DDIINNÂÂMMIICCAA PPOOPPUULLAACCIIOONNAALL DDAASS MMAACCRRÓÓFFIITTAASS AAQQUUÁÁTTIICCAASS EEMMEERRSSAASS
SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa LLOOIISSEELLEEUURR,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm CCAARREEYY EE
SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss SSTTEEUUDD,, NNAA BBAACCIIAA DDOO RRIIOO IITTAANNHHAAÉÉMM,, SSPP..
KELLY SAITO LOPES BONOCCHI
Dissertação apresentada ao Instituto
de Biociências do Campus de Rio
Claro, Universidade Estadual
Paulista, como parte dos requisitos
para obtenção do título de Mestre
em Ciências Biológicas (Área de
Concentração: Biologia Vegetal).
Rio Claro
Estado de São Paulo – Brasil
Novembro de 2006
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: BIOLOGIA VEGETAL
ii
KELLY SAITO LOPES BONOCCHI
Orientador: PROF. DR. ANTONIO FERNANDO M. CAMARGO
Rio Claro
Estado de São Paulo – Brasil
Novembro de 2006
DDIINNÂÂMMIICCAA PPOOPPUULLAACCIIOONNAALL DDAASS MMAACCRRÓÓFFIITTAASS AAQQUUÁÁTTIICCAASS EEMMEERRSSAASS
SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa LLOOIISSEELLEEUURR,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm CCAARREEYY EE
SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss SSTTEEUUDD,, NNAA BBAACCIIAA DDOO RRIIOO IITTAANNHHAAÉÉMM,, SSPP..
Dissertação apresentada ao Instituto
de Biociências do Campus de Rio
Claro, Universidade Estadual
Paulista, como parte dos requisitos
para obtenção do título de Mestre
em Ciências Biológicas (Área de
Concentração: Biologia Vegetal).
iii
Dedico
Aos meus amores incondicionais
Mariê e Evandro
a minha eterna gratidão.
iv
AGRADECIMENTOS
Gostaria de tornar pública minha gratidão a todos aqueles que, de uma ou outra
maneira, contribuíram para a concretização do presente trabalho, em especial:
• Ao Professor Antonio Fernando Monteiro Camargo, meu reconhecimento
sincero por aceitar orientar-me desde a graduação, quando conheci lugares
maravilhosos nas coletas em Itanhaém, passando vários momentos divertidos e de
muito aprendizado (vou guardar para sempre em minha memória...) e por ser
meu “cupido”, apresentando-me, na época, meu futuro marido Evandro;
agradeço também o apoio em todos os momentos de minha formação profissional,
os ensinamentos de vida e, principalmente, a paciência por todos esses anos e por
acreditar em mim. Meu eterno agradecimento!
• Ao técnico e grande amigo Carlos Fernando Sanches, por tornar nossas coletas
em campo e análises laboratoriais muito mais divertidas, por mostrar que nas
coisas simples é que encontramos a felicidade, pelo seu coração gigante e alma
iluminada;
• A toda equipe: Alexandre (Cotó), Anete, Anelise, Evandro, Gustavo, José Pedro,
Lúcio (Lobinho), Luciana, Maria Carolina (Carol), Marion, Maura, Paulo Lima,
Paulo Pereira, Raquel, Roberto e Roseli pelos auxílios em campo, trocas de
experiências, pela convivência e pelas risadas;
• Aos membros titulares da banca examinadora pela leitura criteriosa da
dissertação e pelas valiosas sugestões;
• Ao Prof. Dr. Roberto Goitein pela colaboração;
• Ao colega Paulo Lima pelo auxílio nas análises de sedimento;
• A todos os professores e funcionários do Depto. de Ecologia e Botânica;
v
• A Catalina, Heloísa, Ruth e Sandra da seção de pós-graduação pela atenção
concedida;
• Aos meus colegas de graduação pelos momentos únicos e inesquecíveis que
deixam saudades;
• Aos meus colegas Michele, Vitor, Fabrício, Gaúcho, Vinícius, Flávio, Cristiane e
Liliam, da Botância;
• A CAPES pelo auxílio financeiro nas coletas;
• Ao Governo do Estado de São Paulo, em especial a FUNDESP, pelo auxílio e
incentivo à Formação Continuada;
• A minha mais profunda gratidão aos meus pais e exemplos Rubens e Célia pela
educação, por nunca deixarem faltar nada em casa, principalmente amor e
carinho, pelos conselhos, pelo “colinho” e aconchego de casa, por amarem e
ajudarem a cuidar da Mariê desde seus primeiros dias de vida, enfim, por serem
uma bênção diária em minha vida; Este título é pra vocês, meus “mestres”!!!!!!!
• Aos meus amados irmãos: Christian (valeu pela ajuda na redação do abstract!),
Mayra (obrigada por suas orações!), Johnny e Joyce, que sempre estão prontos
para ajudar, pela alegria de quando estamos juntos, pela saudade de quando
estamos longe e pela união que vem de outras vidas;
• A todos meus antepassados, em especial aos meus amados avós Shigekazu (in
memorian) & Toshiko (in memorian), Rubens (in memorian) & Florinda (in
memorian) por darem, através de suas simplicidade, amor, paciência, dedicação
e dignidade que conduziram suas vidas, toda a estrutura sólida, cheia de amor e
união que nossa família desfruta;
• Aos meus tios e “2os pais”: Laura, Luzia, Mário, Ricardo e Rosemary pelo amor,
cuidado e carinho que nunca me faltaram; por me espelhar na pessoa de vocês;
vi
• Aos cunhados e ”irmãos” queridos Aline, Ângela, Rogério e Sandro por fazerem
parte da minha família, por fazerem meus irmãos felizes (conseqüentemente, a
mim também!!!), por nossas afinidades e por aceitarem as brincadeiras...
• Também agradeço a toda família de meu marido, Bonocchi & Sant´Anna por
serem muito atenciosos, prestativos, por todos momentos de alegria e farra que
passamos juntos, enfim, por me acolherem como uma filha;
• Meu reconhecimento muito mais que especial ao Evandro, meu marido, amigo e
companheiro por fazer parte da minha vida, pelas incansáveis ajudas em campo e
em laboratório, na escrita deste trabalho, nos afazeres de casa e, finalmente, pela
conclusão deste trabalho, me incentivando a todo momento a não desistir do
Mestrado. Agradeço pelo maior e melhor de todos os presentes - o perfume mais
cheiroso, a jóia mais rara e preciosa, a flor mais bela - nossa filha Mariê!!!!!!!!!
• À minha princesinha Mariê por ter realizado meu sonho de ser mãe, por
preencher tantos corações, pelo prazer de tê-la em meus braços, pela paz que
transmite ao dormir, pela ternura do seu olhar e sorriso, por realizar a cada dia
algo novo e engraçadinho e pelos muitos momentos que deixamos de estar juntas
para conclusão deste trabalho. Muito obrigada filha por me fazer enxergar, ainda
mais, como a natureza é perfeita, sentindo-me parceira de Deus!
vii
“Feliz aquele que transfere o que
sabe e aprende o que ensina”.
Cora Coralina
“O mundo é a oficina. O corpo é a
ferramenta. A existência é a
oportunidade. O dever a executar é
a missão a cumprir”.
Emmanuel
“... E se não houver frutos, valeu a
beleza das flores; se não houver
flores, valeu a sombra das folhas e
se não houver folhas, valeu a
intenção da semente”.
Henfil
viii
ÍNDICE
Página
1) RESUMO .............................................................................................1
2) ABSTRACT ......................................................................................... 2
3) INTRODUÇÃO ......................................................................................3
3.1) AS ESPÉCIES DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS......................................7
3.2) ÁREA DE ESTUDO ......................................................................11
3.3) OBJETIVOS ................................................................................17
4) MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................18
5) RESULTADOS ....................................................................................22
5.1) BANCOS MONOESPECÍFICOS.......................................................22
5.2) BANCO PLURIESPECÍFICO...........................................................35
6) DISCUSSÃO ......................................................................................43
7) CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................51
8) LITERATURA CITADA .........................................................................53
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
1
11)) RREESSUUMMOO
Resumo: Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina
alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud na bacia
do rio Itanhaém, SP. O objetivo deste trabalho foi estudar a dinâmica de populações de
três espécies de macrófitas aquáticas emersas, Spartina alterniflora, Crinum procerum e
Scirpus californicus, tanto em bancos monoespecíficos (localizados no rio Itanhaém, rio
Acima e rio Branco, respectivamente) quanto em um banco pluriespecífico (localizado no rio
Itanhaém). Foram fixados 5 quadrados de 0,25 m2 em cada banco e, mensalmente (entre
agosto/2000 a junho/2001), contados os números de folhas verdes, folhas senescentes,
folhas jovens, inflorescências e altura de cada espécie. Paralelamente, foram estudadas
algumas variáveis limnológicas da água e do sedimento. Foram observadas variações
sazonais em algumas das variáveis, tanto das biológicas quanto das limnólogicas. Nos
bancos monoespecíficos, S. alterniflora e C. procerum apresentaram maior número de
folhas verdes na primavera e verão (indicando serem estes os períodos favoráveis ao seu
desenvolvimento) e maiores quantidades de folhas senescentes durante o outono
(indicando ser este o período desfavorável); S. californicus não apresentou variação
significativa durante o período estudado. No banco pluriespecífico os valores de todas
variáveis biológicas foram menores do que nos monoespecíficos indicando que,
provavelmente, ocorreu competição entre as espécies; o padrão sazonal de S. alterniflora e
C. procerum pareceu ser inversamente proporcional, o que evitaria a exclusão competitiva
das espécies; o padrão sazonal de S. californicus foi concordante com o observado no
banco monoespecífico. Provavelmente, as temperaturas mais baixas do inverno limitem o
crescimento de S. alterniflora e C. procerum, enquanto que as maiores temperaturas do
verão favoreçam seus desenvolvimentos. A salinidade também é um importante fator
limitante às espécies, uma vez que os bancos monoespecíficos das espécies estão
localizados ao longo de um gradiente de salinidade; devido a isto se sugere o uso destas
espécies como bioindicadoras de salinização da bacia hidrográfica do rio Itanhaém.
Palavras-chave: Macrófitas aquáticas, Spartina alterniflora, Crinum procerum, Scirpus
californicus, Itanhaém, dinâmica populacional, limnologia.
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
2
22)) AABBSSTTRRAACCTT
Abstract: Populational dynamics of emergent aquatic macrophytes Spartina
alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey and Scirpus californicus Steud in
Itanhaem River basin, Itanhaem/SP-Brazil. The purpose of this research was to study the
populational dynamics of three species of emergent aquatic macrophytes, Spartina
alterniflora, Crinum procerum and Scirpus californicus, both in single-species stands
(located at Itanhaem River, Acima River and Branco River, respectively) and a mixed-
species stand (located at Itanhaem River). 5 quadrats of 0,25 m2 were fixed in each stand
and, monthly (between august, 2000 to june, 2001), counted the number of green leaves,
dying leaves, young leaves, flowering and height of each species. In parallel, some
limnological variables of water and sediment were studied. Seasonal variations in some of
the variables were observed, both biologics and limnologics. In the single-species stands, S.
alterniflora and C. procerum showed higher numbers of green leaves in spring and summer
(pointing out to be the favorable seasons to their development) and higher numbers of dying
leaves in autumn (pointing out to be the unfavorable season); S. californicus did not show a
significant variation on the biometrical data during the studied period. In the mixed-species
stand the values of all biologic variables were lower, indicating that, probably, there was
competition among the species; the seasonal pattern of S. alterniflora and C. procerum
apparently was inversely proportional, which would avoid competitive exclusion of the
species; the seasonal pattern of S. californicus was the same that observed on the single-
species stand. Probably, the lowest temperatures during winter limit the growth of S.
alterniflora and C. procerum while the highest values of temperature in summer allow their
development. Due to the mono specific stands from these species are located along a
salinity gradient, it’s suggested the use of those species as bio-indicators of salinity in the
Itanhaem River basin.
Key-words: Aquatic macrophytes, Spartina alterniflora, Crinum procerum, Scirpus
californicus, Itanhaém, populational dynamics, limnology.
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
3
33)) IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO
A dinâmica de populações analisa as populações como sistemas
em atividade e trata das influências ambientais sobre as populações e,
por outro lado, trata das influências favoráveis ou adversas de
membros da população, uns sobre os outros. O estudo da dinâmica de
populações é importante, por exemplo, para a preservação da flora,
para o controle de plantas daninhas e para seu cultivo (SOLOMON,
1980).
Os organismos conseguem viver somente dentro de seus limites
de tolerância, ou seja, entre os limites inferiores e superiores de uma
série de fatores ambientais (ODUM, 1988; ESTEVES, 1998). Um fator
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
4
é limitante quando uma variável ambiental, ou a combinação de
variáveis, encontra-se em níveis sub-ótimos e impede os organismos
de alcançarem plenamente seus potenciais bióticos, inibindo suas
taxas de crescimento (GLOSSÁRIO, 1997).
As macrófitas aquáticas constituem uma das principais
comunidades de ecossistemas límnicos por contribuírem para a
diversidade biológica e por apresentarem elevada biomassa e alta
produtividade (ESTEVES, 1998). Estes vegetais participam da
ciclagem de nutrientes e são utilizados como fonte de alimento por
diversos animais herbívoros e detritívoros. Além disso, fornecem
abrigo para peixes, insetos aquáticos, moluscos e também suporte
para o desenvolvimento do perifíton (SCREMIN-DIAS et al., 1999).
No Brasil existem muitos ambientes aquáticos que são propícios
ao crescimento de macrófitas aquáticas, tais como, lagos marginais de
rios, áreas pantanosas, lagoas costeiras, represas e rios de planície
com pequena velocidade de corrente (ESTEVES, 1998).
Estudos que visam avaliar quais são os fatores ambientais,
como por exemplo, disponibilidade de nutrientes, radiação solar,
velocidade de corrente, temperatura, salinidade e competição, que
determinam a presença ou a ausência das macrófitas aquáticas são
importantes, pois permitem identificar as condições favoráveis ou
desfavoráveis a sua ocorrência e crescimento (CAMARGO et al.,
2003).
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
5
Do ponto de vista científico, a determinação dos fatores
ambientais que controlam a biomassa de macrófitas aquáticas é
importante considerando as teorias de dinâmica populacional (efeitos
independentes ou dependentes da densidade, tipo de estocasticidade,
dinâmica de metapopulação) e as teorias de ecologia de comunidades
(influência de processos estocásticos ou determinísticos regionais ou
locais) (THOMAZ & BINI, 1998).
Nas últimas décadas, os estudos sobre ecologia de macrófitas
têm se intensificado devido à importância ecológica desta comunidade
e também em decorrência da proliferação indesejada de algumas
espécies em ambientes aquáticos submetidos a alterações antrópicas
(PIETERSE & MURPHY, 1990).
Conhecendo as características do crescimento e o
comportamento das macrófitas aquáticas, especialmente as
bioindicadoras de impactos ambientais ou consideradas daninhas, é
possível identificar a ocorrência de distúrbios ambientais ou prever e
controlar o crescimento destes vegetais.
Porém, no Brasil, os estudos com macrófitas aquáticas ainda
são relativamente escassos, principalmente tratando-se de ambientes
lóticos e, os que abordam essas comunidades, dizem respeito a
valores de biomassa, produtividade e composição química (RUBIM,
2004).
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
6
Visando um maior conhecimento sobre as macrófitas aquáticas
em ambientes lóticos, este trabalho foi desenvolvido na bacia do rio
Itanhaém, litoral sul de São Paulo. A bacia do rio Itanhaém vem sendo
objeto de estudos limnológicos há vários anos, destacando-se os
trabalhos de SCHIAVETTI (1991), LUCIANO (1992), SIQUEIRA
(1993), CAMARGO et al. (1994), CAMARGO et al. (1996), CAMARGO
et al. (1997), SANT’ANNA (1999), CAMARGO & FLORENTINO (2000),
TONIZZA-PEREIRA (2002), HENRY-SILVA & CAMARGO (2003),
RUBIM (2004), LEUNG & CAMARGO (2005), SANT’ANNA (2006),
dentre outros.
Precisamente LOPES (1999) estudou, no rio Itanhaém, os
fatores responsáveis pela coexistência entre as mesmas espécies de
macrófitas aquáticas deste estudo, porém em apenas um banco
pluriespecífico. Com base nos inventários realizados nesses estudos,
verificou-se que na bacia do rio Itanhaém existem rios com diferentes
tipos de água (brancas, pretas, claras e salobras) que percorrem
grandes extensões da planície costeira e apresentam, em áreas de
remanso, grande número de espécies de macrófitas aquáticas de
diferentes tipos ecológicos: emersas, submersas enraizadas e livres,
enraizadas com folhas flutuantes e flutuantes livres.
As espécies de macrófitas aquáticas escolhidas para esse
estudo são do tipo ecológico emersa: Spartina alterniflora Loiseleur,
Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud; estas espécies
foram selecionadas por ocorrerem tanto em bancos monoespecíficos
quanto em pluriespecífico.
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
7
O estudo destas espécies, além de gerar conhecimento
científico sobre estas macrófitas, já que pouco se sabe sobre seus
aspectos ecológicos, pode contribuir para o entendimento da estrutura
do ambiente onde se desenvolvem e identificar quais variáveis
ambientais podem estar influenciando sua ocorrência e variação
sazonal. Por ocorrerem ao longo de um gradiente de salinidade,
podem ser bioindicadoras da salinização da bacia hidrográfica.
Portanto, os objetivos deste trabalho foram estudar a dinâmica
populacional (via contagem demográfica indireta) destas três espécies
de macrófitas aquáticas em ambientes lóticos da bacia, relacionar esta
dinâmica com algumas variáveis limnológicas da água e do sedimento
e verificar se houve interferência de fatores bióticos;
concomitantemente, procurou-se identificar a ocorrência de variações
sazonais nos fatores acima citados.
Os resultados obtidos foram trabalhados e são apresentados na
forma de publicação científica.
3.1- As espécies de macrófitas aquáticas
Spartina alterniflora - Planta perene, pertencente à família
Poaceae, de lâmina foliar plana, possuindo margens ásperas com
pequenos pêlos e ápice acuminado, inflorescências em espiga,
bissexual de 8 a 50 cm. Esta espécie pode ser encontrada em solos
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
8
alcalinos ou em água salobra na região temperada da América, na
costa da Europa e África (COOK, 1974). No Rio Grande do Sul é
encontrada associada a pântanos salgados e manguezais (IRGANG &
GASTAL, 1996). Na bacia do rio Itanhaém é encontrada
principalmente em águas sob influência marinha, com valores de
salinidade variando de 0 a 3,75 - rio Branco e rio Itanhaém,
respectivamente (TONIZZA-PEREIRA, 2002) (Fig. 1a).
Crinum procerum - Herbácea bulbosa da Ásia tropical,
pertencente à família Amaryllidaceae, de 50-60 cm de altura, com
roseta de folhas ornamentais, longas, carnosas, inflorescência
sustentada por haste robusta, com numerosas flores brancas,
formadas no verão; não tolera temperaturas muito baixas (COOK,
1974). No Rio Grande do Sul esta espécie é encontrada em ambientes
com água salobra (IRGANG & GASTAL, 1996). Na bacia do rio
Itanhaém ocorre em águas oligohalinas (salinidade variando de 0 a
0,048) (TONIZZA-PEREIRA, 2002) (Fig. 1b).
Scirpus californicus - Espécie higrófila, perene e rizomatosa,
que se estende do sul dos Estados Unidos até a Patagônia (TUR &
ROSSI, 1976). Pertence à família Cyperaceae, e possui rizomas
horizontais robustos, caules lisos triangulares de cor verde-escura e
folhas reduzidas às suas bainhas membranosas (BARROS, 1960). As
hastes formadas no outono são floríferas, com inflorescência terminal.
A produção de sementes é abundante, mas sua germinação é
reduzida, e sua perpetuação se dá principalmente pela forma
vegetativa (os rizomas) (TUR & ROSSI, 1976). Esta espécie é
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
9
dominante nos sistemas aquáticos da planície costeira do Rio Grande
do Sul (HASS, 1996). S. californicus é encontrada na bacia do rio
Itanhaém em águas euhalinas (salinidade variando de 0 a 3,75), nos
rios Aguapeú (a montante da bacia), rio Branco e no rio Itanhaém (a
jusante da bacia) (TONIZZA-PEREIRA, 2002) (Fig. 1c).
As espécies de macrófitas aquáticas anteriormente citadas estão
distribuídas em bancos monoespecíficos ao longo de um gradiente
de salinidade na bacia hidrográfica, desde a foz do rio Itanhaém até o
rio Branco (Figs. 1a, 1b e 1c, 2a e 2b). Além disso, também são
encontradas em um banco pluriespecífico no rio Itanhaém (cerca de
1 km a montante de sua foz) (Figs. 1d, 2a e 2b).
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
10
Figura 1: Bancos monoespecíficos de Spartina alterniflora no rio Itanhaém (a), de Crinum
procerum no rio Acima (b) e de Scirpus californicus no rio Branco (c); banco pluriespecífico
das três espécies no rio Itanhaém (d). Todos os bancos estão localizados na bacia do rio
Itanhaém, Itanhaém/SP.
a
b
c
d
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
11
33..22 -- ÁÁrreeaa ddee eessttuuddoo
A bacia do rio Itanhaém (Fig. 2a) possui aproximadamente 930
km2 de área. Localiza-se no litoral sul do estado de São Paulo, sudeste
do Brasil, sendo considerada a segunda maior bacia hidrográfica, em
área, do litoral paulista (apenas menor que a bacia do rio Ribeira do
Iguape); abrange os municípios de Peruíbe, Mongaguá, Praia Grande,
São Vicente, São Paulo e Itanhaém, pertencendo a este último a maior
parte da área da bacia. É caracterizada como de médio porte e,
segundo a classificação de Strahler, de sexta ordem. Sua localização
está compreendida entre os paralelos 23º50’ e 24º15’ de latitude sul e
entre os meridianos 46º35’ e 47º00’ de longitude a oeste de Greenwich
(CAMARGO et al., 2002).
A bacia está envolvida por duas regiões metropolitanas, a
nordeste a Região Metropolitana da Baixada Santista e ao norte a
Região Metropolitana da Grande São Paulo, que necessitam de
grande quantidade de água para os abastecimentos doméstico e
industrial. A parte superior da bacia, região de serra com altitudes
entre 600 e 1000 metros, está contida dentro dos limites de uma
Unidade de Conservação, o Parque Estadual da Serra do Mar tendo,
portanto, a maioria das nascentes bem preservada. Na porção inferior
da bacia está inserida a área urbana, intensamente ocupada, o que
causa uma série de impactos antrópicos, dentre eles o lançamento de
efluentes urbanos que causam alterações significativas nas
características limnológicas dos rios que deságuam no estuário do rio
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
12
Itanhaém. A seção intermediária, localizada na planície costeira, está
submetida a impactos menos intensos devido a grandes fazendas de
cultivo de bananas, pequenas propriedades rurais com culturas de
subsistência e mineração de areia no leito de alguns rios
(SANT’ANNA, 1999; CAMARGO et al., 2002).
A bacia do rio Itanhaém apresenta grande diversidade de tipos
de águas, como preta, branca, clara e salobra (SETZER, 1966;
CAMARGO et al., 1997 (a)). As características físicas e químicas dos
rios alteram-se de acordo com as diferentes áreas que os cursos
d’água drenam, em relação à geologia, tipo de solo e vegetação
circundante, assim como aos impactos antrópicos; precisamente as
águas salobras ocorrem devido à influência de regimes de micro
marés, marés com amplitude abaixo de 2 metros (SUGUIO, 1992 apud
RUBIM, 2004; CAMARGO et al., 1996; CAMARGO et al., 1997 (a);
CAMARGO et al., 2002).
O regime climático influente nesta bacia hidrográfica, segundo a
classificação de Köeppen, é tipo Af (tropical super úmido, sem estação
seca - porém com maior quantidade de chuvas no verão) nas zonas
das baixadas litorâneas, passando para tipo Cfa (mesotérmico úmido
sem estação seca, com verão quente) na serrania costeira (IPT, 1981).
A pluviosidade média anual é elevada na região (2000 mm a 2500
mm), permitindo assim o aparecimento de um grande número de rios
(SETZER, 1966); a maior quantidade mensal de chuvas ocorre de
dezembro a março (primavera e verão) (média de 244,7 mm) e a
menor de junho a agosto (outono e inverno) (média de 98,3 mm) (Fig.
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
13
3). A umidade relativa do ar é superior a 80% durante todo ano devido
à constante influência do oceano Atlântico e das massas de ar
equatoriais e marítimas que atuam continuamente na região. A
temperatura do ar apresenta máxima média em fevereiro (30,1oC) e
mínima média em julho (15,2oC) (CAMARGO et al., 2002).
Em relação à vegetação, a bacia é composta por diferentes
associações. Na parte superior da bacia encontra-se a floresta pluvial
– a Mata Atlântica, na seção média a transição da Mata Atlântica para
restinga e a restinga propriamente dita e, na porção baixa, próxima à
foz, encontram-se florestas de mangue (CAMARGO et al., 1997 (b)).
Algumas nascentes dos rios da bacia do rio Itanhaém
encontram-se no planalto e outras na serra. Após curta extensão
percorrida com alta energia, atingem a planície costeira onde se
observam rios meândricos, áreas alagadas, braços abandonados e
baixa velocidade de corrente; a planície apresenta baixa declividade,
com altitudes de apenas 3 m a 6 km da costa (CAMARGO et al., 1997
(a)). Estas características permitem a ocorrência de várias espécies de
macrófitas aquáticas de tipos ecológicos distintos que,
freqüentemente, formam bancos monoespecíficos e pluriespecífico
(LOPES, 1999).
O rio Itanhaém é formado pela confluência dos rios Preto e
Branco; compreende a região estuarina da bacia hidrográfica,
possuindo águas salobras (a salinidade chega a 3,75). É um rio de
sexta ordem, possuindo 7 canais em uma área de drenagem com 26
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
14
km2. Seu canal principal possui 6 km de extensão e, somado aos seus
tributários, apresenta 17 km (CAMARGO et al., 2002). Neste local foi
estudado o banco monoespecífico de Spartina alterniflora (cerca de
500 m a montante da foz do rio Itanhaém - Figs. 1a, 2a e 2b) e o
banco pluriespecífico (cerca de 1 km a montante - Figs. 1d, 2a e 2b).
O rio Acima é um nome localmente usado para denominar um
canal meândrico de aproximadamente 6 km de extensão que se
projeta do rio Branco até o rio Itanhaém, próximo ao encontro dos rios
Branco e Preto. Esta região está localizada aproximadamente 5 km a
montante da foz do rio Itanhaém e, portanto, sofre influência do regime
de marés devido a uma variação no nível de água em períodos de 6
horas, e por apresentar águas oligohalinas em períodos de preamar
(CAMARGO et al., 1994). Neste ponto foi estudado o banco
monoespecífico de Crinum procerum (Figs. 1b, 2a e 2b).
O rio Branco origina-se e percorre grande parte de sua
extensão em terrenos pré-Cambrianos da Serra do Mar, em altitudes
entre 600 e 800 metros, percorrendo posteriormente a planície
costeira. Possui águas brancas (barrentas) e, de acordo com a
classificação para os rios da região costeira do estado de São Paulo, é
um rio de planalto; seu canal principal é de quinta ordem, sendo o de
maior extensão da bacia (68 km) e com a segunda maior área de
drenagem (289 km2); apresenta o maior número de canais (542) e a
soma da extensão total desses canais é 630 km (CAMARGO et al.,
2002). Neste local foi estudado o banco monoespecífico de Scirpus
californicus (Figs. 1c, 2a e 2b).
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
15
Figura 2: Imagem do satélite LANDSAT TM 5 da bacia do rio Itanhaém indicando os locais
de coleta - escala 1:50.000 (a) e detalhes dos locais de coleta de dados nos bancos
monoespecíficos e pluriespecífico - escala 1:25.000 (b). Disponíveis em:
. Acesso em: 21 jul.2005.
Spartina alterniflora
Crinum procerum
Scirpus californicus
Banco pluriespecífico
Oceano Atlântico
b
a
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
16
Figura 3: Média histórica dos totais mensais de chuva (milímetros) correspondente aos anos
de 1938 a 1999 na estação metereológica F3-005 localizada a 3 metros de altitude na bacia
do rio Itanhaém. Disponível em: . Acesso em: 21 jul.2001.
P
lu
vi
os
id
ad
e
(m
m
)
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
550
600
650
700
750
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Max
Min
Média
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
17
33..33-- OObbjjeettiivvooss
Este estudo teve como objetivo responder as seguintes
questões:
− As populações das macrófitas aquáticas emersas Spartina
alterniflora, Crinum procerum e Scirpus californicus variam
sazonalmente em bancos monoespecíficos?
− As populações das macrófitas aquáticas emersas S.
alterniflora, C. procerum e S. californicus variam
sazonalmente em um banco pluriespecífico?
− Quais fatores ambientais (bióticos e abióticos) poderiam
influenciar possíveis variações das populações de macrófitas
nos bancos monoespecíficos e pluriespecífico?
− As espécies de macrófitas selecionadas neste trabalho
podem ser bioindicadoras da salinização da bacia
hidrográfica do rio Itanhaém?
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
18
44)) MMAATTEERRIIAALL EE MMÉÉTTOODDOOSS
VARIÁVEIS BIOLÓGICAS
Nos locais de ocorrência das macrófitas aquáticas foram
realizada contagens demográficas indiretas de Spartina alterniflora,
Crinum procerum (via número de folhas) e Scirpus californicus (via
número de hastes, mas aqui consideradas como folhas para facilitar a
explanação dos resultados) fixando-se 5 quadrados de 0,25 m2 ao
longo do transecto (mantidos durante o período de estudo), tanto em
bancos monoespecíficos quanto pluriespecífico.
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
19
A área do quadrado foi escolhida com base em estudos
anteriores, que mostraram ser de ampla utilização (como GOULDER,
1969; SMART, 1980; BROCK et al., 1983; MENEZES, 1984;
DICKERMAN & WETZEL, 1985; CANFIELD & DUARTE, 1988;
NOGUEIRA, 1989; SILVA, 1990; CAMARGO, 1991; HAAS, 1996;
TONIZZA-PEREIRA, 2002 e RUBIM, 2004). Em uma revisão de
estudos publicados entre 1970 e 1984, DOWNING & ANDERSON
(1985) encontraram que os ecólogos aquáticos têm usado uma grande
variedade de tamanho de quadrados, com valor médio de 0,25 m2.
Em cada quadrado foram determinados:
• Número de folhas verdes (mais de 50% da folha
constituída de partes clorofiladas);
• Número de folhas senescentes (menos de 50% da folha
constituída de partes clorofiladas);
• Número de folhas jovens (folhas verdes com até 0,25 m
para Spartina alterniflora e Crinum procerum e folhas
verdes com até 0,50 m para Scirpus californicus);
• Número de hastes com inflorescências;
• Altura (medida entre a interface sedimento-água até a
porção mais distal) do indivíduo mais alto do quadrado
(em metros).
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
20
As coletas de dados ocorreram entre agosto/2000 a junho/2001:
VARIÁVEIS LIMNOLÓGICAS
As variáveis limnológicas foram obtidas em tréplica (pontos
superior, médio e inferior do banco de macrófitas em relação a
montante do rio), em baixa-mar e preamar. As coletas foram
realizadas em fevereiro 2001 (verão) e junho de 2001 (inverno).
Água: As amostras foram obtidas em sub-superfície (10 cm).
Foram medidas diretamente nas estações de coleta a temperatura da
água, a salinidade, a condutividade elétrica, a turbidez, o pH e o
oxigênio dissolvido (O2) utilizando o aparelho Horiba® Multi-Parameter
Water Quality Monitoring System U-20 Series. Em cada réplica dos
pontos de coleta, 1000 ml de água foram recolhidos em frascos
plásticos previamente lavados com água destilada.
Em laboratório de campo foi determinada a alcalinidade total por
titulometria (MACKERETH et al., 1978). Os 500 ml restantes de água
foram acondicionados em freezer a -20° C, sendo posteriormente
transportados para o Laboratório de Ecologia Aquática (L.E.A.) -
Departamento de Ecologia – Instituto de Biociências - Unesp - Campus
Rio Claro – onde foram medidos o nitrogênio orgânico total (NO - total)
(KJELDAHL segundo MACKERETH et al., 1978) e o fosfato total (P-
total) (GOLTERMAN et al., 1978).
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
21
SEDIMENTO: Foram recolhidos 100 gramas de sedimento. Em
laboratório de campo, utilizando-se aproximadamente 3 gramas de
sedimento diluído em 100 ml de água destilada (ALLEN et al., 1974),
foram medidos a salinidade (com salinômetro CORNING® PS 18) e o
pH (com ph-metro HANNA® HI-8314). O restante das amostras foi
acondicionado em freezer a -20° C e transportado para o Laboratório
de Ecologia Aquática (L.E.A.) - Departamento de Ecologia- IB - Unesp
- Campus Rio Claro, onde foram determinados os teores de nitrogênio
orgânico total (NO - total) (KJELDAHL segundo MACKERETH et al.,
1978), fosfato total (P-total) (GOLTERMAN et al., 1978) e matéria
orgânica por incineração em forno – mufla a 550oC.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO
Aos resultados das variáveis biológicas foi aplicada a análise
não-paramétrica de Kruskal-Wallis ANOVA com o objetivo de detectar
variações significativas (p<0,05) entre os valores com o uso de
medianas. Às variáveis limnológicas foram aplicadas a Análise de
Variância e o Teste de Significância de Tukey com o objetivo de
detectar diferenças significativas (p<0,05) entre as médias. O
programa de computador utilizado para a realização das análises foi o
Statistica versão 7.0 (STATSOFT, 2000).
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
22
55)) RREESSUULLTTAADDOOSS
5.1 - Bancos monoespecíficos
Os resultados dos números de folhas verdes, folhas
senescentes, folhas jovens, inflorescências e altura das macrófitas em
bancos monoespecíficos são apresentados nas figuras 4, 7 e 10, as
quais contém os resultados do teste de Kruskal-Wallis, (variações
significativas ocorreram quando p<0,05).
Dos dados limnológicos da água e do sedimento são
apresentadas apenas as figuras dos resultados que diferiram
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
23
significativamente (p<0,05) entre as condições de inverno e verão, em
baixa-mar e preamar; no texto é apresentada a média das variáveis
entre estas marés (Figs. 5, 6, 8, 9, 11 e 12).
5.1.1 – Banco de Spartina alterniflora
O número de folhas verdes variou de 156/m2 (outono) a 576/m2
(primavera); o número de folhas senescentes variou entre 52/m2
(verão) e 312/m2 (outono); o número de folhas jovens variou de 48/m2
(inverno) a 396/m2 (outono); medianas diferentes de zero do número
de inflorescências foram verificadas nos meses de outono, sendo a
maior 32/m2; a altura variou de 1,14m (primavera) a 1,70m (verão)
(Fig. 4).
As variáveis limnológicas da água que apresentaram variações
sazonais significativas foram: temperatura, 17,7oC (inverno) a 27,8oC
(verão); condutividade elétrica, 0,68 mS.cm-1 (verão) a 14,37 mS.cm-1
(inverno); pH, 6,12 (verão) a 6,84 (inverno); turbidez, 18,83 NTU
(inverno) a 35,25 NTU (verão); O2 dissolvido, 6,14 mg.L-1 (verão) a
7,61 mg.L-1 (inverno) e P-total, 40,55 μg.L-1 (verão) a 62,97μg.L-1
(inverno) (Fig. 5). Salinidade, alcalinidade total e NO - total não
variaram significativamente no período estudado.
No sedimento ocorreram variações significativas na salinidade,
29,33 (verão) a 61,67 (inverno); pH, 6,64 (verão) a 7,39 (inverno) e NO
- total, 0,04 %PS (verão) a 0,15 %PS (inverno) (Fig. 6). P-total e
matéria orgânica não apresentaram variação significativa.
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
24
Figura 4: Medianas do número de folhas verdes, folhas jovens, folhas senescentes,
inflorescências (por m2) e altura (m) de Spartina alterniflora no banco monoespecífico
(diferenças significativas p<0,05).
Spartina alterniflora
Fo
lh
as
v
er
de
s
/ m
2
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
550
600
650
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
(H = 26,8425; p =0,0015)
Spartina alterniflora
Fo
lh
as
s
en
es
ce
nt
es
/
m
2
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
550
600
650
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
(H = 33,63; p = 0,0001)
Spartina alterniflora
Fo
lh
as
jo
ve
ns
/
m
2
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
550
600
650
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
(H = 38,01; p < 0,0001)
Spartina alterniflora
In
flo
re
sc
ên
ci
as
/
m
2
0
5
10
15
20
25
30
35
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
(H = 41,01; p < 0,0001)
Spartina alterniflora
A
ltu
ra
(m
)
1,00
1,25
1,50
1,75
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
(H = 17,72; p = 0,0386)
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
25
Figura 5: Média ( ), desvio-padrão (caixa) e valores máximos e mínimos (barra) das
variáveis limnológicas da água do rio Itanhaém no banco de Spartina alterniflora
(VER=verão; INV=inverno; BX=baixa-mar e PR=preamar).
rio Itanhaem (Spartina)
C
on
du
tiv
id
ad
e
el
ét
ric
a
m
S
.c
m
-1
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
26
28
30
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Itanhaém (Spartina)
O
2 m
g.
L-1
5,4
5,8
6,2
6,6
7,0
7,4
7,8
8,2
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Itanhaém (Spartina)
pH
5,8
6,2
6,6
7,0
7,4
7,8
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Itanhaém (Spartina)
Tu
rb
id
ez
(N
TU
)
10
20
30
40
50
60
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Itanhaém (Spartina)
P
T
u
g.
L-1
10
20
30
40
50
60
70
80
90
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Itanhaem (Spartina)
Te
m
pe
ra
tu
ra
o C
16
18
20
22
24
26
28
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
26
Figura 6: Média ( ), desvio-padrão (caixa) e valores máximos e mínimos (barra) das
variáveis limnológicas do sedimento do rio Itanhaém no banco de Spartina alterniflora
(VER=verão; INV=inverno; BX=baixa-mar e PR=preamar).
rio Itanhaém (Spartina)
S
al
in
id
ad
e
pp
m
-
se
di
m
en
to
0
20
40
60
80
100
120
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Itanhaém (Spartina)
pH
-
se
di
m
en
to
5,8
6,0
6,2
6,4
6,6
6,8
7,0
7,2
7,4
7,6
7,8
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Itanhaém (Spartina)
N
T
%
P
S
- s
ed
im
en
to
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
0,12
0,14
0,16
0,18
0,20
0,22
0,24
0,26
0,28
0,30
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
Dinâmica populacional das macrófitas aquáticas emersas Spartina alterniflora Loiseleur, Crinum procerum Carey e Scirpus californicus Steud, na bacia do rio Itanhaém, SP.
27
5.1.2 – Banco de Crinum procerum
O número de folhas verdes variou de 68/m2 (inverno) a 216/m2
(primavera); o número de folhas senescentes variou entre 12/m2
(primavera e verão) e 28/m2 (outono); o número de folhas jovens
variou de 0/m2 (primavera) a 28/m2 (inverno); quanto às
inflorescências, entre os meses de dezembro de 2000 a março de
2001 (verão) as medianas situaram-se entre 4/m2 e 8/m2, ao contrário
dos outros meses que foi 0/m2 (Fig. 7). A altura não variou
significativamente no período estudado, situando-se em torno da
mediana 1,13 m.
Dentre as variáveis limnológicas da água analisadas, os
resultados que apresentaram variações sazonais significativas foram:
temperatura, 17,2oC (inverno) a 27,9oC (verão); salinidade, 0,18
(verão) a 1,20 (inverno); condutividade elétrica, 2,53 mS.cm-1 (inverno)
a 40,07 mS.cm-1 (verão); turbidez, 15,83 NTU (inverno) a 24,92 NTU
(verão); alcalinidade, 0,08 meq.L-1 (verão) a 0,45 meq.L-1 (inverno) e
P-total, 64,67 μg.L-1 (verão) a 91,06μg.L-1 (inverno) (Fig. 8). pH, O2
dissolvido e NO - total não variaram significativamente no período
estudado.
No sedimento os resultados que apresentaram diferenças
significativas foram: salinidade, 6,50 (verão) a 13,33 (inverno); pH,
6,43 (verão) a 7,02 (inverno) e NO - total, 0,03 %PS (verão) a 0,15
%PS (inverno) (Fig. 9). P- total e matéria orgânica não apresentaram
variação significativa.
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
28
Figura 7: Medianas do número de folhas verdes, folhas jovens, folhas senescentes,
inflorescências (por m2) e altura (m) de Crinum procerum no banco monoespecífico
(diferenças significativas p<0,05).
Crinum procerum
Fo
lh
as
v
er
de
s
/ m
2
0
25
50
75
100
125
150
175
200
225
250
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
(H = 26,25; p = 0,0019)
Crinum procerum
Fo
lh
as
s
en
es
ce
nt
es
/
m
2
0
25
50
75
100
125
150
175
200
225
250
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
(H = 19,59; p = 0,0207)
Crinum procerum
Fo
lh
as
jo
ve
ns
/
m
2
0
25
50
75
100
125
150
175
200
225
250
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
(H = 27,88; p = 0,001)
Crinum procerum
In
flo
re
sc
ên
ci
as
/
m
2
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
(H = 19,93; p = 0,0184)
Crinum procerum
A
ltu
ra
(m
)
1,0
1,1
1,2
1,3
1,4
1,5
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
(H = 15,10; p = 0,0882)
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
29
Figura 8: Média ( ), desvio-padrão (caixa) e valores máximos e mínimos (barra) das
variáveis limnológicas da água do rio Acima no banco de Crinum procerum (VER=verão;
INV=inverno; BX=baixa-mar e PR=preamar).
rio Acima (Crinum)
C
on
du
tiv
id
ad
e
el
ét
ric
a
m
S
.c
m
-1
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Acima (Crinum)
Tu
rb
id
ez
N
TU
10
14
18
22
26
30
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Acima (Crinum)
P
T
u
g.
L-1
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
100
105
110
115
120
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Acima (Crinum)
Te
m
pe
ra
tu
ra
o C
16
18
20
22
24
26
28
30
32
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Acima (Crinum)
S
al
in
id
ad
e
%
-0,2
0,2
0,6
1,0
1,4
1,8
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Acima (Crinum)
A
lc
al
in
id
ad
e
m
eq
.L
-1
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
30
Figura 9: Média ( ), desvio-padrão (caixa) e valores máximos e mínimos (barra) das
variáveis limnológicas do sedimento do rio Acima no banco de Crinum procerum
(VER=verão; INV=inverno; BX=baixa-mar e PR=preamar).
rio Acima (Crinum)
S
al
in
id
ad
e
pp
m
-
se
di
m
en
to
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Acima (Crinum)
pH
-
se
di
m
en
to
6,2
6,3
6,4
6,5
6,6
6,7
6,8
6,9
7,0
7,1
7,2
7,3
7,4
7,5
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Acima (Crinum)
N
T
%
P
S
- s
ed
im
en
to
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
0,12
0,14
0,16
0,18
0,20
0,22
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
31
5.1.3 – Banco de Scirpus californicus
O número de inflorescências foi o único dado que variou
significativamente durante o ano no banco monoespecífico de S.
californicus. Somente nos meses de novembro e dezembro
(primavera) as medianas foram diferentes de zero, sendo 16/m2 e
12/m2, respectivamente; as outras variáveis biológicas não
apresentaram variações significativas e seus valores situaram-se em
torno das seguintes medianas no período: número de folhas verdes
(68/m2), folhas senescentes (28/m2), folhas jovens (16/m2) e altura (2,0
m) (Fig. 10).
Dentre as variáveis limnológicas da água os resultados que
apresentaram diferenças sazonais significativas foram: temperatura,
17,4oC (inverno) a 26,3oC (verão); condutividade elétrica, 1,64 mS.cm-1
(inverno) a 3,98 mS.cm-1 (verão); pH, 5,44 (verão) a 6,07 (inverno);
turbidez, 15,00 NTU (inverno) a 46,13 NTU (verão); alcalinidade, 0,16
meq.L-1 (verão) a 0,59 meq.L-1 (inverno) e P-total, 42,29 μg.L-1 (verão)
a 62,93 μg.L-1 (inverno) (Fig. 11). Salinidade, O2 dissolvido e NO -
total não variaram significativamente no período estudado.
No sedimento os resultados que variaram significativamente
foram salinidade, 1,66 (verão) a 7,67 (inverno); pH, 6,29 (verão) a 7,04
(inverno) e NO - total, 0,01 %PS (verão) a 0,10 %PS (inverno) (Fig.
12). P-total e matéria orgânica não apresentaram variação
significativa.
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
32
Figura 10: Medianas do número de folhas verdes, folhas jovens, folhas senescentes,
inflorescências (por m2) e altura (m) de Scirpus californicus no banco monoespecífico
(diferenças significativas p<0,05).,
Scirpus californicus
Fo
lh
as
v
er
de
s
/ m
2
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
(H = 14,87; p = 0,0945)
Scirpus californicus
Fo
lh
as
s
en
es
ce
nt
es
/
m
2
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
(H = 14,87; p = 0,0945)
Scirpus californicus
In
flo
re
sc
ên
ci
as
/
m
2
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
(H = 21,94; p = 0,0091)
Scirpus californicus
A
ltu
ra
(m
)
1,7
1,8
1,9
2,0
2,1
2,2
2,3
2,4
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
(H = 15,35; p = 0,0818)
Scirpus californicus
Fo
lh
as
jo
ve
ns
/
m
2
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
(H = 11,38; p = 0,2506)
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
33
Figura 11: Média ( ), desvio-padrão (caixa) e valores máximos e mínimos (barra) das
variáveis limnológicas da água do rio Branco no banco de Scirpus californicus (VER=verão;
INV=inverno; BX=baixa-mar e PR=preamar).
rio Branco (Scirpus)
pH
4,9
5,0
5,1
5,2
5,3
5,4
5,5
5,6
5,7
5,8
5,9
6,0
6,1
6,2
6,3
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Branco (Scirpus)
Tu
rb
id
ez
N
TU
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Branco (Scirpus)
P
T
u
g.
L-1
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Branco (Scirpus)
A
lc
al
in
id
ad
e
m
eq
.L
-1
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Branco (Scirpus)
Te
m
pe
ra
tu
ra
o C
16
18
20
22
24
26
28
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Branco (Scirpus)
C
on
du
tiv
id
ad
e
el
ét
ric
a
m
S
.c
m
-1
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
34
Figura 12: Média ( ), desvio-padrão (caixa) e valores máximos e mínimos (barra) das
variáveis limnológicas do sedimento do rio Branco no banco de Scirpus californicus
(VER=verão; INV=inverno; BX=baixa-mar e PR=preamar).
rio Branco (Scirpus)
pH
-
se
di
m
en
to
6,1
6,2
6,3
6,4
6,5
6,6
6,7
6,8
6,9
7,0
7,1
7,2
7,3
7,4
7,5
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Branco (Scirpus)
S
al
in
id
ad
e
pp
m
-
se
di
m
en
to
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Branco (Scirpus)
N
T
%
P
S
- s
ed
im
en
to
0,00
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0,06
0,07
0,08
0,09
0,10
0,11
0,12
0,13
0,14
0,15
0,16
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
35
5.2 - Banco pluriespecífico
Todas as variáveis biológicas de S. alterniflora, C. procerum e S.
californicus apresentaram variações significativas entre as diferentes
estações do ano estudadas.
Os valores das medianas das folhas verdes variaram de 56/m2
(fim do verão) a 124/m2 (início do verão) para S. alterniflora, de 44/m2
(inverno) a 132/m2 (primavera) para C. procerum e de 0/m2 (outono) a
16/m2 (primavera e verão) para S. californicus (Fig. 13).
Os valores das medianas das folhas senescentes variaram de
12/m2 (primavera) a 56/m2 (outono) para S. alterniflora, de 0/m2
(primavera) a 16/m2 (outono e inverno) para C. procerum e de 0/m2
(primavera) a 20/m2 (inverno) para S. californicus (Fig. 14).
Os valores das medianas das folhas jovens variaram de 0/m2
(inverno) a 84/m2 (outono) para S. alterniflora, de 4/m2 (primavera) a
20/m2 (inverno) para C. procerum e de 0/m2 (outono) a 8/m2 (inverno)
para S. californicus (Fig. 15).
Os valores das medianas de inflorescências foram zero para C.
procerum e S. californicus em todos os meses; para S. alterniflora os
valores foram 0/m2 na maioria dos meses, exceto no outono que foi
4/m2 (Fig. 16).
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
36
Os valores das medianas da altura das macrófitas aquáticas
variaram de 1,00 m (primavera) a 1,40 m (verão) para S. alterniflora,
de 0,86 m (primavera) a 1,08 m (verão) para C. procerum e de 0,81 m
(outono) a 1,43 m (inverno) para S. californicus (Fig. 17).
Dentre as variáveis limnológicas da água analisadas neste local,
os resultados que apresentaram diferenças sazonais significativas
foram: temperatura, 17,6oC (inverno) a 27,5oC (verão) e pH, 5,98
(verão) a 6,44 (inverno) (Fig. 18). Salinidade, condutividade elétrica,
turbidez, O2 dissolvido, alcalinidade total, NO - total e P-total não
variaram significativamente no período estudado.
No sedimento os resultados que apresentaram diferenças
significativas foram: salinidade, 22,00 (verão) a 49,67 (inverno); pH,
6,50 (verão) a 7,33 (inverno) e NO - total, 0,02 %PS (verão) a 0,12
%PS (inverno) (Fig. 19). P-total e matéria orgânica não apresentaram
variação significativa.
Nas tabelas I, II e III são feitas comparações das variáveis
biométricas medidas de cada espécie nos dois tipos de bancos.
S. alterniflora apresentou, tanto no banco monoespecífico
quanto no pluriespecífico, concordância de períodos com maiores
valores de folhas senescentes (outono), menores valores de folhas
jovens (inverno), maior número de inflorescências (inverno) e menores
e maiores alturas (primavera e verão, respectivamente). Por outro
lado, os menores e maiores valores de folhas verdes ocorreram no
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
37
outono e primavera, respectivamente, no banco monoespecífico e nos
meses de verão no banco pluriespecífico (Tab. I).
C. procerum apresentou, nos dois bancos estudados,
concordância de períodos com menores e maiores valores de folhas
verdes (inverno e primavera, respectivamente), menores valores de
folhas senescentes (primavera), maiores valores de folhas jovens
(inverno) e menores e maiores alturas (primavera e verão,
respectivamente) (Tab. II).
S. californicus apresentou, nos dois bancos, concordância de
períodos com menores valores de folhas verdes (outono), menores
valores de folhas senescentes (primavera), menores valores de folhas
jovens (verão) e menores alturas (inverno). Por outro lado, observa-se
a ocorrência de menores e maiores valores de certas variáveis
biológicas em um mesmo período do ano como, por exemplo, o
número de folhas verdes no outono (banco monoespecífico) (Tab. III).
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
38
Figura 13: Medianas do número de folhas verdes por m2 no banco pluriespecífico (SA = S.
alterniflora, CP = C. procerum e SC = S. californicus) (H=381,01; p<0,001; diferenças
significativas p<0,05).
Figura 14: Medianas do número de folhas senescentes por m2 no banco pluriespecífico
(SA = S. alterniflora, CP = C. procerum e SC = S. californicus) (H=11168,48; p<0,001;
diferenças significativas p<0,05).
SA
CP
SC
Banco pluriespecífico
Fo
lh
as
v
er
de
s
/ m
2
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
SA
CP
SC
Banco pluriespecífico
Fo
lh
as
s
en
es
ce
nt
es
/
m
2
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
39
Figura 15: Medianas do número de folhas jovens por m2 no banco pluriespecífico (SA = S.
alterniflora, CP = C. procerum e SC = S. californicus) (H=212,23; p<0,001; diferenças
significativas p<0,05).
Figura 16: Médias do número de inflorescências por m2 no banco pluriespecífico (SA = S.
alterniflora, CP = C. procerum e SC = S. californicus) (H=19,68; p<0,001; diferenças
significativas p<0,05).
SA
CP
SC
Banco pluriespecífico
Fo
lh
as
jo
ve
ns
/
m
2
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
FLSA
FLCP
FLSC
Banco pluriespecífico
In
flo
re
sc
ên
ci
as
/
m
2
0
1
2
3
4
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
40
Figura 17: Medianas da altura das macrófitas aquáticas do banco pluriespecífico (SA = S.
alterniflora, CP = C. procerum e SC = S. californicus) (H=46,00; p<0,001; diferenças
significativas p<0,05).
SA
CP
SC
Banco pluriespecífico
A
ltu
ra
(m
)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
02/08/00
03/09/00
30/09/00
12/11/00
06/12/00
04/01/01
05/02/01
16/03/01
19/04/01
17/05/01
23/06/01
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
41
Figura 18: Média ( ), desvio-padrão (caixa) e valores máximos e mínimos (barra) das
variáveis limnológicas da água do rio Itanhaém no banco pluriespecífico (VER=verão;
INV=inverno; BX=baixa-mar e PR=preamar).
Figura 19: Média ( ), desvio-padrão (caixa) e valores máximos e mínimos (barra) das
variáveis limnológicas do sedimento do rio Itanhaém no banco pluriespecífico (VER=verão;
INV=inverno; BX=baixa-mar e PR=preamar).
rio Itanhaém (pluriespecífico)
Te
m
pe
ra
tu
ra
d
a
ág
ua
o C
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Itanhaem (pluriespecífico)
pH
5,3
5,4
5,5
5,6
5,7
5,8
5,9
6,0
6,1
6,2
6,3
6,4
6,5
6,6
6,7
6,8
6,9
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Itanhaém (pluriespecífico)
S
al
in
id
ad
e
pp
m
-
se
di
m
en
to
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Itanhaém (pluriespecífico)
pH
-
se
di
m
en
to
6,2
6,3
6,4
6,5
6,6
6,7
6,8
6,9
7,0
7,1
7,2
7,3
7,4
7,5
7,6
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
rio Itanhaém (pluriespecífico)
N
T
%
P
S
- s
ed
im
en
to
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
0,12
0,14
0,16
0,18
0,20
0,22
VER-BX VER-PR INV-BX INV-PR
DD ii
nn ââ
mm
ii cc aa
pp
oo pp
uu ll aa
cc ii oo
nn aa
ll dd
aa ss
mm
aa cc
rr óó
ff ii tt aa
ss aa
qq uu
áá tt
ii cc aa
ss ee
mm
ee rr
ss aa
ss SS
pp aa
rr tt ii
nn aa
aa
ll tt ee
rr nn
ii ff ll oo
rr aa
,, CC
rr ii nn
uu mm
pp
rr oo
cc ee
rr uu
mm
ee
SS
cc ii rr
pp uu
ss
cc aa
ll ii ff oo
rr nn
ii cc uu
ss
nn
aa
bb aa
cc ii aa
dd
oo
rr ii oo
II tt
aa nn
hh aa
éé mm
,, SS
PP ..
42
Ta
be
la
I
:
M
en
or
es
e
m
ai
or
es
m
ed
ia
na
s
de
f
ol
ha
s
ve
rd
es
(
FV
),
fo
lh
as
s
en
es
ce
nt
es
(
FS
),
fo
lh
as
jo
ve
ns
(
FJ
),
in
flo
re
sc
ên
ci
as
(F
L)
(p
or
m
2 ) e
a
ltu
ra
(A
) d
e
S
pa
rti
na
a
lte
rn
ifl
or
a
no
b
an
co
m
on
oe
sp
ec
ífi
co
(M
O
N
O
) e
p
lu
rie
sp
ec
ífi
co
(P
LU
R
I).
V
ar
iá
ve
l
FV
FS
FJ
FL
A
M
O
N
O
1
56
57
6
52
31
2
48
39
6
0
32
1,
14
1,
70
D
at
a
17
.0
5.
01
30
.0
9.
00
05
.0
2.
01
17
.0
5.
01
02
.0
8.
00
19
.0
4.
01
02
.0
8.
00
a
05
.0
2.
01
23
.0
6.
01
12
.1
1.
00
16
.0
3.
01
P
LU
R
I
56
12
4
12
56
0
84
0
4
1,
00
1,
40
D
at
a
16
.0
3.
01
04
.0
1.
01
12
.1
1.
00
17
.0
5.
01
02
.0
8.
00
19
.0
4.
01
To
da
s,
ex
ce
to
16
.0
3.
01
19
.0
4.
01
30
.0
9.
00
16
.0
3.
01
Ta
be
la
II
: M
en
or
es
e
m
ai
or
es
m
ed
ia
na
s
de
fo
lh
as
v
er
de
s
(F
V
),
fo
lh
as
s
en
es
ce
nt
es
(
FS
),
fo
lh
as
jo
ve
ns
(
FJ
),
in
flo
re
sc
ên
ci
as
(F
L)
e
a
ltu
ra
(A
) (
po
r m
2 ) d
e
C
rin
um
p
ro
ce
ru
m
n
o
ba
nc
o
m
on
oe
sp
ec
ífi
co
(M
O
N
O
) e
p
lu
rie
sp
ec
ífi
co
(P
LU
R
I).
V
ar
iá
ve
l
FV
FS
FJ
FL
A
M
O
N
O
68
21
6
12
28
0
28
0
8
1,
00
1,
33
D
at
a
03
.0
9.
00
12
.1
1.
00
30
.0
9.
00
a
05
.0
2.
01
17
.0
5.
01
17
.0
5.
01
23
.0
6.
01
02
.0
9.
00
30
.0
9.
00
19
.0
4.
01
a
12
.1
1.
00
06
.1
2.
00
05
.0
2.
01
30
.0
9.
00
05
.0
2.
01
P
LU
R
I
44
13
2
0
16
4
20
0
0
0,
86
1,
08
D
at
a
02
.0
8.
00
12
.1
1.
00
12
.1
1.
00
02
.0
8.
00
16
.0
3.
01
19
.0
4.
01
12
.1
1.
00
02
.0
8.
00
To
da
s
To
da
s
30
.0
9.
00
04
.0
1.
01
Ta
be
la
II
I:
M
en
or
es
e
m
ai
or
es
m
ed
ia
na
s
de
fo
lh
as
v
er
de
s
(F
V
),
fo
lh
as
s
en
es
ce
nt
es
(
FS
),
fo
lh
as
jo
ve
ns
(
FJ
),
in
flo
re
sc
ên
ci
as
(F
L)
e
a
ltu
ra
(A
) (
po
r m
2 ) d
e
S
ci
rp
us
c
al
ifo
rn
ic
us
n
o
ba
nc
o
m
on
oe
sp
ec
ífi
co
(M
O
N
O
) e
p
lu
rie
sp
ec
ífi
co
(P
LU
R
I).
V
ar
iá
ve
l
FV
FS
FJ
FL
A
M
O
N
O
32
10
4
20
56
8
20
0
16
1,
80
2,
30
D
at
a
17
.0
5.
01
19
.0
4.
01
30
.0
9.
00
17
.0
5.
01
16
.0
3.
01
06
.1
2.
00
To
da
s,
ex
ce
to
12
.1
1.
00
06
.1
2.
00
03
.0
9.
00
17
.0
5.
01
P
LU
R
I
0
16
0
20
0
8
0
0
0,
81
1,
43
D
at
a
17
.0
5.
01
05
.0
2.
01
06
.1
2.
00
02
.0
8.
00
16
.0
3.
01
a
23
.0
6.
01
02
.0
8.
00
30
.0
9.
00
To
da
s
To
da
s
23
.0
6.
01
02
.0
8.
00
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
43
66)) DDIISSCCUUSSSSÃÃOO
Os resultados mostraram que as espécies ocorrem durante o ano
todo, tanto nos bancos monoespecíficos quanto no pluriespecífico. Isto é
possível porque a região na qual o estudo foi realizado apresenta clima
sazonalmente homogêneo em relação a outras regiões do interior do
estado de São Paulo, que possuem um período seco bem delimitado
(inverno). As variações sazonais de temperatura e chuva não foram
acentuadas o suficiente para que uma espécie não ocorra em
determinada época do ano. Embora as três espécies de macrófitas
ocorram nas quatro estações do ano, os resultados evidenciaram uma
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
44
variação sazonal significativa de algumas das variáveis biológicas
selecionadas (folhas verdes, senescentes e jovens, inflorescências e
altura). Ao analisar esses resultados, deve ser levado em conta também
o tempo de resposta das macrófitas aquáticas a variações ambientais.
Nesse contexto, SANTOS & ESTEVES (2004) estimaram que, para a
macrófita aquática emersa Eleocharis interstincta, este tempo seja de 30
dias.
No banco monoespecífico de Spartina alterniflora o período mais
favorável a sua sobrevivência ocorre entre a primavera e o verão, pois os
maiores valores de folhas verdes e maiores alturas dos indivíduos foram
verificados nestas estações. Por outro lado, os maiores valores de folhas
senescentes foram verificados nos meses de outono, indicando ser este o
período aparentemente desfavorável; porém, como os maiores valores de
folhas jovens e inflorescências também ocorreram no outono, parece que
houve um recrutamento de novos indivíduos no banco. LOPES (1999)
também verificou que S. alterniflora apresentou maior número de folhas
verdes no verão (média de 109,2) e maior número de folhas senescentes
no outono (média de 64,8).
No banco monoespecífico de Crinum procerum os maiores valores
do número de folhas verdes e de inflorescências foram encontrados nos
meses entre a primavera e o verão, o período mais favorável à sua
sobrevivência; por outro lado os maiores valores de folhas senescentes
foram verificados entre os meses de outono e inverno indicando ser este
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
45
o período desfavorável para esta espécie. Segundo LOPES (1999), C.
procerum também apresentou maior número de folhas verdes na
primavera (média de 109,2) e maior número de folhas senescentes no
inverno (média de 27,2).
Nota-se uma semelhança de períodos favorável e desfavorável nos
bancos monoespecíficos de S. alterniflora e de C. procerum. As
condições mais favoráveis de primavera e verão são, provavelmente,
resultantes da influência das condições regionais, especialmente da
temperatura (mais alta nestas estações) e da salinidade (menores valores
nestas estações devido aos maiores índices pluviométricos). Como
variações significativas nos níveis de salinidade do rio Itanhaém (banco
de S. alterniflora) não foram detectadas, infere-se que possam ter
ocorrido devido às variações significativas observadas na condutividade
elétrica.
Por outro lado, nestes bancos, as condições de outono e inverno
foram os períodos desfavoráveis devido, provavelmente, às menores
temperaturas destas estações, assim como aos valores
significativamente maiores de salinidade/condutividade elétrica
(possivelmente causados pela menor quantidade de chuvas na bacia).
NAIDOO et al. (1992), por exemplo, observou modificações anatômicas e
nas respostas metabólicas de S. alterniflora em função da salinidade e
atribuiu a influência desta variável ao crescimento desta espécie.
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
46
A pluviosidade, e a decorrente flutuação do nível de água, pode ser
um importante fator regulador de populações de macrófitas aquáticas
emersas. SANTOS & ESTEVES (2004) verificaram na lagoa costeira de
Cabiúnas, submetida a um clima semelhante ao da bacia do rio Itanhaém
- ou seja, com menores índices pluviométricos no inverno, porém sem
período seco – que a população de Eleocharis interstincta é regulada
pelo nível da água. Porém, existem poucas investigações sobre o papel
da flutuação do nível da água na dinâmica das espécies de macrófitas
aquáticas (SANTOS & ESTEVES, 2004).
Para Scirpus californicus a única variável biológica que apresentou
variação sazonal significativa foi a inflorescência, cujas maiores
quantidades foram observadas na primavera. Não foi possível identificar
um período desfavorável à sobrevivência desta espécie, uma vez que os
valores de folhas verdes, senescentes, jovens e de altura não variaram
significativamente no período. Estes resultados são concordantes com
HAAS (1996), que verificou que os valores de biomassa média total,
densidade média total de hastes e altura média das hastes de S.
californicus não apresentaram diferenças significativas ao longo do ano
na Lagoa Caconde, estado do Rio Grande do Sul. Isto confirma o caráter
perene desta ciperácea. Segundo TUR & ROSSI (1976) aparentemente,
dentro de certos limites, o desenvolvimento de S. californicus não é
comprometido pelo nível da água, fatores climáticos e grau de salinidade.
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
47
No banco pluriespecífico, os valores de todas as variáveis
biológicas são significativamente menores do que nos bancos
monoespecíficos (p<0,05), de onde se pode inferir que, provavelmente,
ocorra interferência biótica quando estas espécies ocorrem em um
mesmo local (competição interespecífica). De fato, a competição pode
provocar adaptações seletivas que facilitam a coexistência de uma
diversidade de organismos numa dada área ou comunidade (ODUM,
1988).
LOPES (1999) estudou um banco pluriespecífico destas espécies
próximo a este local e observou que, devido a pequenas variações
sazonais de temperatura e de chuvas, as três espécies ocorreram
durante o ano todo. No entanto, estas variações devem ser suficientes
para, em determinado período, favorecer mais uma das espécies e, em
outro período, uma outra espécie. Assim, as duas espécies podem
coexistir no mesmo local. Segundo este autor, provavelmente a
temperatura, a salinidade e a pluviosidade sejam importantes fatores
responsáveis pela coexistência entre estas espécies. Em sistemas
abertos naturais, com entradas e saídas heterogêneas (onde este
trabalho foi desenvolvido), a probabilidade de coexistência pode ser
maior e os efeitos do aumento da densidade tendem a exercer menor
influência sobre as populações, ao contrário de ambientes controlados
(usualmente em laboratórios), onde a competição tende a ser mais
intensa e a exclusão competitiva mais provável de ocorrer (RICKLEFS &
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
48
MILLER, 1999). Convém mencionar que não foram observados distúrbios
antrópicos e herbivoria nos bancos.
De um modo geral, no banco pluriespecífico observou-se que os
períodos mais e menos favoráveis para S. alterniflora e C. procerum
foram distintos para as duas espécies, ou seja, à medida que aumenta o
número de folhas de uma espécie, diminui o número da outra.
Provavelmente, este é um fator que evita a exclusão competitiva de uma
das espécies no banco. LOPES (1999) também observou, entre as
diferentes épocas do ano e em uma mesma época (porém em diferentes
locais do banco), uma relação inversa entre a abundância relativa de C.
procerum e S. alterniflora, ou seja, quando a abundância relativa (número
de folhas) de S. alterniflora foi alta, a de C. procerum foi baixa (e vice-
versa). Destaca-se que nos bancos monoespecíficos os períodos mais e
menos favoráveis para as duas espécies foram coincidentes.
Quanto a S. californicus, esta ocorre sempre em menor número do
que as outras espécies do banco e seu número de folhas verdes não
varia sazonalmente (as outras variáveis apresentam variação sazonal
significativa). HAAS (1996) também observou que a biomassa média total
de S. californicus é baixa quando comparada a valores de outras
macrófitas emersas (Paspalidium paludivagum e Leersia hexandra).
Segundo TUR & ROSSI (1976), a capacidade robusta, agressividade na
colonização de novos espaços e perpetuação por rizomas, permitem que
S. californicus cubra grandes extensões em pouco tempo. Sua presença
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
49
acelera o processo de colmatação das lagoas, atuando como
apaziguador das águas e acelerador do processo de decantação das
partículas, favorecendo a invasão de outras espécies (neste caso S.
alterniflora e C. procerum).
HENRY-SILVA & CAMARGO (2003) verificaram, nesta mesma
bacia hidrográfica, que a homogeneidade climática e a pequena variação
sazonal das características físicas e químicas da água são responsáveis
pela ausência de padrão de variação sazonal da biomassa de Eichhornia
azurea, uma macrófita aquática flutuante. Nesse contexto, as
características biológicas de S. alterniflora, C. procerum e S. californicus,
tanto nos bancos monoespecíficos quanto no pluriespecífico, reforçam as
evidências apresentadas pelas características limnológicas e tanto os
fatores abióticos (temperatura, salinidade e pluviosidade), quanto os
fatores bióticos (competição) parecem contribuir com a dinâmica das
populações estudadas.
Quando analisados os valores de salinidade em busca de
variações espaciais (sem levar em conta a sazonalidade desta variável)
verificou-se que os valores médios no banco de S. alterniflora (0,98) e no
banco pluriespecífico (0,57), ambos no rio Itanhaém, são
significativamente maiores que os verificados no rio Branco – S.
californicus (0,16) e no rio Acima – C. procerum (0,17). Devido à
adaptação de S. alterniflora a ambientes eurihalinos e C. procerum e S.
californicus a ambientes oligohalinos, estas espécies podem ser
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
50
utilizadas como bioindicadoras de salinização na bacia hidrográfica do rio
Itanhaém.
Existem projetos governamentais de captação de água das
nascentes do rio Branco (um dos dois afluentes que formam o rio
Itanhaém) para o abastecimento de duas regiões metropolitanas que
circundam a bacia (Baixada Santista e Grande São Paulo), o que poderá
causar um aumento na salinidade da bacia do rio Itanhaém devido à
diminuição do volume de entrada de água doce a montante e à maior
intrusão da cunha salina a jusante. Um eventual processo de salinização
da bacia poderá favorecer competitivamente uma espécie de macrófita
em detrimento de outra.
De fato, segundo HENRY-SILVA & CAMARGO (2005), mudanças
nas características ambientais modificam as interações ecológicas entre
espécies de macrófitas aquáticas. Deste modo, alterações ambientais
podem favorecer uma das espécies de macrófitas aquáticas, levando à
diminuição da densidade vegetal ou exclusão competitiva de outras e,
conseqüentemente, à redução da diversidade biológica.
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
51
77)) CCOONNSSIIDDEERRAAÇÇÕÕEESS FFIINNAAIISS
De acordo com os objetivos propostos e com os resultados obtidos
neste estudo concluiu-se que:
− As populações de macrófitas aquáticas emersas Spartina
alterniflora e Crinum procerum em bancos monoespecíficos
variaram sazonalmente, havendo concordância de período
favorável (primavera e verão) e desfavorável (outono e inverno)
em ambas as espécies nos bancos monoespecíficos; por outro
lado, a população de Scirpus californicus em banco
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
52
monoespecífico não apresentou variação sazonal significativa,
evidenciando o caráter perene da espécie.
− Assim como no banco monoespecífico, as populações de S.
alterniflora e C. procerum do banco pluriespecífico apresentaram
semelhança de períodos favorável e desfavorável, no entanto
existe uma defasagem de tempo entre eles; não foi possível
detectar um período favorável ou não para S. californicus, tal
como no banco monoespecífico.
− Os fatores ambientais abióticos que, provavelmente,
influenciaram as variações das populações de macrófitas
aquáticas S. alterniflora e C. procerum nos bancos
monoespecíficos e pluriespecífico foram a temperatura e a
salinidade da água. A pequena região em que as espécies
coexistem é aquela que está submetida a uma pequena
variação sazonal, principalmente da salinidade, que ora favorece
uma espécie, ora outra. No banco pluriespecífico, a competição
provavelmente é um importante fator biótico atuante que faz as
populações apresentarem menores valores das variáveis
biológicas do que as macrófitas dos bancos monoespecíficos.
Nessas condições, S. alterniflora foi mais favorecida, seguida de
C. procerum e S. californicus.
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
53
− Finalmente, Spartina alterniflora, Crinum procerum e Scirpus
californicus podem ser espécies bioindicadoras da salinização
da bacia hidrográfica do rio Itanhaém.
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
54
8) LLIITTEERRAATTUURRAA CCIITTAADDAA (Referências segundo normas ABNT NBR 6023:2002).
ALLEN, S.E., GRIMSHAW, H.M., PARKISOS, J.A. & QUARMBY, C.
1974. Chemical analysis of ecological materials. Blackwell, Oxford,
565p.
BARROS, M. Las cyperaceas del Estado de Santa Catarina. Sellowia. p.
1 – 268. 1960.
BROCK, T.C.M., ARTS, G.P.H., GOOSEN, I.L.M. & RUTENFRANS,
A.H.M. Structure and annual biomass production of Nymphoides peltata
(GMEL) O. Kuntze (Menyanthaceae). Aquat. Bot., 17: p. 167-188, 1983.
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
55
CAMARGO, A.F.M. Dinâmica do nitrogênio e do fosfato em uma lagoa
marginal do rio Mogi-Guaçu (Lagoa do Mato/SP). 1991. 210 f. Tese
(Doutorado em Ecologia) - Instituto de Biociências – Universidade Federal
de São Carlos, UFSCar, 1991.
CAMARGO, A.F.M., BINI, L.M., SCHIAVETTI, A. & FERREIRA, R.A.R.
Influencia de la fisiografia y de las actividades humanas en las
características limnológicas de ríos del litoral sur paulista – Brasil.
Tankay, v.1, p.256-276, 1994.
CAMARGO, A.F.M., FERREIRA, R.A.R., SCHIAVETTI, A. & BINI, L.M.
Influence of physiography and human activity on limnological
characteristics of lotic ecosystems of the south coast of São Paulo, Brazil.
Acta Limnol. Brasil., v.8, p. 231-243, 1996.
CAMARGO, A.F.M. & FLORENTINO, E.R. Population dynamics and net
primary production of the aquatic macrophyte Nymphaea rudgeana C. F.
mey in a lotic environment of the Itanhaém river basin (SP, Brazil). Rev.
Brasil. Biol., v. 60 (1), p. 83-92, 2000.
CAMARGO, A.F.M., NUCCI, P.R., BINI, L.M. & SILVA JR., U.L. The
influence of the geology on the limnological characteristics of some lotic
ecosystems of the Itanhaém river basin, SP-Brazil. Verh. Internat.
Verein. Limnol., v.26, p. 860-864, 1997 (a).
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
56
CAMARGO A.F.M., PEREIRA, L.A. & PEREIRA, A.M.M. Ecologia da
bacia hidrográfica do rio Itanhaém. In: SCHIAVETTI, A. & CAMARGO
A.F.M. (Ed). Conceitos de Bacias Hidrográficas. Ilhéus, Bahia: Editus.,
2002. 293 p.
CAMARGO, A.F.M., SCHIAVETTI, A. & CETRA, M. Efeito da mineração
de areia sobre a estrutura da comunidade de macrófitas aquáticas em um
ecossistema lótico do litoral sul paulista. Revista Brasileira de Ecologia.
Sociedade de Ecologia do Brasil, Rio Claro, SP, v.01(2), p. 54-59, 1997
(b).
CAMARGO, A.F.M.; PEZZATO, M.M. & HENRY-SILVA, G.G. 2003.
Fatores limitantes à produção primária de macrófitas aquáticas. In:
THOMAZ, S.M. & BINI, L.M. (Ed). Ecologia e manejo de macrófitas
aquáticas. Maringá, Paraná: Ed. EDUEM, 2003. 294 p.
CANFIELD Jr., D.E. & DUARTE, C.M. Patterns in biomass and cover of
aquatic macrophytes in lakes: a test with Florida lakes. Can. J. Fish.
Aquat. Sci. v. 45, p. 1976-1982, 1988.
COOK, C.D.K. 1974. Water plants of the world. The Hague, W. Junk.,
England. 561 p.
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
57
DICKERMAN, J.A. & WETZEL, R.G. Clonal growth in Typha latifolia:
population dynamics and demography of the ramets. Journal of Ecology,
v. 73, p. 535-552, 1985.
DOWNIMG, J.A. & ANDERSON, M.R. Estimating the standing biomass of
aquatic macrophytes. Can. J. Fish. Aquatic. Sci., v. 42, p. 1860-1869,
1985.
ESTEVES, F.A. 1998. Fundamentos de Limnologia. 2.ed. Interciência -
FINEP, Rio de Janeiro. 602 p.
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA. 1997. 2a edição. Aciesp, n 103. 243 p.
GOULDER, R. Interactions between the rates of production of a
freshwater macrophyte and phytoplankton in a pond. Oikos, v. 20, p. 300-
309, 1969.
GOLTERMAN, H.L., CLYMO, R.S. & OHSTAD, M.A.M. 1978. Methods
for physical and chemical analysis of fresh waters. IBP, Oxford. 213 p.
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
58
HAAS, S. Variação sazonal da biomassa, composição química e
aspectos da dinâmica populacional de Scirpus californicus (C. A
Meyer) Steud na margem nordeste da Lagoa Caconde, Osório, RS.
1996. 135 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia, Ecologia Aquática) -
Instituto de Biociências – UFRS, Porto Alegre,1996.
HENRY-SILVA, G.G. & CAMARGO, A.F.M. Avaliação sazonal da
biomassa da macrófita aquática Eichhornia azurea em um rio de águas
brancas na bacia hidrográfica do rio Itanhaém (litoral sul do estado de
São Paulo, Brasil). Hoehnea, v. 30 (1), p. 71-77, 2003.
HENRY-SILVA, G.G. & CAMARGO, A.F.M. Interações ecológicas entre
as macrófitas aquáticas flutuantes Eichhornia crassipes e Pistia stratiotes.
hidrográfica do rio Itanhaém (litoral sul do estado de São Paulo, Brasil).
Hoehnea, v. 32 (3), p. 445-452, 2005.
IPT. 1981. Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo. Vols. I e II:
São Paulo.
IRGANG, B.E. & GASTAL, C.V. de S. Jr. 1996. Macrófitas aquáticas
das planícies costeiras do RS. Porto Alegre. s/ed, 290 p.
LEUNG, R. & CAMARGO. A.F.M. Marine influence on fish assemblage in
coastal streams of Itanhaém River Basin, Southeastern Brazil. Acta
Limnol. Brasil., v. 17(2), p. 219-232, 2005.
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
59
LOPES, K.S. Fatores responsáveis pela coexistência entre três
espécies de macrófitas aquáticas emersas (Crinum procerum Carey,
Spartina alterniflora Loiseleur e Scirpus sp.) no rio Itanhaém,
Itanhaém/SP. 1999. 29 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado
em Biologia) – Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista,
Rio Claro, 1999.
LORENZI, H. 1995. Plantas Ornamentais no Brasil: Arbustivas,
Herbáceas e Trepadeiras. Plantarum Ltda, Nova Odessa/SP. 720p.
LUCIANO, S.C. Biomassa e composição química da Eichhornia
azurea e Anacharis densa em ecossistemas lóticos do litoral sul
paulista. 1992. 73 f . Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em
Ecologia) – Instituto de Biociências - Universidade Estadual Paulista, Rio
Claro, 1992.
MACKERETH, F.J.H., HERON, J. & TALLING, J.F. 1978. Water
analysis: some revised methods for limnologists. F.B.A., London.
121p.
MENEZES, C.F.S. Biomassa e produção primária de três espécies de
macrófitas aquáticas da Represa do Lobo (Broa), SP. 1984. 253 f.
Dissertação (Mestrado em Ecologia) - Instituto de Biociências –
Universidade Federal de São Carlos, UFSCar, 1984.
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
60
NAIDOO, G., McKEE, K.L. & MENDELSSOHN, L.A. Anatomical and
metabolic responses to waterlogging and salinity in Spartina alterniflora
and Spartina patens (Poaceae). American Journal of Botany. v 79 (7),
p. 765-770, 1992.
NOGUEIRA, F.M. de B. Importância das macrófitas aquáticas
Eichornia azurea Kunth e Scirpus cubensis Poepp & Kunth na
ciclagem de nutrientes e nas principais características limnológicas
da Lagoa do Infernão (SP). 1989. 147 f. Dissertação (Mestrado em
Ecologia) - Instituto de Biociências – Universidade Federal de São Carlos,
UFSCar, 1989.
ODUM, E.P. Ecologia. Ed. Guanabara. Rio de Janeiro. 1988. 434p.
PIETERSE, A.H. & MURPHY, J.K (eds). Aquatic Weeds. Oxford Univ.
Press – Oxford. 1990. 593p.
RICKLEFS, E.R. & MILLER, G.L. Ecology. 4 th ed. W.H. Freeman &
Company, London. 1999. 822 p.
RUBIM, M.A.L. Estudos ecológicos das espécies de macrófitas
aquáticas Salvinia molesta Mitchell e Pistia stratiotes Linnaues: taxa
de crescimento e ciclagem de nutrientes. 2004. 114 f. Tese (Doutorado
em Ciências Biológicas, Biologia Vegetal) - Instituto de Biociências –
Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2004.
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
61
SANT’ANNA, E.B. Condição e dieta de Hoplias malabaricus (Bloch,
1794) em rios de águas branca e preta na bacia do rio Itanhaém,
Itanhaém/SP. 2006. 105 f. Dissertação (Mestrado em Zoologia) – Instituto
de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2006.
SANT’ANNA E.B. Níveis de poluição orgânica na porção estuarina do
rio Itanhaém, litoral sul paulista. 1999. 37 f. Trabalho de Conclusão de
Curso (Bacharelado em Ecologia) – Instituto de Biociências, Universidade
Estadual Paulista, Rio Claro, 1999.
SANTOS A.M. & ESTEVES, F.A. Influence of water level fluctuation on
the mortality and aboveground biomass of the aquatic macrophyte
Eleocharis interstincta (VAHL) Roemer et Schuilts. Braz. Arch. Biol.
Techn. v. 47(2), p. 281-190, 2004.
SCHIAVETTI, A. Ecologia de macrófitas aquáticas de dois
ecossistemas lóticos da bacia do rio Itanhaém. 1991. 68 f . Trabalho
de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ecologia) – Instituto de
Biociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 1991.
SCREMIN-DIAS, E; POTT, J.V.; HORA R.C. & SOUZA, P.R. 1999. Nos
jardins submersos da Bodoquena: guia para identificação de plantas
aquáticas de Bonito e região. Ed. UFMS. 160 p.
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
62
SETZER, J. 1966. Atlas climático e ecológico do Estado de São
Paulo. São Paulo, Comissão Interestadual da Bacia do Paraná - Uruguai.
CESP, 15 p.
SILVA, C.J. Influência da variação do nível d’água sobre a estrutura e
funcionamento de uma área alagável do Pantanal Matogrossense
(Pantanal de Barão de Melgaço, Município de Santo Antônio de
Leverger e Barão de Melgaço – MT). 1990. 251 f. Tese (Doutorado em
Ecologia) - Instituto de Biociências – Universidade Federal de São Carlos,
UFSCar, 1990.
SIQUEIRA, B. Estudo da fauna associada às macrófitas aquáticas
Anacharis densa e Eichhornia azurea em ecossistemas lóticos do
litoral sul paulista. 1993. 50 f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Bacharelado em Biologia) – Instituto de Biociências, Universidade
Estadual Paulista, Rio Claro, 1993.
SMART, M.M. Annual changes of nitrogen and phosphorus in two aquatic
macrophytes (Nymphaea tuberosa and Ceratophyllum demersum).
Hidrobiologia, v. 70, p. 31-35, 1980.
SOLOMON, M.E. 1980. Dinâmica de populações. Editora Pedagógica e
Universitária Ltda., São Paulo. 78p.
DDiinnââmmiiccaa ppooppuullaacciioonnaall ddaass mmaaccrróóffiittaass aaqquuááttiiccaass eemmeerrssaass SSppaarrttiinnaa aalltteerrnniifflloorraa,, CCrriinnuumm pprroocceerruumm ee SScciirrppuuss ccaalliiffoorrnniiccuuss nnaa bbaacciiaa ddoo rriioo IIttaannhhaaéémm,, SSPP..
63
STATSOFT, Inc. 2000. Statistica for Windows. Statsoft, Inc., Tulsa.
378p.
THOMAZ, S.M. & BINI,L.M. Ecologia e manejo de macrófitas aquáticas
em reservatórios. Acta Limnol. Brasil., v.10 (1), p. 103-116, 1998.
TONIZZA-PEREIRA, M.C. Distribuição e abundância de macrófitas
aquáticas em relação a características limnológicas da água e do
sedimento em cinco áreas na bacia do rio Itanhaém, litoral sul de
São Paulo. 2002. 80p. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas,
Biologia Vegetal) - Instituto de Biociências – Universidade Estadual
Paulista, Rio Claro, 2002.
TUR, N.M. & ROSSI, J.B. Autoecologia de Scirpus californicus –
Crecimiento y desarrollo de la parte aérea. Bol. Socied. Arg. Bot., XVII
(1-2): 73-82 p, 1976.
CAPA
FOLHA DE ROSTO
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
EPÍGRAFE
ÍNDICE
1) RESUMO
2) ABSTRACT
3) INTRODUÇÃO
3.1- As espécies de macrófitas aquáticas
3.2 - Área de estudo
3.3- Objetivos
4) MATERIAL E MÉTODOS
5) RESULTADOS
5.1 - Bancos monoespecíficos
5.2 - Banco pluriespecífico
6) DISCUSSÃO
7) CONSIDERAÇÕES FINAIS
8) LITERATURA CITADA