TATIANA MIRANDA DELIBERADOR ASSOCIAÇÃO DO PLASMA RICO EM PLAQUETAS, NOVO VIDRO BIOATIVO E SULFATO DE CÁLCIO NO TRATAMENTO DE DEFEITOS DE FURCA CLASSE II: ESTUDO HISTOLÓGICO E HISTOMÉTRICO EM CÃES. ARAÇATUBA-SP 2007 TATIANA MIRANDA DELIBERADOR Tese apresentada à Faculdade de Odontologia do Câmpus de Araçatuba – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP, para obtenção do Título de “DOUTOR EM ODONTOLOGIA” - Área de Concentração em Periodontia. Orientadora: Professora Adjunto Maria José Hitomi Nagata ARAÇATUBA-SP 2007 ASSOCIAÇÃO DO PLASMA RICO EM PLAQUETAS, NOVO VIDRO BIOATIVO E SULFATO DE CÁLCIO NO TRATAMENTO DE DEFEITOS DE FURCA CLASSE II: ESTUDO HISTOLÓGICO E HISTOMÉTRICO EM CÃES. Dados Curriculares Nascimento: 29.11.1976 – Curitiba/PR Filiação: Rui Paulo Gradowski Miranda Beatriz Teixeira de Melo Miranda 1998-2001: Curso de Graduação em Odontologia Universidade Paranaense – UNIPAR 2002-2003: Professora da Disciplina de Periodontia do Curso de Odontologia da Universidade Paranaense – UNIPAR 2003-2005: Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Área de Periodontia, da Faculdade de Odontologia do Campus de Araçatuba – UNESP 2005-2007: Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Área de Periodontia, da Faculdade de Odontologia do Campus de Araçatuba – UNESP 2006 - Atual: Professora e Vice-coordenadora da Clínica Integrada da UFPR, Professora do Curso de Especialização em Periodontia da UFPR, Professora do Curso de Especialização e Aperfeiçoamento em Periodontia do Centro Universitário Positivo – UNICENP Dedicatória Ao meu grande amor Max: Max, Nunca vou esquecer do dia que saiu o resultado da prova do doutorado. Você foi a primeira pessoa a dizer: “Parabéns e boa sorte porque você vai fazer o doutorado”. Aquele incentivo e apoio, naquele momento, foram fundamentais para eu iniciar o curso e alcançar esta vitória. Marido como você é raro e por isso eu te digo: É muito bom te amar e ter você em meu coração, É muito bom poder contar com você nos momentos difíceis, fáceis, alegres e tristes, É muito bom ter sempre o seu apoio na vida pessoal e profissional, É muito bom ter sempre sua compreensão, seu incentivo e sua confiança. Aprendi muito com você nos nossos 5 anos de namoro e mais 10 anos de casamento. Já são 15 anos juntos. Podemos dizer que somos uma só pessoa. Crescemos juntos e construímos um casal unido, amigo, companheiro e MUITO FELIZ!! Quando somos felizes na vida pessoal é muito mais fácil sermos felizes e atingirmos os nossos objetivos na vida profissional. É uma soma de fatores, sendo o apoio, incentivo e confiança fundamentais. Assim, como você é fundamental e essencial em minha vida. Nunca vou cansar de dizer EU TE AMO!! Muito obrigada por acreditar em meu potencial e ser uma das pessoas “chaves” para eu alcançar mais esta vitória na minha carreira. Você mais do que ninguém sabe o quanto é importante para nós e para nossas realizações. Mais um dos objetivos cumpridos e devo a você!! “O que importa não é o que temos na vida, e sim quem temos na vida ao nosso lado”. Graças a Deus eu tenho você!! Te Amo Muito! Dedicatória Aos pais Beatriz e Rui Paulo (in memorian): Mãe, Como eu sempre te digo, você é o meu espelho. Porque você é uma mulher vencedora, corajosa, batalhadora e forte. Sempre sabe de seus objetivos e dos caminhos para alcançá-los. Seus exemplos de vida me tornaram uma mulher com suas características. Só tenho a agradecer muito por isso!! Os seus exemplos fizeram com que eu conseguisse alcançar meus sonhos, meus objetivos e mais esta vitória da minha carreira. Além disso, sempre pude contar com seu apoio, compreensão e muito incentivo. VALEU MÃE, VOCÊ É UMA MÃE MUITO ESPECIAL!! TENHO MUITO ORGULHO DE VOCÊ!! OBRIGADA POR TUDO HOJE E SEMPRE!! Amo muito você! Pai, Eu sei que você está sempre ao meu lado, guiando o meu caminho, abrindo minhas portas, me colocando ao lado das pessoas certas nas horas certas, me protegendo, me dando inspiração e coragem para eu seguir o meu destino da melhor forma possível. Eu sei que não segui a sua profissão de dentista e docente ao acaso. Você deixou muitas saudades, mas também deixou muitos exemplos que estou podendo descobrir através de pessoas que foram seus amigos e colegas. Eu sou uma filha muito orgulhosa do pai que tive. Amo muito você! Dedicatória A Deus, Pela vida, Por ter me dado um marido maravilhoso, compreensivo, companheiro e amigo, Por ter me dado saúde, disposição e coragem, Por ter me protegido nas minhas idas e vindas, Por ter me iluminado e me dado inspiração, Por abrir minhas portas e permitir que eu atingisse meus objetivos e sonhos, Por ter me dado a oportunidade de conhecer e trabalhar com pessoas incríveis. “Deus está sempre à nossa volta, nas coisas que nem imaginamos....” Agradecimentos Especiais À minha orientadora Professora Doutora Maria José Hitomi Nagata, Querida e Admirada Professora, Não é qualquer pessoa que tem o dom de ser professor e orientador. Não é qualquer professor que tem o dom de inspirar o aluno a seguir seu caminho, buscar conhecimento, crescer profissionalmente e pessoalmente. Tenho orgulho de ser sua aluna porque você é uma dessas pessoas e uma dessas professoras. Seu grande conhecimento e sabedoria, sua responsabilidade com o ensino, sua organização, suas iniciativas, sua amizade, sua compreensão e sua grande competência em ensinar e aprender são exemplos brilhantes da pessoa especial e maravilhosa que você é!! Sempre temos um professor que seguimos como exemplo e você é um deles. Aprendi muito nestes anos de convivência e vou seguir sempre seus valiosos ensinamentos!! Na verdade quero ser sua eterna aluna!! Muito obrigada pela confiança, incentivo, amizade, ensinamentos valiosos e compreensão!! Vou ser eternamente grata! Agradecimentos À Faculdade de Odontologia do Campus de Araçatuba - UNESP, nas pessoas do seu Diretor Professor Doutor Pedro Felício Estrada Bernabé e Vice-Diretora Professora Doutora Ana Maria Pires Soubhia, Pela realização deste curso e desta pesquisa. Ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia, na pessoa de seu Coordenador, o Professor Doutor Idelmo Rangel Garcia Júnior, Por viabilizar, com sucesso, a realização deste trabalho. Ao Professor Doutor da Disciplina de Periodontia, Alvaro Francisco Bosco, QUERIDO e ADMIRADO professor: o senhor é o responsável por minha formação na prática clínica da periodontia. Tudo que eu sei hoje sobre como atender, diagnosticar tratar e operar pacientes eu aprendi com o senhor. Tenho muito orgulho de ter tido o senhor como meu professor, pois eu o considero um dos maiores periodontistas do Brasil. Sempre com muito carinho, paciência, competência e vontade durante as clínicas de pós-graduação foi transmitindo seus brilhantes conhecimentos clínicos e científicos. O senhor abriu meus olhos para eu enxergar uma periodontia diferente. Uma periodontia com indicações, contra-indicações e previsibilidades verdadeiras. Uma periodontia com responsabilidade. Muito obrigada por seus valiosos ensinamentos, pela amizade, humildade, carinho, paciência, confiança, convivência e pela competência em transmitir seus conhecimentos de maneira simples e clara que contribuíram infinitamente para o meu aprendizado profissional e pessoal. Ao Professor Doutor da Disciplina de Periodontia, Valdir Gouveia Garcia, QUERIDO e ADMIRADO professor: eu o considero dentro de sua humildade, competência, conhecimento e experiência de vida um exemplo de homem e um exemplo de professor. Sempre com muito carinho e com palavras sábias tem o dom de estimular e inspirar seus alunos a seguir um caminho brilhante cumprindo suas obrigações e seus objetivos sem medo. Sua energia, seu abraço carinhoso, sua preocupação com o andamento do curso e do tempo, sua habilidade administrativa, sua brilhante competência e o seu jeito de ser e agir em diferentes situações ficaram marcados em minha memória. Como eu já disse uma vez ao senhor o nosso laço não acaba aqui. Eu sempre terei o senhor, o professor Alvaro e a professora Maria José como meus eternos professores. Vocês são minha referência, meu porto seguro. Vocês são os responsáveis por minha formação profissional, cada um contribuindo de uma forma diferente, especial e inesquecível. Vou tê-los sempre nos meus pensamentos, no meu coração e na minha memória. VOCÊS SÃO GRANDES E ADMIRÁVEIS PROFESSORES!! Agradecimentos Ao Professor Doutor Tetuo Okamoto, Pelo carinho, disponibilidade e atenção. Por sua grande ajuda, pelos ensinamentos imprescindíveis e pelas dúvidas sanadas durante a realização da análise histológica deste trabalho. À Professora Doutora Maria Lúcia Marçal Mazza Sundefeld, Pelo auxílio e tempo dispensado para a realização da analise estatística deste trabalho. À Professora Doutora Suely Regina Mogami Bomfim do Laboratório Clínico Veterinário da Faculdade de Medicina Vetrinária da UNESP, Responsável pelas análises clínicas das amostras de sangue dos animais usados neste experimento. Obrigada pela dedicação, tranqüilidade e grande paciência demonstrada durante a realização deste difícil trabalho. A sua assistência durante os experimentos foram fundamentais para realização desta tese. Ao Dr. Stephen E. Fucini pelo esforço e contribuição em conseguir, juntamente com a professora Maria José, o patrocínio desta pesquisa com a BIOMET 3i, Inc. Pela disponibilidade em sempre ajudar na escrita dos artigos científicos realizados durante o curso. À querida amiga Flávia Aparecida Chaves Furlaneto, Companheira de Mestrado, Doutorado e moradia em todas as horas. Você é uma grande e verdadeira amiga. Uma amiga que eu pude e poderei sempre contar independente do tempo e da distância. Isto é a verdadeira amizade. Você é uma amiga especial que me apoiou, me ajudou, me fez dar risadas e me fez chorar. Compartilhamos momentos muito importantes de nossas vidas juntas. Conquistamos juntas etapas fundamentais. Eu sou muito feliz por ter tido você ao meu lado nestes momentos. Quero agradecer por sua amizade, por sua companhia, por suas sábias e verdadeiras palavras e pelos ensinamentos profissionais e pessoais. Obrigada por tudo! “Sempre é bom saber que temos amigos em quem confiar e que saibam que também podem contar conosco. Afinal são os amigos que tornam o nosso caminho mais feliz”. Ao querido amigo Michel Reis Messora, Por ajudar a esclarecer muitas dúvidas, por indicar os caminhos a serem percorridos e por ensinar detalhes fundamentais para que esta pesquisa pudesse ser realizada. Muito obrigada pelas risadas, pelos valiosos ensinamentos, pela convivência agradável, pela companhia e pela amizade! Você é um grande amigo e mora em meu coração. Ao amigo Alex Semenoff Segundo, Pela valiosa amizade, companheirismo, ensinamentos, trabalhos realizados em conjunto e adorável convivência durante o curso de Doutorado. Agradecimentos Aos colegas de mestrado e doutorado Luiz Gustavo, Danielle, Samara, Juliano, Valmir, Sérgio, Thiago, Luciana e Leandro. O aprendizado em equipe e o respeito entre seus participantes são muito importantes. Quero agradecer a cada um de vocês pela amizade, pelo companheirismo, pelos ensinamentos e pelo carinho. À amiga Larissa Juhas Jorge, Amiga de moradia, na verdade uma irmãzinha mais nova que eu e a Flávia tivemos que cuidar e orientar. Um amiga especial, carinhosa, divertida, risonha que fez com que o clima de nossa casa ficasse alegre e descontraído. La, obrigada por tudo. Te adoro!! Aos funcionários do Departamento de Cirurgia e Clínica Integrada, Odair, Bernadete, Cleide, Dirce e Gilmar, Pela disponibilidade em sempre ajudar no que fosse preciso. Agradecimentos especiais à Dirce e Bernadete, pela perseverança, competência e destreza em todo o processamento laboratorial deste trabalho. Agradecimento mais que especial ao ODAIR, um funcionário extremamente dedicado, que ama o seu trabalho e por isso sempre nos ajuda com muito prazer, com muita alegria e com muita competência. Obrigada por participar e ser um dos responsáveis do sucesso do procedimento experimental. Sem você, não seria possível realizar o trabalho com os cães. Vou ser eternamente grata a você por tudo e, principalmente, pela grande amizade, carinho e dedicação que sempre teve para comigo no Mestrado e Doutorado. Aos funcionários do Biotério da Faculdade de Odontologia do Campus de Araçatuba – UNESP, Camilo, José Lúcio e João Batista, Pela valiosa ajuda para a realização dos procedimentos cirúrgicos e cuidados pré e pós-operatórios dos animais e pela disponibilidade dispensada durante toda pesquisa. Pelos momentos alegres, pelas risadas, pelo cafezinho, pela amizade, pela convivência agradável e pelos ensinamentos a mim transmitidos. Às funcionárias da Seção de Pós-Graduação Marina, Valéria e Diogo, Pela competência, pela atenção dispensada, pela simpatia e pronto atendimento em todos os momentos necessários. Aos funcionários da Biblioteca Izamar, Cláudio Matsumoto, Maria Cláudia, Ana Cláudia, Ivone, Luzia, Cláudio Maciel Júnior, Fernando e Ana Paula, Pela alegria diária, pela disposição, pela paciência, pelo carinho, pela atenção e pela grande ajuda. À minha auxiliar de consultório Luciana da Silva, Pela dedicação, pela responsabilidade e competência. Obrigado por ser meu “braço direito” em Curitiba. Agradecimentos À Vera e Rute, Pela valiosa ajuda prestada a mim, à minha família e às minhas casas. Ao amigo, colega e professor Tertuliano Ricardo Lopes, Agradeço do fundo do meu coração pela confiança depositada em mim e por abrir minhas portas profissionais no Centro Universitário Positivo – UNICENP permitindo que eu faça parte da equipe de PERIODONTIA desta grande Universidade. Deus coloca pessoas maravilhosas e certas em nosso caminho. Você foi uma dessas pessoas!! Vou ser eternamente grata!! Obrigada!! Às minhas colegas, professoras e amigas de trabalho do UNICENP Carmen L. Mueller Storrer e Andréa Maria Sousa, pela adorável convivência e trabalho em equipe. Nós juntos (Andréa, Carmen, Tatiana e Tertuliano) conquistaremos nossos objetivos porque somos uma verdadeira equipe de periodontia. O trabalho em equipe é fundamental!! A MINHA SINCERA GRATIDÃO..... Às pessoas especiais que moram em meu coração: Ao meu amado avô Ruy, Um grande homem, um grande médico e um grande pesquisador que dedicou sua vida à Hanseníase. Um homem além de seu tempo. Uma referência na medicina nacional e internacional. Um exemplo de vida, competência, conhecimento e sabedoria. Com seus 94 anos ainda trabalha, pesquisa, escreve e ensina. Um avô carinhoso e atencioso, sempre dizendo suas sábias palavras nos momentos que mais precisamos, sempre vibrando com minhas vitórias e conquistas. Muito Obrigada por ser meu avô!! À minha amada avó Hespéria (in memorian), Você estava ao meu lado quando iniciei o curso de doutorado e infelizmente não está mais presente fisicamente. Porém, espiritualmente eu sei que continua perto de mim. Agradeço pela força, pela inspiração e por junto com meu pai abrir as portas do meu caminho profissional. Você sempre acreditou em mim, sabiam quais eram meus sonhos e objetivos e falava que eu conseguiria atingi-los. E hoje aqui estou. Muito obrigada pelo incentivo que sempre me deu e pelo carinho que sempre teve por mim! À minha amada avó Hilária, Uma grande mulher e uma grande professora. É na família que buscamos exemplos para seguir nossos objetivos e graças a Deus eu tenho uma família que só me ofereceu bons exemplos. Muito Obrigada pelo grande carinho, pelas orações valiosas que contribuíram para esta vitória. Pelo apoio, presença e felicidade nas etapas por mim cumpridas. Agradecimentos Aos meus avós Neuza e Joacyr, Avós por parte do meu marido, porém verdadeiros avós mesmo antes do meu casamento. Avós amados, companheiros, que moram em meu coração. Muito obrigada pelo grande carinho, pela agradável companhia, pelas risadas, pelo convívio, pelos almoços e jantares juntos. Enfim, por tudo que contribuiu para esta vitória. Porque vocês fazem parte dela. AMO VOCÊS!! À tia Nena, Pela proteção, pelo carinho, por minha formação, por cuidar de mim fazendo as vezes de minha avó. Pela felicidade por minhas vitórias e por estar sempre ao meu lado. Ao Palmquist, Pelo carinho paterno, apoio e adorável convivência em família. À minha sogra Ana, Pelo apoio e incentivo em todos os momentos e pelo carinho que sempre teve por mim. Ainda, pelo dom da arte, representado no belo desenho que está ilustrando este trabalho. Na verdade de sogra você não tem nada. Pode ser considerada uma grande amiga e uma segunda mãe, que eu sei que sempre poderei contar. Muito obrigada por tudo e por ser esta pessoa maravilhosa! Ao meu sogro José, Pelo exemplo de pessoa digna e correta. Pelo carinho e apoio. Aos meus cunhados e irmãos de coração, Alexandre e Frederico, Pelos momentos alegres, pelas risadas, pelos abraços carinhosos e pela adorável convivência. Conheço vocês desde pequenos e vocês realmente são os irmãos que eu não tive. Contem sempre comigo, assim como eu sempre contarei com vocês. Lequinho e Fredinho, AMO VOCÊS DE CORAÇÃO! Epígrafe “Ser feliz, ter objetivos, ter sonhos, ter fé e sempre pensar positivo é o caminho mais rápido para alcançar o que você deseja”. (Tatiana Miranda Deliberador) Resumo DELIBERADOR, T.M. Associação do plasma rico em plaquetas, novo vidro bioativo e sulfato de cálcio no tratamento de defeitos de furca Classe II: estudo histológico e histométrico em cães. Tese (Doutorado em Periodontia) - Faculdade de Odontologia do Câmpus de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, 2007. objetivo do presente estudo foi avaliar, histologicamente, o processo de cicatrização de defeitos de furca Classe II, criados cirurgicamente e tratados com a associação do Plasma Rico em Plaquetas (PRP), partículas esféricas de Novo Vidro Bioativo (NVB) e Sulfato de Cálcio (SC). Os segundos e quartos pré- molares mandibulares de 8 cães foram usados neste estudo. Defeitos de furca Classe II (5 mm de altura x 2 mm de profundidade) foram criados cirurgicamente e imediatamente tratados. Usando o modelo de boca dividida, os dentes foram aleatoriamente divididos em 2 grupos: Grupo C (controle): o defeito foi preenchido somente com coágulo sanguíneo e Grupo T (teste): o defeito foi preenchido com a associação de PRP, NVB e SC. Os retalhos foram reposicionados para cobrir totalmente os defeitos. A eutanásia dos animais foi realizada aos 90 dias pós- operatórios. Foram obtidos cortes histológicos seriados mésio-distais, corados com Hematoxilina e Eosina. Foram realizadas análises histométrica, usando um software analisador de imagens, e histológica. Foram avaliadas medidas lineares e de área da cicatrização periodontal, calculadas como porcentagem do defeito original. Os dados percentuais foram transformados em arcoseno para análise estatística (análise de variância, p < 0,05). A regeneração óssea e de tecido conjuntivo nos defeitos de furca foi incompleta na maioria dos espécimes. O Grupo C apresentou quantidade de neoformação óssea e regeneração periodontal significativamente maior que o Grupo T. Quantidade considerável de partículas remanescentes de NVB foi observada na maioria dos espécimes do Grupo T. Dentro dos limites do presente estudo, pode-se concluir que a associação do PRP, NVB e SC não foi mais efetiva que o debridamento cirúrgico somente no tratamento de defeitos de furca Classe II. Palavras-chave: Defeitos da Furca; Sulfato de Cálcio; Vidro; Plasma Rico em Plaquetas; Modelos Animais. O Abstract DELIBERADOR, T. M. Combination of platelet-rich plasma, new bioactive glass and calcium sulfate in the treatment of Class II furcation defects: a histologic and histometric study in dogs. Thesis (Periodontics) - Dental School of Araçatuba, São Paulo State University - UNESP, Araçatuba, 2007. he purpose of this study was to histologically evaluate the healing of surgically created Class II furcation defects treated using a combination of platelet-rich plasma (PRP), new spherical bioactive glass (NBG) particles and calcium sulfate (CS). The second and fourth mandibular premolars of eight mongrel dogs were used in this study. Class II furcation defects (5 mm in height x 2 mm in depth) were surgically created and immediately treated. Using a split-mouth design, teeth were randomly divided into two groups: group C (control) - defect filled with blood clot only; and group T (test) - defect filled with a combination of PRP, NBG and CS. Flaps were repositioned to cover all defects. The animals were euthanized 90 days post-surgery. Mesio-distal serial sections were obtained and stained with either hematoxylin and eosin. Histometric, using image-analysis software, and histologic analyses were performed. Linear and area measurements of periodontal healing were evaluated and calculated as a percentage of the original defect. Percentage data were transformed into arccosine for statistical analysis (analysis of variance; P<0.05). Regeneration of bone and connective tissue in the furcation defects was incomplete in most of the specimens. Group C had significantly more bone formation and periodontal regeneration than group T. A considerable amount of remaining NBG particles was observed in most specimens of group T. Within the limits of this study, it can be concluded that the combination of PRP, NBG and CS was not more effective than the surgical debridement alone in the treatment of Class II furcation defects. Key words: Furcation Defects; Calcium Sulfate; Glass; Platelet-Rich Plasma; Models, Animal. T Lista de Figuras Figura 1 - Ilustração esquemática representando as medidas histométricas realizadas na área de furca. Medidas de área (descritas no texto) são as seguintes: AO, AOT, AV e ANVBR (AT= AO + AOT + AV + ANVBR). Medidas lineares (descritas no texto) são as seguintes: LFC, LTC, LME, LSL, LA (LET = LFC + LTC + LME + LSL + LA) e LRP. LP = ligamento periodontal; M = marcação radicular; C = cemento. 57 Figura 2A - Grupo C. Visão panorâmica da área da furca, com novo osso (NO) e novo tecido conjuntivo (NTC) no terço médio do defeito de furca (H&E, aumento original 16x). 57 Figura 2B - Grupo C. Visão panorâmica da área da furca, com novo osso (NO) e novo tecido conjuntivo (NTC) estendendo-se até parte do teto da furca (H&E, aumento original 16x). 57 Figura 3A - Grupo T. Visão panorâmica da área da furca, com novo osso (NO) e novo tecido conjuntivo (NTC) estendendo-se até parte do teto da furca (H&E, aumento original 16x). NVB = novo vidro bioativo. 58 Figura 3B - Grupo T. Visão panorâmica da área da furca, com partículas remanescentes de NVB e fechamento ósseo completo do defeito de furca (H&E, aumento original 16x). NO = novo osso. 58 Figura 4A - Grupo T. Novo osso (NO) circundando a partícula de NVB (H&E, aumento original 160x). 58 Figura 4B - Grupo T. Novo osso (NO) dentro da partícula de NVB (H&E, aumento original 160x). 58 Lista de Tabelas Tabela 1 - Valores Percentuais Médios e Desvios-Padrão das Medidas Lineares, com Comparação Entre os Grupos. 56 Tabela 2 - Valores Percentuais Médios e Desvios-Padrão das Medidas de Área, com Comparação Entre os Grupos. 56 Lista de Anexos Anexo A - Parecer da Comissão de Ética na Experimentação Animal 60 Anexo B - Normas para Publicação segundo o Periódico - “Journal of Periodontology” 62 Lista de Abreviaturas e Siglas ACD-A = Ácido Citrato Dextrose-A µl = Microlitro µm = Micrometro ANOVA = Análise de Variância ANVBR = Área Novo Vidro Bioativo Remanescente AO = Área Óssea AOT = Área de Outros Tecidos ASCR = Área de Sulfato de Cálcio Remanescente AT = Área Total AV = Área Vazia C = Controle CEEA = Comissão de Ética na Experimentação Animal DFDBA = Aloenxerto Ósseo Desmineralizado Seco e Congelado (Decalcified Freeze-Dried Bone Allografts) Dp = Desvio-padrão Fig = Figura g = Gramas HE = Hematoxilina e Eosina IM = Intramuscular IV = Intravenoso kg = Quilograma LA = Medida Linear de Anquilose LET = Extensão Radicular Total do Defeito LFC = Medida Linear de Formação Cementária Lista de Abreviaturas e Siglas LME = Medida Linear de Migração Epitelial LPB = Medida Linear de Placa Bacteriana LRP = Medida Linear de Regeneração Periodontal LSL = Medida Linear de Superfície Livre LTC = Medida Linear de Tecido Conjuntivo mg = Miligrama ml = Mililitro mm = Milímetro mm2 = Milímetro quadrado NVB = Novo Vidro Bioativo P2 = 2º Pré-Molar P4 = 4º Pré-Molar PCCS II = Platelet Concentrate Collection System PDGF = Fator de Crescimento derivado das plaquetas PRP = Plasma Rico em Plaquetas rpm = Rotações por minuto RTG = Regeneração Tecidual Guiada SC = Sulfato de Cálcio T = Teste TGF-β = Fator de Crescimento Transformador-β VB = Vidro Bioativo Lista de Símbolos % = Por cento < = Menor > = Maior F = Valor do teste da análise de variância N = Tamanho da amostra no = Número ºC = Graus Celsius P = Probabilidade do valor do teste x = Vezes β = Beta Sumário Manuscrito para Publicação 30 Anexos 59 Manuscrito para Publicação Manuscrito para Publicação* *Segundo as normas do periódico “Journal of Periodontology” 31 Associação do Plasma Rico em Plaquetas, Novo Vidro Bioativo e Sulfato de Cálcio no Tratamento de Defeitos de Furca Classe II: Estudo Histológico e Histométrico em Cães TATIANA M. DELIBERADOR, DDS, MS* MARIA J. H. NAGATA, DDS, PhD* * Departamento de Cirurgia e Clínica Integrada, Faculdade de Odontologia do Campus de Araçatuba, Universidade Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Brasil. Autora responsável pela correspondência: Maria J. H. Nagata Telefone: +55 18 3636 3271 Fax: +55 18 3636-3332 Rua José Bonifácio, 1193 CEP: 16015 - 050 Araçatuba, SP, Brasil e-mail: mjnagata@foa.unesp.br (Endereço eletrônico pode ser publicado) Fonte de apoio: Estudo totalmente patrocinado pela empresa BIOMET 3i, Inc. Número de Palavras: 4870 Número de Figuras: 4 Número de Tabelas: 2 Título Resumido: Defeitos de furca com PRP/vidro bioativo/sulfato de cálcio Achados-Chaves do Estudo: A associação do PRP, NVB e SC não foi mais efetiva que o debridamento cirúrgico somente no tratamento de defeitos de furca Classe II cirurgicamente criados em cães. 32 RESUMO Objetivos: O objetivo do presente estudo foi avaliar, histologicamente, o processo de cicatrização de defeitos de furca Classe II, criados cirurgicamente e tratados com a associação do Plasma Rico em Plaquetas (PRP), partículas esféricas de Novo Vidro Bioativo (NVB) e Sulfato de Cálcio (SC). Métodos: Os segundos e quartos pré-molares mandibulares de 8 cães foram usados neste estudo. Defeitos de furca Classe II (5 mm de altura x 2 mm de profundidade) foram criados cirurgicamente e imediatamente tratados. Usando o modelo de boca dividida, os dentes foram aleatoriamnete divididos em 2 grupos: grupo C (controle): o defeito foi preenchido somente com coágulo sanguíneo e grupo T (teste): o defeito foi preenchido com a associação de PRP, NVB e SC. Os retalhos foram reposicionados para cobrir totalmente os defeitos. A eutanásia dos animais foi realizada aos 90 dias pós-operatórios. Foram obtidos cortes histológicos seriados mésio-distais, corados com Hematoxilina e Eosina. Foram realizadas análises histométrica, usando um software analisador de imagens, e histológica. Foram avaliadas medidas lineares e de área da cicatrização periodontal, calculadas como porcentagem do defeito original. Os dados percentuais foram transformados em arcoseno para análise estatística (análise de variância, p < 0,05). Resultados: A regeneração óssea e de tecido conjuntivo nos defeitos de furca foi incompleta na maioria dos espécimes. O Grupo C apresentou quantidade de neoformação óssea e regeneração periodontal significativamente maior que o Grupo T. Quantidade considerável de partículas remanescentes de NVB foi observada na maioria dos espécimes do grupo T. Conclusões: A associação do PRP, NVB e SC não foi mais efetiva que o debridamento cirúrgico somente no tratamento de defeitos de furca Classe II. PALAVRAS-CHAVE: Defeitos da furca; sulfato de cálcio; vidro bioativo 45S5; substitutos ósseos; plasma rico em plaquetas; modelos animais. 33 INTRODUÇÃO O objetivo ideal da terapia periodontal não é somente impedir a progressão da doença, mas também obter a regeneração previsível dos tecidos periodontais de suporte previamente perdidos pela doença periodontal. Embora a regeneração das lesões de furca Classe II seja possível com vários tipos de terapias, esta não é totalmente previsível, principalmente em relação ao completo preenchimento ósseo.1 Numerosas técnicas cirúrgicas têm sido testadas com o objetivo de alcançar a regeneração dos defeitos de furca. O uso de enxertos e substitutos ósseos, Regeneração Tecidual Guiada (RTG) e a aplicação de fatores de crescimento na ferida cirúrgica são algumas das técnicas comumente usadas para promover a regeneração periodontal.2 Entre os fatores de crescimento, destacam-se o Fator de Crescimento Derivado das Plaquetas (PDGF) e o Fator de Crescimento Transformador-β (TGF-β). Estudos clínicos e em animais concluíram que a ação destes fatores pode intensificar significativamente a regeneração dos tecidos periodontais.3-5 Marx et al.6 propuseram o uso do plasma rico em plaquetas (PRP) autólogo como uma técnica economicamente viável para obter-se uma alta concentração de fatores de crescimento, especificamente PDGF e TGF-β. A racionalidade para o uso local do PRP está, sobretudo, no aumento do nível de fatores de crescimento no sítio da ferida após a degranulação das plaquetas. A combinação de uma ou mais técnicas, atualmente disponíveis, para alcançar a regeneração periodontal, tem o potencial de melhorar os resultados clínicos quando comparada a qualquer técnica usada sozinha.7-10 Estudos clínicos que avaliaram os efeitos da terapia combinada empregando PRP e enxertos ósseos associados ou não à RTG no tratamento de defeitos de furca Classe II7 e de defeitos infra-ósseos8-10 concluíram que a combinação das técnicas foi uma modalidade efetiva de tratamento desses defeitos, com melhora dos resultados clínicos. Contudo, outros estudos clínicos não constataram benefícios adicionais do uso do PRP 34 quando este foi associado ao fosfato tricálcio e RTG,11 ao osso bovino mineralizado inorgânico e RTG12 e ao vidro bioativo (VB)13 no tratamento de defeitos infra-ósseos. Vários tipos de materiais aloplásticos têm sido usados no tratamento de defeitos periodontais. Além de serem osteocondutivas,14,15 as partículas de VB têm demonstrado efeito osteoestimulatório.14,16 Estudos clínicos mostraram um efeito benéfico do uso do VB no tratamento de defeitos periodontais infra-ósseos.17-19 Contudo, outro estudo não observou diferenças significativas com o uso deste material quando comparado a debridamento somente.20 Os poucos estudos clínicos realizados para avaliar o efeito do VB no tratamento de defeitos de furca Classe II apresentaram resultados favoráveis.17,21,22 Resultados satisfatórios com o uso do VB no tratamento de defeitos ósseos periodontais e defeitos de furca também foram observados em estudos histológicos. Foram relatadas maior neoformação óssea e de cemento, bem como inibição do crescimento do epitélio juncional quando o VB foi usado.23,24 Várias modificações têm sido testadas para acelerar as reações das partículas de VB.25,26 Um novo VB (NVB; Biogran II®) foi desenvolvido e, atualmente, está disponível somente para uso experimental. Quando as formas granular e esféricas do Biogran II® foram usadas para preencher defeitos de tamanho crítico ao redor de implantes em tíbias de coelhos, o volume total de osso bem como o desenvolvimento de novo osso dentro das partículas foi maior quando comparado a outros estudos onde o Biogran® foi usado.27 O sulfato de cálcio (SC) é outro material aloplástico, osteocondutivo, totalmente absorvível e biocompatível.28 Além disso, é muito versátil, podendo ser usado como agente carreador de medicamentos, material de implante associado ou não a enxertos ósseos e barreira na técnica da RTG.29 Resultados satisfatórios foram observados quando o SC foi usado como material de implante no tratamento de defeitos periodontais infra-ósseos em humanos30 e em animais.31 O SC agiu como um preenchedor de espaço, prevenindo a migração de tecido 35 epitelial e possibilitou a regeneração de novo cemento e novo osso.31 O uso combinado do SC a outros materiais sintéticos, a enxertos ósseos ou PRP, ao redor de implantes de titânio ou no tratamento de defeitos periodontais e ósseos, também tem sido avaliado em estudos clínicos32-34 e animais,35,34 com resultados satisfatórios. A combinação das técnicas regenerativas tem o potencial de melhorar os resultados clínicos no tratamento de defeitos de furca. Tem sido mostrado que o PRP, VB e SC são promissores no tratamento de defeitos periodontais e o NVB parece apresentar qualidades superiores ao VB na formação óssea. O objetivo do presente estudo foi avaliar, histologicamente, o processo de cicatrização de defeitos de furca Classe II, criados cirurgicamente e tratados com a associação do PRP, NVB e SC. MATERIAL E MÉTODO O protocolo experimental foi aprovado pela Comissão de Ética na Experimentação Animal (CEEA) da Faculdade de Odontologia do Campus de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP. Todas as diretrizes relativas aos cuidados com a pesquisa animal foram estritamente seguidas. Para o presente estudo, foram utilizados oito cães adultos, machos, de raça indefinida, com peso entre 15 a 20 Kg (Biotério da Faculdade de Odontologia do Campus de Araçatuba – UNESP). Todos os animais apresentavam-se em bom estado de saúde geral. No exame intra-oral, que incluiu radiografias e sondagem periodontal, constatou-se ausência de perda óssea e de sinais clínicos de doença periodontal destrutiva. Os dentes utilizados para criar os defeitos de furca Classe II foram os 2ºs e 4ºs pré-molares (P2 e P4) mandibulares direitos e esquerdos de cada cão. Usando o modelo de boca dividida e seguindo uma randomização bloqueada, os dentes foram distribuídos em dois grupos: grupo C (controle) – o defeito foi preenchido somente com coágulo sanguíneo e grupo T (teste) – o 36 defeito foi preenchido com a associação de plasma rico em plaquetas (PRP), partículas esféricas de novo vidro bioativo (NVB)† e sulfato de cálcio (SC)‡. Para todos os procedimentos experimentais, os animais receberam como medicação pré- anestésica o sulfato de atropina§ (0,04 mg/kg de peso corporal - IM) e foram anestesiados com xilazina|| (1 mg/Kg de peso corporal- IM) e cloridrato de tiletamina associado a cloridrato de zolazepam¶ (50 mg/kg de peso corporal - IM). Uma semana antes da realização dos procedimentos cirúrgicos, raspagem supragengival e subgengival foi realizada com curetas Gracey e instrumentos ultrassônicos em todos os dentes, seguida de polimento dental. O controle de placa bacteriana foi mantido pela aplicação tópica diária de solução de digluconato de clorexidina a 0,2%. Procedimentos Cirúrgicos Todos os procedimentos cirúrgicos foram realizados pelo mesmo operador. A área a ser operada recebeu anestesia local infiltrativa com mepivacaína a 2%, contendo epinefrina (1:100.000) para reduzir o sangramento. Incisões intrasulculares foram realizadas da mesial do canino à distal do 2º molar e um retalho mucoperiosteal foi levantado para expor as tábuas ósseas vestibular e lingual. Defeitos de furca Classe II, com 5 mm de altura e 2 mm de profundidade, foram cirurgicamente criados na superfície vestibular dos dentes P2 e P4.36 Os defeitos foram criados usando brocas esféricas carbide no 4 acopladas em contra-ângulo de baixa rotação sob contínua irrigação com soro fisiológico e microcinzéis de Ochsenbein no 1 e 2. As dimensões dos defeitos foram verificadas com sonda periodontal milimetrada#. As superfícies radiculares foram cuidadosamente raspadas e alisadas com instrumentos rotatórios † Biogran II®, BIOMET 3i, Inc., Palm Beach Gardens, FL, EUA. ‡ CalcigenTM Oral, BIOMET 3i, Inc., Palm Beach Gardens, FL, EUA. § Atropion®, Ariston Industrias Químicas e Farmacêuticas Ltda, São Paulo, SP, Brasil. || Coopazine®, Coopers Brasil Ltda., São Paulo, SP, Brasil. ¶ Zoletil 50, Virbac, São Paulo, SP, Brasil. # Sonda PCPUNC15BR, Hu-Friedy do Brasil, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 37 e curetas para remover todo o cemento. Em seguida, usando uma broca esférica carbide no ½, foram feitas marcações nas raízes mesial e distal, na altura da crista óssea cirurgicamente criada, para auxiliar na delimitação do defeito durante as análises histológica e histométrica. No grupo C, os defeitos de furca foram preenchidos somente com coágulo sanguíneo. No grupo T, os defeitos foram preenchidos com a associação de PRP (0,133 ml), NVB (0,1875g) e SC (0,1875g). Os retalhos foram posicionados coronalmente e suturados. Nas áreas interproximais, foram realizadas suturas colchoeiro vertical modificada e simples. Além disso, suturas colchoeiro horizontal, cada uma envolvendo a base de ambos os retalhos vestibular e lingual, foram colocadas circunferencialmente ao redor de cada dente para auxiliar na estabilização dos tecidos moles. Os animais receberam amoxicilina (33,3 mg/kg de peso corporal), via oral, de 12 em 12 horas, durante sete dias, com início duas horas antes do procedimento cirúrgico. Procedimentos Pós-Cirúrgicos Todos os animais receberam analgésico Ketorolac (0,15 mg/kg de peso corporal), via oral, de 12 em 12 horas, durante três dias. Eles foram alimentados com dieta macia até a eutanásia. O controle da placa bacteriana foi mantido durante todo o período experimental com aplicação tópica de digluconato de clorexidina a 0,2%, 5 vezes por semana. As suturas foram removidas aos 10 dias pós-operatórios. Uma semana após a remoção das suturas, os animais foram sedados com a associação de aceprozina a 0,2%** (0,1 mg/kg - IM) e cloridrato de quetamina†† (6,66 mg/kg - IM) para a realização de profilaxia cuidadosa com instrumentos ultrassônicos e polimento dental. Este procedimento foi repetido semanalmente até o período da eutanásia. Em cada procedimento pós-operatório, as áreas cirúrgicas foram cuidadosamente examinadas para assegurar que os materiais implantados não foram expostos ** Acepran, Univet S. A. – Indústria Veterinária, São Paulo, SP, Brasil. †† Vetaset®, Fort Dodge Animal Health, Charles City, Iowa, EUA. 38 e subseqüentemente perdidos. A eutanásia dos animais foi realizada, por perfusão, 90 dias após a realização dos procedimentos cirúrgicos, sob sedação com xilazina‡‡ (2 mg/kg de peso corporal - IM) e anestesia geral com Tiopental Sódico§§ (12,5 mg/kg de peso corporal - IV). Preparo do PRP e associação dos materiais Quarenta ml de sangue foram coletados de cada animal, via punção da veia jugular, com auxílio de uma cânula adaptada a uma seringa contendo 5 ml do anticoagulante ácido citrato dextrose (ACD-A). O preparo do PRP foi feito de acordo com as instruções do fabricante para uso do sistema PCCS II|||| . Cada amostra de sangue foi centrifugada a 3200 rpm por 12 minutos e 0,133 ml de PRP foram ativados com 0,00665 ml de solução de cloreto de cálcio a 10%¶¶. O pó do SC (0,1875g) e o NVB (0, 1875g) foram misturados e 0,1 ml do componente líquido do SC foi adicionado. A esta mistura foi acrescentado o PRP, em início de coagulação. Esta associação de materiais foi, então, imediatamente colocada no defeito cirúrgico. Contagem de Plaquetas O líquido de Brecher foi usado para lisar os eritrócitos e diluir as amostras de sangue periférico e de PRP. As plaquetas nas amostras diluídas foram, então, contadas manualmente em uma câmara de Neubauer. A contagem de plaquetas foi realizada por uma veterinária hematologista. ‡‡ Coopazine®, Coopers Brasil Ltda., São Paulo, SP, Brasil. §§ Thiopentax Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda., Itaparica, SP, Brasil. |||| PCCS IITM, BIOMET 3i, Inc., Palm Beach Gardens, FL, EUA. ¶¶ Calcium Chloride 10% Solution, ScienceLab.com Inc., Houston, TX, EUA. 39 Processamento Tecidual (Procedimentos Laboratoriais) Os blocos contendo um dente e os tecidos circunjacentes foram removidos e fixados em solução de formol neutro a 10%. Cada espécime (dente) foi descalcificado em solução de Morse (ácido fórmico a 50% e citrato de sódio a 20% na proporção de 1:1) e processado rotineiramente para inclusão em parafina. Foram realizados cortes seriados com 6 μm de espessura, no plano mésio-distal, corados pela técnica da Hematoxilina e Eosina (HE) para análises histológica e histométrica em microscopia de luz. Análises Histológica e Histométrica Foram selecionados cinco cortes de cada dente, correspondendo ao primeiro e último cortes que evidenciavam, em ambas as raízes, as marcações feitas durante o procedimento cirúrgico, e aos três cortes intermediários eqüidistantes. Assim, foram obtidos cortes representativos das porções inicial (mais externa), intermediária e final (mais interna) dos defeitos de furca, no sentido vestíbulo-lingual.37 Na análise histológica descritiva, foram avaliados a presença ou ausência de reabsorção radicular e/ou anquilose dento-alveolar, a formação de tecido conjuntivo, novo cemento e novo osso, a orientação das fibras do ligamento periodontal, o grau de migração epitelial e de reação inflamatória dos tecidos, bem como a quantidade de material implantado remanescente. O fechamento ósseo completo do defeito de furca foi considerado quando tecido ósseo neoformado foi visto por toda a extensão do defeito criado previamente em todos os 5 cortes histológicos. Para a análise histométrica, as imagens dos 5 cortes histológicos selecionados foram capturadas com uma câmera digital## acoplada a um estereomicroscópio,*** com aumento ## AxioCam MRc 5, Carl Zeiss Microlmaging GmbH, Göttingen, Germany. 40 original de 16x e transferidas para um computador. As medidas foram realizadas com o auxílio de um “software” analisador de imagens†††. Todas as medidas foram realizadas por um mesmo pesquisador, diferente daquele que fez as cirurgias. Este pesquisador foi submetido a um processo de calibração inicial rigoroso. Um segundo processo de calibração foi conduzido, onde as medidas foram realizadas 3 vezes em cada um dos cortes histológicos analisados. Uma média foi calculada com estes 3 valores. As medidas consideradas no presente estudo foram comparadas aos valores médios obtidos na segunda calibração usando Análise de Variância (ANOVA). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas (p = 0,9220). Isto confirma que o pesquisador estava bem calibrado. Portanto, não houve um erro significativo nas medidas usadas no presente estudo. As seguintes medidas lineares e de área foram avaliadas na análise histométrica (Fig. 1): 1. MEDIDAS LINEARES: 1a) Extensão Radicular Total do Defeito (LET): extensão linear da superfície radicular do defeito que se estende do limite apical de uma marcação radicular até o limite apical da outra; 1b) Formação Cementária (LFC): soma das extensões lineares da superfície radicular do defeito recobertas por novo cemento; 1c) Tecido Conjuntivo (LTC): soma das extensões lineares da superfície radicular do defeito em contato direto com o tecido conjuntivo; 1d) Migração Epitelial (LME): soma das extensões lineares da superfície radicular do defeito cobertas por tecido epitelial; 1e) Anquilose (LA): soma das extensões lineares da superfície radicular do defeito em contato direto com o tecido ósseo; 1f) Superfície Livre (LSL): soma das extensões lineares da superfície radicular do defeito não ocupadas por qualquer tipo de tecido ou placa bacteriana; 1g) Regeneração Periodontal (LRP): soma das extensões lineares da superfície radicular do defeito recobertas por novo cemento adjacente a novo osso; 1h) Placa Bacteriana (LPB): soma das extensões lineares da superfície radicular do defeito cobertas com placa bacteriana. *** STEMI 2000-C, Carl Zeiss Microlmaging GmbH, Göttingen, Germany. ††† Jandel Corporation®, Version 2.0, San Rafael, CA, EUA. 41 2. MEDIDAS DE ÁREA: 2a) Área Total do Defeito (AT): área da furca delimitada apicalmente por uma reta unindo o limite apical das duas marcações radiculares; 2b) Área de Tecido Ósseo (AO): porção da área total do defeito preenchida por novo osso; 2c) Área de Outros Tecidos (AOT): porção da área total do defeito preenchida por cemento e tecidos não mineralizados; 2d) Área de Região Vazia (AV): porção da área total do defeito sem a presença de qualquer tipo de tecido ou placa bacteriana; 2e) Área de NVB remanescente (ANVBR): porção da área total do defeito preenchida por partículas de NVB remanescente; 2f) Área de SC remanescente (ASCR): porção da área total do defeito preenchida por SC remanescente. Análise Estatística A avaliação das variáveis para cada dente correspondeu a um valor médio calculado das medidas obtidas dos 5 cortes de cada dente. As medidas lineares (LFC, LTC, LME, LA e LSL) foram calculadas como uma porcentagem da Extensão Radicular Total do Defeito (LET). As extensões lineares destas variáveis não se sobrepõem umas às outras. Assim, a soma destas variáveis corresponde a 100% de LET. As variáveis LRP e LPB também foram avaliadas separadamente como porcentagem da LET. Os valores de LPB foram zero. Em relação à medida LSL, somente 1 espécime do grupo C apresentou valor diferente de zero e, portanto, não foi possível analisá-la estatisticamente. Também não foi possível analisar estatisticamente os valores da variável LME, por apresentarem poucos valores diferentes de zero, e coeficiente de variação muito alto, permitindo somente a aplicação de parâmetros de estatística descritiva. As medidas de área (AO, AOT, AV, ANVBR e ASCR) foram calculadas como uma porcentagem da Área Total do Defeito (AT). Em relação à medida AV, somente 2 espécimes do grupo C apresentaram valores diferentes de zero e, portanto, também 42 não foi possível aplicar testes estatísticos. Foi realizada a análise estatística descritiva dos valores de ANVBR. Os valores de ASCR foram zero. O animal foi usado como unidade estatística (n = 8). Foram feitos os testes de normalidade dos resíduos, sendo confirmadas a aproximação para a distribuição normal e a homocedasticidade dos dados entre os grupos. A significância das diferenças entre os grupos foi determinada por uma análise de variância, com transformação em arcoseno, ao nível de significância de 5% (p < 0,05), analisando cada variável separadamente. Teste-t pareado foi usado para verificar a existência da relação entre a contagem de plaquetas das amostras do sangue periférico e do plasma rico em plaquetas. RESULTADOS Observações Clínicas Os animais toleraram bem os procedimentos cirúrgicos. O pós-operatório ocorreu sem incidentes. Não foi observada a presença de recessão gengival em nenhum dente de ambos os grupos. Estudo da contagem de plaquetas A contagem de plaquetas confirmou que a técnica de preparação do PRP usada no presente estudo produziu amostras com alta concentração de plaquetas. Esfregaços de amostras de PRP exibiram maior concentração de plaquetas do que esfregaços de amostras do sangue periférico. A quantidade média de plaquetas presentes nas amostras de sangue periférico dos animais foi 302,5 ± 39,05 x 103 plaquetas/µl, enquanto que as amostras de PRP apresentaram a média de 1152,08 ± 127,23 x 103 plaquetas/µl, com diferença estatisticamente significativa (p < 0,0001). Portanto, a concentração de plaquetas nas amostras de PRP foi aumentada em aproximadamente 4 vezes. 43 Análise Histológica A maioria dos espécimes dos grupos C e T não apresentou fechamento ósseo completo do defeito de furca. O novo cemento apresentou-se variável em espessura, revestindo parcialmente ou totalmente as superfícies radiculares do defeito. A maioria dos espécimes apresentou revestimento parcial das superfícies radiculares com cemento. O ligamento periodontal neoformado mostrou-se bem organizado, vascularizado e celularizado, com feixes de fibras orientadas perpendicularmente ou obliquamente à superfície radicular, inseridas no novo cemento e no novo osso. Áreas de anquilose dento-alveolar foram observadas na maioria dos espécimes de ambos os grupos. Grupo C. Em alguns espécimes, observou-se osso neoformado restrito às marcações radiculares, estendendo-se levemente coronal a elas ou preenchendo o terço médio do defeito de furca (Fig. 2A). Em outros espécimes, o osso neoformado estendia-se até parte do teto da furca (Fig. 2B). As áreas remanescentes da furca estavam preenchidas por tecido conjuntivo fibroso com infiltrado inflamatório crônico variando de leve a intenso. O fechamento ósseo completo do defeito de furca foi observado em dois espécimes. Em 3 espécimes, os cortes histológicos iniciais (lado vestibular) mostraram migração epitelial no teto da furca. Em dois espécimes, o epitélio estendeu-se ao terço médio do defeito, sendo que em um deles, projeções epiteliais foram observadas no tecido conjuntivo subjacente, que exibia intenso infiltrado inflamatório crônico. Embora áreas de reabsorção radicular tenham sido observadas na maioria dos espécimes, estas estavam reparadas por novo cemento. Em um espécime, discretas áreas com características de reabsorção ativa foram observadas. Grupo T. Em alguns dos espécimes, o osso neoformado foi observado na área entre as marcações radiculares, estendendo-se até o terço médio do defeito de furca. Em outros espécimes, o osso neoformado estendia-se até parte do teto da furca (Fig. 3A). As áreas remanescentes da furca estavam ocupadas por tecido conjuntivo fibroso com infiltrado 44 inflamatório crônico variando de leve a intenso. A maioria dos espécimes apresentou grande quantidade de partículas remanescentes de NVB, distribuídas predominantemente na área das marcações radiculares e no terço médio do defeito de furca (Fig. 3B). A maioria das partículas de NVB apresentou-se com fissuras. Algumas delas mostraram invaginação de tecido conjuntivo em suas fissuras e centros escavados. Em outras partículas, observou-se material amorfo e células nesses centros. Em muitas áreas, as partículas de NVB estavam circundadas por tecido conjuntivo rico em células, bem vascularizado e organizado. Em outras, o tecido conjuntivo circunjacente estava frouxo e desorganizado. Na maioria dos espécimes, observou-se formação óssea circundando poucas partículas de NVB (Fig. 4A). Em alguns espécimes, observou-se osso dentro das mesmas (Fig. 4B). O fechamento ósseo completo do defeito de furca foi observado em quatro espécimes (Fig. 3B). Em 4 espécimes, os cortes histológicos iniciais (lado vestibular) mostraram migração epitelial no teto da furca. Em um espécime, o epitélio estendeu-se ao terço médio do defeito. Embora pequenas áreas de reabsorção radicular tenham sido observadas na maioria dos espécimes, as mesmas encontravam-se reparadas por novo cemento. Em dois espécimes, no entanto, foi possível detectar discretas áreas apresentando características de reabsorção ativa. Remanescentes de SC não foram observados em nenhum dos espécimes. Histometria e Análise Estatística Os valores percentuais médios e desvios-padrão das medidas lineares, com comparação entre os grupos, estão apresentados na Tabela 1. Os valores percentuais médios e desvios-padrão da LME foram de 2,19% ± 3,06% para o grupo C e de 2,70% ± 4,46% para o grupo T. Esses valores foram calculados considerando-se os valores de 3 espécimes do grupo C e 4 espécimes do grupo T, pois os demais foram zero. Os valores percentuais médios e desvios- padrão das medidas de área, com comparação entre os grupos, estão apresentados na Tabela 45 2. A Área Total do Defeito (AT) de ambos os grupos, em mm2, foram comparadas através da análise de variância, não sendo encontrada diferença estatisticamente significativa, com F = 0,56 e p = 0,4785. O mesmo ocorreu com a Extensão Radicular Total do Defeito (LET), com F = 0,33 e p = 0,5829. O valor percentual médio e desvios-padrão da ANVBR foi 11,13% ± 5,92%. DISCUSSÃO A avaliação histológica dos resultados das técnicas regenerativas é essencial para estabelecer se as mesmas estimularam a regeneração ou algum tipo de reparo. Devido à dificuldade óbvia em obter espécimes humanos para processamento histológico, modelos de experimentação animal são normalmente usados. No presente trabalho, usou-se um modelo experimental agudo. Tem sido demonstrado que o debridamento radicular convencional elimina a maior parte ou todo o cemento na doença de ocorrência natural ou nos defeitos crônicos, resultando em condições da superfície radicular similares aos dos defeitos agudos.38 Em defeitos agudos, algum nível de regeneração espontânea é esperado e, assim, a única desvantagem deste modelo é que ele reduz a sensibilidade de interpretação das técnicas regenerativas.39 Contudo, apresenta várias vantagens tais como economia de tempo, padronização do tamanho do defeito40 e um bom custo-benefício devido ao menor tempo necessário para manutenção dos animais.39 De acordo com Soares et al.,39 este modelo deveria ser selecionado para a investigação de novos materiais, drogas ou substâncias para determinar sua segurança e para estabelecer o risco de reações adversas durante o processo de cicatrização periodontal. No grupo C do presente estudo, observou-se considerável regeneração periodontal, com significativa formação de novo osso em alguns espécimes. Resultados semelhantes também foram observados por Soares et al.39 Recessões gengivais não foram observadas em ambos os grupos deste estudo durante a fase de cicatrização. Os retalhos mucoperiosteais que cobriam 46 os defeitos foram mantidos em posição, permitindo que o coágulo formado dentro do defeito permanecesse estável e livre de infecção, favorecendo assim, a regeneração periodontal.41 Os animais receberam antibióticos sistêmicos antes e após os procedimentos cirúrgicos, em combinação com terapia antimicrobiana local, para prevenir infecção e conseqüente alteração do coágulo recentemente formado. Isto deve ter certamente contribuído para os resultados positivos observados.39 No presente estudo, a combinação das técnicas regenerativas usadas no grupo T não foi mais efetiva que o debridamento cirúrgico somente. A maioria dos espécimes do grupo T apresentou quantidade considerável de partículas remanescentes de NVB. Isto demonstra o lento processo de reabsorção do Biogran II®, que também foi observado em estudos histológicos em humanos16 e em animais15 quando o Biogran® foi usado. O Biogran® foi modificado para criar o Biogran II® em uma tentativa de acelerar suas reações in vivo.25 Contudo, isto não foi observado no modelo animal usado no presente estudo. Este resultado difere do relatado por Veis et al.,27 que também avaliaram o Biogran II® usando outro modelo experimental. Schepers et al.42 demonstraram que a remodelação das partículas de VB é influenciada pela atividade de remodelação do osso circunjacente. As reações químicas das partículas procederão mais rapidamente em um sítio com alta atividade de remodelação do que em um sítio com uma atividade menor. Esta poderia ser uma das explicações para a diferença de resultados observada entre o presente estudo e o de Veis et al.,27 que avaliaram o reparo ósseo ao redor de implantes, uma área com alta atividade de remodelação.42 A presença de uma quantidade considerável de partículas remanescentes de NVB pode ser uma das razões para explicar a significativa menor quantidade de novo osso nos defeitos de furca do grupo T quando comparados aos do grupo C (Tabela 2). Segundo MacNeill et al.,43 materiais de enxerto que requerem períodos longos de tempo para completa reabsorção reduzem a quantidade total de osso neoformado devido a sua presença contínua. 47 No presente trabalho, a presença de tecido conjuntivo fibroso foi observada circundando as partículas de NVB em muitas áreas. Estas fibras colágenas podem indicar desenvolvimento de matriz para futura mineralização e formação óssea.44 De fato, no presente estudo, observou-se formação óssea circundando algumas partículas de NVB, confirmando suas propriedades osteocondutivas. A mineralização e a formação óssea poderiam ter sido observadas mais extensivamente se o presente estudo tivesse incluído um período mais longo de cicatrização. Tem sido demonstrado, em estudos clínicos, que o VB pode demorar 8 a 9 meses para tornar-se completamente incorporado dentro dos tecidos18 e a remodelação óssea completa pode demorar ainda muito mais tempo.20 Além de mostrarem-se osteocondutivas, as partículas de NVB apresentaram também, em alguns espécimes deste estudo, a propriedade osteoestimulatória, já descrita em estudo histológicos realizados em humanos e animais com partículas de VB.14,16 Estudos histológicos indicaram maior formação de novo cemento e inibição ou retardo da migração do epitélio juncional em defeitos ósseos periodontais tratados com VB em comparação aos tratados apenas com debridamento cirúrgico.23,24 No grupo T do presente estudo, formação considerável de novo cemento foi observada. Contudo, sem diferença estaticamente significativa em relação ao grupo C (Tabela 1). Em alguns espécimes de ambos os grupos, observou-se migração epitelial para o interior do defeito de furca, o que não corrobora os achados de Karatzas et al.,24 que verificaram significativa inibição da migração epitelial com o uso do VB. Apesar de ambos os grupos terem apresentado quantidades similares de novo cemento, o grupo T apresentou quantidade significativamente menor de regeneração periodontal que o grupo C (Tabela 1). Este achado poderia ser explicado, em parte, pela quantidade significativamente menor de novo osso devido à presença de quantidade considerável de partículas remanescentes de NVB na maioria dos espécimes. Portanto, os resultados do presente estudo não suportam os achados de estudos clínicos que 48 mostraram que o uso do VB proporcionou resultados significativamente melhores no tratamento de defeitos de furca Classe II quando comparados ao debridamento cirúrgico somente.17,21 Contudo, estão em concordância com os resultados observados em estudo clínico que não mostrou diferenças significativas quando o uso do VB foi comparado ao debridamento cirúrgico somente no tratamento de defeitos periodontais infra-ósseos.20 A propriedade regenerativa limitada do VB no tratamento desse tipo de defeito também foi constatada em uma avaliação histológica realizada em humanos.45 As alterações qualitativas e/ou quantitativas das plaquetas podem afetar o potencial regenerativo do PRP. Portanto, a seleção de uma técnica adequada para o preparo do PRP é um aspecto de fundamental importância para uma avaliação confiável dos efeitos deste biomaterial. No presente trabalho, o PRP foi preparado segundo o protocolo do sistema PCCS IITM. A primeira versão deste sistema, o PCCSTM, demonstrou características ideais para o preparo do PRP, pois concentra as plaquetas em níveis adequados, requer um volume reduzido de sangue, é semi-automatizado e não danifica mecanicamente as plaquetas durante a centrifugação.46,47 Assim como o sistema PCCSTM, recomendado por Marx48 por proporcionar uma concentração de plaquetas considerada terapêutica, o sistema PCCS IITM utilizado no presente estudo manteve esta propriedade, como constatado pelo aumento constante do número de plaquetas nas amostras de PRP em relação às do sangue periférico. Há poucas publicações sobre a influência do uso isolado do PRP no tratamento de defeitos periodontais e estas apresentaram resultados favoráveis.49,50 Vários estudos clínicos avaliaram a combinação do PRP a enxertos ósseos associados ou não à RTG e concluíram que a terapia combinada usando o PRP foi mais efetiva que o uso isolado de uma terapia regenerativa ou apenas o debridamento.7-10 Contudo, no presente estudo, a terapia combinada usando o PRP não foi mais efetiva que o debridamento cirúrgico somente. A ação positiva do PRP nas terapias combinadas tem sido contestada por outros estudos clínicos que não constataram 49 benefícios adicionais do uso do PRP quando este foi associado ao fosfato tricálcio e RTG,11 ao osso bovino mineralizado inorgânico e RTG12 e ao VB13 no tratamento de defeitos infra- ósseos. O exato mecanismo do PRP na regeneração periodontal ainda não está bem compreendido12 e necessita ser melhor investigado. O uso combinado do SC a outros materiais aloplásticos, enxertos ósseos ou PRP, ao redor de implantes de titânio ou no tratamento de defeitos periodontais, tem sido avaliado em estudos clínicos32-34 e animais,31,35 apresentando resultados satisfatórios. Tem sido demonstrado que o SC pode ser usado como agente carreador de medicamentos29 e pode constituir um sistema de liberação biocompatível para fatores de crescimento.34 Contudo, no presente estudo, o uso combinado do SC ao NVB e PRP não se mostrou como uma técnica vantajosa. Talvez as reações químicas das partículas de NVB tenham interferido na liberação e manutenção dos fatores de crescimento relacionados ao PRP no sítio cirúrgico. Essa hipótese é suportada pelo recente estudo clínico de Demir et al.13 que não observaram um efeito adicional positivo do PRP quando combinado ao VB no tratamento de defeitos periodontais infra-ósseos. Dentro dos limites do presente estudo, pode-se concluir que a associação do PRP, NVB e SC não foi mais efetiva que o debridamento cirúrgico somente no tratamento de defeitos de furca Classe II. AGRADECIMENTOS A BIOMET 3i, Inc. (Palm Beach Gardens, FL, USA) por ter patrocinado este estudo e a Profa. Dra. Suely Regina Mogami Bomfim da Faculdade de Medicina Veterinária e ao Prof. Dr. Tetuo Okamoto da Faculdade de Odontologia do Campus de Araçatuba – UNESP, pela assessoria técnica prestada. 50 REFERÊNCIAS 1. Garret S. Periodontal regeneration around natural teeth. Ann Periodontol 1996;1:621-666. 2. Demir B, Demiralp B, Güncü GN, Uyanik MÖ, Çaglayan F. Intentional replantation of a hopeless tooth with the combination of platelet rich plasma, bioactive glass graft material and non-resorbable membrane: a case report. Dent Traumatol 2007; 23:190-194. 3. Park J-B, Matsuura M, Han K-Y, et al. 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Grupo C Grupo T ANOVA Medidas Média (%) Dp (%) Média (%) Dp (%) Teste F P Valor LFC 56,30 14,79 54,97 19,98 0,07 0,7981 LTC 39,38 14,02 37,62 22,21 0,30 0,6020 LA 4,11 4,56 3,94 5,46 0,05 0,8344 LRP 51,56 15,94 37,97 12,31 6,07 0,0432* * Diferença estatisticamente significativa ao nível de 5%. Tabela 2. Valores Percentuais Médios e Desvios-Padrão das Medidas de Área, com Comparação Entre os Grupos. Grupo C Grupo T ANOVA Medidas Média (%) Dp (%) Média (%) Dp (%) Teste F P Valor AO 64,15 15,45 50,33 12,29 6,59 0,0371* AOT 35,57 15,26 38,66 9,88 0,78 0,4064 * Diferença estatisticamente significativa ao nível de 5%. 57 FIGURAS Figura 1. Ilustração esquemática representando as medidas histométricas realizadas na área de furca. Medidas de área (descritas no texto) são as seguintes: AO, AOT, AV e ANVBR (AT= AO + AOT + AV + ANVBR). Medidas lineares (descritas no texto) são as seguintes: LFC, LTC, LME, LSL, LA (LET = LFC + LTC + LME + LSL + LA) e LRP. LP = ligamento periodontal; M = marcação radicular; C = cemento. Figura 2. A) Grupo C. Visão panorâmica da área da furca, com novo osso (NO) e novo tecido conjuntivo (NTC) no terço médio do defeito de furca (H&E, aumento original 16x). B) Grupo C. Visão panorâmica da área da furca, com novo osso (NO) e novo tecido conjuntivo (NTC) estendendo-se até parte do teto da furca (H&E, aumento original 16x). 58 Figura 3. A) Grupo T. Visão panorâmica da área da furca, com novo osso (NO) e novo tecido conjuntivo (NTC) estendendo-se até parte do teto da furca (H&E, aumento original 16x). NVB = novo vidro bioativo. B) Grupo T. Visão panorâmica da área da furca, com partículas remanescentes de NVB e fechamento ósseo completo do defeito de furca (H&E, aumento original 16x). NO = novo osso. Figura 4. A) Grupo T. Novo osso (NO) circundando a partícula de NVB (H&E, aumento original 160x). B) Grupo T. Novo osso (NO) dentro da partícula de NVB (H&E, aumento original 160x). 59 nexos Anexos 60 Anexo A Parecer da Comissão de Ética na Experimentação Animal 61 Anexo A – Parecer da Comissão de Ética na Experimentação Animal 62 Anexo B Normas para Publicação segundo o Periódico - “Journal of Periodontology” 63 Anexo B - Normas para Publicação segundo o Periódico - “Journal of Periodontology” Anexo B – Normas para Publicação segundo o Periódico “Journal of Periodontology” 64 Anexo B – Normas para Publicação segundo o Periódico “Journal of Periodontology” 65 Anexo B – Normas para Publicação segundo o Periódico “Journal of Periodontology” 66 Anexo B – Normas para Publicação segundo o Periódico “Journal of Periodontology” 67 Anexo B – Normas para Publicação segundo o Periódico “Journal of Periodontology” 68 Anexo B – Normas para Publicação segundo o Periódico “Journal of Periodontology” 69 Anexo B – Normas para Publicação segundo o Periódico “Journal of Periodontology” 70 Anexo B – Normas para Publicação segundo o Periódico “Journal of Periodontology” 71 Anexo B – Normas para Publicação segundo o Periódico “Journal of Periodontology” 72 Anexo B – Normas para Publicação segundo o Periódico “Journal of Periodontology” 73 CAPA FOLHA DE ROSTO DADOS CURRICULARES DEDICATÓRIA AGRADECIMENTOS EPÍGRAFE RESUMO ABSTRACT LISTA DE FIGURAS LISTA DE TABELAS LISTA DE ANEXOS LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS LISTA DE SÍMBOLOS SUMÁRIO MANUSCRITO PARA PUBLICAÇÃO ANEXOS