UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS CAMPUS DE JABOTICABAL COMPORTAMENTO DE PREDAÇÃO DE Euborellia annulipes COM OVOS DE Diatraea saccharalis TRATADOS COM INSETICIDAS QUÍMICO, BIOLÓGICOS E BOTÂNICO ISRAEL GABRIEL DOS SANTOS Orientador: Prof. Dr. Sergio Antonio De Bortoli Coorientadora: MSc. Joice Mendonça de Souza JABOTICABAL - SP 1º SEMESTRE/2023 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS CAMPUS DE JABOTICABAL COMPORTAMENTO DE PREDAÇÃO DE Euborellia annulipes COM OVOS DE Diatraea saccharalis TRATADOS COM INSETICIDAS QUÍMICO, BIOLÓGICOS E BOTÂNICO ISRAEL GABRIEL DOS SANTOS Orientador: Prof. Dr. Sergio Antonio De Bortoli Coorientadora: MSc. Joice Mendonça de Souza Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – UNESP, Campus de Jaboticabal, para graduação em ENGENHARIA AGRONÔMICA. JABOTICABAL - SP 1º SEMESTRE/2023 AGRADECIMENTOS A Deus primeiramente, por me permitir a vida e ter iluminado meu caminho até aqui, que não falte saúde, força e fé para os próximos desafios. À Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - FCAV/UNESP pela oportunidade, ensinamentos, amigos e professores. Ao Departamento de Ciências da Produção Agrícola (Fitossanidade) e ao Laboratório de Biologia e Criação de Insetos (LBCI) pela estrutura que pude usufruir. Ao meu orientador Prof. Dr. Sergio Antonio De Bortoli, em especial à minha coorientadora MSc. Joice Mendonça de Souza e aos membros do LBCI que colaboraram Dra. Dagmara Gomes Ramalho e ao MSc. Vinicius Ferraz Nascimento pela disposição, paciência e sabedoria transmitida. À minha família, especialmente à minha mãe Fransleide Alvares que sempre me apoiou e esteve em todos os momentos da minha jornada e aos meus avós, Aparecida Alvares e Paulo Alvares, pelo suporte que sempre tive. À pessoa que esteve sempre ao meu lado para me ouvir e aconselhar, minha companheira da vida Camila Sales. À Republica “Tapa Xana” pelas vivências e histórias que tive e fiz ao longo desses anos, não faria sentido sem essa família. Meu sincero e eterno agradecimento a todos que, de alguma forma, cruzaram meu caminho para o bem. MUITO OBRIGADO! 6 SUMÁRIO Página RESUMO ......................................................................................7 ABSTRACT ...................................................................................8 INTRODUÇÃO ..............................................................................10 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................12 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................15 CONCLUSÕES ..............................................................................20 REFERÊNCIAS ..............................................................................21 7 RESUMO A broca da cana-de-açúcar, (Diatraea saccharalis) é praga-chave na cultura canavieira, tendo o desenvolvimento larval no interior do colmo, o que dificulta seu controle. Dentre as medidas de controle utilizadas contra essa praga estão os inseticidas químicos, como o clorantraniliprole (Altacor®), e os biológicos a base de fungos, como Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana. Além disso, óleos essenciais bioativos de plantas bioativas, como de Croton pulegiodorus, possuem efeitos inseticidas e repelentes e por isso vêm sendo estudados como alternativa no Manejo Integrado de Pragas - MIP. Euborellia annulipes, popularmente conhecida como tesourinha, é um predador generalista que apresenta grande potencial para controle da broca-da-cana, especialmente em manejos conservacionistas. Dessa maneira, o objetivo desse trabalho foi avaliar o comportamento de predação de E. annulipes com ovos de D. saccharalis tratados com os inseticidas químico (clorantraniliprole), biológicos (B. bassiana e M. anisopliae) e botânico (C. pulegiodorus). Os resultados foram obtidos após aplicação dos produtos nos ovos e a liberação do predador por 12 horas em arenas de testes de dupla e múltipla chance de escolha, verificou-se que a predação é afetada pelo tratamento com o óleo essencial. Observou-se também que há preferência de machos de E. annulipes por ovos de D. saccharalis tratados com o bioinseticida a base de B. bassiana (Cepa IBCB 66) de fêmeas por ovos tratados com inseticida químico clorantraniliprole. PALAVRAS-CHAVE: broca-da-cana-de-açúcar, insetos predadores, comportamento alimentar. 8 ABSTRACT The sugarcane borer, Diatraea saccharalis, is a key pest in the sugarcane crop, and has the larval development inside the stalk, which makes its control difficult. Among the control measures used against this pest are chemical insecticides, such as chlorantraniliprole (Altacor®), and biological ones based on fungi, such as Metarhizium anisopliae and Beauveria bassiana. In addition, essential oils from bioactive plants, such as Croton pulegiodorus, have insecticidal and repellent effects and, therefore, have been studied as an alternative in Integrated Pest Management - IPM. Euborellia annulipes, popularly known as earwig, is a generalist predator that has great potential for sugarcane borer control, especially in conservation management. Thus, the objective of this work was to evaluate the predation behavior of E. annulipes on D. saccharalis eggs treated with chemical (chlorantraniliprole), biological (B. bassiana and M. anisopliae) and botanical (C. pulegiodorus) insecticides. The results were obtained after applying the products on the eggs and releasing the predator for 12 hours, in double and multiple choice arena tests, verifying that predation is affected by the treatment with the essential oil. It was also observed that there is a preference of E. annulipes males for eggs of D. saccharalis treated with the bioinsecticide based on B. bassiana and of females for eggs treated with chemical insecticide chlorantraniliprole. KEYWORDS: sugarcane borer, predatory insects, feeding behavior. 9 ARTIGO PREPARADO CONFORME AS NORMAS DA REVISTA: 1 “Pesquisa Agropecuária Tropical” 2 3 Comportamento de predação de Euborellia annulipes com ovos de Diatraea saccharalis 4 tratados com inseticidas químico, biológicos e botânico 5 6 Israel Gabriel dos Santos¹*, Joice Mendonça de Souza¹; Dagmara Gomes Ramalho¹; Sergio 7 Antonio De Bortoli¹ 8 1Laboratório de Biologia e Criação de Insetos, LBCI, Faculdade de Ciências Agrárias e 9 Veterinárias, Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”. 14884-900, 10 Jaboticabal, São Paulo, Brasil. israel.g.santos@unesp.br; joice-mendonca@hotmail.com; 11 dagmara.gomes@unesp.br; sergio.bortoli@unesp.br 12 * Correspondência para: Israel Gabriel dos Santos, Laboratório de Biologia e Criação de Insetos, 13 Departamento de Fitossanidade, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade 14 Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” Jaboticabal, 14884-900, São Paulo, Brasil Tel: +55 15 19 99658-7284, e-mail: israel.g.santos@unesp.br (I. G., Santos). 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 mailto:israel.g.santos@unesp.br 10 INTRODUÇÃO 34 35 A cana-de-açúcar, Saccharum spp. (Poales: Poaceae), é uma cultura agrícola de grande 36 importância para o Brasil, com as usinas sucroenergéticas brasileiras sendo referências no 37 mundo todo, com produções de aproximadamente 37,0 milhões de toneladas de açúcar e de 38 31,3 bilhões de litros de etanol na safra 2022/23 (Conab 2023). Além de ter papel fundamental 39 no desenvolvimento sustentável, a cana e o etanol originário dela promovem a substituição de 40 combustíveis derivados do petróleo e a redução da emissão de gases de efeito estufa (Guimarães 41 et al. 2010; Mota & Monteiro 2013). A produção poderia ser ainda maior, mas a ação dos 42 insetos-praga, como a broca-da-cana-de-açúcar, Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) 43 (Lepidoptera: Crambidae), tem acarretado vultosos prejuízos, estimando-se que para cada 1,0% 44 de Índice de Intensidade de Infestação [100 x (número de entrenós broqueados/número total de 45 entrenós)], ocorrem perdas de 0,42% em açúcar, 0,21% em álcool e 1,14% no peso da cana 46 colhida (Dinardo-Miranda 2008; Santos & Borém 2016). 47 Dentre as estratégias de controle utilizadas para combater D. saccharalis encontra-se o 48 clorantraniliprole (Altacor®), que é um inseticida classificado como tendo o de ação muito 49 rápida, atuando no sistema muscular do inseto, comprometendo o processo de contração, 50 fazendo cessar os movimentos e a alimentação, o que leva rapidamente o inseto a morte (Lahm 51 et al. 2009). Entretanto, a má utilização desse inseticida pode selecionar resistência dos insetos 52 ao produto, como relatado por Ribeiro et al. (2014) em populações de Plutella xylostella 53 (Linnaeus, 1758) (Lepidoptera: Plutellidae). 54 Além de insetos-praga resistentes, moléculas químicas como as diamidas antranílicas, 55 grupo ao qual pertence o clorantraniliprole, são capazes de interferir negativamente nas 56 populações de inimigos naturais (Silva et al. 2018), bem como deixar resíduos tóxicos no meio 57 ambiente e nos alimentos (Zhang et al. 2012; Antigo et al. 2013). Alternativas de controle para 58 11 pragas devem ser estudadas, contudo os efeitos nos inimigos naturais também devem ser 59 conhecidos, a fim de se utilizar um manejo mais assertivo de forma atuar em conjunto com 60 agentes de Controle Biológico no Manejo Integrado de Pragas (MIP), de forma a manter as 61 populações das pragas abaixo dos níveis de dano econômico (Busoli et al. 2015). Nesse 62 contexto, os óleos essenciais extraídos de plantas têm sido alternativas exploradas nos últimos 63 anos para o combate a insetos-praga, como demonstrado por Tavares et al. (2011) e Canazart 64 et al. (2021) que observaram efeito ovicida em D. saccharalis e Spodoptera frugiperda (J.E. 65 Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae), bem como ação repelente e inseticida causadas por 66 extratos botânicos em populações de Diaphania hyalinata (Linneaus, 1767) (Lepidoptera: 67 Crambidae) (Lobo et al., 2019; Moreira da Silva et al., 2020). 68 Outra forma de controle mais sustentável pode ser realizada pelo emprego de fungos 69 entomopatogênicos, como Metarhizium anisopliae (Metcnikoff) Sorokin (Hypocreales: 70 Clavicipitaceae), que já vem sendo utilizado como um patógeno de pragas da cana-de-açúcar 71 há alguns anos, como demonstrado por Tiago et al. (2011) e Kassab (2014), especialmente para 72 a cigarrinha das raízes da cana, Mahanarva fimbriolata (Stal, 1854) (Hemiptera: Cercopidae). 73 Beauveria bassiana (Balsamo) Vuill (Ascomycota: Hypocreales) também é um fungo 74 amplamente utilizado na cana, por ter efeito no manejo de Sphenophorus levis (Vaurie, 1978) 75 (Coleoptera: Curculionidae) (Pereira et al, 2022). Entretanto, estudos de Oliveira et al. (2011) 76 e Lopéz & Osorio (2019) apontaram ação negativo nos predadores Chrysoperla externa 77 (Hagen, 1861) (Neuroptera: Chrysopidae) e Euborellia annulipes (Lucas, 1847) (Dermaptera: 78 Anisolabididae). 79 Euborellia annulipes, popularmente conhecida como “tesourinha”, tem atraído a 80 atenção de muitos pesquisadores devido ao seu hábito alimentar que o faz predador de uma 81 série de insetos-praga de grande importância agrícola. Alguns exemplos incluem a predação de 82 ovos e lagartas de S. frugiperda e de lagartas e pupas de P. xylostella (Silva et al. 2009a, Nunes 83 12 et al. 2018). Essa espécie de tesourinha também tem sido encontrada em plantações de cana-84 de-açúcar, onde está tem sido associada à predação da broca da cana-de-açúcar, em diferentes 85 regiões do mundo (De Souza et al., 2022). 86 Essa associação de agentes de controle biológico ocorre principalmente em áreas onde 87 não há queima pré-colheita ou o uso intensivo de agroquímicos, existindo vários estudos que 88 relatam essa associação, podendo-se citar aqueles de Showler & Reagan (1991), Beuzelin et al. 89 (2010), Franco et al. (2016), Santos et al. (2017), Roy et al. (2018) e Nunes et al. (2019a). 90 Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito indireto do inseticida 91 químico Altacor® (clorantraniliprole), dos bioinseticidas a base de M. anisopliae (Cepa IBCB 92 425) e B. bassiana (Cepa IBCB 66) e do óleo essencial de folhas de C. pulegiodorus na predação 93 de E. annulipes em ovos de D. saccharalis tratados com os referidos produtos. 94 95 MATERIAL E MÉTODOS 96 97 Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Biologia e Criação de Insetos 98 (LBCI) do Departamento de Ciências da Produção Agrícola, Faculdade de Ciências Agrárias e 99 Veterinárias (FCAV), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Jaboticabal, São Paulo, Brasil, 100 em temperatura e umidade relativa ambiente e fotoperíodo (12 horas de luz:12 horas de escuro). 101 Criação de Euborellia annulipes 102 Nos bioensaios foram utilizados adultos de E. annulipes (machos e fêmeas), 103 provenientes da criação estabelecida no LBCI, cujos insetos fundadores vieram da criação 104 mantida na Universidade Federal da Paraíba, Areia, Paraíba, Brasil, sendo a colônia fundadora 105 mantida em recipientes plásticos circulares para ninfas (9,0 cm de altura × 15,0 cm de diâmetro) 106 e retangulares (13,0 cm × 20,0 cm × 7,0 cm) para adultos. Cada recipiente comportava 40 ninfas 107 e 36 adultos (razão sexual 3:1), papel higiênico dobrado em formato W (substrato para refúgio) 108 13 e o substrato alimentar, constituído por dieta artificial composta por (quantidade para 1000,0 g) 109 ração inicial para frangos (350,0 g), levedo de cerveja (220,0 g), farelo de trigo (260,0 g), leite 110 em pó (130,0 g) e Metilparabeno (40,0 g) (Silva et al. 2009a), sendo fornecida em tubos tipo 111 Eppendorf (2,0 mL). 112 Obtenção de Diatraea saccharalis 113 Os ovos de D. saccharalis, com até três dias de desenvolvimento embrionário, foram 114 obtidos na biofábrica da Usina São Martinho, localizada em Pradópolis, São Paulo, Brasil. 115 Obtenção dos inseticidas biológicos, químico e botânico 116 Os fungos M. anisopliae (Cepa IBCB 425) e B. bassiana (Cepa IBCB 66) foram 117 fornecidos pela Usina São Martinho, Pradópolis, São Paulo, Brasil, e mantidos em “freezer” a 118 temperatura de -1 ± 2 °C. O inseticida químico Altacor® WG (clorantraniliprole) foi adquirido 119 em revendedor comercial e mantido em temperatura ambiente, enquanto o óleo essencial das 120 folhas de C. pulegiodorus (OCP) foi preparado pelo processo de hidrodestilação a vácuo pelo 121 pesquisador Dr. Geovany Amorim Gomes e colaboradores do Núcleo de Estudos de 122 Fitoquímicos Bioativos (NEFB), da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Sobral, 123 Ceará, Brasil. No LBCI o OCP foi armazenado em frasco de vidro âmbar em temperatura de 6 124 a 10 ºC para preservar suas características. 125 Os produtos foram diluídos em água deionizada estéril contendo 0,05% v/v de Tween® 126 80 (Polisorbato), sendo utilizados nas doses recomendadas pelos fabricantes para aplicação no 127 campo. Por sua vez, OCP foi diluído em água deionizada acrescida de Tween® 80 a 4%, na 128 concentração de 10,0 mg/mL, dose escolhida conforme testes preliminares em lagartas de D. 129 saccharalis (Tabela 1). Machos e fêmeas de E. annulipes utilizados nos bioensaios foram 130 separados e acondicionados em placas de Petri (16,0 cm de diâmetro). 131 14 Tabela 1. Tratamentos e doses dos produtos utilizados nos bioensaios. 132 Tratamentos Doses Controle Água destilada + Tween® 80 (Polisorbato) 0,05% de Tween® em 1 L T1 Altacor® (clorantraniliprole) 0,3g/L Altacor® T2 1M. anisopliae 20,0 g/ha T3 1B. bassiana 20,0 g/ha T4 Óleo essencial (C. pulegiodorus) 10,0 g/L 1 Microbiológicos M. anisopliae e B. bassiana produzidos “On Farm”. 133 Predação em diferentes condições de escolha 134 Para avaliar o efeito de ingestão, as soluções dos produtos foram aplicadas em posturas 135 de D. saccharalis (presa), com até 72 horas de desenvolvimento embrionário, e oferecidos aos 136 predadores (machos e fêmeas) em condições de dupla e múltipla chance de escolha. Nos testes 137 de dupla chance de escolha os predadores, sem alimentação por 24 horas, foram liberados no 138 centro de arenas circulares representadas por placas de Petri (16,0 cm de diâmetro) divididas 139 em duas áreas iguais, contendo um círculo central para liberação dos predadores, sendo um 140 predador/arena, contendo 300 ovos, sendo 150 do controle em um lado da placa e do lado oposto 141 150 ovos para os tratamentos T1, T2, T3 e T4 (Tabela 1). Nos testes com múltipla chance de 142 escolha, também com os predadores mantidos sem alimentação por 24 horas, eles foram 143 liberados no centro de arenas circulares representadas por placas de Petri (16,0 cm de diâmetro) 144 divididas em cinco áreas iguais, contendo um círculo central para liberação do predador, sendo 145 um predador/arena, contendo 750 ovos, sendo 150 para cada um dos tratamentos Controle, T1, 146 T2, T3 e T4 (Tabela 1). 147 Após a liberação dos predadores, avaliou-se o número de presas consumidas, 148 estimando-se o percentual médio de consumo 12 horas após exposição aos tratamentos. Foram 149 utilizadas 10 repetições para ambas as condições, com dupla e múltipla chance de escolha. 150 15 Análise estatística 151 As frequências dos dados obtidos nos testes foram analisadas usando o Proc FREQ 152 (SAS Institute 2015) e interpretados pelo teste de χ2, em que a razão 1:1 foi assumida quando o 153 predador não apresentou preferência. 154 155 RESULTADOS E DISCUSSÃO 156 157 Taxa de predação com dupla chance de escolha 158 Os machos consumiram mais da metade dos ovos tratados com os inseticidas (Tabela 159 2) em T1 (81,25%; P < 0,0001), T2 (57,62%; P = 0,0145) e T3 (72,07%; P = 0,0001). Todos 160 os tratamentos apresentaram diferenças significativas, sendo que o T1 resultou na maior taxa 161 de predação em relação ao Controle. Nesse sentido, Guerreiro et al. (2013) avaliaram se a 162 presença de Altacor® + enxofre apresentam efeito repelente a Dorus luteipes (Scudder, 1876) 163 (Dermaptera: Forficulidae), tendo concluído que em áreas com aplicação desses produtos foi 164 encontrado o predador ativo. Em estudos anteriores realizados por Campos (2009), foi 165 constatado que o inseticida a base de clorantraniliprole é seletivo a E. annulipes, não 166 provocando taxas de mortalidade significativas. 167 As tesourinhas, de modo geral, são onívoras e algumas espécies micófagas 168 naturalmente, além de possuir um comportamento alimentar baseado em estímulos olfativos, 169 fatores esses que, provavelmente, favoreceram a atração e o consumo de presas tratadas 170 (Nonino et al. 2007, Chen et al. 2014, Silva et al. 2022),corroborando com o estudo de Arroyo 171 et al. 2023, em teste similar com chance de escolha a preferência de ninfas de 4º instar, machos 172 e fêmeas preferem consumir ovos de D. saccharalis tratados com micoinseticida. Outro fator a 173 se destacar no MIP além do comportamento alimentar são outros estudos que relacionem a 174 susceptibilidade do predador aos fungos entomopatogênicos, como demonstraram os resultados 175 16 obtidos por Oliveira et al. (2011), B. bassiana e M. anisopliae apesar de entomopatogênicos 176 para muitas pragas não são letais ao predador E. annulipes, após aplicação tópica de 177 micoinseticidas comerciais em ninfas de 1º e 2º instar que apresentaram sobrevivência de 100%, 178 enquanto para fêmeas foi maior que 80% e para machos maior que 95%. 179 O comportamento das fêmeas foi similar ao dos machos apenas em T4 (0,00%; P < 180 0,0001), onde nenhum ovo tratado com o óleo essencial foi consumido, com 100,0% dos ovos 181 do Controle atacados e consumidos (Tabela 2). Esses resultados corroboram com outros estudos 182 que objetivaram explorar os efeitos inseticida e repelente de óleos essenciais, com Silva et al. 183 (2019) demonstrando que o extrato de C. pulegiodorus foi letal para Sitophilus zeamais 184 (Motschulsky, 1855) (Coleoptera: Curculionidae) na cultura do milho. Além de apresentar alta 185 toxicidade, Silva et al. (2009b) e Jaramillo-Colorado et al. (2014) relataram que compostos 186 presentes nos extratos botânicos do gênero Croton não só repelem, como também interferem 187 negativamente a oviposição e o funcionamento do sistema reprodutor de insetos. Em suma, os 188 resultados obtidos nesse estudo evidenciam a atuação repelente do óleo de C. pulegiodorus no 189 comportamento alimentar de E. annulipes (Sousa et al. 2023). 190 Em número total de ovos consumidos (Tabela 3) foi menor ou igual para machos em 191 relação às fêmeas em todos os tratamentos, exceto no Tratamento T3 (P = 0,0695; F1,18 = 3,73), 192 como também relatado por Nunes et al. (2018) e Souza et al. (2022), devendo ser salientado 193 que as fêmeas de E. annulipes são mais agressivas e territorialistas, matando e consumindo 194 mais presas. 195 17 Tabela 2. Porcentagens de ovos (± EP) de Diatraea saccharalis tratados com inseticidas 196 biológicos, químico e botânico, consumidos por machos e fêmeas de Euborellia annulipes, no 197 período de 12 horas, em teste com dupla chance de escolha e em condições de laboratório. 198 Tratamentos (%) Controle (%) Estatística M ac h o s T1 81,25 ± 21,60 a 18,75 ± 14,14 b χ2 = 135,06; P < 0,0001; Df =1 T2 57,62 ± 18,37 a 42,38 ± 10,97 b χ2 = 5,98; P = 0,0014; Df = 1 T3 72,07 ± 20,43 a 27,92 ± 11,40 b χ2 = 77,04; P< 0,0001; Df = 1 T4 0,00 ± 0,00 b 100,00 ± 18,86 a χ2 = 220,00; P < 0,0001; Df =1 F êm ea s T1 47,22 ± 23,57 b 52,78 ± 18,85 a χ2 = 13,88; P < 0,0001; Df = 1 T2 44,44 ± 10,33 b 55,56 ± 11,72 a χ2 = 13,88; P = 0,0002; Df = 1 T3 16,16 ± 8,15 b 83,84 ± 8,15 a χ2 = 323,31; P < 0,0001; Df = 1 T4 0,00 ± 0,00 b 100,00 ± 14,14 a χ2 = 609, 33; P < 0,0001; Df = 1 Porcentagens seguidas de mesma letra minúscula na linha não difere significativamente. Controle= Água destilada 199 + Tween® 80 (Polisorbato); T1= Clorantraniliprole; T2= M. anisopliae; T3= B. bassiana; T4= Óleo essencial. 200 18 Tabela 3. Número médio de ovos de Diatrea saccharalis tratados com inseticidas biológicos, 201 químico e botânico consumidos (± EP) por Euborellia annulipes durante 12 h, em teste de 202 laboratório com dupla chance de escolha. 203 1 Médias ± erro padrão seguidas de mesma letra na linha não diferem pelo teste de Tukey (P > 0,05). T1 = Clorantraniliprole; T2 = M. anisopliae; T3 = B. bassiana; T4 = Óleo essencial. Machos Fêmeas Estatística A lt ac o r® T1 Testemunha 111,70 ± 7,80 b 124,40 ± 16,99 a P < 0,0001; F1,18 = 36,33 Tratamento 99,50 ± 18,39 a 99,50 ± 19,68 a P = 0,0868; F1,18 = 3,28 M . a n is o p li a e T2 Testemunha 21,70 ± 12,39 b 124,40 ± 16,99 a P = 0,0001; F1,18 = 23,84 Tratamento 29,50 ± 11,73 b 99,50 ± 19,68 a P = 0,0068; F1,18 = 9,33 B . b a ss ia n a T3 Testemunha 121,00 ± 13,65 b 104,80 ± 17,70 a P = 0,0015; F1,18 = 14,05 Tratamento 54,20 ± 15,43 a 20,20 ± 8,49 a P = 0,0695; F1,18 = 3,73 Ó le o T4 Testemunha 33,00 ± 14,71 b 91,40 ± 13,58 a P = 0,0092; F1,18 = 8,51 Tratamento 0,00 ± 0,00 a 0,00 ± 0,00 a 0,00 ± 0,00 a 204 Taxa de predação com múltipla chance de escolha 205 De acordo com os resultados obtidos e representados na Tabela 4, observa-se que não 206 houve diferença significativa entre o Controle e o bioinseticida à base de M. anisopliae, tanto 207 para machos quanto para fêmeas. Entre os outros tratamentos ocorreu diferença significativa 208 (χ2 = 425,43; P < 0,0001), com os machos apresentando maior percentual de predação com ovos 209 tratados com de B. bassiana, chegando próximo a 40,0%. Nunes et al. (2019b) explicam que o 210 predador E. annulipes, em alguns casos, pode não considerar os fungos como patogênicos, 211 19 sendo assim, não representam uma ameaça suficiente para ter um comportamento de evita-los 212 na alimentação. 213 As fêmeas apresentaram preferência em T1 (χ2 = 261,94; P < 0,0001), sendo que do 214 número total de ovos consumidos, aproximadamente 60,0% foram aqueles tratados com o 215 inseticida químico (Tabela 4). O clorantraniliprole é um dos inseticidas químicos mais 216 promissores para preservação de populações de predadores, especialmente da Ordem 217 Dermaptera por ser seletivo (sobrevivência >95% em exposição por 72 horas) e causar baixo 218 impacto à biologia desses predadores (Campos et al. 2011, Potin et al. 2022). 219 Em relação ao óleo essencial de C. pulegiodorus, como nos testes de dupla chance de 220 escolha, os resultados da Tabela 4 mostram que ovos tratados com OCP interferem no consumo 221 de E. annulipes. Análises químicas mostraram que o OCP contém ascaridol (47,99%), p-cimeno 222 (10,92%) e cânfora (8,42%), moléculas aromáticas já conhecidas pelo seu poder repelente, 223 acaricida, inseticida e antimicrobiano (Castro et al. 2019, Rocha et al. 2021, Carvalho et al. 224 2022). Paralelo a isso, o presente estudo deixou evidente que há limitação do uso do óleo 225 essencial de C. pulegiodorus no Manejo Integrado de Pragas, necessitando de mais estudos que 226 relacionem o seu efeito na atividade de insetos predadores em condições de casa-de-vegetação 227 e campo. 228 20 Tabela 4. Porcentagens de ovos de Diatraea saccharalis tratados com inseticidas biológicos, 229 químico e botânico consumidos (± EP) por machos e fêmeas Euborellia annulipes durante 12 230 h, em teste de laboratório com múltipla chance de escolha. 231 Tratamentos Estatística Controle T1 T2 T3 T4 Machos 26,12 ± 14,96 b 16,93 ± 9,68 c 17,29 ± 8,60 b 39,66 ± 18,33 a 0,00 ± 0,00 d χ2 = 425,43; P < 0,0001; Df = 4 Fêmeas 7,64 ± 5,79 c 58,59 ± 19,32 a 5,98 ± 6,20 c 27,77 ± 17,05 b 0,00 ± 0,00 d χ2 = 261,94; P < 0,0001; Df = 4 Porcentagens seguidas de mesma letra nas linhas não diferem significativamente. Controle; T1= 232 Clorantraniliprole; T2= M. anisopliae; T3= B. bassiana; T4= Óleo essencial. 233 234 Os resultados deste trabalho também indicam que os bioinseticidas à base de M. 235 anisopliae (Cepa IBCB 425) e B. bassiana (Cepa IBCB 66) e o inseticida Altacor®, utilizados 236 para reduzir populações de D. saccharalis e/ou mantê-las abaixo do nível de dano econômico 237 não diminuem o potencial de predação de E. annulipes e podem ser usados em associação com 238 o predador em condições de laboratório. 239 240 CONCLUSÕES 241 242 - A predação de E. annulipes em ovos de D. saccharalis é afetada negativamente pelo 243 óleo essencial de C. pulegiodorkus, pois provoca repelência ao predador; 244 - Há preferência alimentar de machos de E. annulipes por ovos de D. saccharalis 245 tratados com o bioinseticida a base de B. bassiana (Cepa IBCB 66) e de fêmeas por ovos 246 tratados com inseticida Altacor® (clorantraniliprole). 247 248 21 REFERÊNCIAS 249 250 ANTIGO, M. R.; OLIVEIRA, H. N.; CARVALHO, G. A.; PEREIRA, F. F. Repelência de 251 produtos fitossanitários usados na cana-de-açúcar e seus efeitos na emergência de 252 Trichogramma galloi. Revista Ciência Agronômica, v. 44, n. 4, p. 910-916, 2013. 253 ARROYO, R. M.; DE SOUZA, J. M.; NUNES, G. D. S.; RAMALHO, D. G.; DE BORTOLI, 254 S. A. Euborellia annulipes Mortality and Predation on Diatraea saccharalis Eggs after 255 Application of Chemical and Biological Insecticides. Agricultural Sciences, v. 14, n. 1, p. 11-256 22, 2023. 257 BEUZELIN, J. M.; AKBAR, W.; MÉSZÁROS, A.; REAY-JONES, F.P.F.; REAGAN, T. E. 258 Field assessment of novaluron for sugarcane borer, Diatraea saccharalis (F.) (Lepidoptera: 259 Crambidae), management in Louisiana sugarcane. Crop Protection, v. 29, p. 1168–1176, 2010. 260 BUSOLI, A. C.; GUERREIRO, J. C.; VIANA, D. V.; PESSOAL, R.; FRAGA, D. F.; SANTOS, 261 L. S. Tópicos em manejo integrado de pragas em sistemas agrícolas. In: BUSOLI, A. C; 262 CASTILHO, R. C.; ANDRADE, D. J.; ROSSI, G. 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Caso haja fontes potenciais de conflito de interesse (qualquer interesse ou relacionamento, financeiro ou não, que possa influenciar nos resultados de uma pesquisa; por exemplo, financiamento proveniente de uma entidade comercial, interesse comercial na publicação, participação em conselho de administração ou comitê consultivo de uma empresa ligada diretamente à pesquisa, patentes concedidas ou pedidos pendentes), os autores devem http://www.revistas.ufg.br/pat http://www.revistas.ufg.br/pat reportá-las, sob pena de rejeição do manuscrito, ou outras sanções cabíveis. Por fim, deve-se incluir os chamados metadados (informações sobre os autores e sobre o trabalho, tais como título, resumo, palavras-chave - somente no idioma do manuscrito) e transferir os arquivos com o manuscrito e documento suplementar (anuência dos Autores). Os trabalhos podem ser escritos em Português ou Inglês, entretanto, serão publicados apenas em Inglês. 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Os Artigos Científicos devem ser estruturados na ordem: Título (máximo de 20 palavras); Resumo (máximo de 250 palavras; um bom resumo primeiro apresenta o problema para, depois, apresentar os objetivos do trabalho); Palavras-chave (no mínimo, três palavras, e, no máximo, cinco, separadas por vírgula); Introdução; Material e Métodos; Resultados e Discussão; Conclusões; e Referências. Título, Resumo e Palavras-chave podem ser apresentados apenas no idioma do manuscrito, neste estágio. Chamadas relativas ao título do trabalho e os nomes dos Autores, com suas afiliações e endereços (incluindo e-mail) em notas de rodapé, bem como agradecimentos, somente devem ser inseridos na versão final corrigida do manuscrito, após sua aceitação definitiva para publicação. 2. As citações devem ser feitas no sistema "autor-data". Apenas a inicial do sobrenome do Autor deve ser maiúscula e a separação entre Autor e ano é feita somente com um espaço em branco. Ex.: (Gravena 1984, Zucchi 1985). O símbolo "&" deve ser usado no caso de dois autores e, em casos de três ou mais, "et al.". Ex.: (Gravena & Zucchi 1987, Zucchi et al. 1988). Caso o(s) autor(es) seja(m) mencionado(s) diretamente na frase do texto, utiliza- se somente o ano entre parênteses. Citações de citação (citações secundárias) devem ser evitadas, assim como as seguintes fontes de informação: artigo em versão preliminar (no prelo ou preprint) ou de publicação seriada sem sistema de arbitragem; resumo de trabalho ou painel apresentado em evento científico; comunicação oral; informações pessoais; comunicação particular de documentos não publicados, de correios eletrônicos, ou de sites particulares na Internet. 3. As referências devem ser organizadas em ordem alfabética, pelos sobrenomes dos Autores, de acordo com a norma NBR 6023:2018, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com a seguinte adequação: não é necessária a inclusão da cidade após os títulos de periódicos. Os destaques para títulos devem ser apresentados em itálico e os títulos de periódicos não devem ser abreviados. 4. As tabelas (também com corpo 12 e espaçamento duplo) e figuras, dispostas no decorrer do texto, devem ser identificadas numericamente, com algarismos arábicos, e receber chamadas no texto. As tabelas devem ser editadas em preto e branco, com traços simples e de espessura 0,5 ponto (padrão Word for Windows), e suas notas de rodapé exigem chamadas numéricas. Expressões como "a tabela acima" ou "a figura abaixo" não devem ser utilizadas. As figuras devem ser apresentadas com resolução mínima de 300 dpi. 5. A consulta a trabalhos recentemente publicados na revista PAT (https://www.revistas.ufg.br/pat) é uma recomendação do corpo de editores, para dirimir dúvidas sobre estas instruções e, consequentemente, agilizar a publicação. 6. Os Autores não serão remunerados pela publicação de trabalhos na revista PAT, pois devem abrir mão de seus direitos autorais em favor deste periódico. Os conteúdos publicados, contudo, são de inteira e exclusiva responsabilidade de seus Autores, ainda que reservado aos Editores o direito de proceder a ajustes textuais e de adequação às normas da publicação. Por outro lado, os Autores ficam autorizados a publicar seus artigos, simultaneamente, em repositórios da instituição de sua origem, desde que citada a fonte da publicação original na revista PAT. Ainda, visando assegurar a preservação, permitir a reutilização e atestar a reprodutibilidade das conclusões de cada estudo publicado, o Comitê Editorial recomenda e estimula a publicação em repositórios públicos, pelos autores, dos dados de pesquisa e/ou códigos de programação utilizados na análise dos dados, explicitando sua vinculação à publicação na revista PAT.