UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES
E COMUNICAÇÃO DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL GRADUAÇÃO

EM JORNALISMO

ISABELLA NASCIMENTO SIQUEIRA

CRIMES REAIS NA TV ABERTA
REPORTAGEM HIPERMÍDIA SOBRE O GÊNERO DE CRIMES REAIS

BAURU
2023



ISABELLA NASCIMENTO SIQUEIRA

CRIMES REAIS NA TV ABERTA
REPORTAGEM HIPERMÍDIA SOBRE O GÊNERO DE CRIMES REAIS

Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Universidade Estadual
Paulista - UNESP como requisito parcial
para a obtenção do título de bacharel em
Jornalismo.

Orientação: Profa. A Dra. Angela Maria
Grossi

BAURU

2023



S618c
Siqueira, Isabella Nascimento

    CRIMES REAIS NA TV ABERTA : REPORTAGEM

HIPERMÍDIA SOBRE O PROGRAMA LINHA DIRETA E O TRUE

CRIME / Isabella Nascimento Siqueira. -- , 2023

    25 p.

    Trabalho de conclusão de curso ( - ) - Universidade Estadual

Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Araraquara,

    Orientadora: Angela Maria Grossi

    1. Crime e imprensa. 2. Ética jornalística. 3. Jornalismo. I. Título.

Sistema de geração automática de fichas catalográficas da Unesp. Biblioteca da Faculdade de
Ciências Farmacêuticas, Araraquara. Dados fornecidos pelo autor(a).

Essa ficha não pode ser modificada.



ISABELLA NASCIMENTO SIQUEIRA

CRIMES REAIS NA TV ABERTA

REPORTAGEM HIPERMÍDIA SOBRE O PROGRAMA LINHA DIRETA E O TRUE

CRIME

BANCA EXAMINADORA

Bauru, ______ de ____________________ de 2023.

Profa. Dra. Angela Maria Grossi
Orientadora e presidente da banca

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Prof. Ass. Maximiliano Martin Vicente
Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Profa. Ass. Maria Cristina Gobbi
Orientadora e presidente da banca

Universidade Estadual Paulista (UNESP)



AGRADECIMENTOS

Para além da realização deste projeto, gostaria de agradecer a todos que estiveram

comigo durante a graduação e que me acompanharam nesses últimos cinco anos, um período

de crescimento pessoal e profissional. Junto com minha família, também tive a chance de

conhecer pessoas incríveis na graduação, e sem as quais certamente não teria conseguido

chegar até o presente momento

Em primeiro lugar, preciso agradecer imensamente a minha família, composta por

meus pais, Edileuza e Uilson, e meu irmão, Gustavo, que sempre me deram todo apoio do

mundo e também por me possibilitarem estar no curso de Jornalismo, em Bauru.

Além deles, também acredito que o apoio e companhia de meus amigos da graduação

foi fundamental. Em especial, gostaria de agradecer aos queridos Caroline Campos, Vinícius

Santos e Vitor Alves Tenca, meus colegas de apartamento que foram minha família bauruense

e que fizeram parte dessa jornada desde o início do curso, muito obrigada por tornarem essa

cidade meu lar, por todas as piadas, abraços, suporte emocional, conversas e momentos

incríveis.

Durante a graduação, também tive o imenso prazer de conhecer duas amigas

sensacionais: Maria Clara Pereira de Oliveira e Isabela Vidal Batistella, que me apoiaram na

graduação com uma incrível e sincera amizade, muito carinho e paciência.

Em suma, a amizade e a parceria dos colegas citados acima foi imprescindível nesse

trajeto, uma vez que pude me inspirar, tirar dúvidas e também desabafar os problemas que me

afligiram em diferentes momentos da graduação e na realização do projeto.

Ao longo dos últimos cinco anos, no curso de jornalismo da Unesp, também tive a

oportunidade de ter aulas e aprender com grandes professores e profissionais da área. Todos

os conhecimentos e experiências práticas da graduação certamente foram aplicados na

realização deste trabalho, que não existiria sem as incríveis aulas ministradas pelos docentes

excepcionais da Faculdade de Artes, Arquitetura, Comunicação e Design, da Unesp. Assim,

mesmo que indiretamente, esse projeto guarda um pouco de todos esses docentes com que

tive a sorte de cruzar durante a graduação.

Por fim, gostaria de guardar um agradecimento especial à orientadora deste projeto, a

professora Angela Maria Grossi. Tive a honra de contar com seu apoio e agradeço todas as

sugestões que apenas ajudaram a aprimorar o projeto, além do carinho, da paciência e

palavras de encorajamento que recebi durante a orientação, muito obrigada.



A reportagem hipermídia produzida como Trabalho
de Conclusão de Curso pode ser acessada pelo
seguinte link: http://crimes-reais-na-tv-a.com/



RESUMO

O crescimento do gênero de true crime, que é composto por obras baseadas em histórias de
crimes reais, e sua relação com o jornalismo inspiram dilemas éticos aos profissionais
responsáveis por essas produções. Através de uma reportagem hipermídia, a proposta deste
Trabalho de Conclusão de Curso é gerar uma reflexão sobre as problemáticas e consequências
que envolvem o gênero, especialmente tendo em vista o retorno do programa Linha Direta,
que foi escolhido como fio condutor desta narrativa. O objetivo é mostrar como a reinvenção
do programa televisivo representa o novo momento do gênero de true crime. Em relação a
metodologia aplicada, foram utilizadas entrevistas, vídeos e pesquisa documental. O resultado
é uma reportagem hipermídia que apresenta diferentes pontos de vista sobre o true crime e
características dessa febre.

palavras-chave: Jornalismo Especializado. Reportagem hipermídia. True crime. Crimes

reais. Ética profissional.

ABSTRACT

The growth of the true crime genre, which is made up of works based on stories of real
crimes, and its relationship with journalism inspire ethical dilemmas for the professionals
responsible for these productions. Through a hypermedia report, the proposal of this Course
Conclusion Project is to generate a reflection on the problems and consequences that involve
the genre, especially considering the return of the Linha Direta program, which was chosen as
the guiding thread of this narrative. The objective is to show how the reinvention of the
television program represents the new moment in the true crime genre. Regarding the
methodology applied, interviews, videos and documentary research were used. The result is a
hypermedia report that presents different points of view on true crime and the characteristics
of this craze.

Key-words: Specialized Journalism. Hypermedia reporting, True crime, Real crime.

Professional ethics. Hot Line.



SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO………………………………………………………………………… 8

2 GÊNERO E FORMATO……………………………………………………….……….12

2.1 GÊNERO………………………………………………………………………………. 12

2.2 FORMATO…………………………………………………………………………….. 13

3 METODOLOGIA DE EXECUÇÃO…………………………………………………...14

3.1 Pré-produção……………………………………………………………………………14

3.2 Produção...……………………………………………………………………………... 15

3.3 Pós-produção……………………………………………………………………………17

4 CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO………………………………………………..18

4.1 Público-alvo……………………………………………………………………………. 18

4.2 Projeto gráfico…………………………………………………………………………..18

4.3 Custos do projeto………………………………………………………………………. 18

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………………………... 19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS…………………………………………………...21

APÊNDICE………………………………………………………………………………...22



8

1 INTRODUÇÃO

No gênero de não ficção true crime, traduzido para crimes reais em português, as

produções exploram histórias verdadeiras, expondo os detalhes de como esses crimes

ocorreram com um estilo narrativo que muitas vezes remete a ficção. Por sua vez, o gênero de

true crime tem uma relação direta com o jornalismo ao fazer uso de materiais produzido pela

mídia e de elementos comuns como as entrevistas, o true crime também configura um novo

campo de trabalho para os jovens profissionais.

Os aspectos multiformato e multiplataforma fazem parte da nova ‘onda’ do true crime.

O Linha Direta, por exemplo, é exibido na televisão, está no catálogo do Globoplay e possui

um podcast oficial. No gênero de crimes reais, as histórias são apresentadas em filmes, séries

documentais, documentários, livros e podcasts. Além das obras produzidas e disponibilizadas

em serviços de streaming, é possível acompanhar histórias em vídeos curtos em plataformas

digitais como YouTube e TikTok, por exemplo.

O início do programa televisivo Linha Direta aconteceu em 1990. A primeira versão,

apresentada pelo jornalista Hélio Costa, esteve no ar de março a julho. A segunda versão do

programa, sucesso da Rede Globo, foi exibida entre 1999 e 2007. Após 15 anos fora do ar, o

Linha Direta novamente retornou às telas em um momento de alta das produções de true

crime.

A apresentação de crimes reais, especialmente tendo em vista a característica de

envolvimento do público com o programa Linha Direta, reflete dilemas éticos envolvendo a

produção dessas obras. Um dos questionamentos do true crime gira em torno da exploração de

tragédias e crimes violentos como forma de entretenimento.

A partir das características da nova ‘onda’ do true crime e, principalmente, da

complexidade dos dilemas éticos para os jornalistas responsáveis por essas produções, e

também de um interesse pessoal por obras do gênero, surgiu a ideia de explorar o tema. Por

sua vez, depois de determinar o gênero como foco do trabalho, manifestou-se o interesse por

explorar também o programa Linha Direta, um clássico da televisão brasileira, e as

motivações que justificam o retorno da atração e as mudanças da nova versão em comparação

com suas versões anteriores, que datam os anos 1990 e 2000.

A espetacularização de histórias factuais e a insensibilidade para com as vítimas e

familiares envolvidos são críticas que permeiam as obras de true crime, além da influência

que essas obras podem exercem em investigações em andamento e as consequências geradas



9

pela forma como os crimes são narrados para o telespectador, podendo gerar sentimentos de

indignação extremos e a busca por justiça nos telespectadores.

Nesse contexto, a proposta do projeto era a realização de uma reportagem hipermídia

que trouxesse diferentes visões sobre o tema. Porém, de nenhuma forma, o projeto pretendia

determinar uma decisão final sobre esses dilemas éticos, mas sim elucidar a sua existência e

também registrar acontecimentos que exemplificam as consequências das produções de true

crime na sociedade.

A escolha do formato do projeto, a reportagem hipermídia, se deu pela

compatibilidade entre o tema em questão e o formato, visto que a hipermídia permite um

material extenso em texto e um maior aprofundamento da discussão e todas as questões

envolvidas. Já em relação ao uso de vídeos e imagens, a escolha se deu pela possibilidade de

explorar o formato audiovisual e também pelo interesse de complementar o texto com

recursos diferenciados e dinâmicos que são possíveis no formato digital e que tornam o

produto mais interessante para o público-alvo.

Como destacado na reportagem, o gênero de true crime não é um fenômeno recente,

mas que já existe há muitas décadas. Obras como o livro “A Sangue Frio”, escrito pelo

jornalista norte-americano Truman Capote, e publicado em 1965, e o filme “O Caso dos

Irmãos Naves”, de 1967, são exemplos de como as produções de crimes reais sempre

existiram na literatura e no cinema.

Porém, nos últimos anos, o lançamento de cada vez mais produções, como

documentários e podcasts de true crime, exemplificam como essas atrações têm se tornado

mais populares e a nova demanda do público por produtos de crimes reais, que têm ganhado

espaço principalmente nas plataformas de streaming, como Netflix, HBO Max e Prime Vídeo,

por exemplo.

De acordo com a empresa de pesquisa Parrot Analytcs, entre janeiro de 2018 e março

de 2021, houve um crescimento de 63% no lançamento de séries documentais, fazendo com

que o true crime fosse considerado o maior subgênero da categoria.

Nesse contexto, vale mencionar ainda a repercussão de produções e histórias

específicas, que fizeram sucesso no Brasil nos últimos anos. Em 2021, o podcast Modus

Operandi, produzido pelas jornalistas Carol Moreira e Mabé Bonnaffé, teve 14 milhões de

visualizações.

Lançada em setembro de 2022, a série de ficção Dahmer: Um Canibal Americano, que

conta a história real do serial killer norte-americano Jeffrey Dahmer, teve 196,2 milhões de

horas assistidas e assumiu a primeira posição no Top 10 da Netflix em vários países.



10

Na cobertura jornalística de crimes violentos e tragédias, deve prevalecer a função

primordial do jornalismo, que consiste em informar e garantir o acesso da população a

informações de qualidade, confiáveis e verídicas.

E como aponta o Artigo 11 do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, da

Federação Nacional dos Jornalistas, o jornalista não pode divulgar informações de caráter

mórbido, sensacionalista ou contrário aos valores humanos, especialmente em cobertura de

crimes e acidentes.

Nesse contexto, tendo em vista o fenômeno do true crime como um gênero atemporal

e as responsabilidade do jornalista ao retratar essas histórias de violência em produções com

as características do gênero, que muitas vezes intercala a ficção e a realidade com a função de

entreter, o projeto surge com a intenção de discutir os dilemas éticos no campo do jornalismo

e o aspecto de entretenimento em produções com teor jornalístico.

E, partindo da tese de que o true crime é um novo campo de atuação para os

profissionais de comunicação, o propósito é que a reportagem seja um material de

contribuição com a discussão sobre a ética jornalística e que promova reflexões sobre as

consequências na espetacularização de crimes.

Assim, o projeto tem como objetivo geral desenvolver uma reportagem hipermídia

com conteúdos audiovisuais sobre o gênero de true crime a partir do retorno do programa

Linha Direta à TV aberta com a função de discutir os dilemas éticos dos profissionais do meio

jornalístico.

Já os objetivos específicos são:

● Contextualizar o retorno do programa Linha Direta em 2023 e pontuar as mudanças da

nova versão para com a primeira e a segunda fase.

● Abordar como a ética jornalística é vista no gênero de true crime a partir da visão de

profissionais do jornalismo e membros da produção do programa;

● Debater os fatores que explicam o interesse do público e a popularidade de produções

do gênero, além de exemplificar esse sucesso por meio de dados e informações.

O presente relatório será estruturado em 5 partes: Introdução, Gênero e Formato,

Metodologia e Execução, Característica do Produto e Considerações Finais. A definição da

estrutura pretende facilitar a compreensão dos leitores em relação a ordem cronológica de

como o projeto foi desenvolvido e também demonstrar os desafios enfrentados em cada etapa

de produção. Na primeira parte, intitulada Introdução, o propósito é apresentar a justificativa

por trás do tema e os objetivos gerais e específicos do projeto.



11

Na segunda parte, Gênero e Formato, focado nos aspectos técnicos jornalísticos, o

objetivo é apresentar quais fatores inspiraram a escolha pela reportagem hipermídia como

formato e as suas características.

Na terceira parte do relatório, intitulada Metodologia e Execução, serão abordadas as

etapas de produção da reportagem. Esta parte é composta pela pré-produção, produção e

pós-produção.

Na quarta parte do relatório, Características do Produto, será aprofundado o processo

de criação do site e suas principais características, em relação ao design gráfico, público-alvo

e os gastos gerais com o projeto.

Por fim, na quinta e última parte do relatório, serão apresentadas as considerações

finais e a conclusão do projeto, os conhecimentos adquiridos e uma reflexão acerca dos temas

abordados.



12

2 GÊNERO E FORMATO

Neste capítulo, buscamos explicar a escolha do gênero jornalístico em questão, o

interpretativo, e o formato, reportagem longform e hipermídia, com uso de vídeos como

conteúdo audiovisual.

2.1 Gênero

Ao transmitir uma informação para o leitor, a escolha do gênero jornalístico é

fundamental, especialmente se tratando de um produto jornalístico. Em primeiro lugar, vale

pontuar a existência de vários gêneros jornalísticos em um panorama da atividade jornalística

posta por (Melo, 2009, p. 35):

O campo da comunicação é constituído por conjuntos processuais, entre eles a
comunicação massiva, organizada em modalidades significativas, inclusive a
comunicação periodística (jornal/revista). Esta é estruturada, por sua vez, em
categorias funcionais, como é o caso do jornalismo, cujas unidades de mensagem se
agrupam em classes, mais conhecidas como gêneros, extensão que se divide em
outras, denominadas formatos, os quais, em relação à primeira, são desdobrados em
espécies, chamadas tipos.

A partir dessa explicação, entende-se que o gênero jornalístico influencia a forma

como o jornalista irá trabalhar uma determinada informação, além de ter efeitos em como o

leitor vai receber a notícia e, posteriormente, desenvolver uma mentalidade crítica acerca do

que está sendo noticiado. Além de características próprias, os gêneros jornalísticos também

apresentam funções diferentes entre si. Gomis (1991 apud Melo; Assis, 2010, p. 91),

“Defende que as características próprias dos gêneros nascem de uma relação peculiar entre o

conteúdo e a forma. Não é a proporção de informação ou comentário que serve como critério

de classificação dos gêneros, mas a função que cumpre”.

Diante da divisão proposta por Melo e Assis (2010), que se aprofundam os seguintes

gêneros: informativo, opinativo, interpretativo, utilitário e diversional, entende-se que a

reportagem em questão disponha de características do gênero interpretativo.

Primeiramente, cabe destacar que no gênero interpretativo, além de buscar relatar e

informar um fato, existe um aprofundamento de um determinado fenômeno. Para Paulo

Roberto Leandro e Cremilda Medina (1973, p. 16): "Jornalismo interpretativo é realmente o



13

esforço de determinar o sentido de um fato, através da rede de forças que atuam nele — não a

atitude de valoração desse fato ou de seu sentido, como se faz em jornalismo opinativo".

Segundo Leandro e Medina (1973), o gênero interpretativo apresenta os seguintes

elementos: aprofundamento, antecedentes (temporais, espaciais e do fato), contextualização e

humanização. Nesse sentido, ao trazer o contexto da exibição das três versões do Linha

Direta, explorar diferentes questões do gênero de true crime e discutir o impacto de outras

produções, entende-se que a reportagem faz uso de tais elementos do gênero interpretativo.

2.2 Formato

Após a definição do gênero jornalístico, a próxima etapa era a escolha do formato, que

se deu pela adequação dos temas que seriam abordados na reportagem. Dessa forma,

juntamente com a orientadora do projeto, o formato foi escolhido, a reportagem longform e

hipermídia, foi justificado pela proposta de que o tema fosse melhor trabalhado e

aprofundado.

O primeiro fator considerado relevante sobre a definição do formato foi a

possibilidade de explorar o tema de maneira aprofundada e de levar ao leitor um material

completo com diferentes fontes e perspectivas. Nesse contexto, o formato que mais estava de

acordo com esse objetivo era a reportagem longform, que permite um aprofundamento das

temáticas de acordo com a complexidade de cada uma. Sobre a hipermídia, Santaella (2004,

p. 50) diz:

A hipermídia não é feita para ser lida do começo ao fim, mas sim através de buscas,
descobertas e escolhas. Esse percurso de descobertas, entretanto, não cai do céu. Ao
contrário, para que ele seja possível, deve estar suportado por uma estrutura que
desenha um sistema multidimensional de conexões. A estrutura flexível e o acesso
não linear da hipermídia permitem buscas divergentes e caminhos múltiplos no
interior do documento. Quanto mais rico e coerente for o desenho da estrutura, mais
opções ficam abertas a cada leitor na criação de um percurso que reflete sua própria
rede cognitiva.

Logo, além da existência de um interesse prévio pelo formato, a escolha ainda teve

como base a intenção de utilizar elementos interativos que fossem atrativos e interessantes

para o leitor, e que permitissem uma experiência de leitura diferenciada, mais dinâmica e

menos cansativa.

Por outro lado, vale ressaltar que a hipermídia promove uma conexão entre o texto e

os elementos audiovisuais, além da possibilidade que as entrevistas gravadas fossem melhor

exploradas posteriormente por meio de vídeos.



14

Tendo em vista o propósito de aprofundamento do tema, a narrativa longform, que têm

como característica um tamanho maior de texto, foi a escolha mais adequada de formato para

o projeto.

Como posto por Baccin (2017), o formato de texto longo da narrativa longform não é

exclusivo do ambiente digital. A narrativa longform, segundo Raquel Ritter Longhi e Kérley

Winques (2015, p. 3), “Se destaca não apenas pelo formato, mas também pela apuração,

contextualização, e aprofundamento. Textos com essa característica propõem uma leitura mais

lenta e um leitor disposto a dedicar tempo para a mesma”.
O texto está sempre à vista do leitor para evitar dispersão, mesmo que este se
distraia vendo um vídeo que roda automaticamente, o texto estará à sua frente assim
que o texto concluir. A narrativa inclui um pacote multimídia e interativo que
encoraja e convida o leitor a ir mais fundo na narrativa e imergir na história,
servindo em vários momentos para contextualizar e aprofundar o tema. Os recursos
multimídia, hipertextuais e interativos que compõem a reportagem fazem parte do
fluxo da narrativa (Baccin, 2017, p. 10).

Nesse sentido, a decisão pela narrativa longform em uma reportagem hipermídia se

justifica pelo propósito inicial de aprofundar o tema com qualidade e também de oferecer ao

leitor um ambiente de leitura imersivo, através do uso de recursos do meio digital, como

imagens e vídeos, para complementar o texto.

3 METODOLOGIA E EXECUÇÃO
Neste capítulo, iremos acompanhar o desenvolvimento e as etapas de produção da

reportagem hipermídia.

3.1 Pré-Produção
A primeira parte do desenvolvimento da reportagem se deu com a etapa de

pré-produção, que consistiu na definição do tema, do formato e também das primeiras

reuniões com a orientadora do projeto, Angela Maria Grossi. A primeira parte da

pré-produção, a escolha do formato, foi uma etapa relativamente simples, visto que o tema era

de interesse da responsável pela reportagem. Juntamente com a orientadora do Trabalho de

Conclusão de Curso, foram definidos os detalhes da reportagem, o formato e também o

cronograma para o ano de 2023.

3.2 Produção



15

O primeiro material documentado e relevante da produção foi a pauta, que estará

disponível como Apêndice ao final do relatório, elaborada no mês de junho e entregue para

correção da orientadora após finalização.

Após a finalização da pauta, começou a etapa de coleta de materiais, que consistiu na

pesquisa de dados e estudos que seriam úteis para o desenvolvimento posterior da reportagem.

Para facilitar a etapa de realização de entrevistas, durante a produção, foram desenvolvidas

perguntas, separadas em blocos, para cada grupo de fontes pré-estabelecidas.

Em seguida, foram realizadas as entrevistas com as fontes no período de julho, agosto

e setembro. Por conta da inviabilidade de encontrar com as fontes presencialmente, visto que

muitas estariam em outros estados, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro,

todas as entrevistas foram realizadas online por meio da ferramenta Google Meet e gravadas,

sendo disponibilizadas no Google Drive.

Ao mesmo tempo que as entrevistas estavam sendo realizadas, a parte produção

contou com a transcrição de todos os encontros gravados e pesquisas de conteúdo para

servirem de complemento na reportagem. A ideia era encontrar matérias e críticas da época

para exemplificar as informações concedidas pelas fontes entrevistadas.

A definição das fontes, que teve a ajuda da orientadora Angela Maria Grossi, se deu

pela necessidade de entrevistar profissionais de comunicação que pudessem discutir o tema e

membros da equipe de jornalismo e produção do Linha Direta. Todas as entrevistas foram

separadas no Google Drive e transcritas para edição posterior de determinados trechos. A

seguir a lista completa de fontes por ordem alfabética:

1. Alex Niche Teixeira - Vice-Diretor do Instituto de Filosofia e Ciências

Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Autor da tese “A espetacularização do crime violento pela televisão : o caso do

programa Linha Direta”.

2. André Komatsu - Pesquisador de pós-doutorado no Núcleo de Estudos da

Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e professor do programa

de pós-graduação em Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

3. Anelise Franco - Produtora da nova temporada do Linha Direta (2023) e

gerente de produção da Rede Globo. Parte da equipe que foi responsável pelo

documentário de true crime “Em Nome de Deus”, da Globo Play.

4. Camila Appel - Repórter, roteirista e jornalista. Fez parte da equipe de

jornalismo da nova temporada do Linha Direta (2023) e do programa Conversa



16

com Bial, graduada em Administração de Empresas na EAESP-FGV, e

mestranda na London School of Economics, LSE, em Antropologia e

Desenvolvimento.

5. Domingos Meirelles - Jornalista e apresentador da segunda fase do programa

Linha Direta (2000-2007). É escritor e já trabalhou como diretor do Sindicato

dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro entre 1975 e 1981.

6. Samira de Castro - Jornalista graduada pela Universidade Federal do Ceará

(UFC) e presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ).

7. Rogério Christofoletti - Professor da Universidade Federal de Santa Catarina

(UFSC) e pesquisador do CNPq. É jornalista formado pela Universidade

Estadual Paulista (Unesp) e líder do grupo de pesquisa ObjetHOS –

Observatório da Ética Jornalística.

Além da produção de entrevistas e das pesquisas, outra parte importante do

desenvolvimento foi acompanhar os episódios da nova temporada pelo Globo Play e também

capítulos das versões antigas disponíveis no Youtube.

Apesar do foco da reportagem não serem as histórias e crimes apresentados nos

episódios, acompanhar os capítulos da nova temporada e também as redes sociais e o podcast

do novo Linha Direta foi fundamental para ajudar na compreensão das mudanças desta

versão, bem como uma etapa essencial na preparação para as entrevistas com as fontes que

faziam parte da equipe de jornalismo e produção do programa.

Junto com a realização das últimas entrevistas, também começou a parte de produção

textual, etapa que aconteceu ao longo dos meses de setembro e outubro.

Ao longo das reuniões feitas online, o material foi enviado à professora para correção

até sua versão final em outubro de 2023. Outra parte fundamental do desenvolvimento foi a

edição dos vídeos que seriam utilizados no site para compor o formato hipermídia e a escolha

das imagens que seriam utilizadas no site.

A ferramenta Adobe Premiere foi utilizada para edição dos vídeos, que consistiu na

realização de cortes nos vídeos originais e inserção de GCs para identificação das fontes e

suas funções. Ao todo, foram editados 16 vídeos com trechos das entrevistas. A etapa de

edição dos vídeos foi concluída em duas semanas em novembro.

3.3 Pós-Produção



17

A elaboração do site e sua publicação foi a última etapa da parte de produção. Para

construir o site, em conjunto com a orientadora Angela Maria Grossi, foi escolhida a

plataforma Wix. A escolha se baseou na praticidade de criação do site e também na

disponibilidade de diferentes templates e funcionalidades que poderiam ser utilizadas no

produto.

O site é composto por quatro páginas: página principal com a reportagem, contato,

sobre a jornalistas responsável e a galeria de fotos. A elaboração do site, bem como de toda

parte de design gráfico, foi realizada individualmente pela responsável pelo projeto com base

nas predefinições do próprio Wix. Por fim, após a inserção do texto, finalização de todas as

páginas e revisão do conteúdo, o site foi publicado na data: 15/11/2023



18

4 CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO

Neste capítulo, serão apresentadas as características do produto. Em relação ao

desenvolvimento e criação do site, iremos ver o projeto gráfico, o público de interesse do

produto e todos custos envolvidos na execução.

4.1 Projeto Gráfico
No desenvolvimento do site, parte do trabalho foi determinar a identidade visual do

projeto e os elementos disponíveis na plataforma Wix para compor a reportagem. Dessa

forma, o primeiro passo foi a definição da paleta de cores, na qual foi escolhida uma seleção

de tons pré-definidos da plataforma. A decisão por tons escuros de azul, preto, cinza e rosa se

deu pela inspiração em outros projetos, como o portal Querido Clássico1.

4.2 Público de interesse
Em relação ao público de interesse do projeto, o produto foi criado para atrair pessoas

adultas que se interessem por produções de true crime, visto que são feitas inúmeras

referências a livros, filmes e documentários, além de também fazer uma reflexão interessante

para o público que consome essas atrações.

Outro público de interesse do produto são jornalistas e comunicadores, mas não

apenas os que estejam envolvidos com o desenvolvimento de produções de true crime, mas

que se interessem pelo aspecto estimulante do jornalismo como profissão.

Por fim, o terceiro grupo que pode se atrair pelo produto é a geração fã do programa

Linha Direta, da nova temporada e das versões originais, já que o produto também se propõe a

refletir sobre o programa e relembrar as características que o fizeram um sucesso televisivo

nos anos 2000.

4.3 Custos De Execução
Em relação aos custos envolvidos com o desenvolvimento deste Trabalho de

Conclusão de Curso, o primeiro custo foi o plano para incluir o armazenamento do site em um

total de R$ 20,00, a ser mantido e renovado por mês. Por sua vez, para obter o domínio do

nome para publicação, o gasto foi de R$ 90, um gasto anual. Em suma, o custo total do

projeto foi de R$ 110,00.

1 Disponível em: https://www.queridoclassico.com/



19

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento deste Trabalho de Conclusão de Curso, sem dúvida, foi desafiador

de diversas maneiras, mas também uma excelente oportunidade de colocar em prática os

ensinamentos e experiências que foram obtidas ao longo da graduação. Desde o início, a

criação do produto, bem como toda parte de apuração, as pesquisas, entrevistas e também a

parte de escrita do texto, foram estimulantes e períodos marcados por profundas reflexões

acerca do tema, na qual pude me aprofundar.

Em geral, por não ter acompanhado a maior fase de sucesso do programa Linha

Direta, sentia certo distanciamento da versão e também da nova temporada. Porém, ao

desenvolver o trabalho, pude compreender melhor a trajetória da produção e também

dimensionar o seu impacto em uma geração de telespectadores.

Por sua vez, os programas de true crime sempre me geraram certo interesse,

especialmente as produções disponíveis em plataformas de streaming. Dessa maneira, vale

ressaltar que o projeto foi uma forma de refletir acerca da responsabilidade dos

telespectadores sobre o consumo dessas produções na era digital.

Ao longo do processo de produção, na qual entrevistei membros da equipe do Linha

Direta, da nova temporada e da primeira fase do programa, pesquisadores de ética na

atividade jornalística, além de profissionais de outras áreas, como psicologia e sociologia,

pude perceber o entusiasmo de conversar com as fontes e o seu interesse de participar da

reportagem e falar sobre o tema.

Este Trabalho de Conclusão de Curso também impactou minha experiência como

estudante do campo de comunicação e como futura jornalista formada, visto que foi uma

oportunidade de refletir sobre a profissão e toda responsabilidade que os jornalistas e demais

profissionais de comunicação têm ao contar histórias de crimes reais, o tratamento e

sensibilidade com as fontes e como a ética jornalística está envolvida nessas discussões.

Além disso, na medida em que essas produções ganham espaço e aumentam a

demanda do público por esses programas, o projeto me fez refletir sobre a relação entre o

jornalismo e o entretenimento, além da questão ética com que elementos como as

dramatizações são exploradas no true crime. Nesse sentido, seja na minha formação como

jornalista ou como telespectadora, é indiscutível como o projeto foi enriquecedor.

Em relação a escolha do formato, a reportagem longform e hipermídia certamente foi a

melhor escolha. Para além de disciplinas na universidade, essa foi a outra única vez que pude

exercitar o formato. Logo, para além da produção textual, o processo de edição de vídeos e a



20

elaboração do site foram uma experiência de produção jornalística nova e um acréscimo a

minha formação.

Em suma, além de revisitar a história do programa Linha Direta, sobre a qual sempre

mantive certo interesse, é importante pontuar que um dos objetivos deste Trabalho de

Conclusão de Curso era justamente inspirar questionamentos válidos nos jornalistas que

produzem e nos telespectadores que consomem o gênero de true crime que, de acordo com a

minha opinião pessoal, só tende a crescer nos próximos anos. Logo, espero ter conquistado

esse objetivo e ter desenvolvido e disponibilizado um produto que apresente dilemas e

reflexões válidas dentro do jornalismo.



21

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Baccin, Alciane. A narrativa longform em reportagens hipermídia. Estudos em Jornalismo e
Mídia, Florianópolis, v. 14, n. 1, p. 89-101, out. 2017. Disponível em:
https://periodicos.ufsc.br/index.php/jornalismo/article/view/1984-6924.2017v14n1p89.
Acesso em: 08 jan. 2020.

Federação Nacional dos Jornalistas. Código de ética dos jornalistas brasileiros. Brasília:
Fenaj. Disponível em: http://www.fenaj.org.br . Acesso em: 5 de novembro de 2023.

Leandro, Paulo Roberto; Medina, Cremilda. A arte de tecer o presente: o jornalismo
interpretativo. São Paulo: Media, 1973.

Longhi, Rr; Winques, K.   O lugar do longform no jornalismo online. Qualidade versus
quantidade e algumas considerações sobre o consumo. Pesquisa em jornalismo brasileiro ,
[S. l.] , v. 1, pág. 110–127, 2015. Disponível em: https://bjr.sbpjor.org.br/bjr/article/view/693.
Acesso em: 13 nov. 2023.

Melo, José Marques de; Assis, Francisco de. Gêneros e formatos jornalísticos: um modelo
classificatório. Intercom, Rev. Bras. Ciência. Comun. 39 (1), Janeiro a abril de 2016.
Disponível em: https://doi.org/10.1590/1809-5844201613 . Acesso em: 5 de novembro de
2023.

Melo, José Marques de; Assis, Francisco de. Gêneros jornalísticos no Brasil. São Paulo:
Universidade Metodista de São Paulo, 2010.

Parrots Analytics. Demand powered insights about True Crime. Disponível em:
https://www.parrotanalytics.com/ . Acesso em: 5 de novembro

Santaella, Lúcia. Navegar no ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo:
Paulus, 2004.

https://periodicos.ufsc.br/index.php/jornalismo/article/view/1984-6924.2017v14n1p89
https://doi.org/10.1590/1809-5844201613


22

APÊNDICES

PAUTA

Pauteiro e repórter:
Isabella Siqueira

Data: 20/06 Retranca: Linha
Direta

Caracteres:

Tema: Produção televisiva sobre crimes violentos e a volta do programa Linha Direta

Histórico/Sinopse:

Produzido pela TV Globo, o programa Linha Direta teve sua primeira versão exibida em 1990

apresentada pelo jornalista Hélio Costa. Em 1999, o programa retornou a televisão sob

apresentação de Marcelo Rezende, que foi substituído por Domingos Meirelles em 2000 até

2007, ano em que o programa saiu do ar. Em 2023, com a popularização de produtos de

crimes reais, foi anunciado que o programa Linha Direta voltaria a passar na TV Globo com

apresentação do jornalista Pedro Bial. Foram duas edições especiais do programa: Linha

Direta Mistério e Linha Direta Justiça

Assim como a versão original, o Linha Direta agora é exibido nas noites de quinta-feira e,

com exceção do primeiro episódio, que mostrou o caso Eloá Cristina, exibe casos de crimes

que até o momento não foram solucionados ou cujos acusados se encontram foragidos.

A volta do programa Linha Direta em 2023 exemplifica o interesse do público pelo gênero de

true crime e a sua expansão nos últimos anos, também marcada pela produção de podcasts e

documentários de plataformas de streaming sobre crimes reais. O estilo do programa Linha

Direta se assemelha ao programa norte-americano America 's Most Wanted (Mais Procurados

da América), produzido atualmente pela Fox, e que está no ar desde 1988. A primeira versão

do programa foi apresentada por John Walsh.



23

Além de entrevistas com as vítimas, especialistas, familiares e os envolvidos na investigação,

a dramatização dos fatos e a possibilidade de participação do público são as principais

características do Linha Direta, na qual o telespectador pode se sentir como parte da

investigação que está acontecendo ao fornecer informações que levem a captura dos culpados.

Em 1987, a NBC lançou o programa Unsolved Mysteries no estilo documentário que

apresentava crimes não resolvidos, casos de pessoas desaparecidas, teorias da conspiração e

mistérios sobrenaturais. Em 2019, a plataforma de streaming Netflix anunciou a volta do

programa, que teve sua primeira temporada na plataforma exibida em 2020.

Encaminhamento:

Tendo como ponto de partida a exibição do programa Linha Direta, a proposta da reportagem

é mostrar como se dá a representação de crimes violentos em programas televisivos e o

impacto do programa na televisão brasileira. Na reportagem, o objetivo é fazer também uma

comparação entre as duas primeiras versões do programa e a nova versão, abordando os

recursos jornalísticos e dramatúrgicos utilizados, o contexto social, histórico e econômico e

também a seleção de casos policiais que causam a comoção do público em todas as versões,

bem como as similaridades e diferenças de cada versão.

Por sua vez, a volta do programa Linha Direta pela Rede Globo reacende o debate sobre a

espetacularização de crimes violentos na televisão. Sendo assim, por meio de entrevistas com

especialistas, um dos objetivos da reportagem é abordar como crimes violentos são tratados

na televisão como entretenimento e os limites éticos do jornalismo em revisitar esses casos,

bem como algumas das problemáticas do gênero de crimes reais.

Na reportagem, a ideia é abordar de onde vem o interesse do público sobre esse tipo de

programa e conteúdo e a recente popularidade do gênero de true crime. Por meio de

entrevistas com psicólogos, a reportagem vai explicar as razões psicológicas que explicam o

interesse do público por essas narrativas e o que gera o engajamento dos telespectadores.

Fontes:

● Alex Niche Teixeira - UFRGS



24

E-mail: alex.teixeira@ufrgs.br
Telefone: 3308-6890
Departamento: Sociologia

● Hélio Costa
● Equipe técnica:

Linha direta
Diretor geral: Milton Abirached
Roteiristas: Charles Peixoto

Francisco Karam
FENAJ
Sindicato dos Jornalistas
Congresso da Abraji - Escola Base

22/09 - Semana de Jornalismo

● Psicólogo especializado em psicologia forense ou especialista em psicologia criminal

Recursos Visuais:

Imagens, Vídeos, Infográficos, Ilustrações

Documentação:

https://tracklist.com.br/analise-true-crime/141919

https://revistatrip.uol.com.br/trip-tv/por-que-gostamos-de-true-crime

https://revistacontinente.com.br/edicoes/261/o-fascinio-sobre-o--true-crime-

https://memoriaglobo.globo.com/jornalismo/jornalismo-e-telejornais/linha-direta-mister
io/noticia/linha-direta-misterio.ghtml

https://www.uol.com.br/splash/noticias/2023/05/11/linha-direta-tv-globo.htm

mailto:alex.teixeira@ufrgs.br
https://tracklist.com.br/analise-true-crime/141919
https://revistatrip.uol.com.br/trip-tv/por-que-gostamos-de-true-crime
https://revistacontinente.com.br/edicoes/261/o-fascinio-sobre-o--true-crime-
https://memoriaglobo.globo.com/jornalismo/jornalismo-e-telejornais/linha-direta-misterio/noticia/linha-direta-misterio.ghtml
https://memoriaglobo.globo.com/jornalismo/jornalismo-e-telejornais/linha-direta-misterio/noticia/linha-direta-misterio.ghtml
https://www.uol.com.br/splash/noticias/2023/05/11/linha-direta-tv-globo.htm

	Relatório - Isabella Nascimento Siqueira 
	7e2bb96f58c8e033e6a16a227f68c5a091d452cf7380a2107eadd0e7e7f2304c.pdf
	Relatório - Isabella Nascimento Siqueira