RESSALVA Atendendo solicitação do(a) autor(a), o texto completo desta dissertação será disponibilizado somente a partir de 02/04/2023. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA PESQUISA DE AGENTES INFECCIOSOS EM ONÇAS- PARDAS (Puma concolor) DE VIDA LIVRE NA BACIA DO RIO TIETÊ, SÃO PAULO, BRASIL PAOLLA NICOLE FRANCO BOTUCATU – SP 2021 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA PESQUISA DE AGENTES INFECCIOSOS EM ONÇAS- PARDAS (Puma concolor) DE VIDA LIVRE NA BACIA DO RIO TIETÊ, SÃO PAULO, BRASIL PAOLLA NICOLE FRANCO Dissertação apresentada junto ao Programa de Pós-Graduação em Animais Selvagens para a obtenção do título de Mestre. Orientador: Prof. Dr. Carlos Roberto Teixeira FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉC. AQUIS. TRATAMENTO DA INFORM. DIVISÃO TÉCNICA DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - CÂMPUS DE BOTUCATU - UNESP BIBLIOTECÁRIA RESPONSÁVEL: ROSEMEIRE APARECIDA VICENTE-CRB 8/5651 Franco, Paolla Nicole. Pesquisa de agentes infecciosos em onças-pardas (Puma concolor) de vida livre na bacia do rio Tietê, São Paulo, Brasil / Paolla Nicole Franco. - Botucatu, 2021 Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Orientador: Carlos Roberto Teixeira Capes: 50502034 1. Animais selvagens - Doenças. 2. Puma. 3. Felidae. 4. Doenças infecciosas. Palavras-chave: Conservação; Doenças infecciosas; Felidae; In situ. Nome do autor: Paolla Nicole Franco. Título: Pesquisa de agentes infecciosos em onças-pardas (Puma concolor) de vida livre na Bacia do Rio Tietê, São Paulo, Brasil. COMISSÃO EXAMINADORA Prof. Dr. Carlos Roberto Teixeira Orientador Departamento de Cirurgia Veterinária e Reprodução Animal Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – UNESP/BOTUCATU Dr. Rodrigo Hidalgo Friciello Teixeira Departamento de Medicina Veterinária Parque Zoológico Municipal “Quinzinho de Barros” – PZMQB Drª. Sandra Maria Cintra Cavalcanti Coordenadora do Projeto “Pardas do Tietê” Instituto para Conservação dos Carnívoros Neotropicais – Pró-Carnívoros Data da defesa: 02 de abril de 2021. AGRADECIMENTOS Aos meus pais, Sonia e Wilson, pelos ensinamentos, educação, formação e, acima de tudo, pelo amor incondicional. Obrigada por compreenderem a importância da minha profissão, minha distância e ausência em momentos importantes. Aos meus irmãos, Bruno e Fábio, por me apoiarem em minhas decisões e me incentivarem. Ao meu namorado, Daniel Felippi, pelo companheirismo, apoio e paciência, e também por não me deixar desanimar diante de tantos obstáculos. Ao meu orientador, Prof. Dr. Carlos R. Teixeira, pela confiança, sabedoria e por acreditar em mim e em minhas escolhas. Ao apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001. Ao Projeto Pardas do Tietê, em especial a Sandra Cavalcanti, por acreditar no meu trabalho e investir na minha formação como pesquisadora. Agradeço a oportunidade de ter atuado junto à equipe durante as expedições de campo, e por todo o conhecimento compartilhado e momentos inesquecíveis. Ao CENAP/ICMBio, pelo armazenamento e separação das amostras biológicas das onças-pardas, especialmente a Rose Lilian Gasparini Morato. Aos residentes e ex-residentes do CEMPAS, pela coleta das amostras de soro e disponibilização das fichas clínicas dos animais atendidos na Instituição. Ao Serviço de Diagnóstico de Zoonoses da FMVZ/UNESP – Botucatu, em especial às residentes Dayane e Carol, pela análise das amostras. Ao Laboratório de Zoonoses e Saúde Pública, da Universidade Estadual de Londrina, especialmente ao residente Pablo Castilho e ao Prof. Luiz Daniel de Barros, pelo auxílio na realização dos testes sorológicos para toxoplasmose. Às empresas SocelVet e IDEXX, pela parceria e apoio na disponibilização dos testes para diagnóstico de FIV e FeLV. Aos membros da banca examinadora por aceitarem participar desta fase importante em minha vida e sem dúvida enriquecer este trabalho. Aos amigos que estiverem presentes, neste ano tão difícil. Serei sempre grata pelo carinho, apoio, palavras de motivação e compreensão. Agradeço à todas as pessoas que contribuíram de alguma forma para a minha formação e aprendizado, assim como no desenvolvimento deste projeto. Vocês foram peças fundamentais na minha trajetória. LISTA DE TABELAS TABELA 1. Infectious agents in free-ranging cougars (Puma concolor) around the region of the Tietê River Basin, in the State of São Paulo, Brazil.............................................................................................................................. 46 TABELA 2. Leptospira serovars tested by microscopic agglutination test (MAT). Laboratory of the Zoonosis Diagnosis Service – Botucatu/SP, Brazil............................................................................................................................... 47 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1. Study area location. Indication of the sampling sites along the Tietê river basin............................................................................................................................. 48 FIGURA 2. Occurrence of Toxoplasma gondii, Leptospira spp. (serovar Djasiman) and FIV infections in the State of São Paulo, Brazil.................................................... 49 SUMÁRIO RESUMO......................................................................................................................... 1 ABSTRACT...................................................................................................................... 2 CAPÍTULO I – CONSIDERAÇÕES INICIAIS.................................................................. 3 CAPÍTULO II – REVISÃO DA LITERATURA................................................................. 5 1 Aspectos gerais da onça-parda – Puma concolor (Linnaeus,1771)............................. 5 2 Doenças infecciosas em carnívoros selvagens........................................................... 8 2.1 Patógenos pesquisados...................................................................................... 9 2.1.1 Toxoplasma gondii......................................................................................... 9 2.1.2 Leptospira spp............................................................................................... 11 2.1.3 Vírus da leucemia felina (FeLV) ................................................................... 13 2.1.4 Vírus da imunodeficiência felina (FIV) .......................................................... 14 CAPÍTULO III – ARTIGO CIENTÍFICO............................................................................ 16 Abstract............................................................................................................................. 17 1 Introduction................................................................................................................... 18 2 Methods........................................................................................................................ 20 2.1 Study Area.......................................................................................................... 20 2.2 Animals............................................................................................................... 20 2.3 Sample Collection.............................................................................................. 21 2.4 Serological Analyses.......................................................................................... 22 2.5 Statistical Analyses............................................................................................ 24 3 Results........................................................................................................................ 24 4 Discussion.................................................................................................................... 25 5 Conclusion.................................................................................................................... 32 6 References................................................................................................................... 34 Tables................................................................................................................................ 46 List of Figure...................................................................................................................... 48 BIBLIOGRAFIA................................................................................................................. 50 FRANCO, P.N. Pesquisa de agentes infecciosos em onças-pardas (Puma concolor) de vida livre na Bacia do Rio Tietê, São Paulo, Brasil. Botucatu, 2021. 56 p. Dissertação (Mestrado em Animais Selvagens) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Campus de Botucatu, Universidade Estadual Paulista. RESUMO As constantes alterações ambientais ocasionadas por fatores antrópicos tem provocado mudanças na relação patógeno-hospedeiro. A emergência ou re- emergência de muitas doenças infecciosas e parasitárias associadas à degradação do habitat natural, podem causar sérios impactos na conservação de diversas espécies selvagens. A exposição desses animais à importantes agentes zoonóticos representa, ainda, uma ameaçada à Saúde Pública. A onça-parda (Puma concolor) vem sofrendo diversas ameaças nas últimas décadas e enfrenta intenso declínio populacional em diferentes regiões. Pouco se sabe a respeito do impacto da circulação dos patógenos nessa espécie. Diante deste cenário, o presente estudo teve como objetivo realizar um inquérito sorológico para avaliar a circulação de quatro agentes infecciosos selecionados, em 27 onças-pardas de vida livre, oriundas de municípios situados próximos à bacia do Rio Tietê, no Estado de São Paulo. As análises incluíram a pesquisa de anticorpos contra Toxoplasma gondii, Leptospira spp., FIV e FeLV, utilizando-se o teste de aglutinação modificada (MAT), a técnica de soroaglutinação microscópica (SAM) e o ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA) para a pesquisa viral, respectivamente. Os resultados evidenciaram a ocorrência de três destes patógenos nos animais avaliados. A infeção por T. gondii foi a mais prevalente, observando-se soropositividade em 59,3% (16/27) dos animais. Anticorpos contra Leptospira spp. e FIV também foram detectados, ambos com soroprevalência de 11,1% (3/27). Nenhuma amostra foi reagente para FeLV. Os resultados deste estudo indicam que a onças- pardas estão expostas à diversos agentes etiológicos, alguns potencialmente patogênicos para a espécie, ressaltando a necessidade de monitoramento constante do perfil epidemiológico destes animais, especialmente em áreas altamente fragmentadas. Palavras-chave: Felidae; Doenças infecciosas; In situ; Conservação. FRANCO, P.N. Pesquisa de agentes infecciosos em onças-pardas (Puma concolor) de vida livre na Bacia do Rio Tietê, São Paulo, Brasil. Botucatu, 2021. 56 p. Dissertação (Mestrado em Animais Selvagens) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Campus de Botucatu, Universidade Estadual Paulista. ABSTRACT The environmental changes caused by anthropic factors have caused changes in the host-pathogen relationship. The emergence or re-emergence of many infectious and parasitic diseases associated with the degradation of the natural habitat, may have serious impacts on the conservation of several wild species. The exposure of animals to important zoonotic agents still represents a threat to Public Health. The cougar (Puma concolor) has suffered several threats in the last decades and it faces an intense population decline in different regions. Little is known about the impact of the circulation of pathogens on this species. Given this scenario, the present study aimed to conduct a serological survey to assess the circulation of four potentially pathogenic agents for felids, in 27 free-living cougars, from municipalities located near the Tietê River basin, in the State of São Paulo. The analyzes included the search for antibodies against Toxoplasma gondii, Leptospira spp., FIV and FeLV, using the modified agglutination test (MAT), the microscopic agglutination test (MAT) and the enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) for the viral research, respectively. The results showed the occurrence of three of these pathogens in the animals evaluated. Infection with T. gondii was the most prevalent one, with seropositivity being observed in 59.3% (16/27) of the animals. Antibodies against Leptospira spp. and IVF were also detected, both with 11.1% seroprevalence (3/27). No sample was reagent for FeLV. The results of this study indicate that pumas are exposed to several potentially pathogenic agents for the species, highlighting the need for constant monitoring of the epidemiological profile of these animals, especially in highly fragmented areas. Key words: Felidae; Infectious diseases; In situ; Conservation. 3 CAPÍTULO I – CONSIDERAÇÕES INICIAIS A família Felidae, pertencente à Ordem Carnivora, é constituída por mais de 40 espécies distribuídas mundialmente, com exceção da Austrália e Antártica (Hunter & Barrett, 2018), sendo representada no Brasil por quatro gêneros (Panthera spp., Puma sp., Herpailurus sp. e Leopardus spp.) (Cheida et al., 2006). Apesar da sua ampla distribuição geográfica, a abundância de muitas populações vem diminuindo e quase todas as espécies encontram-se ameaçadas de extinção em algum grau (Adania, Silva & Felippe, 2014). A redução e fragmentação do habitat, os atropelamentos, tráfico ilegal e contínua pressão pela caça e abate são as principais ameaças para a sobrevivência dos felídeos (Adania, Silva & Felippe, 2014). Adicionalmente, deve-se considerar o impacto das doenças infecciosas sobre as populações in situ, tendo em vista que estas são particularmente relevantes para a conservação dos carnívoros e representam uma ameaça à biodiversidade (Lafferty & Gerber, 2002; Smith, Behrens & Sax, 2009). Os processos mórbidos podem ser agravados em populações pequenas ou isoladas, quando somados a outros fatores, como má nutrição, estresse e endogamia, aumentando significativamente a mortalidade dos indivíduos (Pedersen et al., 2007). Declínios populacionais relacionados a surtos epidêmicos causados por agentes patogênicos já foram relatados em diversas espécies de carnívoros selvagens, indicando a necessidade de integrar a epidemiologia na conservação e manejo desses animais (Alexander & Appel 1994; Roelke-Parker et al., 1996). No Brasil, estudos a respeito da exposição de felídeos silvestres a agentes infecciosos e parasitários em vida livre vem sendo desenvolvidos nos últimos anos (Filoni et al., 2006; Nava, 2008; Widmer, 2009; Jorge et al., 2011). No entanto, o conhecimento a respeito do impacto da circulação dos patógenos nessas populações ainda é restrito. Durante uma compilação de publicações sobre a ordem Carnivora, entre 2013 e 2017, Tensen (2018) observou que apenas 18% dos dados científicos publicados sobre felídeos silvestres eram voltados para fatores relacionados à saúde e doenças. 4 Além do impacto às populações selvagens, há a preocupação com a transmissão de alguns destes agentes à população humana e de animais domésticos, tendo em vista a participação dos animais silvestres como reservatórios ou portadores de zoonoses (Acha & Szyfres, 2003). As alterações ambientais têm provocado mudanças na relação patógeno-hospedeiro e, com isso, o aumento da proximidade entre seres humanos, animais domésticos e selvagens pode levar à disseminação de diversos patógenos e ao surgimento de doenças emergentes ou re-emergentes (Jorge et al., 2010). Considerando o grau de vulnerabilidade em que os felídeos neotropicais estão inseridos, o monitoramento contínuo de potenciais agentes infecciosos possibilita um melhor entendimento quanto à saúde das populações selvagens e pode subsidiar ações de conservação in situ (Adania, Silva & Felippe, 2014). Investigações sorológicas são importantes e devem ser elaboradas em conjunto com estudos multidisciplinares para avaliar a importância dos carnívoros selvagens no ciclo epidemiológico das enfermidades, assim como seu impacto na Saúde Pública (Jorge et al., 2010). Neste contexto, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar por meio de um inquérito sorológico a exposição de onças-pardas (Puma concolor) de vida livre à agentes infecciosos selecionados, incluindo Leptospira spp., Toxoplasma gondii, vírus da imunodeficiência felina (FIV) e vírus da leucemia felina (FeLV), na região da Bacia Hidrográfica do Tietê, no Estado de São Paulo, Brasil. Este estudo será organizado em capítulos, os quais abordarão as considerações iniciais (Capítulo I), a revisão da literatura (Capítulo II) e, por fim, o artigo científico (Capítulo III), apresentado conforme as normas da revista científica. 49 BIBLIOGRAFIA Acha PN, Szyfres B. Zoonosis y enfermedades transmisibles comunes al hombre y a los animales. 3. ed., v. 2. Washington: Organización Panamericana de la Salud, 2003. 439 p. Adania CH, Silva JCR, Felippe PAN. Carnivora - Felidae (onça, suçuarana, jaguatirica e gato-do-mato). In: Cubas ZS, Silva JCR, Catão-Dias JL. Tratado de animais selvagens: medicina veterinária. 2. ed., v. 2. São Paulo: Roca; 2014. p. 779-818. Adler B, Moctezuma AP. Leptospira and leptospirosis. Veterinary Microbiology. 2010; 140:287-296. Alexander KA, Appel MJG. African wild dogs (Lycaon pictus) endangered by a canine distemper epizootic among domestic dogs near the Masai Mara National Reserve, Kenya. Journal of Wildlife Diseases. 1994; 30:481-485. Aramini JJ, Stephen C, Dubey JP. Toxoplasma gondii in vancouver island cougars (Felis concolor vancouverensis): serology and oocyst shedding. The Journal of Parasitology. 1998; 84(2):438-440. Arent ZJ, Gilmore C, Ayanz JM, Neyra QL, García Peña FJ. Molecular epidemiology of Leptospira serogroup Pomona infections among wild and domestic animals in Spain. EcoHealth. 2017; 14:48-57. Azevedo FC, Lemos FG, Almeida LB, Campos CB, Beisiegel BM, Paula RC, Crawshaw Junior PG, Ferraz KMP, Oliveira TG. Puma concolor (Linnaeus, 1771). In: Brasil. Livro vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção: volume II – mamíferos. 1. ed. Brasília: ICMBio/MMA, 2018. p. 358-366. Bevins SN, Carver S, Boydston EE, Lyren LM, Alldredge M, Logan KA, Riley SPD, Fisher RN, Vickers TW, Boyce W, Salman M, Lappin MR, Crooks KR, VandeWoude S. Three pathogens in sympatric populations of pumas, bobcats, and domestic cats: implications for infectious disease transmission. PLoS ONE. 2012; 7(2):e31403. Brasil. ICMBio. Sumário executivo do plano de ação nacional para a conservação da onça-parda. Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros - CENAP. Atibaia: ICMBio/MMA, 2017. 8 p. Brasil. Ministério da Saúde. Manual de leptospirose. Centro Nacional de Epidemiologia. 2. ed. Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 1995. 98 p. 50 Canón-Franco WA, Araújo FAP, Gennari SM. Toxoplasma gondii in small neotropical wild felids. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. 2013; 50(1):50-67. Carme B, Ajzenberg D, Demar M, Simon S, Dardé ML, Maubert B, Thoisy B. Outbreaks of toxoplasmosis in a captive breeding colony of squirrel monkeys. Veterinary Parasitology. 2009; 163(1-2):132-135. Casagrande RA, Silva TCE, Pescador CA, Borelli V, Souza Jr. JC, Souza ER, Traverso SD. Toxoplasmose em primatas neotropicais: estudo retrospectivo de sete casos. Pesquisa Veterinária Brasileira. 2013; 33(1):94-98. Cerqueira GM, Picardeau M. A century of Leptospira strain typing. Infect Genet Evol. 2009; 9(5):760-768. Cheida CC, Nakano-Oliveira E, Fusco-Costa R, Rocha-Mendes F, Quadros J. Ordem Carnivora. In: Reis NR, Peracchi AL, Pedro WA, Lima IP. (Eds.). Mamíferos do Brasil. Londrina: Universidade Estadual de Londrina, 2006. p. 231-239. Corrêa SHR, Vasconcellos SA, Morais Z, Teixeira AA, Dias RA, Guimarães MAB, Ferreira F, Ferreira Neto JS. Epidemiologia da leptospirose em animais silvestres na Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science. 2004; 41:189-193. Corrêa SHR. Leptospirose. In: Cubas ZS, Silva JCR, Catão-Dias JL. Tratado de animais selvagens: medicina veterinária. 1. ed. São Paulo: Roca; 2006. p. 736-741. Costa A, Costa UM, Andrade MP. Vírus da leucemia felina em três felinos neotropicais. In: Anais do IX Congresso e XIV Encontro da ABRAVAS, 2005. São José do Rio Preto, p. 84. De Camps S, Dubey JP, Saville WJA. Seroepidemiology of Toxoplasma gondii in zoo animals in selected zoos in the Midwestern United States. J. Parasitol. 2008; 94:648-653. Dubey JP. Toxoplasmosis - a waterborne zoonosis. Veterinary Parasitology, 2004; 126(1-2):57-72. Epiphanio S, Sinhorini IL, Catão-Dias JL. Pathology of toxoplasmosis in captive new world primates. Journal of Comparative Pathology. 2003; 129:196- 204. Esteves FM, Guerra-Neto G, Girio RJ, Silva-Vergara ML, Carvalho AS. Detecção de anticorpos para Leptospira spp. em animais e funcionários 51 do Zoológico Municipal de Uberaba, MG. Arq. Inst. Biol. 2005; 72(3):283- 288. Fialho CG, Teixeira MC, Araújo FAP. Toxoplasmose animal no Brasil. Acta Scientiae Veterinariae. 2009; 37(1):1-23. Filoni C. Exposição de felídeos selvagens a agentes infecciosos selecionados [tese]. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. 126 p. Filoni C, Catão-Dias JL. Infecções por retrovírus (FeLV e FIV) em felídeos selvagens - revisão - parte 1. Clínica Veterinária. 2005a; 10(54):56-64. Filoni C, Catão-Dias JL. Infecções por retrovírus (FeLV e FIV) em felídeos selvagens - revisão - parte 2. Clínica Veterinária. 2005b; 10(55):28-32. Filoni C, Adania CH, Durigon EL, Catão-Dias JL. Serosurvey for feline leukemia virus and lentiviruses in captive small neotropic felids in São Paulo State, Brazil. Journal of Zoo and Wildlife Medicine. 2003; 34(1):65-66. Filoni C, Catão-Dias JL, Bay G, Durigon EL, Jorge RSP, Lutz H, Hofmann- Lehmann R. First Evidence of Feline Herpesvirus, Calicivirus, Parvovirus, and Ehrlichia Exposure in Brazilian Free-ranging Felids. Journal of Wildlife Diseases. 2006; 42(2):470-477. Fornazari F, Langoni H. Principais zoonoses em mamíferos selvagens. Veterinária e Zootecnia. 2014; 21(1):10-24. Fowler ME. Carnivora. In: Fowler ME. Zoo & Wildlife Medicine. 2. ed. Philadelphia: W. B. Saunders Co., 1986. p. 800-807. Franklin SP, Toryer JL, TerWee JA, Lyren LM, Kays RW, Riley SPD, Boyce WM, Crooks KR, Vandewoude S. Variability in assays used for detection of lentiviral infection in bobcats (Lynx rufus), pumas (Puma concolor), and ocelots (Leopardus pardalis). Journal of Wildlife Diseases. 2007; 43(4):700-710. Furtado MM, Gennari SM, Ikuta CY. Serosurvey of smooth Brucella, Leptospira spp. and Toxoplasma gondii in free-ranging jaguars (Panthera onca) and domestic animals from Brazil. PLoS ONE. 2015; 10(11):e0143816. Genovez ME. Leptospirose em animais de produção. In: Megid J, Ribeiro MG, Paes AC. Doenças infecciosas em animais de produção e de companhia. Rio de Janeiro: Roca, 2018. p. 378-387. 52 Gomes-Keller MA, Tandon R, Gönczi E, Meli ML, Hofmann-Lehmann R, Lutz H. Shedding of feline leukemia virus RNA in saliva is a consistent feature in viremic cats. Vet. Microbiol. 2006; 1:11-21. Guerra-Neto G, Girio RJS, Andrade TM, Koproski LP, Moraes E, Santos LC. Ocorrência de anticorpos contra Leptospira spp. em felídeos neotropicais pertencentes ao criadouro de animais silvestres da Itaipu Binacional e ao Zoológico Municipal Bosque Guarani, Foz do Iguaçu, Estado do Paraná. Ars veterinaria. 2004; 20(1):75-80. Hagiwara MK, Junior AR, Teixeira BM. Retroviroses dos felinos: síndrome da imunodeficiência dos felinos. In: Megid J, Ribeiro MG, Paes AC. Doenças infecciosas em animais de produção e de companhia. Rio de Janeiro: Roca, 2018a. p. 836-843. Hagiwara MK, Junior AR. Retroviroses dos felinos: leucemia viral felina. In: Megid J, Ribeiro MG, Paes AC. Doenças infecciosas em animais de produção e de companhia. Rio de Janeiro: Roca, 2018b. p. 825-835. Hunter L, Barrett P. A field guide to the carnivores of the world. 2. ed. Londres: Bloomsbury Publishing, 2018. 256 p. Jorge RSP, Ferreira F, Neto JSF, Vasconcellos SA, Lima ES, Morais ZM, Souza GO. Exposure of free-ranging wild carnivores, horses and domestic dogs to Leptospira spp. in the northern Pantanal, Brazil. Mem. Inst. Oswaldo Cruz. 2011; 106(4):441-444. Jorge RSP, Rocha FL, Júnior JAM, Morato RG. Ocorrência de patógenos em carnívoros selvagens brasileiros e suas implicações para a conservação e saúde pública. Oecologia Australis. 2010; 14(3):686-710. Kikuchi Y, Chomel BB, Kasten RW, Martenson JS, Swift PK, O'Brien SJ. Seroprevalence of Toxoplasma gondii in American free-ranging or captive pumas (Felis concolor) and bobcats (Lynx rufus). Veterinary Parasitology. 2004; 120:1-9. Lafferty KD, Gerber LR. Good Medicine for Conservation Biology: The Intersection of Epidemiology and Conservation Theory. Conservation Biology. 2002; 16(3):593-604. Lilenbaum W, Monteiro RV, Albuquerque CE, Ristow P, Fraguas S, Cardoso VS, Fedullo LPL. Leptospiral antibodies in wild felines from Rio de Janeiro Zoo, Brazil. The Veterinary Journal. 2004; 168:191-193. Lima JC, Morgado TO, Ribeiro KR, Fontana C, Cândido SL, Dutra V, Nakazato L, Catroxo MHB, Aguiar DM, Borges JC. Infecção por morbillivirus canino 53 em onça parda (Puma concolor) no estado de Mato Grosso, Brasil – relato de caso. Biodiversidade. 2020; 19(3):211-219. Little S, Levy J, Hartmann K, Hofmann-Lehmann R, Hosie M, Olah G, Denis KS. 2020 AAFP Feline Retrovirus Testing and Management Guidelines. Journal of Feline Medicine and Surgery. 2020; 22:5-30. Loveridge AJ, Wang SW, Frank LG, Seidensticker J. People and wild felids: conservation of cats and management of conflicts. In: Macdonald DW, Loveridge AJ (eds.). Biology and Conservation of Wild Felids. Oxford University Press, 2010. p. 161-195. Marvulo MFV, Carvalho VM. Zoonoses. In: Cubas ZS, Silva JCR, Catão-Dias JL. Tratado de animais selvagens: medicina veterinária. 2. ed., v. 2. São Paulo: Roca, 2014. p. 2152-2177. Mazzolli M. Mosaics of exotic forest plantations and native forests as habitat of pumas. Environmental Management. 2010; 46(2):237-253. Menezes RCAA. Coccídios. In: Monteiro SG. Parasitologia na medicina veterinária. São Paulo: Roca, 2011. p. 149-151. Michna SW, Campbel RSF. Leptospirosis in wild animals. J. Comp. Pathol. 1970; 8:101-106. Millán J, Candela MG, López-Bao JV, Pereira M, Jiménez MA, León-Vizcaíno L. Leptospirosis in wild and domestic carnivores in natural areas in Andalusia, Spain. Vector-Borne and Zoonotic Diseases. 2009; 9(5):549- 554. Nava AFD. Espécies sentinelas para a Mata Atlântica: as consequências epidemiológicas da fragmentação florestal no Pontal do Paranapanema, São Paulo [tese]. Universidade de São Paulo, 2008. Nielsen C, Thompson D, Kelly M, Lopez-Gonzalez C.A. Puma concolor (errata version published in 2016). The IUCN Red List of Threatened Species. 2015:e.T18868A97216466. OIE – World Organisation for Animal Health. Toxoplasmosis. In: Manual of diagnostic tests and vaccines for terrestrial animals (mammals, birds and bees). 6. ed., v. 2, p. 1284-1293, 2008. Onuma SSM, Melo ALT, Kantek DLZ, Crawshaw-Junior PG, Morato RG, May- Júnior JA, Pacheco TA, Aguiar DM. Exposure of free-living jaguars to Toxoplasma gondii, Neospora caninum and Sarcocystis neurona in the Brazilian Pantanal. Rev. Bras. Parasitol. Vet. 2014; 23(4):547-553. 54 Paes A. Leptospirose canina. In: Megid J, Ribeiro MG, Paes AC. Doenças infecciosas em animais de produção e de companhia. Rio de Janeiro: Roca, 2018. p. 356-377. Pedersen AM, Jones KE, Nunn CL, Altizer S. Infectious diseases and extinction risk in wild mammals. Conservation Biology. 2007; 21(5):1269-1279. Petrakovsky J, Bianchi A, Fisun H, Nájera-Aguilar P, Pereira MM. Animal leptospirosis in Latin America and the Caribbean Countries: reported outbreaks and literature review (2002–2014). Int. J. Environ. Res. Public Health. 2014; 11:10770-10789. Pimentel JS, Gennari SM, Dubey JP, Marvulo MFV, Vasconcellos SA, Morais ZM, Silva JCR, Neto JE. Inquérito sorológico para toxoplasmose e leptospirose em mamíferos selvagens neotropicais do Zoológico de Aracaju, Sergipe. Pesq. Vet. Bras. 2009; 29(12):1009-1014. Rivetti Jr A.V., Caxito F.A., Resende M., Lobato Z.I.P. Avaliação sorológica para Toxoplasma gondii pela imunofluorescência indireta e detecção do vírus da imunodeficiência felina pela nested PCR em felinos selvagens. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. 2018; 60:1281-1283. Roelke-Parker ME, Munson L, Packer C, Kock R, Cleaveland S, Carpenter M, O'Brien SJ, Pospischil A, Hofmann-Lehmanntt R, Lutz H, Mwamengele GLM, Mgasa MN, Machange GA, Summers BA, Appel MJG. A canine distemper virus epidemic in Serengeti lions (Panthera leo). Nature. 1996; 379:441-445. Sanches IM, Lavín S. Métodos de vigilância epidemiológica em fauna selvagem. In: Cubas ZS, Silva JCR, Catão-Dias JL. Tratado de animais selvagens: medicina veterinária. 2. ed., v. 2. São Paulo: Roca, 2014. p. 2178-2185. Sedlák E, Bártová E. Seroprevalences of antibodies to Neospora caninum and Toxoplasma gondii in zoo animals. Vet. Parasitol. 2006; 136:223-231. Sillero-Zubiri C, King AA, Macdonald DW. Rabies and mortality in ethiopian wolves (Canis simemsis). Journal of Wildlife Diseases. 1996; 32(1):80-86. Silva CS, Gírio RJS, Guerra-Neto G, Brich M, Santana LAS, Amâncio FH, Mariani JR, Wessort PMF. Anticorpos anti-Leptospira spp. em animais selvagens do zoológico municipal de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, Brasil. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. 2010; 47(3):237-242. 55 Silva JCR. Toxoplasmose. In: Cubas ZS, Silva JCR, Catão-Dias JL. Tratado de animais selvagens: medicina veterinária. 1. ed. São Paulo: Roca, 2006. p. 768-784. Silva JCR, Ogassawara S, Adania CH, Ferreira F, Gennari SM, Dubey JP, Ferreira-Neto JS. Seroprevalence of Toxoplasma gondii in captive neotropical felids from Brazil. Vet. Parasitol. 2001; 102:217-224. Smith KF, Behrens MD, Sax F. Local scale effects of disease on biodiversity. EcoHealth. 2009; 6:287-295. Soulé ME, Terboorgh J. Conserving nature at regional and continental scales - a scientific program for North America. BioScience. 1999; 49(10):809-817. Spencer JA, Higginbotham MJ, Blagburn BL. Seroprevalence of Neospora caninum and Toxoplasma gondii in captive and free-ranging nondomestic felids in the United States. J. Zoo Wildl. Med. 2003; 34:246-249. Teixeira BM, Hagiwara MK, Cruz JCM, Hosie MJ. Feline Immunodeficiency Virus in South America. Viruses. 2021; 4:383-396. Tensen L. Biases in wildlife and conservation research, using felids and canids as a case study. Global Ecology and Conservation. 2018; 15:e00423. Ullmann LS, Hoffmann JL, De Moraes W, Cubas ZS, Santos LC, Silva RC, Moreira N, Guimaraes ANS, Camossi LG, Langoni H, Biondo AW. Serologic survey for Leptospira spp. in captive neotropical felids in Foz do Iguaçu, Paraná, Brazil. Journal of Zoo and Wildlife Medicine. 2012; 43(2):223-228, 2012. Ullmann LS, Langoni H. Interactions between environment, wild animals and human leptospirosis. The Journal of Venomous Animals and Toxins including Tropical Diseases. 2011; 17(2):119-129. Vieira AS, Lilenbaum W. Leptospirosis on captive wild animals in Latin America. Research in Veterinary Science. 2017; 115:496-500. Widmer CE. Perfil sanitário de onças-pintadas (Panthera onca) de vida livre no Pantanal Sul do Mato Grosso do Sul - Brasil [dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2009. Williams ES, Thorne ET, Appel MJG, Belitsky DW. Canine distemper in black- footed ferrets (Mustela nigripes) from wyoming. Journal of Wildlife Diseases. 1988; 24(3):385-398.