Universidade Estadual Paulista ano 1 - junho 2010 n° 7 Intercâmbio e grupos de pesquisa fortalecem internacionalização > pág. 2 Novo instituto inicia atividades na Praça da Sé > pág. 3 Universidade elabora política de gestão de documentos > pág. 4 Servidores serão capacitados em segurança do trabalho Para oferecer am- bientes de trabalho seguros, a Universi- dade promove, até o final do ano, cursos de extensão para ca- pacitar mais de 200 servidores envolvidos nas atividades do Pro- grama Geral de Saúde e Segurança do Traba- lhador (PGSST). Duran- te os cursos, os profis- sionais de Recursos Humanos e de Saúde serão treinados sobre riscos ocupacionais, prevenção de aciden- tes e perícia médica, entre outros temas. “Este ano, o objetivo principal do programa é a capacitação de ser- vidores para que eles tenham acesso a uma formação adequada”, afirma Walnei Barbosa Fernandes, coordena- dor do PGSST. Ele des- taca a importância da qualificação da equipe para que a Unesp ofe- reça um ambiente que priorize a qualidade Cursos de extensão treinarão mais de 200 profissionais até novembro de vida e o bem-estar do trabalhador. Walnei acrescenta que, este ano, o Pro- grama de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) – voltados à promoção e à preser- vação da saúde dos tra- balhadores – serão de- senvolvidos em todos os câmpus da Unesp. “Realizaremos os exames periódicos em todas as unidades, avaliando a saúde dos servidores e fazendo as avaliações comple- mentares necessárias”, conta o coordenador do PGSST. Ele acredita que os programas pro- duzirão efeitos posi- tivos no dia-a-dia dos servidores da institui- ção, com ambientes mais seguros e com a detecção de possíveis causas de doenças ocupacionais ou aci- dentes de trabalho. Segundo Walnei, também está sendo elaborado o Manual de Perícias Médicas da Unesp, com base nas considerações de dire- tores administrativos e integrantes das Se- ções Técnicas de Saú- de (STS) e das áreas de recursos humanos, que se reuniram, no final do ano passado, para debater a ques- tão. O documento defi- nirá os procedimentos em perícia médica que deverão ser conduzi- dos na Universidade, de acordo com a legis- lação vigente. O coordenador do PGSST destaca outras conquistas recentes na saúde e segurança do trabalhador. “Realizamos concursos para diver- sas funções das STS, como médicos, enfer- meiros e assistentes sociais”, diz ele. Na capital paulista, tam- bém foi criada a STS da Barra Funda, bene- ficiando servidores e alunos do Instituto de Artes e do Instituto de Física Teórica. Desafio – Um dos de- safios para o futuro, na opinião de Walnei, é a criação da Coordena- doria de Saúde, Segu- rança e Ambiente. O novo órgão abrangeria o PGSST, a Perícia Mé- dica, o Programa de Gerenciamento de Re- síduos (PGR), o Progra- ma Unesp de Racionali- zação de Energia (URE) e o Programa Unesp de Racionalização de Água (URA). De acordo com Walnei, a ideia é que a coordenadoria dê su- porte administrativo e apoio para as ações de todos os programas, garantindo sua conti- nuidade em adminis- trações futuras. Fl áv io F og ue ra l/ FM /B ot uc at u Cursos tratarão sobre prevenção de acidentes e perícia médica, entre outros temas 2 Este é, oficialmente, o “ano da internacio- nalização da pesquisa na Unesp”, um passo fundamental para que a instituição esteja en- tre as duzentas melho- res universidades do mundo em dez anos. Essa é a visão da pró- reitora de Pesquisa, Maria José Giannini, e do assessor-chefe da Assessoria de Relações Externas (Arex), José Intercâmbio e grupos de pesquisa fortalecem internacionalização Celso Freire Júnior. O Programa de Interna- cionalização da Unesp, que pretende consolidar e assegurar a excelên- cia da Universidade, foi proposto a partir do Pla- no de Desenvolvimento Institucional (PDI), docu- mento que estabelece as metas e os desafios da instituição no futuro. A iniciativa tem per- mitido o financiamen- to de bolsas de inter- 2 Programa, proposto a partir do Plano de Desenvolvimento Institucional, pretende consolidar e assegurar a excelência da Unesp câmbio que, em 2009, levaram 503 alunos de graduação e pós-gra- duação para o exte- rior. “A instituição tem potencial para avançar ainda mais nos pró- ximos anos”, afirma Freire Júnior. Para ele, levando em conta só as bolsas para gradu- andos, a expectativa é de que os números dobrem este ano em comparação a 2009. O intercâmbio du- rante a graduação per- mite a realização de es- tágios e a “eliminação” de disciplinas equivalen- tes, sem que o estudan- te atrase a conclusão do curso, de acordo com o assessor-chefe da Arex. Outra possibilidade é a obtenção do “duplo di- ploma”, em que o aluno recebe dois certificados de ensino superior – um pela Unesp e outro por uma universidade con- veniada no exterior. Na pós-graduação, essa tro- ca de estudantes estimu- la a ampliação de grupos de pesquisa e divulga a produção da instituição em nível internacional. Redes – Outra estra- tégia de internacio- nalização da Unesp é consolidar as áreas de pesquisa mais fortes da Universidade. Para isso, a Pró-Reitoria de Pesquisa (Prope) vem promovendo a comu- nicação entre especia- listas que investigam temas relacionados, mas atuam em câm- pus diferentes. “Cria- mos redes que exe- cutam projetos em conjunto, e essa união deve tornar os grupos ainda mais fortes, dan- do maior visibilidade para a instituição”, afir- ma Maysa Furlan, as- sessora da Prope. O Programa de In- centivo e Consolidação da Pesquisa prevê que o conhecimento gera- do por essas redes de pesquisa seja divul- gado, atingindo um público externo mais amplo, por meio de ar- tigos científicos. Para incentivar a publicação de trabalhos em perió- dicos de renome inter- nacional, a Universida- de financia a versão de textos do português para línguas estran- geiras, assim como a revisão dos artigos, e ainda pode custear as taxas de publicação, quando há cobrança. Incentivo – Por outro lado, a Prope estimu- la e fortalece linhas de pesquisa em áreas mais carentes, porém estratégicas. “As Ciên- cias Humanas e as En- genharias, por exem- plo, já contam com programas próprios de fomento à pesqui- sa”, cita Maysa. Outro exemplo é o Programa Primeiros Projetos, que estimula professores recém-contratados na implantação de novas áreas de investigação. Durante o ano de exe- cução, o projeto apro- vado recebe R$ 10 mil e uma bolsa de iniciação científica para um esta- giário da graduação. 3 Novo instituto inicia atividades na Praça da Sé Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais reúne grupos de pesquisa já existentes na cidade de São Paulo BiBlioteconomia em pauta Profissionais que atuam nas bibliotecas da Unesp poderão parti- cipar do II Encontro de Assistentes de Servi- ços de Documentação, Informação e Pesquisa, que acontece em Águas de Lindoia nos meses de junho (dia 03) e julho (dias 01, 13 e 14). Ocorre- rão aulas de atualização técnica e também será discutido o papel deste profissional em biblio- tecas universitárias. encontro no iB de Botucatu Acontece, entre 21 e 23 de junho, o I Encontro Paulista de Citogenéti- ca. O evento, destina- do a estudantes e pro- fissionais das áreas de saúde, biologia e agro- pecuária, será realiza- do no Instituto de Bio- ciências, câmpus de Botucatu. As inscri- ções podem ser feitas on-line (http://www. ibb.unesp.br/eventos/ I-EPACITO/inscricao. html) até o dia 14. Regimento do instituto, sediado no prédio da Unesp na Praça da Sé, deve ser elaborado em julho H el ci o T ot h Com a criação do Ins- tituto de Políticas Públi- cas e Relações Interna- cionais, a Unesp dá mais um passo para reforçar sua presença na capital paulista. O órgão, sedia- do no prédio da Univer- sidade, na Praça da Sé, no Centro, reúne grupos e atividades de pesquisa já existentes na cidade de São Paulo. “As vantagens dessa integração serão mui- tas. Destaco, principal- mente, a possibilidade de maior cooperação e uma presença mais marcante da Unesp na capital”, afirma Marco Aurélio Nogueira, dire- tor do órgão e professor da Faculdade de Ciências e Letras (FCL), no câm- pus de Araraquara. Estão presentes, no novo espaço institucio- nal, iniciativas como o Programa de Pós-Gra- duação em Relações Internacionais San Tia- go Dantas, desenvolvi- do em parceria com a Unicamp e a PUC-SP, e o Instituto de Estudos Econômicos e Interna- cionais (IEEI). Autonomia – O novo órgão oferece a possi- bilidade de colaboração no desenvolvimento de projetos e na formação de recursos humanos, ao mesmo tempo que pre- serva a integridade de cada iniciativa. “Isso não significa que es- tes grupos perderão a especificidade e a autonomia das quais desfrutam”, salienta No- gueira, acrescentando que o regimento inter- no do órgão, que defi- nirá seu funcionamento e sua linha de atuação, está previsto para o mês de julho. Na área de políticas públicas, destacam-se a Cátedra Unesco Edu- cação do Campo e De- senvolvimento Terri- torial – iniciativa que promove ações de ensino, pesquisa e ex- tensão sobre a questão rural – e o Observa- tório de Educação em Direitos Humanos, que atua na discussão de questões relacionadas à cidadania. O instituto também engloba um projeto desenvolvido pela Uni- versidade na área de ciências políticas em parceria com a As- sembléia Legislativa do Estado de São Pau- lo. Pesquisas com apoio da Polícia Militar, assim como cursos na área de segurança pública e de- fesa nacional, também fazem parte das ativi- dades do órgão. “Não se trata somente de ga- nhar visibilidade, mas de potencializar e arti- cular o que está sendo feito”, avalia o profes- sor Nogueira. 4 Universidade elabora política de gestão de documentos cífico para os documen- tos produzidos por suas atividades fins, ou seja, ensino, pesquisa e ex- tensão. A tabela de tem- poralidade determina o prazo de permanência de material em arquivo e sua destinação após esse prazo. A Universidade tam- bém terá um protocolo único para a elaboração de documentos, segun- do Solange Souza, inte- grante da equipe técni- ca do Cedem (Centro de Documentação e Memó- ria) e responsável pela política de gestão de documentos da Unesp. Solange explica que as normas de produção de documentos serão úteis na aplicação da tabela de temporalidade, uma vez que possibilitarão a classificação dos papéis e seu eventual descar- te ou preservação. Além disso, em breve, deve ser cria- do um espaço fí- sico para material de guarda temporá- ria – que fica preservado por um determinado período de tempo e de- pois pode ser elimina- do sem prejuízo para a Regras determinarão período de permanência de registros em arquivo Reitor: Herman Jacobus Cornelis Voorwald Vice-reitor: Julio Cezar Durigan Pró-reitor de Administração: Ricardo Samih Georges Abi Rached Pró-reitor de Pós-Graduação: Marilza Vieira Cunha Rudge UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Cerca de 20% dos documentos produzidos pela Universidade são de guarda permanente e precisam de cuidados especiais para serem conservados. Memória preservada Pró-reitor de Graduação: Sheila Zambello de Pinho Pró-reitor de Extensão Universitária: Maria Amélia Máximo de Araújo Pró-reitor de Pesquisa: Maria José Soares Mendes Giannini Secretário-geral: Maria Dalva Silva Pagotto Chefe de Gabinete: Carlos Antonio Gamero Coordenadora Geral de Bibliotecas: Marta Ligia Pomim Valentim Assessor-chefe da Assessoria de Comunicação e Imprensa: Maurício Tuffani Coordenador de Imprensa: Oscar D’Ambrosio Editora: Eliza Muto Reportagem: Cínthia Leone Programação Visual: RS Press Projeto gráfico e edição de arte: Leonardo Fial (RS Press) Diagramação: Luiz Fernando Almeida e Felipe Santiago (RS Press) Revisão: Maria Luiza Simões Produção: Mara Regina Marcato Apoio Administrativo: Thiago Henrique Lúcio Tiragem: 15.000 exemplares Esta publicação, órgão da Reitoria da Unesp, é elaborada mensalmente pela Assessoria de Comunicação e Imprensa (ACI). A reprodução de artigos ou reportagens é permitida, desde que citada a fonte. Endereço: Rua Quirino de Andrade, 215, 4º andar, Centro, CEP 01049-010, São Paulo, SP. Telefone: (11) 5627-0323 Home page: www.unesp.br E-mail: unespinforma@reitoria. unesp.br Impressão: Artprinter Climatização Para manter a temperatura a 21 ºC, é preciso um sistema de ar-condicionado ininterrupto. A ventilação é uma alternativa, desde que haja controle da umidade. Sacos de poliéster São suportes mais delicados para guardar material jornalístico impresso, periódicos científicos, Fonte: Maria Leandra Bizello, professora do curso de Arquivologia, do câmpus de Marília Com base na tabela de temporalidade publicada pelo governo paulista em 2004, Unesp, USP e Uni- camp estão desenvol- vendo em conjunto um modelo que será espe- projetos de pesquisa e fotografias. O material sintético protege os documentos contra a umidade. Fitas magnéticas CDs podem ter os dados apagados com o tempo. A alternativa é gravar os arquivos em fitas magnéticas de alta capacidade, que, em baixas temperaturas, duram 40% mais que os discos compactos. memória da instituição. O arquivo temporário será instalado no pré- dio da Unesp no Ipiran- ga, em São Paulo. Memória – Essas ini- ciativas – que preten- dem atender a uma determinação estadual de 1985, que obriga ór- gãos públicos a terem um sistema para arma- zenar adequadamente seus arquivos – estão previstas no Plano de Desenvolvimento Insti- tucional (PDI), que es- tabelece as estratégias da Universidade para os próximos dez anos. “As ações estão no iní- cio, mas são definitivas, porque a instituição se conscientizou da im- portância da preserva- ção de sua memória”, afirma Solange. Em 2008, Solange co- ordenou uma operação de eliminação de cer- ca de 10 mil processos guardados na Reitoria além do prazo neces- sário. “Eliminar aquilo que não tem mais valor também é importante para manter o acervo”, explica ela, acrescen- tando que os documen- tos descartados foram encaminhados para re- ciclagem. Solange lembra que o correto tratamento dado aos arquivos é uma obrigação legal do servidor. A destruição irregular de documen- to público é crime pre- visto na Lei Federal nº 8.159, artigo 25º, de 1991. p01 p02 p03 p04