Pedido nacional de Invenção, Modelo de Utilidade, Certificado de Adição de Invenção e entrada na fase nacional do PCT 29409161903370840 19/09/2019 870190093723 11:34 Número do Processo: BR 10 2019 019512 6 Dados do Depositante (71) Depositante 1 de 1 Nome ou Razão Social: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO Tipo de Pessoa: Pessoa Jurídica CPF/CNPJ: 48031918000124 Nacionalidade: Brasileira Qualificação Jurídica: Instituição de Ensino e Pesquisa Endereço: Rua Quirino de Andrade, 215 Cidade: São Paulo Estado: SP CEP: 01049-010 País: Brasil Telefone: 11 56270217 Fax: 11 56270103 Email: auin@unesp.br Esta solicitação foi enviada pelo sistema Peticionamento Eletrônico em 19/09/2019 às 11:34, Petição 870190093723 Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 1/36 Dados do Pedido Natureza Patente: 10 - Patente de Invenção (PI) Título da Invenção ou Modelo de Utilidade (54): CONJUNTO DE GABARITOS PARA ARTRODESE Resumo: Trata-se de conjunto de gabaritos (10) para auxiliar no ato operatório, o correto posicionamento angular da articulação, previamente à sua estabilização por implantes ortopédicos, aumentando a taxa de sucesso da artrodese; dito conjunto de gabaritos (10) para artrodese em cães e gatos é idealizado para uso em procedimentos de implantes ortopédicos internos e externos veterinários respeitando as angulações das articulações como: (i) escápulo-umeral, (ii) úmerorádio-ulnar, (iii) cárpica/pancarpal, (iv) fêmoro-tíbio-patelar e (v) tíbio-társica; dito conjunto de gabaritos (10) são configurados por placas delgadas (11) manufaturadas em metal rígido ou outro tipo de material que possa ser esterilizável, inclusive através da autoclavagem, e com angulações pré-definidas ou confeccionados em placa retilínea (12) confeccionada em liga metálica maleável para customização da angulação baseando-se no membro contralateral do cão ou gato a ser submetido à artrodese; ditas placas (11) e (12) apresentam formato periférico correspondente a articulação do animal e contemplam nas faces planas marcações (13) praticadas a laser ou outra forma adequa para representação dos acidentes anatômicos dos ossos específicos de cada articulação. 1Figura a publicar: Dados do Procurador Nome ou Razão Social: Renan Padron Almeida Procurador: Numero OAB: Numero API: CPF/CNPJ: 33778301896 Endereço: Rua Joaquim Antunes 819 Cidade: São Paulo Estado: SP CEP: 05415012 Telefone: 1156270570 Fax: Email: renan.padron@unesp.br Esta solicitação foi enviada pelo sistema Peticionamento Eletrônico em 19/09/2019 às 11:34, Petição 870190093723 Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 2/36 Dados do Inventor (72) Inventor 1 de 2 Nome: LUÍS GUSTAVO GOSUEN GONÇALVES DIAS CPF: 21722792850 Nacionalidade: Brasileira Qualificação Física: Veterinário, patologista (veterinário) e zootecnista Endereço: Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n Cidade: Jaboticabal Estado: SP CEP: 14884-900 País: BRASIL Telefone: Fax: Email: Inventor 2 de 2 Nome: THIAGO ANDRÉ SALVITTI DE SÁ ROCHA CPF: 28367271874 Nacionalidade: Brasileira Qualificação Física: Veterinário, patologista (veterinário) e zootecnista Endereço: Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n Cidade: Jaboticabal Estado: SP CEP: 14884-900 País: BRASIL Telefone: Fax: Email: Esta solicitação foi enviada pelo sistema Peticionamento Eletrônico em 19/09/2019 às 11:34, Petição 870190093723 Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 3/36 NomeTipo Anexo Comprovante de pagamento de GRU 200 GRU 6 29409161903370840.pdf Comprovante de pagamento de GRU 200 Comprovante GRU 6 370840.pdf Procuração Proc e Posse 07-2018.pdf Relatório Descritivo Relatório.pdf Reivindicação Reivindicação.pdf Desenho Desenhos.pdf Resumo Resumo.pdf Documentos anexados Acesso ao Patrimônio Genético Declaração Negativa de Acesso - Declaro que o objeto do presente pedido de patente de invenção não foi obtido em decorrência de acesso à amostra de componente do Patrimônio Genético Brasileiro, o acesso foi realizado antes de 30 de junho de 2000, ou não se aplica. Declaro, sob as penas da lei, que todas as informações acima prestadas são completas e verdadeiras. Declaração de veracidade Esta solicitação foi enviada pelo sistema Peticionamento Eletrônico em 19/09/2019 às 11:34, Petição 870190093723 Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 4/36 [bb.com.br] - Boleto gerado pelo sistema MPAG. 02/04/2019 15:22:33 INSTRUÇÕES: A data de vencimento não prevalece sobre o prazo legal. O pagamento deve ser efetuado antes do protocolo. Órgãos públicos que utilizam o sistema SIAFI devem utilizar o número da GRU no campo Número de Referência na emissão do pagamento. Serviço: 200-Pedido nacional de Invenção, Modelo de Utilidade, Certificado de Adição de Invenção e entrada na fase nacional do PCT Clique aqui e pague este boleto através do Auto Atendimento Pessoa Física. Clique aqui e pague este boleto através do Auto Atendimento Pessoa Jurídica. 00190.00009 02940.916196 03370.840179 1 78760000007000 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO CPF/CNPJ: 48031918000124 RUA QUIRINO DE ANDRADE 215, SAO PAULO -SP CEP:01049010 29409161903370840 29409161903370840 01/05/2019 70,00 INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUST CPF/CNPJ: 42.521.088/0001-37 RUA MAYRINK VEIGA 9 24 ANDAR ED WHITE MARTINS , RIO DE JANEIRO - RJ CEP: 20090910 2234-9 / 333028-1 00190.00009 02940.916196 03370.840179 1 78760000007000 INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUST CPF/CNPJ: 42.521.088/0001-37 02/04/2019 29409161903370840 DS N 02/04/2019 29409161903370840 17 R$ A data de vencimento não prevalece sobre o prazo legal. O pagamento deve ser efetuado antes do protocolo. Órgãos públicos que utilizam o sistema SIAFI devem utilizar o número da GRU n o campo Número de Referência na emissão do pagamento. Serviço: 200-Pedido nacional de Invenção, Modelo de Utilidade, Certificado de Adição de Invenção e entrada na fase nacional do PCT UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO CPF/CNPJ: 48031918000124 RUA QUIRINO DE ANDRADE 215, SAO PAULO-SP CEP:01049010 01/05/2019 2234-9 / 333028-1 29409161903370840 70,00 Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 5/36 https://www2.bancobrasil.com.br/aapf/login.jsp?url=pagamento/867-892.jsp?codT%3D1%26dataPagamento%3D02%2F04%2F2019%26valorDocumento%3D7000%26valor%3D7000%26desconto%3D0%2C00%26juros%3D0%2C00%26campo1%3D00190%26campo2%3D00009%26campo3%3D02940%26campo4%3D916196%26campo5%3D03370%26campo6%3D840179%26campo7%3D1%26campo8%3D78760000007000%26tipoCodigoBarras%3D1 https://aapj.bb.com.br/aapj/liemp.bb?codigoTransacao=867&data=02042019&campo1=00190&campo2=00009&campo3=02940&campo4=916196&campo5=03370&campo6=840179&campo7=1&campo8=78760000007000&valorDocumento=7000&valor=7000&valorDesconto=000&valorJurosMulta=000 17/04/2019 Internet Banking https://www.santandernetibe.com.br/Paginas/Compromissos/COMPROMISSOS_DETALHE_SEG_VIA.asp?txtEntidade=0033&txtCentroAlta=023… 1/1 FUNDACAO PARA O DESENVOLVIMENTO DA UNESP Agência: 0239 Conta Corrente: 13-002549-6 DETALHE DO COMPROMISSO Convênio: 0033-0239-004900019792 Conta de Débito: 0239-000430023105 Tipo de Pagamento: BLQ Outros Código de Barras: 00190000090294091619603370840179178760000007000 No. compromisso banco: 1030412000100009 No. compromisso cliente: 370840/DS1 101009853 Nome/Razão Social do Beneficiário Original: INPI - INST. NACIONAL DE PROPR Nome/Razão Social do Pagador Efetivo: FUNDACAO PARA O DESENVOLVIMENT CPF/CNPJ do Pagador Efetivo: 57.394.652/0001-75 Valor Nominal: 70,00 Desc./Abat.: 0,00 Juros: 0,00 Data de Vencimento: 25/04/2019 Data de Pagamento: 15/04/2019 Situação: Efetivado No. Lista de Débito: No. Protocolo: PGTFORNB15042019900137940 Autenticação: 11CBC4EF9F954A910EEF6A5 Valor a Pagar: 70,00 Central de Atendimento Santander Empresarial Das 8h às 20h, de segunda a sexta-feira, exceto feriados. 4004-2125 (Regiões Metropolitanas) 0800 726 2125 (Demais Localidades) 0800 723 5007 (Pessoas com deficiência auditiva ou de fala) SAC - Atendimento 24h por dia, todos os dias. 0800 762 7777 0800 771 0401 (Pessoas com deficiência auditiva ou de fala) Ouvidoria - Das 9h às 18h, de segunda a sexta-feira, exceto feriado. 0800 726 0322 0800 771 0301 (Pessoas com deficiência auditiva ou de fala) Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 6/36 javascript:window.close(); javascript:onPrint() Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 7/36 Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 8/36 Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 9/36 Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 10/36 Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 11/36 Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 12/36 1 / 12    “CONJUNTO DE GABARITOS PARA ARTRODESE”.  CAMPO TÉCNICO DA INVENÇÃO  [001] A presente patente de invenção trata de conjunto de gabaritos para artrodese  preferencialmente,  em  cães  e  gatos,  porém  não  exclusivo  para  tais,  notadamente  desenvolvido para uso em procedimentos de implantes ortopédicos internos e externos  veterinários respeitando as angulações das articulações (i) escápulo‐umeral, (ii) úmero‐ rádio‐ulnar, (iii) cárpica/pancarpal, (iv) fêmoro‐tíbio‐patelar e (v) tíbio‐társica. Cada peça  do referido conjunto de gabaritos pode ser manufaturada em metal ou outro tipo de  material que possa ser esterilizável, inclusive através da autoclavagem, permitindo sua  esterilização, bem como auxilia, sobremaneira, sua utilização durante o ato operatório  em artrodeses de pequenos e médios animais na medicina veterinária.  HISTÓRICO DA INVENÇÃO  [002] Segundo Piermattei et al. (2016) a artrodese, também conhecida como anquilose  artificial é procedimento cirúrgico ortopédico que visa a fusão óssea de uma articulação,  destituindo‐a  de  mobilidade,  ato  de  salvaguarda  do  membro  e  uma  alternativa  à  amputação  nas  seguintes  situações  de  fratura  articular  irreparável,  instabilidade  articular  crônica,  doença  articular  degenerativa  crônica  severa  de  qualquer  causa,  injúria  neurológica  causadora  de  paralisia  parcial  de  membro,  especialmente  da  articulação  carpal  e  tarsal  (PIERMATTEI,  D.  L.;  FLO,  G.  L.;  DeCAMP.    C.  E.  Brinker,  Piermattei and Flo's Handbook of Small Animal Orthopedics and Fracture Repair. 5th ed.  Missouri: Saunders/Elsevier; 2016. p. 868.).  [003] Segundo  Denny  e  Butterworth  (2000)  o  sucesso  da  artrodese  envolve  três  procedimentos básicos:  ‐  Remoção  de  toda  a  cartilagem  articular  suficiente  para  promover  a  exposição  e  sangramento do osso subcondral;  ‐ Sempre que possível, remover os contornos das superfícies articulares opostas para  garantir ótimo contato ósseo e regeneração óssea. Se os contornos da articulação não  puderem  ser  removidos  total  ou  parcialmente,  deve‐se  preencher  esse  espaço  com  enxerto  ósseo  esponjoso  autólogo  (indicado  em  qualquer  artrodese  para  acelerar  a  união óssea);  Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 13/36 2 / 12    ‐ A articulação deve ser fusionada em ângulo funcional. (DENNY, H. R.; BUTTERWORTH,  S. J. A guide to canine and feline orthopaedic surgery. 4.ed. Oxford: Blackwell Science,  2000).  [004] O método de fixação rígido pode ser tanto interno quanto externo, ou ambos,  para que ocorra a fusão articular (fixadores esqueléticos externos, placas e parafusos).  (TURNER, T. M. & LIPOWITZ, A. J. Artrodese, p.775‐786. In: Bojrab M.J. (Ed.), Técnicas  atuais em cirurgia de pequenos animais. 3a ed. Roca, São Paulo, 2005.).  [005] Assegurar‐se  de  que  a  fusão  da  articulação  realizada  está  no  devido  ângulo  anatômico  é  característica  fundamental  para  o  sucesso  cirúrgico,  devido  ao  fato  do  ângulo  escolhido  ter  função  direta  no  comprimento  correto  do membro.  Apesar  de  quadrúpedes,  o  cão  e  o  gato  podem  realizar  compensação  considerável  em  alongamentos  ou  encurtamentos  de  um  único  membro,  mesmo  que  a  função  seja  comprometida (PIERMATTEI, D. L.; FLO, G. L.; DeCAMP. C. E. Brinker, Piermattei and Flo's  Handbook  of  Small  Animal  Orthopedics  and  Fracture  Repair.  5th  ed.  Missouri:  Saunders/Elsevier; 2016. p. 868).  [006] Para aplicar a técnica de artrodese, requisitos básicos como o ângulo de extensão  ou de flexão (ver figuras 1 a 6), o grau de varus ou valgus e o alinhamento rotacional ou  axial de cada articulação precisam ser previamente definidos (FREITAS, S. H.; DÓRIA, R.  G. S.; MINTO, B. W.; De NARDI, A. B.; CAMARGO, L. M.; SANTOS, M. D.; AMBRÓSIO, C. E.  Ângulos de artrodese nas principais articulações do esqueleto apendicular em caninos  Rev. Bras. Med. Vet., 36(3):322‐326 jul/set 2014).  [007] A  título  de  exemplo  a  artrodese  escápulo‐umeral  –  ombro  ‐,  (ver  figura  1)  a  cirurgia de artrodese de ombro é reservada para animais com luxação crônica intratável,  fraturas  cominutivas  da  cabeça  umeral  ou  cavidade  glenoide  escapular,  ou  doença  articular degenerativa devido à fixação primária  (FOSSUM T.W. Cirurgia de pequenos  animais. 4a ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2014. p. 1256).  [008] É  necessária  a  realização  de  radiografias  pós‐operatórias  para  avaliação  do  ângulo alcançado, comparando com o valor anteriormente almejado, não obstante, é  útil  para  avaliar  o  posicionamento  dos  implantes,  o  que  auxilia  também  como  comparativo  para  futuras  avaliações.  A  observação  de  sinais  radiográficos  de  união  Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 14/36 3 / 12    óssea normalmente ocorre de 6 a 8 semanas pós‐operatórias (FOSSUM T.W. Cirurgia de  pequenos animais. 4a ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2014. p. 1259).  [009] A Artrodese úmero‐rádio‐ulnar ‐ cotovelo ‐, (ver figura 2), é considerada somente  quando há  injúria severa da cartilagem decorrente de  trauma ou  luxação. É  também  recomendada  quando há  insucesso  na  fixação  de  fratura  articular  de  cotovelo  e  em  artrites crônicas não  responsivas ao manejo medicamentoso. É um procedimento de  salvaguarda  do  membro  que  é  realizado  como  última  opção  e  como  alternativa  à  amputação do membro (FOSSUM T.W. Cirurgia de pequenos animais. 4a ed. Elsevier,  Rio de Janeiro, 2014. p. 1289).  [010] Para a artrodese pancarpal – punho ‐, (ver figura 3), é recomendada quando há  injúrias  hiperextensionais  carpo‐metacarpal,  como  as  luxações  e  sub‐luxações,  ocorrendo  à  ruptura  ou  deslocamento  do  osso  carpal  acessório  e  ulnar  carpal.  Poliartrites  frequentemente  afetam  a  articulação  do  punho,  assim  como  inflamação  crônica articular que pode resultar em dano severo da cartilagem articular e aos tecidos  moles  periféricos,  culminando  em  progressivo  colapso  articular  e  apoio  palmígrado  (FOSSUM T.W. Cirurgia de pequenos animais. 4a ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2014. p.  1297).  [011] A  artrodese  fêmoro‐tíbio‐patelar  ‐  joelho  ‐,  (ver  figura  4),  é  alternativa  à  amputação devido a  fraturas  intra‐articulares  severamente  cominutiva,  luxação  total  aguda,  luxação  crônica  ou  subluxação  por  variadas  causas,  osteoartrite  severa  e  luxações  patelares  que  não  respondem  ao  reparo  convencional.  Quando  a  fusão  é  realizada no ângulo apropriado a função do membro é satisfatória para os animais de  companhia (PIERMATTEI, D. L.; FLO, G. L.; DeCAMP. C. E. Brinker, Piermattei and Flo's  Handbook  of  Small  Animal  Orthopedics  and  Fracture  Repair.  5th  ed.  Missouri:  Saunders/Elsevier; 2016. p. 663).  [012] A artrodese tíbio‐társica ‐ talocrural ou tarsocrural – tornozelo ‐, (ver figura 5),  prevê  que  as  injúrias  dos  tarsos  por  abrasão  (shearing  fractures)  são  normalmente  extensas  para  serem  reconstruídas  cirurgicamente  com  sucesso.  Invariavelmente  há  extensiva  perda  de  tecido  ósseo  da  porção maleolar medial,  tróclea  tibial,  e menos  frequentemente do côndilo do talus. Se a perda óssea se estender à superfície articular  Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 15/36 4 / 12    da tíbia, poderá não haver superfície articular suficiente para dar suporte ao osso talus.  Adicionalmente,  a  habilidade  de  prover  suporte  ligamentar  medial  suficiente  é  questionável. Nesta situação, a artrodese da articulação  tarsocrural ou  talocrural é o  melhor método de manter a função do membro. Outros fatores que indicam artrodese  são:  instabilidade  crônica  ou  hiperextensão,  fraturas  intra‐articulares  cominutivas,  injúria  irreparável  do  tendão  calcaneal  (aquiles)  e  paralisia  do  nervo  isquiático  combinada a transposição do tendão flexor digital longo (PIERMATTEI, D. L.; FLO, G. L.;  DeCAMP.  C. E. Brinker, Piermattei and Flo's Handbook of Small Animal Orthopedics and  Fracture Repair. 5th ed. Missouri: Saunders/Elsevier; 2016. p. 714‐733).  [013] No caso da cirurgia de salvamento de membro ‘limb sparing’, (ver figura 6), na  maioria dos casos de neoplasias ósseas, 75% de incidência para os osteossarcomas, a  amputação alta do membro é recomendada, minimizando a dor e em casos precoces de  diagnóstico, diminuindo a probabilidade de possíveis metástases. Porém, em algumas  situações,  artrodeses  são  realizadas  (artrodese  pancarpal,  escápulo‐umeral,  úmero‐ rádio‐ulnar, fêmoro‐tíbio‐patelar e tíbio‐társica) mesmo não sendo a primeira indicação.   Isso ocorrerá nos pacientes que não deambularão adequadamente após a amputação,  devido principalmente à coexistência de afecção neurológica e ortopédica e/ou devido  aos  proprietários/tutores  que  não  permitem  a  amputação  em  seus  animais  de  estimação.  Estes  casos  demandam  angulação  anatômica  correta  da  articulação  acometida ou parcialmente extirpada (FOSSUM T.W. Cirurgia de pequenos animais. 4a  ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2014.p 1398‐1404).  [014] O prognóstico pós‐artrodese é dependente do tamanho e nível de atividade do  paciente. Cães pequenos apresentam poucas complicações e sinais pouco perceptíveis  de  anormalidades  na  deambulação.  Cães  maiores  apresentam  alta  taxa  de  complicações,  incluindo  união  retardada  ou  não  união  óssea  e  falha  nos  implantes.  Anormalidades na deambulação tendem a ser mais aparentes em cães de grande porte.  Cães ativos tenderão a utilizar o membro ao caminhar e ao permanecerem em estação  (posição quadrupedal), mas poderão não apoiá‐lo ao correr (FOSSUM T.W. Cirurgia de  pequenos animais. 4a ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2014.p 1291).  [015] A grande dificuldade presente no ato operatório é o correto posicionamento da  Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 16/36 5 / 12    articulação  na  devida  angulação  anatômica  antes  da  estabilização  com  implantes  ortopédicos  internos  ou  externos.  O  insucesso  do  correto  posicionamento  angular  (maiores ou menores em referência à angulação anatômica) promove o  insucesso da  técnica.   ANÁLISE DO ESTADO DA TÉCNICA  [016] Em pesquisa realizada em bancos de dados especializados  foram encontrados  documentos  referentes  à  gabaritos  e/ou  correlatos  para  artrodese,  tal  como,  por  exemplo, o documento de nº. US2016338747 que trata de um implante intramedular  com  extremidades  opostas  inseridas  em  orifícios  adjacentes  para  corrigir  o  dedo  martelo e para procedimentos semelhantes de artrodese. Uma extremidade traseira do  implante pode  ser  enroscada  e  é  recebida  em um orifício  na  falange proximal. Uma  extremidade dianteira  tem uma  forma pontiaguda assimétrica  com meios de  fixação  voltados  para  trás,  espaçados  longitudinalmente  e/ou  angularmente.  A  extremidade  dianteira pontiaguda é recebida na  falange média. A  forma pontiaguda assimétrica é  autocompensadora,  permitindo  que  a  entrada  comece  sem  primeiro  alinhar  longitudinalmente os ossos. A extremidade traseira, quando aparafusada no lugar, pode  ser girada para selecionar a orientação da forma pontiaguda assimétrica. A extremidade  dianteira pontiaguda é inserida e empurrada para trazer as falanges, onde o implante as  mantém contra a retração ou o deslocamento rotacional. Dito  implante intramedular  rosqueado  transcirurgicamente  permite  a  angulação  óssea  no  momento  do  procedimento cirúrgico. No entanto, as características técnicas e físicas do dispositivo  diferem da presente invenção.  [017] O documento de nº. US2002165551 trata de guia para posicionar angularmente  os ossos em uma junta para realizar a artrodese, compreendendo a guia: uma base para  posicionamento na junta, e tendo um eixo de ajuste cuja posição é projetada para ser  ajustada  de  modo  a  ficar  substancialmente  vertical  acima  de  primeiro  ponto  de  referência geométrico fixo ‘R’ da junta; e um conjunto de ajuste montado para deslizar  axialmente e em rotação no eixo de ajuste para ajustar respectivamente uma altura para  o conjunto relativamente ao primeiro ponto geométrico de referência ‘R’ e um primeiro  ângulo  alfa para o  conjunto em  torno do dito eixo,  sendo o dito  conjunto de  ajuste  Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 17/36 6 / 12    formado por um membro ajustável angular que pode ser posicionado sobre uma peça  graduada para ajustar um segundo ângulo beta centrado no primeiro ponto geométrico  de referência R, mas situado em um plano diferente do primeiro ângulo alfa. O guia é  adequado  para  posicionamento  metatarso‐falângico.  Dito  guia,  também,  difere  dos  dispositivos descritos na presente invenção.  [018] O  documento  de  nº.  US6755838  trata  de  placa  e  sistema  de  assentamento  plantar anatomicamente personalizado para uma fixação angularmente estável para a  artrodese da articulação tarsometatársica. A placa óssea tem uma porção de placa distal  que se estende na direção longitudinal e na qual um furo distal é formado para receber  um parafuso ósseo em um ângulo estável, uma porção de placa proximal que se estende  transversal à direção longitudinal e uma porção de placa central que estende‐se entre  as porções de placa distal e proximal e que é feita com uma porção de placa curva com  pelo menos uma zona de dobragem com a finalidade de personalização anatômica. Um  orifício plantar para receber um parafuso ósseo a ser fixado à sola do pé em um ângulo  estável e um orifício medialmente inclinado para receber um parafuso ósseo a ser fixado  em  uma  inclinação medial  em  um  ângulo  estável  são  dispostos  na  região  proximal,  porção de placa adjacente um ao outro transversal à direção longitudinal.  [019] Supracitado documento descreve uma placa e um sistema utilizados para fixação  angular  estável  para  artrodese,  também,  distinto  fisicamente  e  tecnicamente  da  presente invenção.  [020] Pelo exposto, entende‐se que os aspectos técnicos da presente invenção não são  antecipados  no  estado  da  técnica  e  que  os  critérios  legais  de  patenteabilidade  de  novidade e atividade inventiva, nos termos dos art. 11 e 13 da LPI, não se encontram  prejudicados.  OBJETIVOS DA INVENÇÃO  [021] É objetivo da presente invenção apresentar conjunto de gabaritos para artrodese  preferencialmente,  em  cães  e  gatos,  notadamente  para  uso  em  procedimentos  de  implantes ortopédicos internos e externos veterinários respeitando as angulações das  articulações  (i)  escápulo‐umeral,  (ii)  úmero‐rádio‐ulnar,  (iii)  cárpica/pancarpal,  (iv)  fêmoro‐tíbio‐patelar e (v) tíbio‐társica.  Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 18/36 7 / 12    [022] Outro objetivo da presente invenção é apresentar um conjunto de gabaritos para  artrodese que visa dar suporte, ou seja, acurácia da angulação correta, à realização da  técnica e elevar a taxa de sucesso cirúrgico nas principais cirurgias de artrodese em cães  e gatos. A angulação pode ser realizada no gabarito antes do procedimento operatório  utilizando, como parâmetro, a articulação contralateral e posteriormente submetê‐lo ao  processo de esterilização.  [023] É, ainda, objetivo da presente  invenção, apresentar um conjunto de gabaritos  para artrodese, principalmente quando estiver comprometendo a correta angulação da  articulação.  Neste  caso,  tanto  para  artrodese  quanto  para  osteossíntese  corretiva  o  presente invento terá efetiva utilidade no transoperatório.  [024] É objetivo desta invenção apresentar um conjunto de gabaritos para artrodese  confeccionados em metal e em liga metálica maleável, ou outro tipo de material que  possa ser esterilizável, inclusive através da autoclavagem, para a manufatura retilínea,  ou  seja,  sem  nenhuma  angulação  para  que  esta  seja  mensurada  e  confeccionada  baseando‐se  no membro  contralateral  do  cão  ou  gato  a  ser  submetido  à  artrodese,  permitindo,  assim,  a  customização  ou,  como  alternativa,  confeccionados  em  metal  rígido onde não haverá disponibilidade de alteração do ângulo pré‐definido.  [025] É objetivo da presente invenção apresentar conjunto de gabaritos para artrodese  providos  de  marcações  praticadas  a  laser  ou  outra  forma  adequada  dos  acidentes  anatômicos e delineamento dos ossos específicos de cada articulação descrita e quando  angulados conforme as angulações anatômicas necessárias ao procedimento cirúrgico  efetivo.  [026] É objetivo da presente invenção apresentar conjunto de gabaritos para artrodese  manufaturados de diversos tamanhos para que possam ser utilizados nas mais diversas  raças  de  cães  e  gatos.  Não  obstante,  poderão  ser  confeccionados  com  lados  pré‐ definidos, direito e esquerdo, ou mesmo serem manufaturados de forma única para uso  de ambos os antímeros do animal (lado direito ou esquerdo).  DESCRIÇÃO DAS FIGURAS  [027] A  complementar  a  presente  descrição  de  modo  a  obter  uma  melhor  compreensão das características do presente invento e de acordo com uma preferencial  Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 19/36 8 / 12    realização  prática  do  mesmo,  acompanha  a  descrição,  em  anexo,  um  conjunto  de  desenhos, onde, de maneira exemplificada, embora não limitativa, se representou seu  funcionamento:  a  figura 1  representa desenho  ilustrando angulação recomendada de 105 graus para  artrodese de ombro em cães e gatos.  (PIERMATTEI, D.  L.;  FLO, G.  L.; DeCAMP.   C. E.  Brinker, Piermattei and Flo's Handbook of Small Animal Orthopedics and Fracture Repair.  5th ed. Missouri: Saunders/Elsevier; 2016. p. 276);  a  figura  2  revela  desenho  ilustrando  angulação  recomendada  de  110  graus  para  artrodese de cotovelo em cães e gatos (PIERMATTEI, D. L.; FLO, G. L.; DeCAMP.  C. E.  Brinker, Piermattei and Flo's Handbook of Small Animal Orthopedics and Fracture Repair.  5th ed. Missouri: Saunders/Elsevier; 2016. p. 362);  a  figura  3  ilustra  desenho  ilustrando  angulação  recomendada de  10  a 12  graus  para  artrodese  pancarpal  em  cães  (PIERMATTEI,  D.  L.;  FLO,  G.  L.; DeCAMP.  C.  E.  Brinker,  Piermattei and Flo's Handbook of Small Animal Orthopedics and Fracture Repair. 5th ed.  Missouri: Saunders/Elsevier; 2016. p. 405);  a  figura  4  mostra  desenho  ilustrando  angulação  recomendada  de  140  graus  para  artrodese de joelho em cães e gatos (PIERMATTEI, D. L.; FLO, G. L.; DeCAMP. C. E. Brinker,  Piermattei and Flo's Handbook of Small Animal Orthopedics and Fracture Repair. 5th ed.  Missouri: Saunders/Elsevier; 2016. p. 664);  a  figura 5  representa desenho  ilustrando angulação recomendada de 135 graus para  artrodese  talocrural  em  cães  (PIERMATTEI,  D.  L.;  FLO,  G.  L.; DeCAMP.  C.  E.  Brinker,  Piermattei and Flo's Handbook of Small Animal Orthopedics and Fracture Repair. 5th ed.  Missouri: Saunders/Elsevier; 2016. p. 733);  a figura 6 representa desenho ilustrando o procedimento cirúrgico de salvamento de  membro  torácico  ‘limb  sparing’  com  a  remoção  da  porção  óssea  acometida  por  osteossarcoma (epífise distal do rádio e da ulna) e artrodese pancarpal com aloenxerto  (FOSSUM T.W. Cirurgia de pequenos animais. 4a ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2014. p.  1405);   as figuras 7, 7A e 7B mostram vistas em perspectiva, frontal e lateral de um modelo de  gabarito para artrodese da articulação escápulo‐umeral de cães e gatos;  Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 20/36 9 / 12    as figuras 8, 8A e 8B representam vistas em perspectiva, frontal e lateral de um modelo  de gabarito para artrodese da articulação úmero‐rádio‐ulnar de cães e gatos;  as figuras 9, 9A, 9B e 9C revelam vistas em perspectiva, frontal e laterais de um modelo  de gabarito para artrodese da articulação cárpica de cães e gatos, ilustrando a variação  de angulação de 11° para artrodese cárpica em cães e 25° para artrodese cárpica em  gatos;  as figuras 10, 10A e 10B ilustram vistas em perspectiva, frontal e lateral de um modelo  de gabarito para artrodese da articulação fêmoro‐tíbio‐patelar de cães e gatos; e  as figuras 11, 11A, 11B e 11C representam vistas em perspectiva, frontal e laterais de  um modelo  de  gabarito  para  artrodese  da  articulação  tíbio‐társica  de  cães  e  gatos,  demonstrando a angulação de 140° para artrodese tíbio‐társica para cães e 120° para  gatos; e  as figuras 12, 12A e 12B revelam vistas em perspectiva, frontal e lateral de um modelo  de gabarito para artrodese da articulação escápulo‐umeral sem angulação pré‐definida  para  a  customização  baseando‐se  no  membro  contralateral  do  cão  ou  gato  a  ser  submetido à artrodese.  DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO  [028] Com  referência  aos  desenhos  ilustrados,  a  presente  patente  de  invenção  se  refere à “CONJUNTO DE GABARITOS PARA ARTRODESE”, mais precisamente trata‐se de  conjunto de gabaritos  (10) para auxiliar no ato operatório, o correto posicionamento  angular  da  articulação,  previamente  à  sua  estabilização  por  implantes  ortopédicos,  aumentando a taxa de sucesso da artrodese.  [029] Segundo  a  presente  invenção,  o  conjunto  de  gabaritos  (10)  para  artrodese  preferencialmente,  em  cães  e  gatos  é  idealizado  para  uso  em  procedimentos  de  implantes ortopédicos internos e externos veterinários respeitando as angulações das  articulações  como:  (i)  escápulo‐umeral,  (ii)  úmero‐rádio‐ulnar,  (iii)  cárpica/pancarpal,  (iv)  fêmoro‐tíbio‐patelar  e  (v)  tíbio‐társica.  Dito  conjunto  de  gabaritos  (10)  são  configurados por placas delgadas (11) manufaturadas em metal rígido ou outro tipo de  material que possa ser esterilizável, inclusive através da autoclavagem e com angulações  pré‐definidas (ver figuras 7 a 11) ou confeccionados em placa retilínea (12) (ver figuras  Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 21/36 10 / 12    12  a  12B)  confeccionada em  liga metálica maleável  para  customização da  angulação  baseando‐se no membro contralateral do cão ou gato a ser submetido à artrodese.   [030] Ditas  placas  (11)  e  (12)  apresentam  formato  periférico  correspondente  a  articulação do animal e contemplam nas faces planas marcações (13) praticadas a laser  ou  outra  forma  adequa  para  representação  dos  acidentes  anatômicos  dos  ossos  específicos de cada articulação.  [031] Tanto  as  placas  (11)  como  a  placa  (12)  são  confeccionadas  em  material  esterilizável para utilização no ato operatório favorecendo assim a correta angulação  anatômica da articulação submetida à técnica de artrodese.  [032] Numa  versão  construtiva  preferencial  para  gabarito  (10)  com  angulação  pré‐ definida, a placa (11A) (ver figuras 7 a 7B), apresenta delineamento dos ossos referentes  à  articulação  do  ombro,  ou  seja,  escápula  (11a1)  e  úmero  (11a2),  bem  como,  as  demarcações (13) representam os acidentes anatômicos que caracterizam espinha da  escápula  (13a),  cabeça  umeral  (13b)  e  fossa  do  olécrano  (13c).  A  angulação  (α)  do  gabarito (11A) é, preferencialmente de 110° para artrodese escápulo‐umeral para cães  e gatos.  [033] Outro modelo de gabarito  (10) com angulação pré‐definida prevê que a placa  (11B), (ver figuras 8 a 8B), apresente delineamento dos ossos referentes à articulação  do  cotovelo  onde  úmero  (11b1)  e  rádio  (11b2).  As  faces  planas  apresentam  demarcações  dos  acidentes  anatômicos  que  caracterizam  os  ossos,  sendo  a  cabeça  umeral  (13d),  fossa  do  olécrano  (13e)  e  superfície  articular  úmero‐radial  (13f).  A  angulação (α’) do gabarito (11B) é, preferencialmente de 135° para artrodese úmero‐ rádio‐ulnar para cães e gatos.  [034] O modelo de gabarito (10) com angulação pré‐definida prevê que a placa (11C),  (ver  figuras  9  a  9C),  apresente  delineamento  dos  ossos  referentes  à  articulação  do  punho, sendo rádio (11c1) e carpos e metacarpos (11c2). As faces planas apresentam  demarcações dos acidentes anatômicos que caracterizam os ossos, sendo carpo (13g) e  metacarpianos (13h). As angulações (β) e (β’) do gabarito (11C) são, preferencialmente  de 11° para artrodese cárpica em cães e 25° para gatos.  [035] O modelo de gabarito (10) com angulação pré‐definida prevê que a placa (11D),  Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 22/36 11 / 12    (ver figuras 10 a 10B), apresente delineamento dos ossos referentes à articulação do  joelho, sendo fêmur (11d1) e tíbia (11d2). As faces planas apresentam demarcações dos  acidentes anatômicos que caracterizam os ossos, sendo a cabeça femoral  (13i),  fossa  trocantérica (13j), sulco troclear (13l) e tuberosidade tibial (13m). A angulação (α”) do  gabarito (11C) é, preferencialmente de 140° para artrodese fêmoro‐tíbio‐patelar para  cães e gatos.  [036] O modelo de gabarito (10) com angulação pré‐definida prevê que a placa (11E),  (ver figuras 11 a 11C), apresente delineamento dos ossos referentes à articulação do  calcanhar,  sendo  tíbia  (11e1),  talus,  tarsos  e  metatarsos  (11e2).  As  faces  planas  apresentam demarcações dos acidentes anatômicos que caracterizam os ossos, sendo  a  tuberosidade  tibial  (13n),  interface  articular  entre  a  tíbia  e o  talus  (13o),  interface  articular entre o talus e os ossos tarsianos (13p) e metatarsianos (13q). As angulações  (µ) e (µ’) do gabarito (11E) são, preferencialmente de 140° para artrodese tíbio‐társica  para cães e 120° para gatos.  [037] Todos os gabaritos (10) do tipo rígidos (11) com angulações pré‐definidas ou do  tipo  confeccionado  em  liga  metálica  maleável  (12)  para  customização  podem  ser  confeccionados em tamanhos distintos, sendo: comprimento de 10 cm e 1 cm de largura  com espessura variando conforme o metal; 20 cm e 1,5 cm de largura com espessura  variando conforme o metal; comprimento de 30 cm e 2 cm de largura com espessura  variando conforme o metal; comprimento de 40 cm e 2,5 cm de largura com espessura  variando conforme o metal.  [038] É certo que quando o presente  invento  for  colocado em pratica, poderão  ser  introduzidas modificações no que se refere a certos detalhes de construção e forma,  sem que  isso  implique  afastar‐se  dos  princípios  fundamentais  que  estão  claramente  substanciados no quadro reivindicatório,  ficando assim entendido que a terminologia  empregada não teve a finalidade de limitação.    Referências   DENNY,  H.  R.;  BUTTERWORTH,  S.  J.  A  guide  to  canine  and  feline  orthopaedic  surgery.  4.ed.  Oxford: Blackwell Science, 2000.  Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 23/36 12 / 12    FOSSUM T.W. Cirurgia de pequenos animais. 4a ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2014. p. 1256.  FOSSUM T.W. Cirurgia de pequenos animais. 4a ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2014. p. 1289.  FOSSUM T.W. Cirurgia de pequenos animais. 4a ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2014. p. 1297.  FOSSUM T.W. Cirurgia de pequenos animais. 4a ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2014.p 1398‐1404.  FOSSUM T.W. Cirurgia de pequenos animais. 4a ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2014. p. 1405.  FOSSUM T.W. Cirurgia de pequenos animais. 4a ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2014.p 1291.  FREITAS, S. H.; DÓRIA, R. G. S.; MINTO, B. W.; De NARDI, A. B.; CAMARGO, L. M.; SANTOS, M. D.;  AMBRÓSIO, C. E. Ângulos de artrodese nas principais articulações do esqueleto apendicular em  caninos Rev. Bras. Med. Vet., 36(3):322‐326 jul/set 2014.  PIERMATTEI, D. L.; FLO, G. L.; DeCAMP.  C. E. Brinker, Piermattei and Flo's Handbook of Small  Animal Orthopedics and Fracture Repair. 5th ed. Missouri: Saunders/Elsevier; 2016. p. 868.  PIERMATTEI, D. L.; FLO, G. L.; DeCAMP.  C. E. Brinker, Piermattei and Flo's Handbook of Small  Animal Orthopedics and Fracture Repair. 5th ed. Missouri: Saunders/Elsevier; 2016. p. 276.  PIERMATTEI, D. L.; FLO, G. L.; DeCAMP.  C. E. Brinker, Piermattei and Flo's Handbook of Small  Animal Orthopedics and Fracture Repair. 5th ed. Missouri: Saunders/Elsevier; 2016. p. 362.  PIERMATTEI, D. L.; FLO, G. L.; DeCAMP. C. E. Brinker, Piermattei and Flo's Handbook of Small  Animal Orthopedics and Fracture Repair. 5th ed. Missouri: Saunders/Elsevier; 2016. p. 405.  PIERMATTEI, D. L.; FLO, G. L.; DeCAMP. C. E. Brinker, Piermattei and Flo's Handbook of Small  Animal Orthopedics and Fracture Repair. 5th ed. Missouri: Saunders/Elsevier; 2016. p. 663.  PIERMATTEI, D. L.; FLO, G. L.; DeCAMP.  C. E. Brinker, Piermattei and Flo's Handbook of Small  Animal Orthopedics and Fracture Repair. 5th ed. Missouri: Saunders/Elsevier; 2016. p. 664.  PIERMATTEI, D. L.; FLO, G. L.; DeCAMP.  C. E. Brinker, Piermattei and Flo's Handbook of Small  Animal Orthopedics and Fracture Repair. 5th ed. Missouri: Saunders/Elsevier; 2016. p. 714‐733.  PIERMATTEI, D. L.; FLO, G. L.; DeCAMP.  C. E. Brinker, Piermattei and Flo's Handbook of Small  Animal Orthopedics and Fracture Repair. 5th ed. Missouri: Saunders/Elsevier; 2016. p. 733.  TURNER, T. M. & LIPOWITZ, A. J. Artrodese, p.775‐786. In: Bojrab M.J. (Ed.), Técnicas atuais em  cirurgia de pequenos animais. 3a ed. Roca, São Paulo, 2005. Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 24/36 1 / 3    REIVINDICAÇÕES  1. “CONJUNTO DE GABARITOS PARA ARTRODESE”, mais precisamente trata‐se de  conjunto de gabaritos  (10) para auxiliar no ato operatório, o correto posicionamento  angular  da  articulação,  previamente  à  sua  estabilização  por  implantes  ortopédicos,  aumentando a taxa de sucesso da artrodese; caracterizado por conjunto de gabaritos  (10), serem idealizados para uso em procedimentos de implantes ortopédicos internos  e externos veterinários respeitando as angulações das articulações como: (i) escápulo‐ umeral,  (ii)  úmero‐rádio‐ulnar,  (iii)  cárpica/pancarpal,  (iv)  fêmoro‐tíbio‐patelar  e  (v)  tíbio‐társica; dito conjunto de gabaritos (10) são configurados por placas delgadas (11)  manufaturadas em metal rígido ou outro tipo de material que possa ser esterilizável,  inclusive através da autoclavagem, e com angulações pré‐definidas ou confeccionados  em placa retilínea (12) confeccionada em liga metálica maleável para customização da  angulação  baseando‐se  no membro  contralateral  do  cão  ou  gato  a  ser  submetido  à  artrodese;  ditas  placas  (11)  e  (12)  apresentam  formato  periférico  correspondente  a  articulação do animal e contemplam nas faces planas marcações (13) praticadas a laser  ou  outra  forma  adequa  para  representação  dos  acidentes  anatômicos  dos  ossos  específicos  de  cada  articulação;  tanto  as  placas  (11)  como  a  placa  (12)  são  confeccionadas em material esterilizável para utilização no ato operatório favorecendo  assim a correta angulação anatômica da articulação submetida à técnica de artrodese.  2. “CONJUNTO DE GABARITOS PARA ARTRODESE”, de acordo com a reivindicação  1  e    numa  versão  construtiva  preferencial  para  gabarito  (10)  com  angulação  pré‐ definida, caracterizado por placa (11A) apresentar delineamento dos ossos referentes à  articulação  do  ombro,  ou  seja,  escápula  (11a1)  e  úmero  (11a2),  bem  como,  as  demarcações (13) representam os acidentes anatômicos que caracterizam espinha da  escápula  (13a),  cabeça  umeral  (13b)  e  fossa  do  olécrano  (13c);  a  angulação  (α)  do  gabarito (11A) é de 110° para artrodese escápulo‐umeral para cães e gatos.  3. “CONJUNTO DE GABARITOS PARA ARTRODESE”, de acordo com a reivindicação  1 e numa versão construtiva preferencial para gabarito (10) com angulação pré‐definida,  caracterizado  por  placa  (11B)  apresentar  delineamento  dos  ossos  referentes  à  articulação do cotovelo onde úmero (11b1) e rádio (11b2); as faces planas apresentam  Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 25/36 2 / 3    demarcações  dos  acidentes  anatômicos  que  caracterizam  os  ossos,  sendo  a  cabeça  umeral  (13d),  fossa  do  olécrano  (13e)  e  superfície  articular  úmero‐radial  (13f);  a  angulação (α’) do gabarito (11B) de 135° para artrodese úmero‐rádio‐ulnar para cães e  gatos.  4. “CONJUNTO DE GABARITOS PARA ARTRODESE”, de acordo com a reivindicação  1 e numa versão construtiva preferencial para gabarito (10) com angulação pré‐definida,  caracterizado  por  placa  (11C)  apresentar  delineamento  dos  ossos  referentes  à  articulação do punho, sendo rádio (11c1) e carpos e metacarpos (11c2); as faces planas  apresentam demarcações dos acidentes anatômicos que caracterizam os ossos, sendo  carpo (13g) e metacarpianos (13h); as angulações (β) e (β’) do gabarito (11C) serem de  11° para artrodese cárpica em cães e 25° para gatos.  5. “CONJUNTO DE GABARITOS PARA ARTRODESE”, de acordo com a reivindicação  1 e numa versão construtiva preferencial para gabarito (10) com angulação pré‐definida,  caracterizado  por  placa  (11D)  apresentar  delineamento  dos  ossos  referentes  à  articulação do  joelho, sendo fêmur (11d1) e tíbia  (11d2); as  faces planas apresentam  demarcações  dos  acidentes  anatômicos  que  caracterizam  os  ossos,  sendo  a  cabeça  femoral (13i), fossa trocantérica (13j), sulco troclear (13l) e tuberosidade tibial (13m); a  angulação  (α”) do gabarito  (11C) é de 140° para artrodese  fêmoro‐tíbio‐patelar para  cães e gatos.  6. “CONJUNTO DE GABARITOS PARA ARTRODESE”, de acordo com a reivindicação  1 e numa versão construtiva preferencial para gabarito (10) com angulação pré‐definida,  caracterizado  por  placa  (11E)  apresentar  delineamento  dos  ossos  referentes  à  articulação do calcanhar, sendo tíbia (11e1), talus, tarsos e metatarsos (11e2); as faces  planas apresentam demarcações dos acidentes anatômicos que caracterizam os ossos,  sendo  a  tuberosidade  tibial  (13n),  interface  articular  entre  a  tíbia  e  o  talus  (13o),  interface  articular  entre  o  talus  e os  ossos  tarsianos  (13p)  e metatarsianos  (13q);  as  angulações (µ) e (µ’) do gabarito (11E) são de 140° para artrodese tíbio‐társica para cães  e 120° para gatos.  7. “CONJUNTO  DE  GABARITOS  PARA  ARTRODESE”,  de  acordo  com  as  reivindicações  anteriores,  caracterizado  por  gabaritos  (10)  do  tipo  rígidos  (11)  com  Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 26/36 3 / 3    angulações pré‐definidas ou do tipo confeccionado em liga metálica maleável (12) para  customização  poderem  ser  confeccionados  em  tamanhos  distintos,  sendo:  comprimento de 10 cm e 1 cm de largura com espessura variando conforme o metal; 20  cm e 1,5 cm de largura com espessura variando conforme o metal; comprimento de 30  cm e 2 cm de largura com espessura variando conforme o metal; comprimento de 40  cm e 2,5 cm de largura com espessura variando conforme o metal.    Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 27/36 1/8 FIG.1 FIG.2 FIG.3 105° 110°° 10°-12º Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 28/36 2/8 FIG.4 FIG.5 FIG.6 Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 29/36 3 /8 FIG.7 FIG.7A 11 13 10 11A 13c 11a2 11a1 13a 13b FIG.7B Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 30/36 4 /8 FIG.8 11 10 11b1 11b2 11B 13e 13d 13f FIG.8A FIG.8B Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 31/36 5 /8 10 13g FIG.9 FIG.9A FIG.9B FIG.9C 11 13h 11c2 11c1 11C Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 32/36 6 /8 FIG.10 FIG.10A FIG.10B 11 10 11D 13l 13m 11d2 11d1 13i 13j Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 33/36 7 /8 FIG.11 FIG.11A FIG.11B FIG.11C 11E 11 10 13o 13p 13q 11e1 11e2 13n Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 34/36 8 /8 FIG.12 10 12 FIG.12A FIG.12B Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 35/36 1 / 1    RESUMO  “CONJUNTO DE GABARITOS PARA ARTRODESE”.  Trata‐se  de  conjunto de  gabaritos  (10)  para  auxiliar  no  ato operatório,  o  correto  posicionamento  angular  da  articulação,  previamente  à  sua  estabilização  por  implantes ortopédicos, aumentando a taxa de sucesso da artrodese; dito conjunto  de  gabaritos  (10)  para  artrodese  em  cães  e  gatos  é  idealizado  para  uso  em  procedimentos  de  implantes  ortopédicos  internos  e  externos  veterinários  respeitando as angulações das articulações como: (i) escápulo‐umeral,  (ii) úmero‐ rádio‐ulnar, (iii) cárpica/pancarpal, (iv) fêmoro‐tíbio‐patelar e (v) tíbio‐társica; dito  conjunto de gabaritos (10) são configurados por placas delgadas (11) manufaturadas  em  metal  rígido  ou  outro  tipo  de  material  que  possa  ser  esterilizável,  inclusive  através  da  autoclavagem,  e  com angulações  pré‐definidas  ou  confeccionados  em  placa retilínea (12) confeccionada em liga metálica maleável para customização da  angulação baseando‐se no membro contralateral do cão ou gato a ser submetido à  artrodese; ditas placas (11) e (12) apresentam formato periférico correspondente a  articulação do animal e contemplam nas faces planas marcações (13) praticadas a  laser  ou  outra  forma  adequa  para  representação  dos  acidentes  anatômicos  dos  ossos específicos de cada articulação.   Petição 870190093723, de 19/09/2019, pág. 36/36 Peticionamento Eletrônico Formulário Comprovante de pagamento de GRU 200 Comprovante de pagamento de GRU 200 Procuração Relatório Descritivo Reivindicação Desenho Resumo 2019-09-19T11:34:33-0300 Brasil Documento Assinado - INPI