TAUANA PAULA DA SILVA BAURU-SP 2024 PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA E MÍDIA-EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR BAURU-SP 2024 PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA E MÍDIA-EDUCAÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP Faculdade de Ciências Campus de Bauru – SP REALIZAÇÃO EXECUÇÃO TAUANA PAULA DA SILVA SUPERVISÃO GERAL Prof. Dr. WILLER SOARES MAFFEI ILUSTRAÇÕES CANVA.COM E GOOGLE IMAGENS PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA E MÍDIA-EDUCAÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR TAUANA PAULA DA SILVA BAURU-SP 2024 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ............................................................................................... 6 1. PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA: o que são ..................................... 8 2. MÍDIA, TDIC’s e EDUCAÇÃO FÍSICA ............................................................ 9 3.MÍDIA-EDUCAÇÃO ....................................................................................... 10 4.TEORIA HISTÓRICO-CRÍTICA ....................................................................... 11 5. PERCURSO DE ENSINO ................................................................................12 6. PLANO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA .................................................. 13 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 22 APRESENTAÇÃO Caro(a) professor(a), o presente recurso educacional é fruto da pesquisa intitulada “EDUCAÇÃO FÍSICA, MÍDIA-EDUCAÇÃO E PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA: uma experiência com alunos do 8º ano do Ensino Fundamental”, que teve como objetivo investigar e analisar as possíveis contribuições da intervenção pedagógica nas aulas de Educação Física envolvendo as práticas corporais de aventura, na linha de pesquisa - Educação Física nos anos finais do Ensino Fundamental. No geral, este recurso educacional é apresentado como E-book, um material gerado no Programa de Mestrado Profissional em Educação Física em Rede Nacional (PROEF), programa financiado pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que buscou aproximação com o referencial teórico na Teoria Histórico-Crítica. Para tanto, durante o processo foi desenvolvida a sistematização de uma proposta de intervenção pedagógica do conteúdo Práticas Corporais de Aventura (PCA’s), juntos aos alunos do 8º do ensino fundamental numa escola municipal na cidade de Jardinópolis/SP durante os meses de março e abril de 2024. O recurso educacional é oriundo de planejamento, pesquisa e trabalho pedagógico do professor-pesquisador. Nele você encontrará uma proposta de ensino e aprendizagem para o desenvolvimento da PCA’s, no processo de sua significação e a superação de práticas hegemônicas na Educação Física. Consiste num referencial para que outros professores construam seus próprios documentos institucionais, com atividades que requerem conhecimentos os quais foram e vêm sendo construídos historicamente pela humanidade. O importante é que elas estejam de acordo com a realidade da sua escola. A ideia de aproximar o ensino das PCA’s surgiu após a constatação da prática real do professor-pesquisador apresentar dificuldades para abordar o conteúdo das PCA’s devido a ausência do tema no curso de graduação, subsídios teórico práticos e falta de vivência pessoal. O professor- pesquisador problematizou as PCA’s na escola onde atua, instrumentalizou os sujeitos investigados em processos de aprendizagem, despertando nos alunos não apenas o uso instrumental da mídia e da Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC’s), possibilitou a catarse, o que significa colocá-los como ser crítico e reflexivo para orientá-los a uma prática de conscientização, como ser produtivo e que pode e deve intervir na vida em comunidade escolar. 6 Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Fusce ut vehicula sapien. Vivamus vel egestas purus. Quisque non tortor augue. Donec ante dui, luctus eu ipsum non, tincidunt aliquam lectus. No total foram realizados 16 encontros. Todos os encontros foram registrados no diário de campo do pesquisador e foram propostas atividades escritas e audiovisuais que serviram como registro para a pesquisa. E, ao final, foi materializado como finalização da pesquisa um vídeo, elaborado pelos alunos com a temática “Práticas Corporais de Aventura Urbana na Escola”. Nesse material as atividades propostas foram colocadas em sequências pedagógicas, de modo a agrupar a temática e discussões semelhantes. O recurso educacional não tem como objetivo servir manual para os professores, mas, sim provocar a curiosidade, despertar o interesse pela inclusão da temática das PCA’s nas aulas de Educação Física, além disso, retratar uma realidade e contribuir para que os professores possam ressignificar suas práticas conforme a realidade do seu contexto. Espera-se que esse E-book lhe traga parâmetros para que a PCA’s se tornem de fato uma temática a ser desenvolvida nas escolas. Espero que possam utilizar da melhor forma possível, que seja um suporte para formação de nossos alunos. 7 01 PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA: o que são? As Práticas Corporais de Aventura (PCA’s) apresentam-se como uma proposta de ruptura com o processo de esportivização no ensino da Educação Física escolar centrada nos esportes coletivos tradicionais. As PCA’s colaboram com o autoconhecimento, com a superação de limites, fomenta o bem-estar, o prazer e a criatividade, o desafiar-se, de se conhecer e de ter a chance de vivências na natureza ou na área urbana (Marinho, 2001). O conhecimento da PCA, reflete sobre os contextos, sociais, culturais, econômicos, históricos. Alguns exemplos de PCA’s na natureza: surfe, trekking, montanhismo, escalada, paraquedismo. PCA’s urbana: parkour, BMX, slackline, escalada em estruturas urbanas, skate. 8 02 MÍDIA, TDIC’s E EDUCAÇÃO FÍSICA MÍDIA, TDIC’s e EDUCAÇÃO FÍSICA A palavra mídia, origina-se do latim media, plural de medium, que significa meio (Betti; Pires, 2005). A mídia, refere-se aos veículos de comunicação: rádio, jornal, revista, televisão, internet, livro, fotografia e cinema. As Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação por outro lado, são um conjunto de tecnologias digitais, equipamentos, dispositivos, programas. O contato com a atual da mídia, faz com que os sujeitos sejam influenciados pelo seu conteúdo, às novas formas de se fazer algo, vestir-se, alimentar-se, e também em relação às práticas corporais, se reconfiguram, caracterizando uma nova forma de ver e construir a cultura relativa ao corpo. Por isso, a temática da mídia e o uso das TDIC’s promovem o desafio do debate frente às novas formas de interagir, pesquisar, interpretar, refletir, construir e produzir conhecimentos. Ciente o professor de o aluno ser parte integrante da cultura corporal de movimento e consumir de conteúdos e informações disponibilizados pela mídia, deve utilizar a mídia como objeto e meio de educação (Betti, 2003). Assumir o papel de mediador, não se omitir diante da atual realidade, propondo uma leitura e produção crítica e criativa da mídia, através da relação dos alunos com os conteúdos midiáticos, com as TDIC’s e os saberes escolares. 9 03 MÍDIA-EDUCAÇÃO A mídia-educação apresenta-se um novo campo a ser explorado no contexto escolar. A Mídia-educação surge como uma possibilidade de ação- reflexão e intervenção. Dedica-se a compreensão e busca de respostas a demandas impostas pela mídia, cultura midiática e pelas tecnologias digitais. Fantin (2006) destaca a importância de “capacitar as crianças e adolescentes a partir de suas especificidades, para analisar e refletir sobre interagir significativamente com as mídias”, formar espectadores críticos, que constroem conhecimento e que interagem de diversas formas. Criando assim, “condições para a participação (na medida do possível) em decisões que dizem respeito ao que é oferecido pela mídia e para produzir também sua própria mídia. Uma abordagem da mídia-educação pode ser entendida a partir de três perspectivas: com a mídia (perspectiva instrumental), utilizando a mídia como recurso, além do livro-texto, através do uso de programas televisivos, vídeos em plataforma de compartilhamento e jogos eletrônicos; educar sobre/para a mídia (perspectiva crítica), propõe discussões sobre o objeto de estudo e através da mídia (perspectiva produtiva), utiliza a mídia como linguagem, como forma de expressão e produção, objetivando a interação dos sujeitos com a mídia (Fantin, 2011). MÍDIA-EDUCAÇÃO Utiliza a mídia como recurso, além do livro-texto, através do uso de programas televisivos, vídeos em plataforma de compartilhamento e jogos eletrônicos. Perspectiva instrumental: com a mídia Perspectiva crítica: com a mídia Perspectiva instrumental: com a mídia Propõe discussões sobre o objeto de estudo. Promove uma leitura reflexiva e crítica sobre as mensagens presentes na mídia. Utiliza a mídia como linguagem, como forma de expressão e produção, objetivando a interação dos sujeitos com a mídia. 10 04 TEORIA HISTÓRICO-CRÍTICA TEORIA HISTÓRICO-CRÍTICA Os seres humanos são históricos e sociais, assim, a educação por meio da Teoria Histórico-Crítica pode contribuir para a transformação da sociedade. Para a Teoria Histórico-Cultural, “o ser social desenvolve-se no momento histórico em que vive, com base na cultura a que tem acesso, sendo, portanto, um ser histórico e cultural” (Ferreira; Schlickmann, 2022). A Teoria Histórico-Crítica tornou-se uma das principais referências da educação nacional, por meio das pesquisas de Dermeval Saviani sob os pressupostos filosóficos do materialismo histórico-dialético de Marx e da Teoria Histórico Cultural elaborada por Vygotsky. A educação fundamentada na Teoria Histórico-Crítica busca possibilitar os alunos a apropriarem-se do conhecimento e da cultura historicamente produzida. E por meio do saber elaborado, científico, ancorado na prática educativa questionadora, crítica e emancipadora, favorecer aos indivíduos a superação das formas de organização social vigente. A Educação Física como componente curricular e compromissada com os processos educativos, fundamentada pela Teoria Histórico-Critica visa a superação da ordem hegemônica. A Educação Física necessita de ampliar as possibilidades de aprendizagem da cultura corporal de movimento. Desta maneira, entende-se que as PCA’s partem dos conhecimentos produzidos pela humanidade e que devem ser tematizados na escola, valorizando aspectos relevantes como a autonomia, a criticidade e a criatividade dos alunos. O estudo das PCA’s pode favorecer experimentações corporais, compartilhamento de experiências, a superação dos esportes hegemônicos, a análise crítica da mídia, promovendo assim, a formação integral do aluno, quando tratada de uma prática educacional que leve o aluno a uma ação crítica, reflexiva e significativa para sua realidade social. 11 05 ELABORAÇÃO DO PLANO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA No sentido de ampliar o aprendizado, experiências e vivências dos alunos, formação de valores, o plano de intervenção pedagógica elaborado e apresentado a seguir busca contribuir na superação de um panorama atual de Educação Física, na sua ressignificação que transcende as práticas hegemônicas. Para tanto, utiliza-se as PCA’s, especificamente as urbanas: o skate, como conteúdo, favorecendo a ampliação de possibilidades e de sua percepção e compreensão sobre os elementos pertencentes à cultura corporal de movimento. O plano de intervenção pedagógica visa romper com aulas que priorizam a aquisição de habilidades esportivas, oferecendo-lhes novos e significativos desafios. Além disso, considera as proposições progressistas, juntamente com os documentos oficiais. Para a sua organização, foi empregado o plano de ação como base nos estudos de Maffei (2019, p. 212), que possui os seguintes itens: identificação, série/bimestre/turno, eixo dos conteúdos, eixo dos temas, trajetória de ensino, situação de ensino-aprendizagem, competências a serem desenvolvidas, expectativas de aprendizagem, conteúdos a serem desenvolvidos, percurso de ensino e avaliação. PERCURSO DE ENSINO 12 06 PLANO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA A. IDENTIDADE: Escola Municipal/Estadual X CIDADE: X B. SÉRIE: 8º ano D do Ensino Fundamental Bimestre: 1º TURNO: Tarde C. EIXO DOS CONTEÚDOS: Práticas corporais de aventura. D. EIXO DOS TEMAS: Práticas corporais de aventura urbana: skate. E. TRAJETÓRIA DE ENSINO: Estudos e experiências com as PCA’s na Educação Física escolar. F. SITUAÇÃO DE ENSINO/APRENDIZAGEM: 1. Saberes das práticas corporais de aventura urbanas. 2. Educação Física e a mídia: em busca de novos espaços. 13 1. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM: 1.1. SABERES DAS PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA URBANAS Competências a serem desenvolvidas: Buscar caminhos alternativos para resolver problemas, considerando a atividade humana como incerta, inacabada e repleta de diversidades. Estabelecer relações entre as diversas linguagens e gêneros textuais, inferindo conclusões pessoais de forma crítica, criativa e lógica. Experenciar o repertório corporal e cultural individualmente e coletivamente, afim de criar e recriar na escola e fora dela, as práticas descobertas. Apropriar-se das práticas corporais compartilhadas, ressaltando o respeito a especificidade de cada indivíduo presentes nas dinâmicas e interações características de cada prática corporal. Expectativas de aprendizagem: Conhecer, reconhecer e explorar as práticas corporais de aventura pertencentes à cultura corporal de movimento por meio das experienciações, recursos tecnológicos e pela mídia. Reconhecer a importância dos locais apropriados para a prática do skate, os seus movimentos e materiais de segurança. Favorecer a experiência corporal tematizada na escola a ser valorizada em diferentes locais, adequando-as aos espaços públicos disponíveis. Valorizar a sensibilização entre os alunos em relação às experiências corporais envolvendo as práticas corporais de aventura, priorizando o respeito mútuo, a segurança, valores e limites necessários à convivência humana. Objeto de aprendizagem a serem desenvolvidos: Reconhecimento das práticas corporais de aventura urbana como parte da cultura corporal de movimento. Utilização dos recursos das TDIC’s em situações de jogos e tarefas que envolvam o papel da mídia nas práticas corporais de aventura urbana e no seu cotidiano. Coparticipação em diferentes desafios corporais relacionados as práticas corporais de aventura urbana. Participação e elaboração do processo de ensino aprendizagem protagonizando diferentes papéis; observador, colaborador, protagonista e pesquisador. 14 PERCURSO DE ENSINO 1. Situação social inicial. Na sala de aula, solicitar que em trios os alunos produzam um painel intitulado “Práticas corporais de aventura são? Identificar os conhecimentos prévios sobre as práticas corporais de aventura. 2. Em seguida, cada trio deverá apresentar o seu painel, e durante a apresentação identificar quem já praticou, quem já viu algum vídeo, quem conhece alguém que pratica, os locais para a prática e perguntar se eles acreditam que na aula de Educação Física é possível estudar as práticas corporais de aventura. 3. Na quadra, os alunos em pequenos grupos experienciarão atividades adaptadas do skate, com "rola-bola" ou "tábua de equilíbrio", slackline. Posteriormente, em roda de conversa dialogar sobre as experiências questioná-los: Vocês já vivenciaram atividades como essas? Qual a sensação que casou em vocês? Quais práticas corporais ou de aventura relacionam essas atividades? Em seguida, realizar a experienciação do skate (sentado, em dupla, com o apoio de mãos). Posteriormente, em roda de conversa dialogar sobre as experiencias questioná-los: Vocês já vivenciaram atividades como essas? Qual a sensação que casou em vocês? 4. Na sequência, aplicar a estratégia Phillips 66 sobre as PCA’s, para que discutam: por que as pessoas praticam algumas práticas das PCA’s e outras não? Aplicar a estratégia, observando, ouvindo e intervindo durante a atividade e na apresentação (aspectos sociais/culturais/políticos/econômicos). Retomar a estratégia Phillips 66 para que discutam: de que maneiras as PCA’s poderiam ser divulgadas na cidade? Locais? 15 5. Apresentar à reportagem: “Fadinha do skate COMPLETO com Leticia Bufoni, Bob Burnquist e Sandro Dias” em site específico, Link:https://www.youtube.com/watch? v=t6BXqE2qSVg na sala de aula. Assim que terminar a reportagem, instigar, provocar os alunos a comentar o material assistido. Deixando-os que falem sobre as primeiras impressões causadas pelo audiovisual. Sugestão de pergunta: “O que acharam?” ou “Qual a sensação que causou em você?” (Ferrés, 1996). Iniciar como proposto no método compreensivo de Ferrés (1996 apud Meira, 2009, p.55-62) com a verbalização espontânea das reações suscitadas pelas imagens: autor sugere que se façam perguntas do tipo: O que mais lhe chamou a atenção na reportagem? Que sensação lhes provocou? O que sentiram ao assisti-lo? Do que mais gostaram? Do que menos gostaram? Estas questões resgatam as emoções primárias, do gostar ou não gostar. Nesta etapa não se trata de confrontar, nem discutir, mas sim, simplesmente de expor, de comunicar, de opinar (FERRÉS, 1996 apud MEIRA, 2009, p.55-62). É importante que nesse momento os alunos se comuniquem entre si, o que já conhecem sobre o “Práticas corporais de aventura urbana e informações trazidas pelo vídeo. 6. Solicitar que façam um desenho relacionando a experienciação das atividades envolvendo o equilíbrio e o vídeo da reportagem anterior. 16 7. Realizar uma visita mediada. Nessa visita os alunos participarão de uma bate-papo e experienciação do skate. Anteriormente a vista, os alunos se organizaram para definirem que serão responsáveis por filmar/tirar fotos, outros elaborar as perguntas considerando os diálogos, experienciações e a reportagem anterior – elaborar perguntas envolvendo aspectos sociais, políticos e econômicos. Em grupos. Na escola aplicar a estratégia de dramatização. Os alunos em 2 ou 3 grandes grupos irão criar uma dramatização sobre o tema: O que a visita lhes proporcionou? No final, cada aluno deverá escrever um comentário, ou seja, sobre sua opinião, observações das atividades, o que considera significativo, como por exemplo, a sua participação na elaboração e organização a dramatização, a participação dos colegas, atitudes de respeito, empatia ou desrespeitosas. 17 2. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM: 2.1. EDUCAÇÃO FÍSICA E A MÍDIA: EM BUSCA DE NOVOS ESPAÇOS Competências a serem desenvolvidas: Formular individualmente e coletivamente ideias para a resolução de desafios que envolvam a pesquisa, a busca de informação e as novas linguagens de expressão do pensamento e produção do conhecimento. Ser capaz de estabelecer relações interpessoais, colocando-se no lugar do outro nos momentos em que as decisões envolvem grupos ou pessoas. Utilizar-se de recursos variados para criar coletivamente produtos de mídia exercendo sua cidadania. Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade ao resolver problemas que exijam tomadas de decisão individuais ou coletivas. Estabelecer a relação com o outro, vínculos que podem se materializar em intervenções sociais e de cidadania, levando-a a aprender diferentes práticas mediadas pela cultura. Expectativas de aprendizagem: Compreender o papel da mídia no esporte, como os seus processos de manipulação da informação e formulação de bens de consumo práticas corporais de aventura. Conhecer, reconhecer e explorar alguns os elementos nas linguagens audiovisuais, identificando como eles refletem nas vidas dos sujeitos. Estabelecer o sentimento de pertencimento, enaltecendo a busca por melhorias para a sua comunidade escolar, planejando coletivamente ações melhorias para comunidade escolar através das PCA’s utilizando a mídia. Compreender a importância do trabalhar em equipe para o desenvolvimento da cidadania através das PCA’s. Conhecer e apropriar-se das tecnologias digitais de informação e comunicação na busca de informações, resoluções de problemas e tomadas de decisões. Objeto de aprendizagem a serem desenvolvidos: Reconhecimento da importância de planejar coletivamente ações de melhorias para comunidade escolar. Manipulação das TDIC’s na descoberta de novos conhecimentos a respeito das práticas corporais de aventura e utilização no seu cotidiano. Utilização dos elementos da linguagem midiática em prol de implantação de um espaço apropriado na escola para as PCA’s, em benefício da comunidade escolar. Elaboração de práticas coletivas como, roteiro, divisão de tarefas e criação de vídeo tendo como referência o recurso audiovisual presentes no processo de aquisição de competência midiática. 18 PERCURSO DE ENSINO 9. Problematização. Reapresentar o vídeo da reportagem “Fadinha do skate COMPLETO com Leticia Bufoni, Bob Burnquist e Sandro Dias” em site específico, Link: https://www.youtube.com/watch?v=t6BXqE2qSVg na sala de aula. Sugerem-se, tendo em vista a reportagem proposta, as seguintes perguntas: Com os alunos analisar elementos nesta reportagem (Ferrés, 1996 apud Meira, 2009, p.55-62 - adaptação nossa): 1. Que tipo de programa é este? (Programa de auditório, ficção seriada, publicidade reality shows, programas jornalísticos, sendo que o gênero programas jornalísticos) 2. A qual seção a notícia faz parte? Política, sociedade, violência, esportes, notícia nacionais, internacionais. 3. Quem decide quais notícias compõem a pauta[1] dos noticiários? São os apresentadores, os políticos, os redatores, famosos, os repórteres? 4. O que a notícia procura enfatizar em cada matéria? 5. Quem é notícia? Ou seja, quem está em destaque? São políticos, pessoas com alto poder aquisitivo, celebridades? 6. Qual o nível de interesse das notícias e como esse interesse foi conquistado? 7. Avaliar qual a importância e qual a função designada ao apresentador ou apresentadores do noticiário. 8. As imagens estão “casadas” com o texto? Há uma proporção adequada dos efeitos sonoros, da fala e das imagens? As imagens reforçam o dito ou comparam? 9. Direcionando o diálogo para as PCA’s: As práticas corporais de aventura encontradas na mídia são presentes em nosso cotidiano? Quais? (Anotar no quadro). Existem locais apropriados em nossa cidade para a sua prática? Quais as PCA? Por que temos tais práticas e não as outras? Vocês acreditam que a mídia interfira? Por que? De que maneira? Será que em nossa escola poderia ter um espaço para as PCA? Por que? 19 11. Dividir a turma em grupos e aplicar a metodologia de brainstorming (tempestade de ideias). Com a problemática: O que seria preciso para a implantação de um espaço apropriado na escola para as Práticas Corporais de Aventura Urbana? (Considerar: espaço; valores; segurança; mídia; política; cultura; comunidade escolar). 12. Instrumentalização. A partir disso, na sala de informática, possibilitar que façam pesquisas sobre as PCA’s a fim de contribuir para a solução do problema. Possibilitando-os experiências sobre o tema em questão. (Rivoltella, 2012, 2013 apud Fantin, 2015) 13. Catarse. Os grupos produzirão um vídeo, considerando os elementos discutidos sobre reportagem. Nesse vídeo, deverão apresentar a importância da PCA; equipamentos de segurança; o que poderia ser construindo na escola, podendo mostrar imagens/desenhos, melhorias para a comunidade. 20 Promover a apresentação e discussão dos grupos dos conhecimentos e saberes mobilizados e os compartilhem sobre a implantação de um espaço apropriado na escola para as Práticas Corporais de Aventura Urbana. Favorecendo a aprendizagem através da prática e por colaboração. Observação: durante a construção do vídeo, os alunos deverão anotar como se organizaram, como definiram as funções de cada um, o que apresentariam no vídeo, como foi a participação e interesse dos colegas durante a atividade. 14. Prática social final. Reservado para a discussão, sistematização e retomada dos conceitos de modo compartilhado. Dialogar sobre a temática das PCA’s, possibilidades de espaço com infraestrutura de PCA’s para a escola, o papel da mídia em tal construção e como poderia a notícia alcançar a comunidade escolar, além da tarefa de compartilhar suas produções. 21 07 BETTI, Mauro (org.). Educação física e mídia: novos olhares, outras práticas. 1.ed. São Paulo: Hucitec. 2003. 137 p. BETTI, Mauro; PIRES, Giovani De Lorenzi. Mídia. 2005. In: MEZZAROBA, Cristiano; TORRI, Danielle. Saúde, estética, mídia: discussões possíveis à educação física e implicações na formação de professores. Cad. Ed. Tec. Soc., Inhumas, v.9, n.3, p. 396-413, 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.14571/cets.v9.n3.396-413. Disponível em: https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/11544/2/SaudeEsteticaMidiaProfessores.pdf. Acesso em: 24 jul. 2023. FANTIN, Monica. Crianças, cinema e mídia-educação: Olhares e experiências no Brasil e na Itália. 2006. 409 p. Tese de Doutorado em Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação. 2006. Disponível em: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/88793. Acesso em: 24 jul. 2023. FANTIN, Monica. Mídia-educação: aspectos históricos e teórico-metodológicos. Olhar de professor, Ponta Grossa, 14(1): p.27-40, 2011. Disponível em http://www.revistas2.uepg.br/index.php/olhardeprofessor. Acesso em: 24 jul. 2023. FERREIRA, Tarciana Cecília de Souza; SCHLICKMANN, Maria Sirlene Pereira. A Teoria histórico-cultural e a educação escolar numa perspectiva humanizadora. RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 1, p. 0643-0660, mar. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.1.15753. Disponível: https://www.redalyc.org/journal/6198/619872133004/html/. Acesso em: 20 abril 2024. MAFFEI, Willer Soares. Proposições teórico-metodológicas e práticas pedagógicas da Educação Física. 1.ed. Curitiba: InterSaberes, 2019. 386 p. MARINHO, A. Da busca pela natureza aos ambientes artificiais: reflexões sobre a escalada esportiva. 2001. 122 p. Dissertação de Mestrado em Educação Física - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001. In: RUBIO, Katia (org). Do pós ao neo Olimpismo: esporte e movimento olímpico no século XXI. 1.ed. São Paulo: Laços. 2019. 369 p. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/333485910_Do_pos_ao_neo_Olimpism o_esporte_e_Movimento_Olimpico_no_seculo_XXI. Acesso em: 18 jan. 2024. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 22 https://repositorio.usp.br/result.php?filter%5b%5d=author.person.name:%22Rubio,%20Katia%22 https://repositorio.usp.br/result.php?filter%5b%5d=author.person.name:%22Rubio,%20Katia%22