‟s Meadow,” a Critical Edition. 2008. 336f. Tese (Doctor of Philosophy) – The George Washington University, Washington, D.C. 2008. HARRISON, Antony H. The Letters of Christina Rossetti volume 1. 1843-1873. Charlottesville e London: The University Press of Virginia, 1997. HINTS on Composition. The Youth‟s Magazine. Vol. IX, sf, 1857. HOAGWOOD, Terence Allan.: Biblical criticism and secular sex: Elizabeth Barrett's A Drama of Exile and Jean Ingelow's A Story of Doom. Victorian Poetry, s/c, v. 42, n. 2, p.165-180, 2004. http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=7&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=7&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=8&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=8&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell 214 HORNE, Jackie C. Empire, Hysteria, and the Healthy Girl: The Deployment of the Body in Juliana Horatia Ewing‘s Six to Sixteen, Women's Studies, s/c, v. 33, n. 3, 2004. HUMBLE, Nicola. Domestic arts. GORMAN, Francis O‘ (org.). The Cambridge companion to Victorian culture. Cambridge: Cambridge University Press, 2010. HUNT, Peter. An Introduction to Children‟s Literature. New York: Oxford University, 1994. HUNT, Peter. Crítica, teoria e literatura infantil. Tradução de Cid Knipel. São Paulo: Cosac Naify, 2010. INGELOW, Jean. Mopsa the Fairy. In.: AUERBACH, N.; KNOEPFLMACHER, U. (orgs.) Forbidden journeys: fairy tales and fantasies by Victorian women writers. Chicago: The University of Chicago Press, 1992. p. 215-316. IMMEL, Andrea. Children‘s Books and Constructions of Childhood. In: GRENBY, M.O.; IMMEL, Andrea (orgs.). The Cambridge companion to children‟s literature. Cambridge: Cambridge University Press, 2009. IVES, Maura. A Bibliography of Jean Ingelow‟s Contributions to the Youth‘s Magazine, 1851-1858. The Bibliographical Society of America, 2011. IVES, Maura. Christina Rossetti: a Descriptive Bibliography. New Castle: Oak Knoll Press, 2011. IVES, Maura. Further evidence for Eliza Straffen's authorship of Some Recollections of Jean Ingelow and Her Early Friends. Notes and Queries, s/c, v. 52, n. 1, p. 79-80, 2005. IVES, Maura. 'Her life was in her books': Jean Ingelow in the literary marketplace. Victorian Newsletter, s/c, v. 111, p. 12-19, 2007. IVES, Maura. Jean Ingelow in the Youth's Magazine. Papers of the Bibliographical Society of America, s/c, v. 10, n.2, p. 197-220, 2008. JAUSS, R.J. O prazer estético e as experiências fundamentais da Poiesis, Aisthesis e Katharsis. Trad. L. C. Lima e P. Naumann. Disponível em: Acesso em: 10 jan 2015. JEAN Ingelow, The Poetess. Disponível em: http://gerald- massey.org.uk/ingelow/c_reviews_(1).htm#Alcott. Acesso em: 10 abril 2016. JEAN Ingelow. Disponível em: http://gerald- massey.org.uk/ingelow/c_reviews_(1).htm#Living_Age_1897_1. Acesso em: 10 abril 2016 JEAN Ingelow‘s Poems. The North American Review. Boston, vol. XCVIII, sf, p.628- 629, 1864. http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=6&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=6&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=5&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=4&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://gerald-massey.org.uk/ingelow/c_reviews_(1).htm#Alcott http://gerald-massey.org.uk/ingelow/c_reviews_(1).htm#Alcott http://gerald-massey.org.uk/ingelow/c_reviews_(1).htm#Living_Age_1897_1 http://gerald-massey.org.uk/ingelow/c_reviews_(1).htm#Living_Age_1897_1 215 JOHNSON, Heidi. 'Matters that a woman rules': marginalized maternity in Jean Ingelow's A Story of Doom. Victorian Poetry, s/c, v. 33, n.1, p. 75-88, 1995. KASTON, Andrea J. Speaking Pictures: The Fantastic World of Christina Rossetti and Arthur Hughes. Journal of Narrative Technique, s/c, v. 28, n. 3, p. 305-328, 1998. KING, Hilda D. Calverley and Jean Ingelow. Notes and Queries, CXCVII, p. 385-6, 1952. KNOEPFLMACHER, U. C.: Male Patronage and Female Authorship: the case of John Ruskin and Jean Ingelow. Princeton University Library Chronicle, s/c, v. 57, n.1, 1995. KNOEPFLMACHER, U. C.. Avenging Alice: Christina Rossetti and Lewis Carroll. Nineteenth-Century Literature, s/c v. 41, p. 299-328, 1986. KNOEPFLMACHER, U. C. Avenging Alice: From Sing-Song to Speaking Likenesses. In: KNOEPFLMACHER, U. C. Ventures into Childland: Victorians, Fairy Tales, and Femininity. Chicago: The University of Chicago Press, 1998. P.350-377. KNOEPFLMACHER, U. C. Sundering Women from Boys: Ingelow‘s Mopsa the Fairy. In: KNOEPFLMACHER, U. C.. Ventures into Childland: Victorians, Fairy Tales, and Femininity. Chicago: The University of Chicago Press, 1998. P.270-311. KNOEPFLMACHER, U. C. Ventures into childhood: Victorians, fairy-tales and femininity. Chicago: The University of Chicaco Press, 1998. KOOISTRA, Lorraine Janzen. Christina Rossetti and illustration: a publishing history. Ohio: Ohio University Press, 2002. LAM, Siobham. Boys will be Boys, and Girls should be Girls: Gender in Children's Literature. Disponível em: <> . Acesso em: 17 Abril 2015. LANDOW, George P. A Universe of Words: Nonsense as a Literary Mode. Disponível em: < http://www.victorianweb.org/genre/childlit/nonsense.html>. Acesso em: 17 abril 2015. LASKI, Margharita. Mrs. Ewing, Mrs. Molesworth, and Mrs. Hodgson Burnett. Nova Iorque: Oxford University Press, 1951. LEAR, Edward. Viagem numa Peneira. Trad. Dirce Waltrick do Amarante. São Paulo: Iluminuras, 2011. LEWIS, Clive Staples. On Three Ways of Writing for Children. Disponível em: Acesso em: 20 mar. 2015. LEWIS, Naomi. A Lost Pre-Raphaelite. Times Literary Supplement, 8 Dec., 1487-8. 1972. http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=11&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=11&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=19&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=12&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=12&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://www.victorianweb.org/genre/childlit/nonsense.html http://mail.scu.edu.tw/~jmklassen/scu99b/chlitgrad/3ways.pdf http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=16&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell 216 MAHL, Mary R.: A letter from John Ruskin to Jean Ingelow. Notes and Queries (ns 19) 420-1. 1972. MANCINELLI, Laura. Literatura e ―Pessoa Histórica‖. Trad. Benedito Antunes. Papéis Avulsos (Assis), v.1, 1995. MANGUEL, Alberto. No Bosque do Espelho: Ensaios Sobre as Palavras e o Mundo. Trad. Pedro Maia Soares. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. MARSH, Jan. Art, ambition and sisterhood. In: ORR, Clarissa Campbell (Org.). Women in the Victorian World. Manchester and New York: Manchester University Press, 1995. MARSH, Jan. Christina Rossetti: a Writer‟s Life. New York: Viking, 1995. MASON, Emma. Tractarian poetry: introduction. Victorian Poetry, V. 44, N.1, 2006. MAXWELL, Christabel. Mrs. Gatty and Mrs. Ewing. Londres: Constable; Toronto: Longmans, 1949. MAYBERRY, Katherine J. Christina Rossetti and the Poetry of Discovery. Baton Rouge and London: Louisiana State University Press, 1989. MAYO, Isabella Fyvie. Recollections of what I saw, what I lived through, and what I learned, during more than fifty years of social and literary experience. Londres: John Murray, 1910. MCGILLIS, Roderick. Simple Surfaces: Christina Rossetti‘s Work for Children. In: Kent, David A. (ed.) The Achievement of Christina Rossetti. Ithaca: Cornell UP, 1987. MILLINGTON, Peter. Mrs. Ewing and the Textual Origin of the St. Kitts Mummies‘ Play. Folklore, Vol. 107, p.77-89, 1996. MILLS, Claudia. Choosing a Way of Life: Eight Cousins and Six to Sixteen. Children‘s Literature Association Quarterly, Volume 1, Number 2, p.71-75, 1989. MORAIS, Flávia Domitila Costa. A Evolução da Modernidade na Filosofia e na Literatura: a literatura vitoriana como tradução moralizante no ensino de uma época. 1999, 147f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1999. MORIN, Edgar. A integração cultural. In: MORIN, Edgar. Cultura de massas no século XX: o espírito do tempo - I: neurose. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense- Universitária, 1977. MULOCK, Dinah Maria. A Woman‘s Thoughts about Woman. In: GREENBLATT, Stephen (Editor). The Norton Anthology of English Literature. V. 1. New York: W. W. Norton & Company, 2012. NIGHTINGALE, Florence. Cassandra. In: GREENBLATT, Stephen (Editor). The Norton Anthology of English Literature. V. 1. New York: W. W. Norton & Company, 2012. http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=18&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell 217 NOTICES of books. The Southern Review. Baltimore, vol. VI, sf, p. 489, 1869. PACKER, Lona Mosk. Christina Rossetti. Berkeley and Los Angeles: University of California Press, 1963. PACKER, Lona Mosk. Speaking Likenesses. Times Literary Supplement, 1959 June 5; 337. PACKER, Lona Mosk. (org.). The Rossetti-Macmillan Letters. Bekeley e Los Angeles: University of California Press, 1963. PARKER, Robert Dale. Hot to interpret literature: a critical theory for literary and cultural studies. New York: Oxford, 2015. PATTISON, Robert. The child figure in English literature. Athens: University of Georgia Press, 2008. PAUL, Lissa. Learning to be literate. In: GRENBY, M.O.; IMMEL, Andrea (orgs.). The Cambridge companion to children‟s literature. Cambridge: Cambridge University Press, 2009. PAZ, Octavio. O arco e a lira. Trad. Ari Roitman e Paulina Wacht. São Paulo: Cosac Naify, 2012. PETERS, Maureen. Jean Ingelow, Victorian poetess. Ipswich: Boydell Press, 1972. PHILLIPS, Robert (org.). Aspects of Alice: Lewis Carroll‟s dreamchild as seen through the critic‟s looking-glasses. New York: The Vanguard Press, 1971. PLOTZ, Judith A. A Victorian Comfort Book: Juliana Ewing‘s The Story of a Short- Life. 1991 PORTER, Rosalind. A problem solved: authorship of Some Recollections of Jean Ingelow and Her Early Friends. Notes and Queries (49:4) 2002, 492-3. (2002) PRESTON, Harriet Waters. Miss Ingelow and Mrs. Walford. Disponível em: . Acesso em: 03 jun 2016. RAPOSEIRA, Sílvia do Carmo Campos. Tree by Tolkien: J.R.R. Tolkien e a Teoria dos Contos de Fadas. 2006. 204 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Ingleses). Universidade Aberta de Lisboa, Lisboa, 2006. RABKIN, Eric S. Fantastic worlds: myths, tales, and stories. New York: Oxford University Press, 1979. REVIEW of books. The Western Monthly. Chicago, vol. 2, sf, p.129-130, julho- dezembro, 1869. REYNOLDS, Kimberley. Children‟s literature: a very short introduction. New York: Oxford University Press, 2011. ROBERTS, Gwyneth; THORNLEY, G.C. An outline of English literature. s/c: Longman, 1984. http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=17&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=9&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=9&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://gerald-massey.org.uk/ingelow/c_reviews_(2).htm 218 RODRIGUES, Maria Fernanda. Especial: 150 anos de Alice no País das Maravilhas. O Estado de São Paulo, São Paulo, s/d, 2015. ROSING, Meghan. ―Stories by Bits‖: The Serial Family in Juliana Horatia Ewing‘s Mrs. Overtheway‟s Remembrances. Victorian Review, v. 39. N. 2. 2013 ROSSETTI, Christina. Speaking Likenesses. In.: AUERBACH, N.; KNOEPFLMACHER, U. (orgs.) Forbidden journeys: fairy tales and fantasies by Victorian women writers. Chicago: The University of Chicago Press, 1992. p. 325- 360. ROSSETTI, William Michael. [The Pre-Raphaelite Manifesto] In: GREENBLATT, Stephen (Editor). The Norton Anthology of English Literature. V. 1. New York: W. W. Norton & Company, 2012. RUSKIN, John. [―The Awakening Conscience‖]. In: GREENBLATT, Stephen (Editor). The Norton Anthology of English Literature. V. 1. New York: W. W. Norton & Company, 2012. RUSKIN, John. From Of Queen‘s Gardens. In: GREENBLATT, Stephen (Editor). The Norton Anthology of English Literature. V. 1. New York: W. W. Norton & Company, 2012. RUSKIN, John. From Pre-Raphaelism. In: GREENBLATT, Stephen (Editor). The Norton Anthology of English Literature. V. 1. New York: W. W. Norton & Company, 2012. SALERNO, Allen J. Reappraisals of the Flesh: Christina Rossetti and he Revision of Pre-Raphaelite Aesthetics. Journal of Pre-Raphaelite Studies, 2001 Spring; 10: 71- 89. SANT‘ANNA, Affonso Romano de. O Canibalismo Amoroso: o Desejo e a Interdição em Nossa Cultura Através da Poesia. Rio de Janeiro: Rocco, 1993. SENA, Jorge de. A literatura inglesa: ensaio e interpretação de história. São Paulo: Editora Cultrix, ([19--]). SENIOR, Claire. Maiden-Songs: The Role of the Female Child in Christina Rossetti‘s Speaking Likenesses. Journal of Pre-Raphaelite Studies, V.; 11, 2002. SHERWOOD, Mary Martha. The History of the Fairchild Family. London: J. Harchard and Son, 1822. SHOWALTER, Elaine. A crítica feminista no território selvagem. In: HOLLANDA, H.B. de (Org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. SHOWALTER, Elaine. A literature of their own: from Charlotte Brontë to Doris Lessing. London: Virago Press, 1995. SHOWALTER, Elaine. The female malady: women, madness, and English cultura, 1830-1980. London: Virago Press, 1993. 219 SIGLER, Carolyn (org.). Alternative Alices: visions and revisions of Lewis Carroll‘s Alice books. Kentucky: University Press of Kentucky, 1997. SIGLER, Carolyn. Authorizing Alice: Professional Authority, the Literary Marketplace, and Victorian Women‘s Re-Visions of the Alice Books. The Lion and the Unicorn. Vol 22, N.3, 1998. SIGLER, Carolyn. Jean Ingelow. In: British Children's Writers, 1800-1880. Vol. 163, 1996. SILVER, Anna Krugovoy. ―My Perpetual Fast‖: The Renunciation of Appetite in Christina Rossetti‘s Speaking Likenesses. VIJ: Victorians Institute Journal, V. 25, 1997. SMULDERS, Sharon. Christina Rossetti Revisited. New York: Simon & Schuster Macmillan, 1996. SNIDER, Jessi. A permanent place among the English poets: recovery, scholarly praxis, and the critical reception of Jean Ingelow. Victorians, sc, v. 125, p. 33-50, 2014. STRAFFEN, Eliza. Some recollections of Jean Ingelow and her early friends. Port Washington; London: Kennikat Press, 1901. STREET, Jannette Atwater. Jean Ingelow. Disponível em: http://gerald- massey.org.uk/ingelow/c_reviews_(1).htm#Citizen. Acesso em: 10 jun 2016. TAILARACH-VIELMAS, Laurence Aldershot. Moulding the Female Body in Victorian Fairy Tales and Sensation Novels. England: Ashgate; 2007. 188 pp. STREET, Jannette Atwater. Beautiful Maidens, Hideous Suitors: Victorian Fairy Tales and the Process of Civilization. Marvels & Tales: Journal of Fairy-Tale Studies, Vol. 24, No. 2, 2010. TENNYSON, G.B. Victorian devotional poetry: the Tractarian mode. London: Harvard University Press, 1981. THE Great Social Evil. In: GREENBLATT, Stephen (Editor). The Norton Anthology of English Literature. V. 1. New York: W. W. Norton & Company, 2012. THE Poetry of Jean Ingelow. Disponível em: http://gerald- massey.org.uk/ingelow/c_reviews_(3).htm#Girls Own 1887. Acesso em: 01 jun 2016. TOLKIEN, John Ronald Reuel. On fairy stories. Disponível em: < http://brainstorm-services.com/wcu-2004/fairystories-tolkien.pdf> Acesso em: 01 jun. 2015. WAGNER, Jennifer A.: In her 'proper place': Ingelow's fable of the female poet and her community in Gladys and Her Island. Victorian Poetry, vol. 31, 1993. http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=1&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=1&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=15&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://gerald-massey.org.uk/ingelow/c_reviews_(1).htm#Citizen http://gerald-massey.org.uk/ingelow/c_reviews_(1).htm#Citizen http://brainstorm-services.com/wcu-2004/fairystories-tolkien.pdf http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=13&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell http://collections.chadwyck.com/searchFullrec.do?&resultNum=13&entries=20&area=abell&forward=critref_fr&queryId=2928558465161&trailId=1545359273A&fromArea=abell 220 WAKEFIELD, Sarah Rebecca. Folklore-Naming and Folklore-Narrating in British Women‟s Fiction, 1750-1880. 2002. 345f. Tese (Doctor of Philosophy) - The University of Texas at Austin, Austin, Texas. 2002. WALLER, Ross Douglas. The Rossetti family, 1824-1854. Manchester: England, 1932 WARREN, Austin. In continuity. Macon: Mercer University Press, 1996. WILDE, Oscar. The Picture of Dorian Gray. New York: Dover Books, 1993. WILLIAMS, Juanita Sullivan. Towards a definition of menippen satire. 1966. 186p. Thesis (Doctor of Philosophy) – Faculty of the Graduate School of Vanderbilt University, Vanderbilt University, Nashville, 1966. WOOD, James. Como Funciona a Ficção. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Cosac Naify, 2012. WOOLF, Virginia. O valor do riso e outros ensaios. Tradução e organização Leonardo Froés. São Paulo: Cosac Naify, 2014. WOOLF, Virginia. Um teto todo seu. Trad. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. WORDSWORTH, William. Poesia Selecionada. Trad. Paulo Vizioli. São Paulo: Edições Mandacaru. 1988. WORDSWORTH, William. Preface to Lyrical Ballads. Disponível em: < http://www.bartleby.com/39/36.html>. Acesso em 02 dez 2015. ZANOTO, Sérgio Augusto. As Alices brasileiras: um estudo comparativo das traduções, do inglês para o português, de excertos aleatoriamente escolhidos de Alice‘s adventures in Wonderland e Through the looking-glass and what Alice found there. 2001, 126f. Tese (Doutorado em Letras) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista ―Júlio de Mesquita Filho‖, Assis, 2001. ZILBERMAN, Regina. A Literatura Infantil na Escola. 11 ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Global, 2003. ZIPES, J. [et al]. The Norton Antology of Children‟s Literature: the traditions in English. New York, London: Norton, 2005. ZOLIN, Lúcia Osana. Crítica feminista. In: BONNICI, T.; ZOLIN, L.O. (org.). Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. 2. ed. Maringá: Eduem, 2005. ZOLIN, Lúcia Osana. Literatura de autoria feminina. In: BONNICI, T.; ZOLIN, L.O. (org.). Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. 2. ed. Maringá: Eduem, 2005. http://www.bartleby.com/39/36.html